segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Falando de Nada.

Tem assuntos, temas que evito discorrer. O motivo é que de maneira geral, só a menção ao nome, já causa uma elevação conceitual, moral, espiritual aos olhos das pessoas apressadas. E, é importante frisar que as portas desses e outros ensinamentos estão abertas a todos os que se se predispuserem aprender.

Esta é uma predisposição que Nietzsche conceituava masoquista, não com esse nome, mas com o mesmo sentido. Aprender requer se curvar, abaixar, submeter. Aprender requer se colocar numa posição de inferioridade para que outro lhe ensine, lhe oriente, lhe dê pistas e senhas para prosseguir o próprio caminho. O mestre de maneira geral é aquele que te fornece as pistas para você chegar em si mesmo. E tudo isso requer dedicação, empenho, esmero. Quem quer aprender mesmo? E quem quer aprender sobre si mesmo? São as respostas a essas perguntas que decreta os desejantes do conhecimento e do autoconhecimento.   

Aprender um conhecimento que te leva a aperfeiçoar, mas não para ser melhor do que o outro, e sim, para melhorar a si mesmo. E esse si mesmo não tem conserto, não tem remendo, ele apenas cresce e habita outra morada, outro espaço. E continua se aperfeiçoando rumo a um infinito que dá volteios e abre para diversas direções. É incessante. 

Mas, entrando na temática do post. Alguns textos teimam em não ser. Este, primeiramente, fazia parte de outro que estou escrevendo sobre o Processo Terapêutico. Agora, ele faria parte de um texto no qual iria falar da raiva. Mas, ele insiste em ser NADA. E o deixarei assim, nessa forma e nesse formato de Nada. Quem suportar adentrar esse espaço, o saboreie.

HIERARQUIA INVERTIDA.


Entre nós buscadores do conhecimento o rei é o ápice da pirâmide e todos devem se curvar perante ele. Para os Espaciais, os Mestres, um grupo de seres mais sutis; quanto maior for o seu posto, maior a sua necessidade de servir, de curvar perante os outros. É a inversão da ordem, da pirâmide. Liderar é servir. Se elevar é se predispor a curvar mais. É o inverso do que pensamos e buscamos tantas vezes. Por aqui queremos nos elevar para sermos servidos. Nesses outros ambientes eleva-se a medida em que se serve aos outros. Os humilhados serão exaltados. Os últimos serão os primeiros e doideras assim.  

Essa simbologia pode ser compreendida na cerimonia do lava pés realizada por Sananda. Ali o Mestre nos ensinava a lógica dessa hierarquia. Ser o menor entre todos. Não se exaltar para não ser humilhado. Ser como uma semente de mostarda, a menor de todas. Voltar a ser como uma criança, porque elas herdarão o reino dos céus. Todos os ensinamentos do Mestre nos fazem refletir sobre essa Hierarquia que aposta no servir ao outro como sendo a condição básica e essencial de serviço.

Na contramão disso ficam os canalizadores do Comandante A.S, da GFB, dos espíritos evoluídos. Muitos deles não compreendem que um Comandante é o maior dos servos e não o mais alto dos imperadores. Assim, nós em nossas pompas, títulos, vaidades, conhecimentos, compreendemos pouco ou nada disso. Mas, os caras nos ensinam a servir. Ser o maior é ser aquele que se dedica mais, serve mais, se doa mais. E, de modo geral, nós estamos sempre voltados para nós mesmos. Por nós mesmos. Servimos muito pouco e quando servimos acreditamos que devem ser estendidos tapetes vermelhos, rufar tambores. Acreditamos que o nosso servir é especial. Sem ele o universo não seria o mesmo.

Nessa onda maluca, algumas pessoas acreditam, que falar com Jesus, com Nada, com Kuthumi é algo de profunda elevação. Que aqueles que conseguem falar com eles são puros, ilibados, imolados, santos.
A piração maior é que algumas pessoas acreditam e outros vão ajudando ao sensitivo-médium-canalizador a dançar esse samba do caos. Gente! É mais fácil falar com seres dessa envergadura do que comigo, do que com muitos canalizadores desses e outros seres. Eles estão e são muito mais disponíveis do que nós. Muito mais solícitos do que nós. 

