quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

'APAIXONAR-SI'


Preparando para ir embora, vejo a moça parada na porta, com o chacra cardíaco obstruído. Entre uma fala e outra, ela pergunta:

- Você é o Kélsen?

- Eu digo sim. 

Ela dizia que estava precisando de uma psicóloga. Abro a porta para pegar um cartão da minha amiga. Falo para ela que tudo passa e quando olho, ela está em lágrimas.
Abro a porta de novo e agora a convido para sentar, lhe dou um copo d’água, um lenço de papel. 

A escuto e ela desabafa: a decepção amorosa tinha batido na porta dela. Sentia-se uma boba, uma tola, uma adolescente por estar daquela forma.


É estranho e cruel como essa representação assola e chicoteia. A sensação de tempo perdido, a desilusão consigo mesma(o) por ter dedicado tanto tempo, por ter se entregado tanto. As frases, imagens, discursos e diálogos travados consigo mesmo (a), ganhando cada vez mais proporções, intensidade. Até que a pessoa se vê completamente consumida pela presença de um fantasma, pela representação de um outro que se deseja esquecer, que se amaldiçoa. Tudo isso regado a muito choro e juras, mas o pior é esse estado de jogar anos de relacionamento no lixo. Jogar fora tudo o que se teve de bom, todos os bons momentos e as boas recordações. Era sobre isso que tentava conversar com a moça, tentava mostrar a ela para não se condenar por ter amado. Amar e ser amada é sempre um presente, uma dádiva. Reencarnamos nas condições mais impróprias para ter esse sentimento de amar e ser amada. Dizia que ela não deveria perder isso.




No entanto... É difícil o chacra cardíaco estar obstruído por motivos que não sejam amorosos, afetivos, de relacionamento. O que a moça não sabe e nem eu desconfiava naquele momento é que o caso dela era uma metáfora muito pertinente para eu compreender tantos outros casos, para eu conseguir fechar uma Gestalt. É sobre essa gestalt que eu vou falar ao longo dessas linhas. Passando por alguns atendimentos, por algumas percepções e tentando mostrar a importância do apaixonar-se por si mesma(o). Parece que todo término de relacionamento é um retorno a esse ponto, a esse patamar, para que a partir dele a gente reconstrua e construa novas possibilidades. 

I- Uma rápida fisiologia do amor. 

As vezes, o coração para de bater, mas o sangue continua sendo irrigado para outras partes do corpo, como o cérebro. Tipo uma vida vegetativa. Fazendo uma comparação, muitas vezes tomamos a decisão racional de separarmos, de terminarmos um relacionamento e esperamos que o coração, atenda e entenda esse comando de maneira imediata. No entanto, ele, simplesmente, não entende. A lógica do coração é outra. Os sentimentos não se esvai com essa determinação e esse comando, esse controle. E essa incompreensão é motivo de muito desgaste interno, de muita dor e conflito consigo e com os outros. Fruto de um descompasso entre a lógica da razão e a lógica da emoção. 


O coração não lida com esses cortes abruptos da mente, da razão, nem com as escolhas intempestivas dos desejos. O coração é sempre traído numa ou noutra dessas ações. Traído, inclusive pela ação ser realizada a revelia dele, as vezes até nas costas dele.

Muitos de nós para poupar o coração, entende-se por coração aqui, o corpo emocional, não o consulta. Ou o racionaliza, ou vive nas searas instintivas. Poucas pessoas mantem uma relação de proximidade com o coração, com o corpo emocional. Isso causa aquele desatino que nos deixa doidos, enlouquecidos. Pensar em quem não se quer sentir nada. Lembrar-se de quem se deseja esquecer de forma compulsiva, diuturna, nos mais diversos momentos. Cria-se uma luta para esquecer e essa luta é um lembrar. Mas, disso os poetas já falaram mais e melhor. Desse desatino, dessa sofrência. Uma querida recomenda aos homens pegar o pênis e passar no muro chapiscado. Talvez doa menos. 

