quinta-feira, 2 de junho de 2011

Engenharia Energética

Da série Engenharia Energética

Este post abre a série sobre Engenharia Energética. Mas afinal, o que é isso?

As engenharias são muitas. Recordo que em minha infância havia apenas a mecânica, a civil, a elétrica. Depois surgiu a aeronáutica, a naval, a mecatrônica e hoje temos de telecomunicações, de alimentos, de produção, de automação e outras tantas. Recebendo passe e conversando com as entidades que auxiliavam na emissão dos mesmos, percebi que o trabalho desenvolvido por eles é um misto da atividade dos engenheiros, com uma parte de medicina, adentrando o ramo da psicologia e se completando na atividade dos acumpunturistas. A soma dessas atividades proporciona uma forma bem diferenciada de observar os corpos biológicos, a isto denominei Engenharia Energética.

Ela já engatinha em nossa dimensão e diz respeito a profissionais que começam a perceber o corpo humano como uma aparelhagem bio-energética. Profissionais que olham para o nosso combinado de carbono e enxergam mais do que um corpo biológico, mais do que um corpo físico em seus desdobramentos mecânicos e funcionais. Profissionais que começam a perceber que por detrás dessa visão mecânica há um ordenamento sistêmico, de ampla regulagem energética, que dialoga de forma estreita com toda a fisiologia mecânica do corpo. Sendo que, aprender a observar essa nova mecânica, possibilita uma nova forma de se entender como o corpo humano e os aparelhos orgânicos situam-se dentro da diversidade do macrocosmo. De forma que acreditamos, que o estreitamento dessas relações, possibilitará em um futuro próximo a criação de um curso denominado Engenharia Energética. Um saber, provavelmente, de pós-graduação voltado aos profissionais das áreas médicas e da saúde que pretendem observar e compreender melhor o sistema humano e a sua circuitação energética. Um saber que teria como objetivo proporcionar aos profissionais encarnados visualizarem o corpo humano, de forma similar, a maneira que os engenheiros espaciais o visualizam e o concebem. A saber, eles visualizam o corpo humano, no que se refere ao seu aspecto externo, como um sistema eletromagnético, com ampla amplitude, dimensionando outros corpos além do físico. Já no que se refere à visão de nossos órgãos internos, eles percebem o corpo humano como uma hidrelétrica acesa em pleno funcionamento. Isto é, cada veia, artéria, vaso sangüíneo é uma corrente luminosa na qual eles conseguem de forma magistral acender, aumentar a voltagem, impedir blecautes, desviar excesso de correntes. Enfim, eles conseguem uma regulagem que garante condições de melhora do mecanicismo fisiológico do corpo humano.

Nesta série pretendemos falar um pouco dessas abordagens, dessas visões e concepções que tendem mais para a ficção cientifica do que para uma realidade imediata. Todavia, nos parece que falar disso, comentar sobre isso, auxilia na ancoragem e na materialização dessa concepção de forma mais rápida entre nós.

Bjs em todos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Agradeça e Receba

Agradeça e Receba.




Da série- Aprendizado da semana.

Todos os dias, antes de iniciar os trabalhos aqui na Iluminar, eu faço algumas movimentações energéticas. Eu gosto, fico bem, mas a minha praia é outra. Numa dessas meditações, olhei a sala e eles me mostraram como ela é no espaço. Gosto de ver como as coisas são no outro plano e o que falta para materializarmos essas coisas no nosso plano físico. Eu vi que entre as muitas coisas, na sala ainda faltava um altar.

Era um altar diferente, porque as representações e menções as entidades se faziam de forma simbólica, tácita, indireta, com um viés mais energético do que religioso. Assim, não tinha aquela quantidade de imagens, que sempre me assustou na infância, quando adentrava algumas casas de benzedeiras e cartomantes. Aquele sincretismo maravilhoso, mas que aos olhos de uma criança, que via os dois planos dimensionais, soava estranho: Jesus de braços abertos ao lado de uma imagem de uma mulher vestida de saia vermelha, com seios a mostra e rosa entre os dentes. E outras imagens mais. De modo que, fisicamente, eles me mostraram representações mais sóbrias, excluindo, parcialmente, as imagens: uma vela de 7 dias, um incenso, um cachimbo, uma rosa e outras flores, cristais. Falta ainda uma figura geométrica. Enfim, era uma configuração simbólica, uma expressividade simbólica das energias que atuam no espaço em ressonância com o nosso trabalho aqui na matéria.