As pessoas não tentam buscar o conhecimento e menos ainda o autoconhecimento. Elas acham muito longe voltar-se para dentro delas mesmas. Acham mais fácil encontrar alguém que percorra o caminho interno por elas. Não preciso dizer a impossibilidade disso, no entanto, muitos vão alimentando essas ilusões. Gostamos de nos prender e prender os outros a rótulos, a fórmulas. Ou seja, enquanto ‘eu’ adoro, bajulo, ‘eu’ não preciso servir. E a bajulação se torna um serviço no qual se vicia e se prende milhares de seres na vaidade. Assim, enquanto as pessoas ficam na adoração dos 'probos', distanciam-se e abandona-se a própria busca pessoal. Seja lá em que grau, em que instância é esse servir. Alguns servem auxiliando toda uma galáxia. Outros servem auxiliando todo um planeta. Alguns servem auxiliando uma família. Outros servem auxiliando uma pessoa. Em todos os serviços há um auxílio ao todo.



Porém, enquanto alguns pedem ao médium, ao ministro da eucaristia, ao pastor, ao canalizador pra rezar por ele; Este ele não precisa parar de ir ao bar na 5ª feira a noite. 
Nada contra ir ao bar na 5ª feira a noite, no sábado de manhã, no domingo a tarde, na 3ª na hora do almoço. Mas, é que se tem um ‘bom’ rezando pra mim. E esse ‘bom’ aceita esse lugar de prisão, cria-se uma relação doentia de adoração, submissão ao ser errado, a coisa errada. Volto a insistir- é mais fácil falar com Saint Germain do que com o pastor televisivo. É mais fácil ser ajudado por Buda do que pelo médium autor de best-seller. Em algum momento a nossa busca se cruza com o Outro. E nesta relação somos uteis na descoberta do outro. 


Parte dessa narrativa, podemos ler na mitologia de vários povos. Todos elas contam, narram, falam de como os deuses se disfarçavam de estrangeiros, de forasteiros e beneficiava os homens que lhes ajudavam sem saber quem eles eram.

Jesus conta isso também em Matheus 25:35  
Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas ã sua direita, mas os cabritos a esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem ã sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem a sua esquerda: Apartai- vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes. Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim. E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.” 

Esse é o ensinamento mais bonito das mitologias, das narrativas sagradas: a ALTERIDADE. 

O OUTRO COMO SAGRADO.



O eu existe no outro. A divindade se faz na sacralidade do não eu. O divino que habita minha alma, re-conhece a divindade que mora em você e é você. E nesse encontro a gente constrói o sagrado. O sagrado é então humano. É profano. O sagrado é o abraço, o sorriso. O sexo, o beijo. O sagrado é o respeito infinito ao que nasce em mim, transborda de mim e é acolhido pelo outro, transpassa nós dois e cria algo que é maior do que nós. Vou chamar de Iglesia. O corpo de Cristo.


É nesse lugar então que habito. Mas, dentro do meu sagrado há feras, há monstros, há deuses que desafiam Jeová. Há danças que fazem Thor ficar corado. Há sexos e prazeres que somente Esú e Hermes são capazes de comportar. Somente Afrodite, Freya, Iemanjá e Isis são capazes de celebrar. Algumas até de participar. Inebriadas pelo vinho de Dionísio. Ou com o amor transbordante de se sentir desejada.
Sabem lá as deusas o que é ser desejada? Compreendem elas esse fogo que um olhar acende? Que consome uma mulher inteira, por completo e a transforma em chama ardente, fogo incandescente? Conhecem elas essa força do olhar desejante de um Outro? E a partir desse olhar conduz uma mulher para além do horizonte permitido as deusas e se faz mãe. Gera, gesta em seu útero. Transforma, transmuta em seu corpo. Tudo a partir de um olhar de desejo. Um olhar. 