O destaque que chamo atenção é como há um desmembramento entre o tempo subjetivo e o cronológico. Como que o tempo subjetivo, marcado pelo simbolismo do corpo emocional caminha e remete o apaixonado para um outro espaço, para um outro tempo. Enquanto que o tempo cronológico, racional e objetivo, continua seguindo seu ritmo e pressionando o coração, o emocional a acompanhá-lo. Dizendo a ele que já está tudo terminado, que não há razão para ficar chorando, lamentando. E é justamente essa pressa, esse descompasso, essa tentativa de proteger-se da dor sem olhar e prestar atenção nessa subjetividade, que deprime tanto, ou melhor, por tanto tempo. 

Instaura-se uma luta, uma batalha interna na qual uma parte nossa vai ferindo a outra. Quase que uma disputa entre a impaciência e a proteção. O orgulho ferido contra aquela sensação de ser tola, bobo, ingênua, ter se deixado passar para trás. E a única coisa boa disso tudo é o resgate do amor próprio. É O 'APAIXONAR-SI'

Já que o coração se refaz por vias e caminhos diferentes e inabituais. Mas, esse refazimento se dá no tempo dele. No momento dele, da forma dele. Não se faz na pressão cronológica do tempo. Na ansiedade de se provar e mostrar que se está bem, ótima e resolvida. É preciso tempo e esse tempo é atenção, carinho, acariciar-se. É preciso se ver, se olhar, apaixonar-se. 

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II- Relacionamento como Espaço cedido, compartilhado e retomado, apropriado, enfim... batalhas por nós mesmos e pelos outros. 

A dor dos fins de relacionamento é a percepção clara do espaço que o outro ocupava em nossas vidas. Esses espaços as vezes não eram vistos, não eram nem conhecidos, foi o outro que o preencheu, que lhe deu sentido. 


Se pudéssemos criar uma câmera de filmagem para registrar o que são os relacionamentos e como eles se dão dentro da gente, veríamos os relacionamentos como construções arquitetônicas. A cada encontro o outro, ao seu modo e ritmo, nos ajudaria na construção dos nossos espaços interiores. Há aquelas com quem criamos jardins, há aqueles que criam muros, há aqueles que derrubam portas e ampliam horizontes. Enfim... cada um tem um toque especial e esperamos que a pessoa que escolhemos para habitar nosso universo interno seja capaz não apenas de criar espaços, como cuidar dos que lá se encontram. Não é uma tarefa fácil, nem simples, por isso é um aprendizado constante e permanente. 

Assim, é como se o outro chegasse em sua casa e ampliasse ambientes, restringisse espaços, criasse novos cômodos, fechasse alguns antigos. Algumas mudanças nos tornam melhores, dão um colorido especial as nossas vidas. Outros aprisionam, inibem, restringem, cala e impede de ser o melhor de nós.
E daqui decorrem milhares de coisas que eu gostaria de escrever e provavelmente vá:

uma- como nós cedemos esses espaços para os outros em nossas vidas;

duas- como as mulheres fazem essa concessão sem se darem conta, como se fosse algo natural; talvez seja, eu não sei.

três- como a gente vai se perdendo de nós mesmos, em espaços que cedemos, que nunca habitamos, nunca fomos?


Todavia, não deixa de ser sintomático a naturalidade com que o masculino se apodera desses espaços internos do feminino e como esse feminino, se "realiza" nessa entrega. Como que nessa disputa-entrega-concessão de espaços de repente a pessoa está num labirinto e não se percebeu.


A ideia do labirinto é boa, porque finda a relação, elas se olham e não se reconhecem. Elas se olham e não sabem quem são. Elas se olham e buscam entender o que fizeram com elas mesmas, por que abandonaram empregos, carreiras, sonhos, conquistas, desejos? Elas querem um tempo perdido, elas esperam encontrar um lugar nelas que seja ainda igual a antes do casamento, do relacionamento, mas muitas vezes não há. Elas construíram toda uma relação tendo o outro como centro. E, quando esse centro vai embora, elas giram, rodam, rodopiam, piram, até restabelecer-se.  