E foi num desses dias no qual preparava o altar, ia colocando item a item e gostando, imensamente, de realizar cada um deles, que Oran me disse: “agradeça e receba!” E eu fiquei.... Agradeça e receba o que? A tudo! Este era um exercício que eu deveria realizar por uma semana.

Fiquei uma semana agradecendo e recebendo. Xingamento também? Tudo!

Ao final de uma semana a energia mudou. Era outra. As coisas chegavam sem tanto impacto. As coisas voltavam de mim sem tanta carga. A energia ficou mais amena, menos espinhosa e pontiaguda. Foi uma pratica que incorporei ao meu dia-a-dia cujo efeito se faz mais premente agora, quase um mês e meio depois. Recuperei uma calma, uma aceitação, uma tranqüilidade que há muito tinha perdido ou deixado de lado.

Se possivel, agradeça e receba.

Bjs em todos.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Boa Vontade e Bom Coração


Da série Aprendizado da Semana.


Logo após alugar uma sala para meus atendimentos, a dificuldade foi encontrar um profissional que instalasse uma divisória. Primeiro veio um conhecido: viu, mediu, marcou e não mais voltou. Em seguida, veio um marceneiro, que alegou que o trabalho era de serralheiro. Por seguinte, veio um serralheiro que se prontificou de imediato em ver o que eu desejava, vendo, constatou não possuir o material para realizar o trabalho. Fiquei pensado, que coisa é essa divisória? Liguei para mais dois que nunca retornaram e tampouco apareceram. Achei um quinto que viu, mediu, avaliou, disse que ficaria pronto em poucas horas, mas cobrou 480 reais. Eu já tinha a porta e três divisórias.

Nesse vai e vem consegui conversar com um senhor que trabalhou com meu tio. Marcamos. Ele veio até aqui, mediu, viu, informou que faltaria ainda mais uma parte e alguns materiais, que assim que eu realizasse a compra do material entrasse em contato com ele. Compramos o material no dia seguinte e no outro subseqüente ele realizou a instalação em 30 minutos. Fiquei vendo aquele senhor de setenta e poucos anos trabalhando. Fiquei ouvindo a sua sabedoria (não dá idade), mas pela forma de levar a vida, de vivenciar o trabalho. Cobrou 80 reais. Ao paga-lo, antes de receber a nota ele disse: “Deus abençoe!” e a nota, acredite ou não, expandiu. Aquela energia expandiu, ficou maior. Foi a segunda lição que aprendi com ele e incorporei ao meu dia-dia. Não há nenhum pagamento no qual antes de receber eu não externe: “Deus abençoe.” E ele tem abençoado.

Mas a lição máxima que ele me legou foi uma frase que ele disse mais de três vezes e é o titulo dessa mensagem: “Bom coração e Boa vontade.” Quando eu lhe explicava a dificuldade que foi encontrar um profissional da área, de como eu cheguei a pensar que colocar divisória era coisa de outro mundo, ele sempre respondia: “precisa de bom coração e de boa vontade.” E de fato a gente não necessita de mais. Tendo essas duas coisas- boa vontade e bom coração- os problemas são vivenciados de forma diferente.

Estas foram às lições que aprendi mesmo antes de começar a trabalhar.

Bjs em todos.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Rezando por Bobby


"A história verdadeira de Mary Griffith, uma ativista de direitos homossexuais cujo filho cometeu suicídio por intolerância religiosa". Uma sinopse critica do filme pode ser encontrada aqui nesse link:

Rezando por Bobby é um belo filme, porque retrata uma história real e trágica. E eu não sei até que ponto podemos retirar o caráter de tragicidade da descoberta sexual de milhares de jovens, das mais variadas orientações sexuais. Estou falando de estupro, de pedofilia, de primeiras vezes ruins. Estou falando dos milhares de crimes cometidos contra os homossexuais. Estou falando de mulheres que nunca atingiram o orgasmo no ato sexual e nunca gozaram, nem se tocando, porque isso é encarado como pecado. Estou falando de como no ocidente sexo nunca esteve atrelado a amor. E nunca houve entre nós amor sem culpa e sexo sem culpados. Desculpem-me, mas nos casamentos de contos de fada, o príncipe não transa com a princesa. Nos contos de fada, novelas da Globo, filmes de Hollywood não há espaço para a vida de casado, para os conflitos das relações amorosas e de como eles ensejam e incutem na vida sexual. Assim, nessas retratações acredita-se que o amor sem o sexo resolve tudo. 

