domingo, 3 de julho de 2016

EDUCADORES CONSCIENCIAIS: o conhecimento é luz.


Antes de qualquer coisa: eu adoro esse conceito. Mas, o que seria um educador consciencial? Toda educação não busca e não prima educar a consciência? 

Antes das tentativas de respostas, algumas divagações.

Esse texto é na verdade uma retomada de interações realizadas com amigos queridos, que cada um no seu campo busca em si e ao seu redor, educar a consciência. Eu ouvi o termo anos atrás da boca de Júlio Sacrassenda, um educador consciencial no melhor sentido socrático.
Recentemente, em conversa fraterna, eles reacenderam em mim essa certeza de que é isso que eu faço, porque em suma é isso que eu sou- um educador consciencial. Donde poderíamos buscar uma primeira definição: o educador consciencial é aquele cujo fazer relaciona-se harmonicamente com o seu ser. Faz o que se é. Expressa-se em seu fazer aquilo que se é, está sendo, vai se desvelando.


O termo pode soar presunçoso, mas ele é simples, e verdadeiro, como uma identificação. Um olhar sincero diante do espelho e enxergar-se naquilo que fez, que faz, que pretende fazer. Em suma, todos os meus atos tiveram como intencionalidade a educação consciencial, se não do outro, sobretudo, a minha mesma.



Antes de interagir com as perguntas acima, suscitaremos outras, tais como: o que é consciência? Animais têm consciência? Máquinas inteligentes poderiam ter consciência? Computadores possuem consciência? Seria possível a criação não de uma inteligência artificial, mas de uma consciência artificial? Inteligência é diferente de consciência? Afinal, a consciência pode ser educada? Haveria forma e metodologia de se educar a consciência?


As perguntas, interações, discussões são muitas. De modo geral, não temos essa conceituação do que seja consciência. Há várias discussões, mas o conceito continua intrigando filósofos, psicólogos, pedagogos, neurocirurgiões, programadores, espiritualistas e tantos outros  que buscam uma definição.  
Sendo assim, não me proponho e nem me atrevo a definir consciência, mas quero falar dela. Porque, se ela é difícil de classificar, de conceituar, ela não é difícil de apontar. Embora não saibamos conceitualmente o que seja consciência todos somos capazes de identificar uma quando a vemos e quando a perdemos, quando ela se esvai.
A risada de uma criança, o olhar de um recém nascido demonstram a presença de uma consciência. As ações de uma pessoa em surto demonstram a perda momentânea dessa mesma consciência, assim como, o olhar do paciente de Alzheimer assinala uma consciência que vai se esvaindo e como processo derradeiro temos algo que escapa do corpo físico deixando-o inerte e sem vida. Por falar nele, o corpo teria consciência, ou essa se restringe a mente? A mente seria um sistema, uma parte da engrenagem metabólica e fisiológica do corpo ou um ente em si, similar ao fantasma da máquina, que a coloca em movimento?



Como mencionamos, as perguntas são muitas e as respostas poucas. Não que não as tenhamos, mas é que em sua grande totalidade, elas envolvem um rito de fé, uma crença, seja científica, seja psíquica, seja espiritual. Todas tentando serem lógicas, ordenadas, coerentes, mas quase todas apostando numa necessidade de crer para ver.

Muitos neurologistas e teóricos da filosofia da mente são unanimes em dizer, no melhor modelo fisiologista, que seja o que for essa tal consciência, ela é uma derivação sináptica das funções mentais. Num outro escopo há físicos, espiritualistas, filósofos da mente mostrando que seria a consciência a criadora de todas as coisas, inclusive da experiência mental-humana em um corpo físico. Todas tem grandes e belos embasamentos teóricos que não deixam de ser questionados pelos opositores, e nas objeções de lado a lado aproxima-se e afasta-se desse ente que ora é sujeito, ora é observador, ora é sujeito-observador-participante; ora é participante-sujeito-observado; ora é só coisa, um mero objeto; ora é totalidade de todas as coisas, de todos os objetos, de todos os sujeitos, em posição silenciosa de observador e co-participante essa totalidade.



Por esse caminho, retoma-se a perspectiva de que é mais fácil experienciar estados alterados de consciência, saber demarcar subjetivamente se algo ou não tem consciência do que defini-la por si e em si.

Nessa direção podemos dizer que há caminhando sob o solo físico do planeta Terra seres com uma consciência moral, ética, política, social, artística diferente das dos padrões que fomos educados e condicionados. Uma parte considerável desses seres nós só os víamos em mundos intraterrenos ou em dimensões mais elevadas e extraterrenas. 
Todavia, agora esses seres estão aqui, mas a pergunta que se apresenta é: como educa-los? Como não perdê-los? Como permitir e aceitar todo o melhor que eles têm para nos oferecer? E, será que com nossos modelos sucateados, esses seres conseguirão mostrar-se, revelar-se? Ou os escombros morais de uma tradição caduca irá os paralisar, os bloquear, os impedir, em suma os soterrar? É uma aposta difícil.