Dito tudo isso, volto a moça que estava sentada na minha sala de atendimento meses atrás. 
Em determinado momento peço a ela para lhe aplicar a leitura energética. Ela consente e de imediato percebo uma quentura em suas mãos, típica de uma pessoa mediunizada. Em seguida, vejo no seu campo áurico, por trás da sua cabeça, uma beleza enorme, com profusão de cores, de imagens refletindo uma beleza interna, uma beleza própria, que ela não usa. Vejo algumas questões relacionadas ao pai e findo. Era mesmo mais um apaziguamento para ela do que um esclarecimento.

Conversamos. Ela diz estar sentindo-se melhor. Conto para ela o que percebi e como estava interpretando aquelas imagens. Como que o conflito de agora tinha uma relação com o abrir mão que ela estava fazendo. Pergunto sobre o pai. Uma presença muito forte no corpo astral dela. E, aí ela me conta parte da sua vida: ela me fala que teve uma escola de dança que acabou fechando, na verdade fez mais, parou de dançar porque o namorado é muito ciumento. Perdeu o contato com o povo da dança pelo mesmo motivo, ciúmes e medo que o moço a deixasse. 


Sim! Toda aquela beleza, aquela expressividade que eu via, estava relacionado a dança. Era uma energia imensa, que um homem, um cara, queria só pra ele. Já pensou em colocar a luz dentro de uma caixa? Foi isso que ele fez com ela. E, ela por amor, por medo, por... foi se enclausurando, se deludindo, até que uma parte dela mesma resolveu gritar, protestar, criar situações de conflito e confronto. Sim, isso é possível e sim, fazemos isso. 

Essa energia é dela. Essa energia é ela. Uma energia sensual, magnética, atrativa; bela é a melhor forma de traduzir. Querer tirar isso dela é tirar a parte mais significativa do seu ser. E, quanto tempo uma pessoa consegue viver sem ela mesma? Por quanto tempo uma pessoa consegue ficar trancada na posse e desejo do outro? Talvez por anos, mas nunca a vida toda. E, não coloco isso aqui, na perspectiva de que haja uma vítima e um carrasco, há um jogo, uma dança, uma relação na qual os dois podem buscar o melhor equilibrio, a melhor dinâmica. Um jogo no qual as vezes é conveniente estar trancada, é uma proteção. Importante saber que há outras, mas essa é uma forma. 

De forma que o universo tinha me desenhado, como nunca vira antes tão claro e explicito a situação diante dos meus olhos. A dor do término dos relacionamentos é essa dor de termos nos abandonado. E, fazemos isso em maior ou menor grau. Entregamos aquilo que não pode ser dado numa relação, que chamei anos atrás de SI MESMO, quando uma moça me perguntou o que era ser solteiro?

Ser solteiro é se levar inteiro para qualquer relacionamento. Ser solteiro é ter a consciência de que não irá iniciar nenhum relacionamento sem Si Mesmo e não terminará nenhum sem levá-lo, sem trazê-lo junto de si como melhor amigo, companheiro, parceiro. Ser solteiro é ir ganhando a maturidade que um bom casal é a soma de dois indivíduos e não de duas metades. 



E a dor dos relacionamentos é que esquecemos de nós. Somos com o outro, pelo outro, mas vamos deixando de ser e de fazer o que queremos, o que gostamos e esse preço é muito caro. Não há corpo emocional e psíquico que suporte esse abandono, esse esquecimento e não são poucas as vezes que essa energia se volta contra a gente criando padrões de repetições, criando motivos para conflitos, para términos, para mudanças de padrão que no fundo nos pede um resgate de nós mesmos. 


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III- Aprisionada na Jaula com um bicho-homem


Esse enredo amoroso, me remete ao caso de um amiga. Ela fora casada com um animal, uma fera, um bicho, que a agredia de todas as formas e maneiras, do corpo físico ao espiritual, deixando sequelas, feridas difíceis de ser tratadas. O cara era um bruto, um selvagem, um estupido. O segundo marido já foi melhor, mas cometia violências emocionais.  As físicas, ela não tolera mais, nem aumento de voz. 