Milhares de deusas largaram o Olimpo, deixaram Aruanda para experimentarem essa sensação. E depois que experimentaram gozaram outras tantas, milhares, aos montes.

Ter com-paixão por cada experiência, desvelar o sagrado em tudo o que se é, em tudo o que se faz é a marca reflexiva desse texto. É a experiência que aprendi e apreendi com a Mestra.



O FRUTO PROIBIDO. CONHECIMENTO


É natural em nós, olharmos para o os mestres, e aprendermos o que eles nos ensinam. Mas, tenho percebido que tudo isso ainda é ilusão. O conhecimento que marca realmente é aquele que fica gravado em nós. É a assinatura deles que transforma em nossa tatuagem. O verdadeiro conhecimento deixado pelos mestres é aquilo que eles não podem nos ensinar diretamente, mas é o que, verdadeiramente, fica. O conhecimento dos Mestres é o desabrochar da nossa essência. O desvelar de quem verdadeiramente somos. E é isso que venho retomar nesse texto. Mas, antes coloco somente uma narrativa e caminho para o desfecho.
Dizemos, ensinamos que ao nascermos recebemos 3 itens: uma espada azul flamejante. Um livro dourado. Uma rosa, rosa exuberante. A espada simboliza o poder. O livro a sabedoria. A rosa o amor. Os três juntos formam a singularidade do teu ser. É próprio. Nunca é igual.



Trabalhar com os mestres é re-cordar sua trajetória. Suas contribuições, seus tropeços. E se burilar. O burilamento. Tem sido a tônica desse milênio. Foi como nos preparam para esse milênio. As alquimias. As transmutações e transformações. O retorno dos dragões naquilo que eles simbolizam e sintetizam desse poder que se entrelaça e nos dota de sermos aqueles que somos.

OS ENSINAMENTOS.

Eu escrevi tudo isso, porque eu recordei de uma aula que tive décadas atrás com uma Mestra muito querida. Ela estava nos ensinando sobre com-paixão. Como expressar, acender esse fogo em nosso íntimo.


O exercício iniciava trazendo para o caldeirão a imagem de um desafeto nosso. Eu então, peguei o caldeirão e coloquei um cara da minha adolescência, juventude que me fez muita raiva. Ou seja, ele mexeu no meu orgulho e na minha vaidade. Geralmente, a raiva é isso. Orgulho e vaidade. Temos muito temor da raiva, mas ela pode ser uma aliada.

Todo mundo fazendo o exercício bonitinho. Os diversos alunos que lá estavam, colocaram a pessoa no caldeirão e a recobriram com o raio rosa e depois que conseguisse controlar o raio rosa, intensificava-se para o vermelho. Uma forma de nos dizer: ‘envolva a pessoa com amor’ e depois faça uso da sua visceralidade para encampar esse amor’.
Em outros termos, o treino não tinha quase nada a ver com perdoar o outro. O treino tinha a ver com a capacidade de lidar com as próprias paixões. Lidar com o pathos que nutrimos, que nos cerca, que nos avizinhamos, que por vezes nos consomem e nos devoram.

Pois bem! Eu não tinha essa reflexão de hoje. E que bom que não tinha, porque pude ser extremamente verdadeiro. Verdadeiro até demais. Eu fiz foi o inferno com a representação do meu desafeto. E isso estava relacionado tanto a uma dor latente, quanto a uma ferocidade bestial que existia, existe em mim. Aquilo que aquele moço era e é no plano físico, eu era no campo energético. E, por mais louco que possa parecer, eu o alimentava em suas atrocidades cotidianas. Energeticamente, havia uma ligação entre nós. Aquele cara manifestava fisicamente parte considerável da minha raiva. Os crimes que ele cometia tinha muito da minha energia negada, reprimida, não expressa. Não era tão melhor que ele, como eu achava. 

