terça-feira, 15 de novembro de 2011

O câncer e o poder: I Tomo- Laços de Familia.



Antes de chegarmos aqui (europeus e negros) os índios já eram, já estavam, já habitavam, já guerreavam entre si e algumas tribos se desconheciam completamente. De todo modo era uma sociedade tribal, com divisões territoriais bem claras, definidas.
Quando os portugueses vieram habitar aqui, os franceses já passeavam, e como os holandeses, desenvolviam uma relação igualmente exploratória, mas menos autoritária que a dos portugueses.
Quando os negros divididos em sociedades tribais, se deram conta que o inimigo deles não eram mais a outra tribo e sim o homem branco, estavam todos laçados e acorrentados, sendo trasnportados para a terra que era propriedade (mesmo que ela não existisse nesses termos) dos índios.
Ponto curioso dessa história é que os portugueses não trouxeram mulheres. Elas ficavam em Portugal esperando o marido enricar. Nesse encontro de culturas, de multipos povos, muitas culturas foram se cristalizando em uma- a brasileira. Mas, veja que essa cultura que nasce é a que todos têm vontade de matar. A cultura que nasce é em síntese a própria traição da cultura na qual cada brasileiro foi gerado. O filho de negro com branco é o traidor de dois mundos. O filho do negro com índio é o traidor de milhares de mundo. O filho do índio com o branco é o traidor de muitas culturas. O filho desses filhos são uma tentativa de reconstrução, uma tentativa de união, mas eles como foi dito: NUNCA SERÃO. Nunca serão negros, nunca serão europeus, nunca serão indígenas.
Fatídico, determinista, mas o processo de higienização, de europeização realizado no Brasil desde o século XVI é a tentativa de esconder de toda corte européia os traços primitivos e selvagens da colonização realizada. Diferente de franceses e holandeses que vieram e assumiram, durante todo tempo, que tiveram relações, as mais diversas relações, em especial, as sexuais com os povos e as culturas que aqui estiveram. Os português sempre viram na misceginação uma vergonha, pior, nunca assumiram o prazer de terem se relacionado com negras e índias, talvez daí a perversão mediante castigos e repressões inenarráveis. Os holandeses de forma geral jamais esconderam isso e os olhos verdes das mulheres com cor de ébano dizia isso, falava isso. Era uma outra relação, sem culpa, sem castigo, sem remorso, sem expiação. Os fados portugueses, o banzo africano ainda não tinha se transformado no carnaval, na alegria irônica dos franceses, na admiração contemplativa dos holandeses. Mas não quero me perder nisso.
Quero unicamente registrar que o sonho de todo português vindo ao Brasil sempre foi o de retornar a Portugal. Os descendentes destes para sentirem-se desligados e superiores aos primeiros, desenvolveu o sentimento de ser primeiramente francês, depois inglês, atualmente não entendem por que não são estados-unidenses. O sonho deles é o que o Brasil fosse um Zaire (extinto), um Quenia, um Haiti. Não tenho dúvidas de que eles articulam sempre que podem para o Brasil se tornar um Iraque, um Afeganistão. O desejo deles é o de que os americanos coloquem ordem nessa barbárie que é o nosso país. E por americanos, definitivamente, não estão falando de Barak Obama. Essa "aberração". Se essa á a nossa origem, vejamos um pouco do nosso desenvolvimento. 
Bjs em todos. 

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