O filme me chama atenção também pela falta de espaço para eles serem escutados. E quando digo eles, quero estender também a todos os adolescentes, jovens, eles não são ouvidos. Essas angústias mais profundas acerca do amor não são ditas, faladas, debatidas. Porque o amor é uma angústia. A possibilidade de não ser correspondido em seu afeto é uma dor de morte, um impulso terrível que te compele em direção ao outro. E se este outro, simplesmente por capricho dos deuses, não for flechado pelo cupido, a dor dilacera. O poeta já dizia: “Esta vida é uma faca de dois gumes fatais: não amar é sofrer; amar é sofrer mais”. E se isso é doloroso, angustiante para amores permitidos, o que não se sofre quando o amor não é permitido? E quem permite o amor? A Igreja? O Supremo Tribunal Federal? Tem sentido isso? De modo que se é terrível a carga pesada, doentia, que se coloca sobre as questões sexuais em nossa sociedade. E se isso é naturalmente trágico para todas as orientações sexuais, entre os homossexuais, transexuais, creio que essa carga deva chegar às raias do suicídio como se deu com Bobby. 

E suicida-se devido a forte pressão e desamor das religiões que oferecem cura para os desejos. Enquanto a Igreja está apodrecida e abarrotada de padres homossexuais, alguns pedófilos, as igrejas protestantes cheias de pastores que amam suas fieis casadas, de líderes espiritistas e espiritualistas que fazem ares de bom moço, enquanto se envolvem em corrupção de menores e outros; a sana se faz em torno dos homossexuais. Com archotes e livros sagrados nas mãos sobem no púlpito para pregar o desamor em nome de Deus. E a minha pergunta é: o Deus de Deuteronômio serve a alguém, se não a um extremista radical? A visão atribuída a Kardec, do século XIX, acerca da homossexualidade serve a alguém se não aos mesmos inquisidores reencarnados? 

A sociedade civil, laica, o Estado Democrático de Direito brasileiro, aguarda e espera que o Supremo Tribunal Federal garanta o direito a cidadania aos seus filhos e irmãos. Que lhes sejam assegurados legalmente o direito inalienável de amarem, se unirem e manifestarem esse amor e suas atividades sexuais com quem desejar, simplesmente não cabe ao Estado regular sobre isso e é uma vergonha que o tenha. Que aqueles que querem impor seu ponto de vista religioso, preconceituoso sobre a sociedade, que percebam estarmos no século XXI, ou que mudem para o Paquistão, para o sul dos EUA, para o Afeganistão, os Talibãs, a Ku Klux Klan, e os xiitas sempre precisam de mais homens bombas, de mentes raivosas e odiosas contra todas as diferenças e diferentes. 

Bjs em todos



segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Solista


O filme é de uma beleza peculiar, de uma força suave, de uma tensão amena, que se faz melódica, musical. Mas o filme não me importa agora. Agora me importo com a beleza da loucura e a esquisitice do transtorno mental. E o ponto é: se “de perto ninguém é normal”, qual a distância para o nosso afeto? O que eu quero dizer é que a loucura é genial de longe. De perto o transtorno mental é difícil de conviver para familiares, amigos, parentes, principalmente, para o próprio “louco”.

Eu sou um apaixonado pela loucura, pela sua força transgressora, pela sua visão externa que é sempre tida como genial. Mas, eu nunca vi a tristeza solitária da loucura, na verdade, do transtorno mental. Aquela sensação de que provavelmente você nunca vai se encaixar, nunca vai se enquadrar, nunca estará normal e será normal e quanto mais tentar, pior ficará. Aquele estado no qual se sentira sempre fora do lugar, sem lugar.