A chama que eu o envolvi era vermelha de ficar quase preta. Aí a Mestra vai até mim para ver quem era aquele desequilibrado. Era eu. Ela me ajuda a baixar as chamas, a controlar a ira, a observar minha paixão. Repito o exercício. Por muitas vezes até aprender a controlar e amar. Aprender parte disso que escrevo acima. Se houve identificação há uma relação. Os processos de cura, de perdão não tem o sentido de causar uma elevação interna e sim que aos poucos vamos vendo que todos somos um. Algumas expressões internas que tenho e não reconheço, ou aceito, ou nego outros irão vivencia-la. Há uma corresponsabilidade que a gente ameniza conscientizando e servindo. 


Aqui vale um parêntese de mil páginas. Estou relacionando raiva e amor. E usei ainda o termo controle. Enquanto chama, intensidade, fogo, ardência, de fato é a mesma coisa. Literalmente a mesma. A raiva é uma frustração. Ou melhor, a frustração vira raiva. A decepção vira raiva. O fracasso vira raiva. A raiva é um substrato de diversos estados emocionais. O orgulho é o endurecimento desse estado.


O orgulho é a cicatriz e a casca grossa dessas feridas. Já o abandono, a fragilidade são o pus desse estado. E, de modo geral, é a partir desses estados de ressentimento, amargura, traição, decepção, abandono, que amamos. Abaixo, uma cena muito significativa, entre o Professor Xavier ensinando ao Magneto a potencializar o seu magnetismo.  




Colocamos o amor num estado e estágio de elevação, mas é pelo fato dele conseguir englobar esses estados de raiva, magoa, frustração, dor, abandono e tantos outros, sem diminuir nenhum. Sem apartar nenhum. Então, quando eu vejo e escuto os canalizadores impedindo as pessoas de sentirem o que elas sentem. Buscando mostrar uma elevação amorosa como se o amor tivesse brotado da flecha de Cupido e não de um labor constante, um jardinar e adubar constante da própria interioridade, me chateia. Porque vão dando a entender que sentir desejo, raiva, medo, frustração, abandono é feio. É ruim. E ficam todos retesando esses estados que vão assombrando a todos mediante pesadelos oniricos, astrais, físicos, podendo culminar em abusos psicológicos e sexuais. Tudo porque preferem lidar com a energia da culpa, da vergonha, da magoa, do que com a da raiva, do desejo, do medo de maneira clara e sincera. O amor tem esse fogo integrativo.


Assim, eu fico me perguntando: elas treinaram com quem? Elas treinaram onde? Porque as portas estão abertas a qualquer um que deseje conhecer esses processos. Qualquer um mesmo. E esse fogo transforma, transmuta. Esse fogo é sagrado. É milagroso. É divino. E é esta divindade que possibilita a um Buda iluminar um assassino de 999 pessoas. A um perseguidor ser convertido na estrada de Damasco. E ambos que estavam repletos de ódio, de raiva, alcançarem um estado amoroso instantâneo. O fogo, simplesmente, sobe e transborda deles e por eles. Mas, isso só é possível a quem reconhece em si o seu sentir tido como feio. 



E a divindade desse fogo vem da nossa capacidade de aceitar que não temos controle sobre nada. Abrir mão do controle do que se sente é um passo muito significativo para permitir que o amor chegue. O amor não pode ser controlado. Não se escolhe a quem se ama. Ele jorra, ele foge. Ele transborda.


Isso me remete a outro exercício. Os exercícios são realizados individualmente, mas eles são demarcados, coletivamente. Enquanto todos não avançam, ninguém muda de fase. São experimentos conjuntos. Os treinamentos eram energéticos e físicos. Na vida física aconteciam situações, testes como o pessoal chama, nos quais éramos convidados a colocar em prática o que estávamos aprendendo no astral. Isso movimenta a energia da compaixão.

E se para alguns no astral era super rápido desembolar os exercícios, fisicamente, tomavam bomba todo dia, porque não conseguiam tolerância com os pais. Outros com os colegas de trabalho. Outros com os filhos. Ao final cada um de nós nos auxiliávamos e nos amparávamos. Cada um de nós ficava preso em um ponto. Por misericórdia a gente mudava de fase. A fraqueza de um, era fortaleza de outro, e assim sucessivamente. Até que formávamos um ‘todo’. Cada um com seus defeitos, suas faltas, suas qualidades auxiliava em toda a dinâmica do processo. Já era uma Constelação e nem tínhamos o nome disso ainda.