O que percebo é que a tarefa não é simples como pensei, pelo contrário, a tarefa envolve mudanças de percepção, de entendimento, de paradigmas que em parte estão dadas, mas numa outra parte, altamente significativa, precisamos construir e realizar. Essa outra parte envolve um novo modelo educacional. Talvez não em grande escala, embora alguns países do mundo já estejam aplicando, mas em pequena escala, numa concepção micro, individual, pessoal. Uma educação que traga à baila o aprimoramento e o desenvolvimento da consciência. E aqui retomamos os nossos primeiros parágrafos: é possível educar a consciência? A consciência necessita ser educada?




Como educador atrevo-me a dizer, que educar a consciência é em suma e em síntese contrariar um modelo de educação que se faz para o mercado e para o con$umo. Uma educação que embora fale de felicidade e prazer, na verdade, não consegue nada além de frustração, angústia, descrença, estados psíquicos muito distante do prazer. A lógica do $uce$$o que conduz as escolhas individuais e os sistemas educacionais resultaram nisso que vivenciamos- uma ilusão cretina de que conquistar posses materiais preenche o vazio consciencial.
Assim, nosso modelo educacional, não apenas brasileiro, como mundial, apostou numa educação para o mercado. Mas, o mercado é o anti-homem. O mercado é a anti-natureza. O mercado é a anti-vida. O mercado acredita e segue o seu caminho para o $uce$$o como profissão de fé. Alardeiam que ser bem sucedido é ter carro, casa, dinheiro, fama. E, não obstante, tudo isso pode ser alcançado valendo-se de quaisquer fins e meios.




Os sistemas educacionais compactuam com a ideologia do Mercado e nem cogitam a possibilidade da consciência ser eterna. Nem cogitam a possibilidade de que o preço cobrado pelo deus Mercado, ou seja, exclusão, insatisfação e frustração da maioria, a troco de nada, ou por nada é um preço muito caro. Caro demais não enquanto experiência, porque se a consciência é eterna, tudo vale; mas cara demais no sentido egoico no qual o sucesso de um representa e significa a frustração de milhares. É um jogo muito tolo e infantil para satisfazer apenas uma parcela muito reduzida dos seres, sejam eles físicos ou não, humanos ou não. A desproporcionalidade não paga os parcos satisfeitos e tidos como bem sucedidos, mesmo porque, relatos desses seres após a perda do corpo físico revela o vazio existencial, consciencial que os devora por dentro.


Uma pausa mediada por um parêntese. Não estamos e nem faremos ode à pobreza. Pelo contrário, o universo é prospero e abundante e caminha de mãos dadas com a natureza. A natureza é diversificada, prospera e repleta de possibilidades. O que estamos tentando mostrar é a falácia e a ruína de um sistema educacional falido, que nem adestra mais como antes e muito menos educa no sentido de tirar de dentro de cada um dos seres o melhor deles. O que eles são.

Façamos o exercício de imaginar, nem que seja por um segundo, que há existência fora da lógica materialista do mercado. Que é possível ter carro, dinheiro, casa, manifestando-se o melhor de si mesmo e não negando ou sufocando esse ser. Que é possível a afirmação de toda a materialidade do mundo sem com isso negar aquela parte da consciência que desponta para fora do iceberg. Sendo assim, por que ficamos reproduzindo o flagelo e o açoite? Por que não encorajamos as pessoas a manifestarem o seu ser? Por que não encorajamos medidas e atitudes coletivas de empoderamento e realização na qual o individuo se faça melhor? 


Estampado tudo isso, podemos responder com mais propriedade, que é claro que a consciência pode ser educada, mas é notório perceber e compreender que a melhor forma de educação consciencial é a que permite, possibilita e a encoraja ser ela mesma. Mas, afinal como ser ela mesma? Se não nos conhecemos, se nos ignoramos e somos ensinados a nos ignorar, a nos iludir?

É aqui que entram as metodologias e as tecnologias em prol do crescimento consciencial dos seres. Tecnologias capacitadoras que trazem como cerne o reequilíbrio do homem com a natureza, a integração do ser com a vida, o entendimento divino da existência. Não divino no sentido religioso do termo, mas divino no sentido de compreender a vida como um Maravilhamento, Thauma/Espanto como chamavam os gregos. Um estado de atenção no qual possibilite vislumbrar, entusiasmar, ficar pleno ao observar a vida e a existência ao nosso redor. Percebendo-se como parte integrada desse todo, no qual nossas ações afetam o ordenamento dessa totalidade. De tal forma que o certo, o errado, o bem e o mal mais seriam mediados por um processo intersubjetivo de ações e intenções.