Para quem nao sabe, eu sou um observador distante do movimento antimanicomial. Em verdade aprendi com Carlinho Calazans, na marcha dos sem terra, a estar presente em toda luta. E a luta do movimento antimanicomial sempre trouxe aspectos meus para o combate. Eu respeito o dito louco, com mais zelo de que se respeita uma criança. E neste dia 18 de maio de 2009 fiquei recordando, da primeira manifestação da luta antimanicomial, creio que em 97/98. Tinha-se em torno de vinte pessoas. Os próprios internos, pacientes nao davam a cara. Tinham vergonha, os familiares escondiam os seus, poucos davam a cara e os que davam recebiam aquele escarro silencioso do desprezo em uma das faces e da indiferença na cara propriamente dita. Foi com um prazer incrível que no último dia 18, casualmente, vi sete ou oito alas com internos, psicologos, psiquiatras, alunos, estágiarios, muitos fantasiados, tocando tambor e seguindo tres trios eletricos. Eles pararam o centro da cidade. Eles nao eram apenas dez, vinte, eles eram uma media de 500 andando pelo centro da cidade. Indo em direção a praça para se mostrarem cidadaos nao apenas de um um estado, de um municipio, de um país e sim de um planeta. Eles mostravam a cara, a face e o olhar da população mudou muito nesses últimos anos. Eu, testemunha muda, ocular, anônima, olhava para alguns deles e ficava vendo: uns muito doidos de muita violencia, de muita agressividade contra o proprio espirito, assustava a gente, até que olhamos para eles de novo e encontramos o humano em nós e neles. Outros eram de uma beleza, de uma lindura tão sutil, tao diafana, enchia o coração da gente de gentileza, de respeito. Eu os olhava caminhado pela rua e agradecia a Deus, aos psicologos, aos psiquiatras, aos que estão nesta lida, por acolherem estes seres tão especiais, vindo de tão longe e que podem nos ensinar tanto. Queria ter abraçado cada um deles e pedido desculpas por nós sermos assim, por nós nao sabermos acolher e receber hospedes tão gentis e diferenciados. Por nao sabermos respeitar, ouvir, compreender, compartilhar e partilhar diferenças.

Assim, o que posso fazer senão abraçar todos os loucos que eu sou? Assim o que posso fazer senão recolher todos meus transtornos mentais, minhas dores emocionais e me esforçar cada vez mais para ser feliz? Hoje eu voltei a acreditar na felicidade. Mais do que prova dos nove, mais do que prova dos setenta vezes sete (karma), a felicidade é a meta a ser alcançada, a ser atingida. E a felicidade é pouca como um sorriso, a felicidade é tanta como um sol, a felicidade é única como as milhares formas de vida e de viver. A felicidade é a busca, é o encontro, é a caminhada.

Cito o poema que encontrei em uma exposição realizada por "doidos". Esse expressava a sua poesia, o seu ser, ele tocou o meu, me envolveu, me fez feliz, me fez melhor, não pode me fazer mais feliz talvez porque a felicidade é única como caminhar rumo ao sol. Mas me fez melhor, porque pelo caminho descobri que o outro existe. Vai aí o poema:

Quem é louco?

Ele que ouve vozes

Ou você que nunca ouve ninguém?

Ele que vê coisas

Ou você que só se vê?

Ele que fala o que pensa

Ou você que fala sem pensar?


Quem é louco?

Ele que diz ser rei

Ou você que se acha um e não diz?

Ele que não controla seu humor

Ou você que finge ser estável?

Ele que cria neologismo

Ou você que não sai dos estereótipos?


Quem é louco?

Ele que tem fuga das idéias

Ou você que não abre mão das suas?

Ele que não dorme a noite

Ou você que passa a vida inteira dormindo?

Ele que tenta se matar

Ou você que se mata todos os dias?


Em fim quem é louco?

Ele que não se mascara

Ou você que tira a máscara e vive uma vida de fantasia?

Quem é louco?

Que tire a máscara antes de perguntar.

