5. Psiq. Grupos de idéias inter-relacionadas que tem um denominador emocional comum o qual influencia, significativamente, as atitudes e comportamentos de um individuo.
Espaço utilizado como amparo e reflexão da Holos Consultoria Fiholosofica/Spaço Iluminar. Este espaço se torna o lugar no qual discorremos sobre as implicações, as atividades e os serviços prestados por nós. De forma que buscamos dar uma visão unificada, integrada dos acontecimentos da existência, colorindo-os com uma visão artística, cientifica, desportista, filosófica, denominada pelos gregos de Tecnhé. Contemplando a nossa visão holística e holográfica, isto é, φholosofica.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Complexo de Alemão/5
Complexo de Alemão/3
Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível. Vocês nunca me olharam durante décadas. (Marcola).
Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar. Mas eu posso mandar matar vocês lá fora. Nós somos homens-bomba. Na favela, tem cem mil homens-bomba. Estamos no centro do Insolúvel, mesmo. Vocês, no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração. A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala. Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em "seja marginal, seja herói"? Pois é: chegamos, somos nós! Ha, ha. Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Eu sou inteligente. Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante. Mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país.”
Complexo de Alemão/2
2. Observável sob diferentes aspectos.
Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? (Marcola)Aqui é uma visão que não me permitiu um sono calmo e tranqüilo. Em grande parte do mundo, senão no mundo inteiro, a policia tem uma banda podre. No caso da policia carioca é o inverso, lá se encontra uma ala honesta, eles são minoria. A promiscuidade das relações da policia do Rio com toda fonte de poder paralelo pode ser vista e entendida pelas milícias, armadas, paramilitares, formada em sua maioria por policiais e ex-policiais. A história é simples: depois do arrego do trafico, eles resolveram administrar as coisas por eles mesmos. Expulsaram os traficantes e passaram a traficar. Como isso ainda era pouco bizarro, eles passaram a cobrar proteção de comerciantes, moradores, fazer todo tipo de gato (contradição já que são ratos). Enfim, dominam e amedrontam as favelas, comunidades que um dia ajudaram a libertar.
No livro a “Elite da Tropa” o autor nos informa, que a chegada do Papa provocou ações higiênicas nas periferias cariocas. Buscou-se mais do que nunca diminuir os índices de violência, nem que para isso fosse preciso a falseação de dados. O falecido Michael Jackson para realizar as suas filmagens teve que contar com os beneplácitos do trafico. Tudo isso sinaliza para uma relação de parceria entre o trafico e o poder oficial, de forma um nunca contrariar o outro. Todavia, a apreensão de 8 toneladas de drogas, armas, motos no complexo do alemão indicam que o enfraquecimento do CV é o fortalecimento do Estado. A pergunta que tira o sono é: dede quando no estado do Rio há um estado desatrelado do poder paralelo? Se não há, enfraquecer o comando vermelho fortalece quem? Talvez em outro livro como “A Elite da Tropa” ou quem sabe em Tropa de Elite 6 viemos a saber.
Complexo de Alemão
(cs) adj. 1. Que abrange ou encerra muitos elementos ou partes. 2. Observável sob diferentes aspectos. 3. Confuso, complicado, intricado. [opõe-se a simples]. 4. Grupo ou conjunto de coisas, fatos ou circunstancias que tem qualquer ligação ou nexo entre si. 5. Psiq. Grupos de idéias inter-relacionadas que tem um denominador emocional comum o qual influencia, significativamente, as atitudes e comportamentos de um individuo.Todos os significados se aplicam a favela do alemão e tentaremos discutir cada uma delas, ou especialmente algumas; como a de complexo pela ótica da pisq. As epigrafes foram retiradas de uma entrevista que Marcola, integrante do PCC deu ao Globo ou a Folha de São Paulo, não sei mais:
http://acertodecontas.blog.br/atualidades/entrevista-com-o-lider-do-pcc-marcola/
1. Que abrange ou encerra muitos elementos ou partes.
Olha aqui, mano, não há solução. Sabem por quê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o divino Dante: "Lasciate ogna speranza voi Che entrate!" Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno." (Marcola)Falando de Dante e a sua descida aos infernos, trago aqui parte de minhas lembranças em um trabalho que desenvolvemos em desdobramento e psicografia anos atrás. Já faz quase uma década, que psicografamos um livro, cujo tema central era o tráfico. O inusitado, no entanto, é que o trafico referido era energético. O que conduziu o trabalho para as searas da prostituição e da mediunidade, temas que também se associam a trocas ectoplasmaticas.
