quarta-feira, 23 de março de 2016

FORA DA DEMOCRACIA NÃO HÁ SALVAÇÃO!

Gosto da astrologia. O estudo dos céus nos desvela significados ocultos, profundos. Meu coração olhou para as estrelas e viu nelas uma configuração bem similar a medieval. Há muito tenho visto e acompanhado o movimento desse céu em nossas ações, pensamentos, reflexões. Ao mesmo tempo em que se abre um céu com muitas possibilidades, outras configurações se desenham fechando e obstruindo mais avanços. Essa obstrução não é outra coisa senão o medo.

Sim, é o medo do novo, o medo do progresso, o medo dos avanços, o medo do diferente, das diferenças que travam o fluxo do novo. É claro que todos nós tememos o novo, embora o esperamos. É claro que falamos em ressurreição, mas tememos a morte. 

E essas contradições intimas dá força para grupos que gostam da permanência, da imobilidade, da estratificação, seja ela social, econômica, espiritual. Diante de avanços, mínimos que sejam, eles se mobilizam com exércitos para criar dificuldades.

O que dizer a eles? A nós? Direi que o amor sempre nos conduz para paisagens mais belas e melhores. Direi que deixar-se conduzir pela luz do amor é melhor do que direcionar caminhos estando no escuro e reinando nas trevas. E isso é o barato das conjecturas, os seres escuros, movendo-se nas sombras, acreditam que estão levando as situações, os seres, para onde eles desejam, mas quando a gente acende a luz, percebemos que fomos para onde o amor já tinha nos chamado. Os indivíduos, os povos, os grupos, as nações não conseguem alterar esse movimento, alterar esse fluxo. A luz é uma constante, um encontro marcado. Não fugimos disso, sendo assim deposita o seu medo nos pés do seu terapeuta, da sua esposa, do seu marido, do seu Deus. Tire o seu medo das sombras e permita-se dar um passo.


Não, seu filho não vai virar homossexual por verem dois homens casados civilmente. Não, você não vai dar todas as suas propriedades porque abraçou um sem teto ou sem terra. Não, você não vai perder sua riqueza caso os comunistas permaneçam no poder. Não, não iremos embranquecer o movimento negro caso um louro sente-se conosco. Não, não iremos virar coxinha caso tomemos Coca Cola com nossos filhos. Não, não iremos ser pelegos casos compreendamos a dificuldade de gerar e manter empregos do patrão. Não, não iremos deixar de ser quem somos caso escutemos, olhemos e abracemos o outro, o inferno (Sartre), o diferente de nós; o não eu. Mas, sim, podemos ser melhores.


E, a melhor forma de sermos melhores é na democracia. Na abertura de possibilidades, de ideias, de diversidade, do dissenso e do consenso. Não temos salvação fora da democracia e do jogo democrático e é tirano todos aqueles que brincaram no jogo e quando perdem e por perderem propõem o fim do jogo, apelando para novas regras. Golpistas, não passarão. 



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