Victor Martins dos Santos. CC Pampulha.

beijos em todos!

domingo, 13 de março de 2011

O Assentamento do feminino



Estávamos pronto para o feminino? Creio que não. O patriarcado cerceou a expressão e manifestação do feminino. Aos poucos essas grades e grilhões que aprisionavam corpo, mente, alma, espírito foram afrouxando, se rompendo e começamos a vislumbrar manifestações mais cristalinas do universo feminino. Não pensem aqui o feminino enquanto gênero não é disso que estamos falando. O feminino aqui seria melhor exemplificado pela energia yin. E esta energia esteve condicionada a determinados espaços, a determinados momentos, a determinados grupos. Ela nunca foi, na história recente do planeta, uma energia de plena circulação, pelo contrario. Ela foi suprimida, exaurida, esquecida, tresloucada e a manifestação dela em alguns indivíduos ou em algumas localidades resultou em severas criticas e julgamentos. Quero pensar na colonização européia (yang) das culturas ameríndias, africanas e asiáticas, que se já não era de todas (yin) estavam muito longe de serem yang, tanto que foram dominadas. Todavia, mais do que ver isso como uma tendência meramente coletiva e universal, ela se deu também no universo individual de cada um de nós. Aos poucos fomos educados homens e mulheres para ter um olhar cruel para com o feminino, principalmente, porque ele atestava a nossa fraqueza, fragilidade. Mas não quero discutir essas reflexões por enquanto, agora eu quero continuar com as psicofonias que me foram passadas no mês de março e que dialogam com os acontecimentos recentes do nosso planeta.

Ao que parece a energia feminina, árabe, dançante (dança do ventre), serpentina, integrativa (alquímica) retorna ao planeta. Ou melhor, ela se faz, novamente, possível de ser ancorada, amparada e sustentada por nós. Isso tende a trazer avanços e descobertas que se encontravam a muito esquecidas. Trabalhos com cristais, trabalhos lemurianos tendem a ganhar uma maior visibilidade (é uma expectativa ou uma previsão? Veremos mais tarde). Trabalhos de integração, de fusão também. Será um belo ano o que não retira dele os atos furiosos, as desrazoes, as lutas, as batalhas, as querelas, como podemos indicar e salientar no post anterior.

Politicamente e essencialmente há um retorno da sabedoria do islamismo. Não isso que hoje entende-se e interpreta-se e alardeia-se como Islã, mas aquela velha tradição que os mestres sufis ainda guardam. Aquela velha sabedoria dos povos do deserto que sempre reservavam um espaço na sua tenda para o outro, para o estrangeiro, para o viajante, justamente para dele ouvir o desconhecido, o diferente. O islã foi a porta de encontro das mais diversas culturas o que lhes permitiu “criar” uma ciência integrativa denominada Al’kmia. E foi essa energia que possibilitou aos europeus saírem do desterro intelectual, da peste medieval que infestava a atmosfera daqueles tempos. Foram os árabes que re-abriram o mundo para os europeus. A Europa vivia situação idêntica ao que o Taleban impõe a sua população. Esta mesma ciência denominada Al’Kmia, os africanos, na figura dos egípcios, davam outro nome Tep-heseb e segundo uma recente historiografia filosófica francesa, isto teria sido as bases do Logos grego e do metodo cientifico experimental de Bacon, Galileu.

De todo modo, o retorno dessa energia Abre para a circulação de novas energias, em especial, a Al’ kmia. As integrações, as suavizações, as harmonizações do masculino e do feminino. Energia que são ativadas pelo feminino representado pelo isla, pela dança da serpente, pela dança do ventre. Uma nova ordem de acontecimentos irrompe. Um novo mundo surge. Amparar este mundo energeticamente parece ter sido por décadas o ofício e a atividade dos trabalhadores da luz. O que as nossas intenções, energias geraram, gestaram e produziram: o retorno do feminino ao mundo. O retorno da Mãe à Terra. A integração dela com o masculino e com o pai. Uma nova geração nasce, uma nova raça brota. Pode ser que não, mas a energia está aí.

Os trabalhadores da luz gestaram o retorno do feminino à Terra. E ela no seu ritmo, na sua docilidade, vem ocupando lugar e espaço. Vai provocando modificações e transformações que segundo Luis Soares, somos tão autocentrados no masculino, que nem as percebemos, a não ser, quando esse movimento se faz gritante. Estamos tão centrados na energia yang que o movimento sutil da energia yin nos passa desapercebido. Sabe caricia, sutil, leve, suave, como brisa que brinca na pele da gente? E de tão suave, de tão perto, de tão intimo que a gente não sabe, não vê, não entende e não percebe? E por tudo isso a gente a ignora, a "despreza", a machuca. E na contra movimentação dessa mesma energia ela nos machuca, mas como não é um corte, não é uma fratura a gente continua sem vê-la e percebê-la. Apenas, quando isso se faz uma fissura na alma, na mente, no espírito e bloqueia nossas ações físicas, que começamos a tentar parar para percebê-la, geralmente ela já fez estragos.