Em cada uma delas nós co-criaríamos o ordenamento do Cosmos. Seríamos e somos responsáveis por nossas ações e nessa responsabilidade Deus, Deusas e o diabo não teriam maiores poderes do que nossa consciência, ou inconsciência de existir.




Há também no plano físico do planeta, depois de muitos experimentos e feitos nos planos mais sutis, tecnologias conscienciais cuja essência aproxima-se muito desse modelo que rascunhamos. Muitas tecnologias conscienciais são captadas, ofertadas aos indivíduos, aos grupos como forma de empoderamento e abertura para uma nova compreensão da realidade. Uma compreensão que em seu cerne tangencia as normatizações voltadas para o $uce$$o, embora acredite e não abra mão da PROSPERIDADE. Em suma essas tecnologias em maior ou em menor amplitude proporcionam uma conexão do ser com o todo. Um reequilíbrio do ser com a natureza interna, externa, intersubjetiva. São tecnologias que disponibiliza aos seus buscadores acessos a si mesmo, acessos aos outros, acessos a universos intersubjetivos, interdimensionais. E creio ser o meu dever informar que esses procedimentos estão aí. Assim, como um dever em dizer que o vazio que você sente, a falta que você sente, a dor e a angústia que você sente não vão passar com conquistas materiais, nem com pílulas mágicas, nem com amores de uma noite, nem com os efeitos etílicos. Esse vazio irá passar quando encontrarem-se naquilo que são, realizando aquilo que são. Nessa expressão e expressividade o vazio desaparece.




Então, ouse seu sonho, porque ele é uma melodia indispensável na sinfonia do universo. Mas, não acredite que você é a própria sinfonia, mas não acredite que você também não é a sinfonia, rsrsrs. Ou seja, a sinfonia é tocada sem você, mas se você afinar o seu instrumento e ocupar o seu lugar, a sinfonia alcança notas, variações, vibrações que não seria possível sem você. E essa é a sua importância. Ser aquele(a) que ninguém mais pode ser. Mas, essa escolha é sua e de ninguém mais.

Finalizando, não dá para falar de todas as tecnologias conscienciais que estão rodando por aí, tocando por aí; mesmo porque, eu não conheço nem 1/1000 delas. Mas, dá com toda segurança sumarizar o que elas têm em comum:


  • ·       a capacitação para autonomia. Ela busca desenvolver a independência e a individualidade, mas numa perspectiva engajada como nos ensinou Sartre.

  • ·        o respeito à diversidade e à pluralidade dos pensares e dos existires. Todos compõem o todo e o todo só se faz com a participação de cada um. Todos são importantes e insubstituíveis.

  • ·        a busca para um voltar-se a si mesmo, compreendendo-se e responsabilizando-se por si mesmo e o coletivo. Elas ensinam e capacitam para o autoconhecimento.

  • ·        o empoderamento e o respeito a essa emancipação do sujeito. Não se aceita a submissão de terceiros, o olhar de que o diferente é inferior a você por ser diferente de você.



Mas, escrevo tudo isso só para dizer: ESTAMOS AQUI. Estamos aqui preparados para acolher aos que estão perdidos. Preparados para auxiliar aqueles que honram o planeta com a sua presença e consciência. Aqueles que por virem de onde vêm e serem o que são manifestam o amor e não compreendem a nossa obtusidade em acreditar que haja outra coisa mais importante a se fazer no universo que não ser mais amoroso. De modo que ESTAMOS AQUI!! 
Nós existimos à margem dos sistemas e também dentro deles, os alterando até onde eles podem ser modificados sem necessitar ser implodidos e reconstruir de novo.



Terapias como a FILOSOFIA CLÍNICA, MAGNIFICÊNCIA CRISTALINA, EMF, YOGROUND e tantas outras estão aí para auxiliar cada ser em sua descoberta, no seu desvelar e manifestar. EDUCADORES CONSCIENCIAIS estão aí nos mais diversos ramos e setores proporcionando um grau maior de liberdade e entendimento por onde passam. Proporcionar informações sobre a transcendência é a nossa maneira de ser no mundo. 

Se seu filho é diferente, se você quer uma educação diferente para seu filho, nos procure. Os educadores conscienciais vão apenas facilitar que a essência de cada um deles se manifeste. E nessa manifestação,ela nos auxiliem a manifestar a nossa. 

No final todos libertos para serem aquilo que somos- luz e consciência. 



Um bj amoroso em todos.

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