O inusitado de tudo isso é como que a necessidade dela de proteção, de cuidado, de ternura, a fez sair de casa e casar-se aos 16 anos com uma pessoa que era ciumento, paranoico, possessivo, controlador. E, mais estranho ainda é como ela briga com a ternura dela. Como que todas as vezes que um futuro pretendente atrasa, ou desmarca algo, ela se sente tola, usada, rejeitada. Como que as relações dela de certa forma não avançam, porque ela adquiriu um vírus da estupidez que ela transmite, que a contamina sem que ela dê conta. 



Ela tenta se proteger de predadores, mas nessa luta, ela se machuca muito mais, porque não são todos os homens que são bichos, estúpidos, animais. Alguns não sabem nem o que é isso e não entendem as soluções que ela busca. As escolhas que ela faz. No final nem ela mesma e isso a machuca, a isola. Ela não quebra o padrão. O vírus transmitido pelo bicho a aprisiona ainda hoje. Assim, o que que observava nas nossas conversas era a dificuldade de alguém ferido se deixar ser tocado. A memória do corpo quer carinho, quer afago, mas ao mesmo tempo não reconhece esse padrão. O toque é entendido como sexual, seja ele físico, emocional, espiritual. As relações são baseadas na base da troca. Dou sexo e espero presente. Dou presente e espero sexo. Uma relação de troca primária, altamente instrumental e objetal. E isso não significa que a pessoa não tenha amorosidade, nem seja carinhosa, é que a forma de proteção encontrada gerou esse padrão reducionista, que ao final, a leva a se avaliar e a se qualificar por presentes, algo material. O maldito do bicho, devorou a beleza dela. 

Mas, quando é possível olhar para todos nós sem que esse vírus do desamor esteja rodando, esteja fazendo estragos, percebo que um sem número de mulheres, de homens, de seres querem COLO.



Um lugar que podem ficar sem precisarem se defender. Um ponto no universo no qual sentirão protegidas, resguardadas, defendidas, amparadas. É um útero, mas é mais do que isso. É um abrigo no qual se pode ser, pode-se mostrar, pode nascer. Relacionar deveria ser proporcionar esse espaço para o outro. Dar ao outro condições de se expandir e de se recolher; de se resguardar e de se voluntariar; de escolher e de ser escolhido.  


IV- Muralhas e Úteros: espaços de proteção.


Recordo de um partilhante que ferido emocionalmente por uma traição passou a se relacionar só com prostitutas. Sexo para ele só pago, ou com mulheres que na balada não cobrassem nada no dia seguinte. A proteção energética que ele havia construído era impenetrável. 


Depois de uns 15 minutos tentando entrar, acessá-lo energeticamente, expliquei para ele a situação. Eu o via dentro de um castelo, mas tem uma muralha turca impenetrável. Por diversos fatores que não vem ao caso, que ela não voltou para avaliarmos, ele criou uma muralha. Tinha a ver com a traição, mas tinha a ver também com a morte da mãe. As duas coisas somadas construiu um distanciamento dele e das próprias emoções e sentimentos. 

Dentro da racionalidade lógica que ele erigiu, ele não estava mais sofrendo, poderíamos dizer que não estava nem sentindo. Ele tinha construído uma muralha na qual ninguém entrava. Ninguém. Ninguém. Quem já trabalhou em reunião de desobsessão já cruzou com esses caras poderosos, empedernidos, e que de repente descobrimos que todo aquele império, toda aquela frieza, toda aquela maldade se devia a orgulho, vaidade, amor não correspondido, ciúmes. E, diante do ente amado: o filho, a mãe, a ex, desatam a chorar como meninos. Porque é isso que são e somos no que se refere aos sentimentos- meninos. 

Eu estava diante de um encarnado, mas não tínhamos afora as irmas e a mãe no astral sem poder interferir, ninguém a não ser ele mesmo com as chaves da muralha. E, o paradoxo era: ninguém entra, mas ele também já não conseguia sair. Ele estava trancado, com ele mesmo e isso era devastador, assustador. 
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Ele fora levado pelas irmãs que estavam muito preocupadas com a insensibilidade dele, não ouvia ninguém, estava bebendo muito, brigando demais. Ele não conseguia receber afeto das pessoas e em certa medida também não conseguia dar afeto. Expus isso a ele e disse que se ele não desse permissão, eu não conseguiria entrar, ninguém conseguiria.