Luis acaba nos mostrando como que essa energia tem se movimentando pelo planeta de forma sutil, derrubando tudo, produzindo ações que pensávamos inesperadas e impossíveis. Ele insinua a ação de Gorbatchov na Rússia que culmina na queda do muro de Berlim (1989), lê a energia da Dama de ferro na Inglaterra (década de 80) uma mulher como primeira-ministra, mas ainda carregada por uma forte energia yang. O atentado de 11/9/2001 é a marca categorica dessa energia do inesperado atuando diretamente e visivelmente. Ele chama atenção direta para as muitas presidentas na America Latina, para a ocupação da casa branca por um negro. Pontua a geografia desses movimentos políticos nascendo no Egito, passando por vários outros países africanos e do oriente médio. E nos mostra como que nesses pontos, Egito, em especial, Incas, Maias, a energia feminina “reinavam”. E como que é desses pontos que ela "reacende", se faz notada, visível.

Finaliza nos falando de Shambala. Uma dimensionalidade que esteve demasiadamente afastada da Terra física, mas que volta a ser perceptível em níveis mais físicos. Essa presença de Shambala evoca uma conexão interna de Gaia entre as montanhas do Himalaia e as do Andes (assunto amplamente documentado pela literatura esotérica), mas que podemos ler como sendo uma passagem do feminino.

Alguns dançaram sem ouvir a musica e foram chamados de doidos. Alguns cantaram sem saber ao certo a melodia e foram chamados de desafinados. Alguns viram antes de acontecer e foram denominados de visionários, quando não de loucos. Mas o tempo de vocês chegou. A música que ouviram já se toca na terra e permite passos de dança mais arriscados, mais elaborados. A energia que visualizavam de forma tênue, tomou corpo, se definiu, já é nítida, palpável. Ainda não é o paraíso, mas já estamos mais próximos do céu. Já estamos mais próximos de nós. Seres vêm chegando para serem abraçados e abraçarem, cantarem e dançarem. É um novo momento, é uma nova Terra. Continuem lançando luz na escuridão porque a explosão da super nova já se fará visível a todos.

2011: O ano da Delicadeza


Desde o final do ano de 2010 estou buscando compreender o que e como seria este ano de 2011. Diferentemente dos demais anos, essa duplicidade de 1 me despertou uma curiosidade em saber e entender melhor as potencialidades desse ano. Assim, entre final de fevereiro e meados de março teci considerações que acabaram sendo proféticas, preditivas e as resolvi copiar da lista e posta-las aqui no blog. O pano de fundo de tudo isso é falar do Tsunani que assolou o Japão nesta semana. Mais precisamente é identificar essa delicadeza a uma energia feminina de manifestação.

Desde o dia 27 estou aqui as feitas com a numerologia. Estou tentando replicar e encontrar na história essa data (2011) e simular outros anos pessoais idênticos a este que entraremos (4).

2011 será um ano 4. Um ano 4 dos mais interessantes, porque promete estabilizações, estruturações mediante conflitos, tensões, lutas, querelas. Aqui penso que a campanha política antecipou um pouco desse estado de coisas como evidenciamos naquelas polemizaçoes maniqueísta realizada seja pelo aborto, pelo direito do casamento entre homossexuais, seja pelo simples fato de oposição partidária e ideológica. Esse 2 seguido do 0 é sempre margem para o infinito, para o inusitado. Ele foi a tonica da década de 2000, ampliada por um outro 0 (2001 por exemplo) e que na década de 2010 perdeu a força e o impacto do inaudito, das múltiplas possibilidades, do caos, pelo menos um pouco. O governo Dilma já começa falando de estruturação do câmbio, alteração da taxa de juros, controle. Vindo de um ano 3 (2010) tem tudo para ser compreendido como arrocho, no entanto, para parte dos especialistas são medidas austeras, disciplinadoras para fazer um controle maior de reservas e fundos. Ao lado disso soma-se todo um discurso em investimento em infra-estrutura. O ano 4 na política iniciou nos primeiros debates presidenciais.