E um dos exercícios. Todo mundo com uma varinha na mão com o objetivo de transmutar o padrão de raiva, de ódio das outras pessoas de maneira amorosa. Então, simbolicamente, era trabalhado padrões de repugnância: cobras, percevejos, lagartixas, baratas, que eram projetadas a partir de nós mesmo. O meu foi ratos. Umas ratazanas do tamanho de gatos. E quando mais próxima elas chegarem de você, maior é a sua sintonia com esse padrão energético. Todo mundo já tinha acabado o exercício e só tinha uma moça mexendo sua varinha ‘contra’ as cobras e eu ‘contra’ os ratos. Eles foram se multiplicando, mas atuar na quantidade é fácil. Nisso um chegou muito perto. Eu achei que ia burlar o jogo, que eu iria conseguir fazer o pessoal ter pena, dó de mim, e engoli um rato. Aquilo já estava me cansando e fui buscar uma saída fácil e rápida.

A Mestre vem na minha direção e começa: que você é descompromissado nós já sabemos. Que vc não leva nossos ensinamentos a sério, eu já sei há séculos. Que vc quando não está na posição de liderança é um insubordinado e quando está é um anarquista, eu tolero; mas vir nos chantagear com esse truque vil e barato!! Querer que a gente sinta pena e dozinha de você? Faça-me o favor. Volte esse rato agora para fora e termine esse exercício com seriedade.

Eu ria de engasgar. Mas, a lição é clara e bonita e por isso que eu lembrei. Não dá para chantagear a vida. Os meus colegas não perceberam o que eu estava fazendo. Até se condoeram. Largaram seus postos para vir me ajudar. Mas, a vida, sabe o que a gente está fazendo. Não dá para engana-la. Você pode acreditar que consegue, que conseguira, mas é perda de tempo. Ninguém vence a vida. 

Esse ensinamento é muito emblemático. Milhares de pessoas boas, estão perdendo tempo com quem engole ratos. Centenas de pessoas estão brigando com Deus, com os anjos da guarda, por não entenderem, porque eles abandonaram essas pessoas. Dezenas de pessoas estão saindo de si mesmas, se colocando contra a vida, para ficarem ao lado dessas pessoas. Eu não preciso dizer o peteco que elas causam na própria vida e na vida dos outros. Como adoecem, como se perdem. 


E elas causam isso na expectativa de que se elas comprarem o boi, todo mundo ira com elas. Cada vez mais, vai menos gente. Esse é um padrão que está sendo alterado. Já foi bonito rezar para terceiros. Hoje é fundamental ensinar a rezar se é que é isso que a pessoa deseja aprender. Os joguinhos que encheram os olhos das pessoas, não geram mais uma patavina de peso na balança existencial. O cara que acredita que ser bom dá acesso ao céu. Não anda uma casa no tabuleiro da existência. A mocinha que acredita que sendo vítima o príncipe encantado vai salvá-la, lida direto com os sapos que estão no mesmo brejo. Não temos mais tempo de colocar seres para darem atenção para quem quer burlar as regras do jogo.

Então, se você está aí beijando sapo esperando ele virar príncipe. É melhor se tocar. Se você está no brejo, acreditando que um príncipe vai te resgatar, levanta e anda. Se você está lambendo ferida de lepra na expectativa que os anjos do senhor te beatifique; presta atenção. Faça somente aquilo que você acredita e não espere nem obrigado.

O sol nasce. A rosa desabrocha. A chuva molha. Jesus ama. Se quer esperar a sua escalação ser dada no Jornal Nacional. Se quer esperar o jogo ser anunciado em todas as mídias fique a vontade, mas não é o que acontece. 

Por tudo que há de mais sagrado, não dá para ficar fazendo pirraça.
Bora incendiar o mundo. Bora servir cada dia mais um pouco. 





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