Entre o contato com o mundo espiritual e o cruzamento de dados com o mundo físico é notório a muitos, que o trafico de drogas, de órgãos, de animais, de pessoas, de armas, assim como o mercado da pornografia são os que mais rendem lucros e dividendos no comércio mundial. A estranheza dos fatos é que esse mercado ilícito abastece e financia o dito mercado licito, de forma promiscua e escandalosa. Sendo que o rastro deixado dessa promiscuidade é a famosa lavagem de dinheiro. No entanto, a lavagem de dinheiro, anda ganhando níveis de sofisticação e de cumplicidade com o mercado formal, que já não se distingue mais dinheiro licito de ilícito. O efeito colateral mais recente dessa promiscuidade foi dada com o crash do mercado imobiliário americano, levando a bancarrota as bolsas do mundo todo.
Exemplo de como esse mercado funciona seria pela supervalorização dos imóveis. Valorizam-se os imóveis para que quanto mais caro eles ficarem, maior a possibilidade de se lavar o dinheiro em uma transação: única, legalizada e até mesmo com aval bancário. É notório para compradores e vendedores que o imóvel vendido não é compatível com o valor real cobrado, pelo contrário, mas... É desse lastro econômico que se efetiva e se efetua a lavagem do dinheiro. É uma matemática bizarra, lucrativa apenas para uma parcela minúscula e prejudicial para o mundo inteiro.
Em um cruzamento de dados talvez fosse possível fazer uma associação do Bum imobiliário com a contravenção. E como não poderia deixar de ser, este mercado pelo poderio econômico acaba colonizando outras esferas, como a política, a judiciária, a de comunicação. Finalizando, este é um mercado que infesta a todas as localidades do mundo. Especificamente, no Brasil, informações de Wálter Fanganiello Maierovitch dão conta da infiltração cada vez mais influente da Nadrinheta, máfia italiana, diretamente relacionada ao trafico de drogas, a lavagem de dinheiro, a corrupção, etc...
domingo, 22 de agosto de 2010
As dezrazoes do riso
Durante as nossas conversações
cirandeiras, há quase três semanas atrás, surgiu a reflexão sobre humor e
espiritualidade, humor e religião. Fiquei lembrando do meu lorde Múcio, amigo
de faculdade, que gostava de fazer caricaturas dos nossos colegas de turma e
dos professores. A maioria adorava quando se fazia dos outros e sentia-se
ofendidissimo ao serem retratados. Sempre perguntavam para meu lorde, ou para
seus colegas mais próximos: “eu sou assim? É assim que você me vê?” De forma
geral quando retratados a graça da caricatura transformava-se em um tipo de
ofensa. Por que?
Isso me faz recordar de uma aluna que
nos imitava (nós os professores) magistralmente, hilariamente, no entanto,
apenas eu e mais duas colegas achavam graça. Na verdade, apenas nós três vimos
ela fazendo as imitações, senão idênticas, pelo menos muito fidedignas. E a
aluna sentia-se ameaçada caso descobrissem que ela imitava alguns professores.
Mas, conto tudo isso e reflito sobre
tudo isso, porque a gente (cirandeiros) se perguntava se seria possível rir dos
evangélicos, dos espíritas, dos budistas, dos esquisotericos, dos astrólogos,
dos nova energia, enfim de nós mesmos. E enquanto Julio nos falava da
necessidade e da espirituosidade de rirmos de nós mesmos. Eu cismava que a
tendência natural é rir dos outros e quando o humor se volta sobre nós, o acharmos
provocativo, apelativo, incoerente, enfim, sem graça e o humorista, ou
comediante um des-graçado.
II
O TSE em uma medida no mínimo
arbitrária proibiu a satirização dos candidatos e das eleições. Proibiu mais,
proibiu a humorização dos candidatos, das campanhas, etc. O engraçado é que o
TSE não proibiu ou proibirá a candidatura de figuras que zombam, ou representam
o que são as eleições no nosso país: uma piada representativa, figurativa,
cheia de canastrões e seres canhestros. No entanto, achou válido e legitimo
censurar humoristas país a fora.
III
Os jornalões, como chama Mino Carta, se
declaram neutros. Dá para imaginar que a Veja, o Estado de Minas, a Folha de
São Paulo sejam neutros? Da para acreditar em neutralidade quando uma revista
semanal posta a foto de uma presidenciável com os dizeres: “O passado de Dilma”
e retira uma foto dos porões da ditadura? As vésperas das eleições? Quando se
sabia que ela aumentou seu percentual em relação ao outro candidato?