Mas, talvez o que eu vejo como mais significativo seja a marca da individualidade duplicada 1 1. Estou aqui querendo entender melhor como será esse arranjo, como que esse duplo 1, e até mesmo esse número mestre (11) vão deixar suas marcas no ano 4. A querela pode ser registrada, entendida na tensão Dilma/Serra, mas muitos vão alegar que ali era ainda 2010. Ano que também traz as marcas dessa tensão. Observar como se dará essa influencia do 1 na composição final é interessante e é isso que me deixa ao mesmo tempo curioso e "amargurado". É a primeira vez que acontece 2011 na história da humanidade e nunca mais ira repetir e acontecer de novo, já que, se coloca uma das contradições mais estonteantes da numerologia, a saber, adotamos uma lógica circular, mas empreendemos uma contagem linear. Na linearidade do tempo cada data é única e irrecuperável. Já na circularidade do mesmo tempo, a cada 9 anos, eles retornam sobre nós.

Em 23/2/2011 em nossa primeira reunião do ano, postei algumas percepções que captei depois de uma psicofonia.

Relatava que eles me mostraram uma nova Terra. Quando digo nova tenho que dizer que é a mesma, só que diferente, que outra. Uma nova Terra portadora de uma energia diferente. Na verdade, é uma re-abertura para uma velha energia. Uma energia cuja sustentação entre nós ficou difícil, complicada e acabou sendo "expulsa, exilada" da Terra. Um outro amigo espiritual, em comunicação psicofônica, na semana retrasada, nos relatava que uma chave de leitura para a compreensão da expulsão do paraíso poderia ser o “afastamento” da energia feminina do planeta. De todo modo, por inúmeros motivos, esta energia esta retornando, em verdade, esta se assentando, se acomodando e a presença dela causa abalos, convulsões, revoluções, transformações. Ou seja, esta energia que sempre esteve presente entre nós, durante muito tempo foi inibida, rechaçada, perseguida, não tolerada, não aceita, apartada. Tinham poucos seres capazes de dar assentamento físico a esta energia. Hoje já há uma coletividade maior de pessoas capazes de acolher, assentar essa energia nos corpos biológicos, produzindo e provocando uma nova forma de perceber a realidade, de lidar com o real, as preocupações ecológicas, as visões sistêmicas, a luta contra o machismo, a defesa das diferenças, o aumento dos transgêneros parecem ser caminhos dessa energia de retorno do feminino. E de todo modo, se ela é uma energia planetária o seu nascedouro parece localizar-se nas regiões das convulsões sociais como (Egito, Líbia) e toda a antiga Mesopotâmia.

É o retorno da energia feminina, mas o feminino na simbologia da serpente, na figura da integração representada pela Al Kimia. É o retorno dessa energia que Oran associou a re-aproximação energética de Shambala e de como esta cidade vibracional volta novamente a ser captada e seu padrão energético emanado e sentido de maneira mais forte e atuante. Falou de ativações dos chakras femininos da Terra, de seus circuitos energéticos serpentinos e dançantes, que estariam interligados a pontos femininos aqui da America Latina. Essas energias estariam novamente sendo movimentadas e o movimento de quadril delas, acarretaria e acarreta as inúmeras mudanças que estamos vivenciando neste ano.

Tudo isso levou Oran a referir a este ano como sendo o ano da delicadeza. E ia mostrando como que a delicadeza é firme, focada, direcionada. Como que a delicadeza desloca e altera situações. Como que a delicadeza movimenta a dureza, a rispidez e faz com que desmorone tudo o que esta erigida sobre pilares movediços. Duas figuras me vêm à mente: a água e o arcano a Torre do tarot de Marselha. A água pelo seu aspecto frágil, mas que tanto bate até que fura, perfura, atravessa, derruba, devassa. Trazendo para um aspecto preditivo a água será um componente marcante de 2011 (enchente, vazantes, deslizamentos) estou sendo profeta do acontecido. Num plano mais simbólico a derrubada de autoridades, uma nova analise do papel da mulher, discussões sobre o machismo, o autoritarismo, o belicismo. Pode ser um ano de basta para um momento diferenciado que se apresenta em 2012, um ano com mais transformações, mas com transformações bem mais tranqüilas. A Torre devido a um pedido de reavaliações, retomadas, reconstruções, ruínas, derrotas, desmanches, desconstruções.