Ele deu e isso me chamou atenção para como nós homens nos protegemos emocionalmente. Nós nos fechamos em armaduras, em castelos, em muralhas impenetráveis. No entanto, essa proteção do mundo, retira nosso contato e nossa sensibilidade com o mesmo mundo. Mas, essas construções internas atraem um sem número de mulheres. Esse moço nunca teve tantas mulheres como nessa fase que ele se encontrava, ou se encontra. Porque em certa medida, ele oferece uma proteção. Na carência, na falta, na rejeição, na fuga de si mesmas, esses castelos encantados são atrativos, mesmo que depois se perceba e se compreenda que de todo o castelo o único aposento que ela pode frequentar é o calabouço, ou a Torre de Marfim.

Seria trágico, mas muitas mulheres conseguem abrir espaços, portas e acessos nesses homens. As vezes o preço é muito alto. Outras vezes o preço é bom para todo universo. 

Já as mulheres, até onde pude perceber e visualizar, elas não constroem armaduras. Nunca vi nenhuma armada ou trancada nesse espaço, mas elas se escondem nos aposentos dos seus parceiros. Sabe aquele colo desejado? Esse moço estava cheio de mulheres, muitas fazendo trabalhos espirituais (goécias) contra ele, outras apenas vibrando energeticamente. Mas, todas tentando um lugar de destaque e de proteção dentro da muralha. 

A falta desse colo, ou a necessidde de um cria espaços, escolhas, experiencias e relacionamentos que invariavelmente irá remeter ao apaixonar-se. Isso deveria ser lição obrigatória, matéria de aula. Apaixonar-se. Conhecer-si. Olhar para si mesma(o) para re-conhecer o outro, o mundo. Para poder escolher, até onde é escolha, parceiros que auxiliarão na construção de um si mesmo(a) melhor para si, para o outro, para o mundo. Não deveríamos nos furtar a essa empreitada.

De modo que não conheço as mulheres que ele se relaciona, mas pelo que pude observar de outras, elas estariam em busca de um colo. Elas estariam desejando, querendo uma proteção e em troca disso pagam o preço do SI MESMO; permitem que esse outro invada, conquiste seu universo emocional e quando eles vão embora, ou a pessoa toma consciência daquele espaço, ela está devastada e fazer o que? Fazer como?




Muitas não sabem. Muitas acreditam que o espaço interior delas é do parceiro. Que quando vamos embora, levamos tudo de bom e deixamos tudo de ruim. Nisso posso afirmar que se dá o inverso, o contrário. De modo geral são as mulheres que nos empoderam. São elas que nos encorajam a ver nossas qualidades, e vendo expressar no mundo. Quando o relacionamento finda, muitos não terminam nunca, são eternos, mas, findam em algumas formas, no que se refere a divisão de alguns espaços, quando isso acontece, vocês deveriam saber que o outro é construção suas também. Que muito dele é seu e o que você vê de melhor nele é algo que existe de melhor em você.

Relacionar-se é empreender essa troca, essa partilha. Talvez sem disputa, mas com todo amor que ambos merecem. O amor de que podem ser melhor para si mesmos e para vida como todo. 


Em 2017 estaremos falando mais sobre isso. Promovendo entre as pessoas essa capacitação, essa liberação e libertação. Podemos amar mais, podemos amar melhor. E, isso pode ser aprendido, embora a experiência é o que faz o diferencial. Mas, amor pode ser compartilhado, pode ser trocado, pode ser discutido, por ser aprendido, porque passa pela nossa construção simbólica. 

A descoberta e o fortalecimento do SI MESMO, SI MESMA é fundamental para qualquer relacionamento. Relacionar-se com pessoas que não tenham esse demarcador de forma clara com certeza aumenta as tensões do relacionamento.