Mas, eles declaram, abertamente, que
fazem um jornalismo imparcial. Chamam petistas de aloprados, criam escândalos,
inventam factóides, aceitam dossiês fajutos, fabricados e inventados pelo
orelhudo Daniel Dantas, mas se declaram imparciais. Mas sobre isso, Nassif e
Paulo Henrique Amorim falam e escrevem mais claramente do que eu, haja vista, o
site conversa afiada: http://www.conversaafiada.com.br/ e o caso Veja
http://sites.google.com/site/luisnassif02/ Este em especial, depois de tudo o
que tem sido mostrado por essa revista é caso de fechamento, mas entre nós,
ventilar tal possibilidade é tido como cerceamento da liberdade de expressão.
Expressão de quem? Mas não é este meu objetivo de agora e sim tecer uma
comparação.
Assisti ontem a Dilma no jornal
nacional, hoje eu vi a Marina. E eu fico me perguntando: “por que a gente se
submete a isso? Por que mesmo sabendo que serão trucidados, crucificados,
triturados e devorados se vai ao encontro dessa gente?” Eu não sei e nem
entendo e fico chateado de ver. O Boner pode votar em qualquer um é um direito
que lhe assiste. O casal global pode até vestir a camisa do seu empregador e
tal como Cid Moreira chorar quando teve que ler um direito de resposta
conseguido pelo falecido Leonel Brizola ( por falar nele quem gosta, visite o
blog tijolaço. É escrito pelo neto dele), mas a falta de cortesia com a qual
tratou a ambas, em especial a Marina que é um doce, foi profundamente
descortês. Mas... espero para ver qual será o tratamento dispensado a Serra.
Talvez a rispidez, a grosseria seja marca do casal, creio que não, mas pode
ser. Creio que eles sejam extremamente simpáticos e dóceis com aqueles que eles
tem simpatia. É vergonhoso chamar isso de imparcial.
Eu vi partes da entrevista do Serra.
Boner tentou ser duro, ríspido, mas não conseguiu. Não sei se foi por questão
de gênero, ou por questão ideológica. Ou se por ambas. Ou se tudo não passa de
imparcialidade jornalística de um padrão neutro de qualidade.
IV
Ontem assisti CQC (creio que tenha sido
semana passada) e a intromissão deles em meio ao debate para perguntar sobre a
censura nos programas humorísticos. Todos os políticos disseram o que falei no
item I: não! tudo bem! sem problema! Apenas Marina disse que é melhor quando se
faz com o adversário. E alegou ainda que isso é perigoso, porque pode ser
utilizado pelos meios de comunicação imparciais.
E aí é o ponto que eu queria chegar. A
gente ri do que? O que tem graça? Não é o racismo, o machismo, a esperteza, a
vantagem? Não são invariavelmente disso que rimos e debochamos: dos pobres, dos
gordos, dos menos favorecidos, dos velhos, dos com problemas mentais, físicos?
Estou falando de humor politicamente correto? Espero que não. Mas o humor
político pode ser respeitoso, principalmente, quando os candidatos não fazem os
eleitores de palhaços. Creio que o mais oportuno seria o TSE proibir,
restringir o que fazem o casal Bonner, a Veja, os jornalões diariamente. Na
falta de peito, foram no lado mais “fraco”, os humoristas.
Mas a outra questão é: não é mais
preocupante quando eles querem falar sério? Eles jornalões? Não é infinitamente
mais perigoso? Não foi falando sério que eles deram o golpe em 64? Não foi
falando sério que eles apoiaram o golpe por mais de 30 anos? Não foi falando
sério que se fez a edição do debate do segundo turno em 89, que acabou com
Lula? Não foi falando sério que eles criaram o caçador de marajás? Não é
falando sério, que o bobo da corte, pago por Daniel Dantas, destila seu veneno,
semanalmente, na Veja?
V
Voltando ao que interessa, Gustavo nos
apresentou um vídeo da 3ª insana, cujo nome do espetáculo é Santa Paciência.
Vale a pena dar uma olhada, olhando, responder: é engraçado? Quando eu postei
sobre o Pai Tinga, parece que somente eu e Elo achamos graça. De qualquer
forma, eu achei hilário e você? Bjs em todos.
terça-feira, 20 de julho de 2010
As nuvens: o caso Bruno
Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem. Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno. {Mateus18. 7,8}