domingo, 13 de março de 2011

O Assentamento do feminino



Estávamos pronto para o feminino? Creio que não. O patriarcado cerceou a expressão e manifestação do feminino. Aos poucos essas grades e grilhões que aprisionavam corpo, mente, alma, espírito foram afrouxando, se rompendo e começamos a vislumbrar manifestações mais cristalinas do universo feminino. Não pensem aqui o feminino enquanto gênero não é disso que estamos falando. O feminino aqui seria melhor exemplificado pela energia yin. E esta energia esteve condicionada a determinados espaços, a determinados momentos, a determinados grupos. Ela nunca foi, na história recente do planeta, uma energia de plena circulação, pelo contrario. Ela foi suprimida, exaurida, esquecida, tresloucada e a manifestação dela em alguns indivíduos ou em algumas localidades resultou em severas criticas e julgamentos. Quero pensar na colonização européia (yang) das culturas ameríndias, africanas e asiáticas, que se já não era de todas (yin) estavam muito longe de serem yang, tanto que foram dominadas. Todavia, mais do que ver isso como uma tendência meramente coletiva e universal, ela se deu também no universo individual de cada um de nós. Aos poucos fomos educados homens e mulheres para ter um olhar cruel para com o feminino, principalmente, porque ele atestava a nossa fraqueza, fragilidade. Mas não quero discutir essas reflexões por enquanto, agora eu quero continuar com as psicofonias que me foram passadas no mês de março e que dialogam com os acontecimentos recentes do nosso planeta.

Ao que parece a energia feminina, árabe, dançante (dança do ventre), serpentina, integrativa (alquímica) retorna ao planeta. Ou melhor, ela se faz, novamente, possível de ser ancorada, amparada e sustentada por nós. Isso tende a trazer avanços e descobertas que se encontravam a muito esquecidas. Trabalhos com cristais, trabalhos lemurianos tendem a ganhar uma maior visibilidade (é uma expectativa ou uma previsão? Veremos mais tarde). Trabalhos de integração, de fusão também. Será um belo ano o que não retira dele os atos furiosos, as desrazoes, as lutas, as batalhas, as querelas, como podemos indicar e salientar no post anterior.

Politicamente e essencialmente há um retorno da sabedoria do islamismo. Não isso que hoje entende-se e interpreta-se e alardeia-se como Islã, mas aquela velha tradição que os mestres sufis ainda guardam. Aquela velha sabedoria dos povos do deserto que sempre reservavam um espaço na sua tenda para o outro, para o estrangeiro, para o viajante, justamente para dele ouvir o desconhecido, o diferente. O islã foi a porta de encontro das mais diversas culturas o que lhes permitiu “criar” uma ciência integrativa denominada Al’kmia. E foi essa energia que possibilitou aos europeus saírem do desterro intelectual, da peste medieval que infestava a atmosfera daqueles tempos. Foram os árabes que re-abriram o mundo para os europeus. A Europa vivia situação idêntica ao que o Taleban impõe a sua população. Esta mesma ciência denominada Al’Kmia, os africanos, na figura dos egípcios, davam outro nome Tep-heseb e segundo uma recente historiografia filosófica francesa, isto teria sido as bases do Logos grego e do metodo cientifico experimental de Bacon, Galileu.

De todo modo, o retorno dessa energia Abre para a circulação de novas energias, em especial, a Al’ kmia. As integrações, as suavizações, as harmonizações do masculino e do feminino. Energia que são ativadas pelo feminino representado pelo isla, pela dança da serpente, pela dança do ventre. Uma nova ordem de acontecimentos irrompe. Um novo mundo surge. Amparar este mundo energeticamente parece ter sido por décadas o ofício e a atividade dos trabalhadores da luz. O que as nossas intenções, energias geraram, gestaram e produziram: o retorno do feminino ao mundo. O retorno da Mãe à Terra. A integração dela com o masculino e com o pai. Uma nova geração nasce, uma nova raça brota. Pode ser que não, mas a energia está aí.

Os trabalhadores da luz gestaram o retorno do feminino à Terra. E ela no seu ritmo, na sua docilidade, vem ocupando lugar e espaço. Vai provocando modificações e transformações que segundo Luis Soares, somos tão autocentrados no masculino, que nem as percebemos, a não ser, quando esse movimento se faz gritante. Estamos tão centrados na energia yang que o movimento sutil da energia yin nos passa desapercebido. Sabe caricia, sutil, leve, suave, como brisa que brinca na pele da gente? E de tão suave, de tão perto, de tão intimo que a gente não sabe, não vê, não entende e não percebe? E por tudo isso a gente a ignora, a "despreza", a machuca. E na contra movimentação dessa mesma energia ela nos machuca, mas como não é um corte, não é uma fratura a gente continua sem vê-la e percebê-la. Apenas, quando isso se faz uma fissura na alma, na mente, no espírito e bloqueia nossas ações físicas, que começamos a tentar parar para percebê-la, geralmente ela já fez estragos.

Luis acaba nos mostrando como que essa energia tem se movimentando pelo planeta de forma sutil, derrubando tudo, produzindo ações que pensávamos inesperadas e impossíveis. Ele insinua a ação de Gorbatchov na Rússia que culmina na queda do muro de Berlim (1989), lê a energia da Dama de ferro na Inglaterra (década de 80) uma mulher como primeira-ministra, mas ainda carregada por uma forte energia yang. O atentado de 11/9/2001 é a marca categorica dessa energia do inesperado atuando diretamente e visivelmente. Ele chama atenção direta para as muitas presidentas na America Latina, para a ocupação da casa branca por um negro. Pontua a geografia desses movimentos políticos nascendo no Egito, passando por vários outros países africanos e do oriente médio. E nos mostra como que nesses pontos, Egito, em especial, Incas, Maias, a energia feminina “reinavam”. E como que é desses pontos que ela "reacende", se faz notada, visível.

Finaliza nos falando de Shambala. Uma dimensionalidade que esteve demasiadamente afastada da Terra física, mas que volta a ser perceptível em níveis mais físicos. Essa presença de Shambala evoca uma conexão interna de Gaia entre as montanhas do Himalaia e as do Andes (assunto amplamente documentado pela literatura esotérica), mas que podemos ler como sendo uma passagem do feminino.

Alguns dançaram sem ouvir a musica e foram chamados de doidos. Alguns cantaram sem saber ao certo a melodia e foram chamados de desafinados. Alguns viram antes de acontecer e foram denominados de visionários, quando não de loucos. Mas o tempo de vocês chegou. A música que ouviram já se toca na terra e permite passos de dança mais arriscados, mais elaborados. A energia que visualizavam de forma tênue, tomou corpo, se definiu, já é nítida, palpável. Ainda não é o paraíso, mas já estamos mais próximos do céu. Já estamos mais próximos de nós. Seres vêm chegando para serem abraçados e abraçarem, cantarem e dançarem. É um novo momento, é uma nova Terra. Continuem lançando luz na escuridão porque a explosão da super nova já se fará visível a todos.

2011: O ano da Delicadeza


Desde o final do ano de 2010 estou buscando compreender o que e como seria este ano de 2011. Diferentemente dos demais anos, essa duplicidade de 1 me despertou uma curiosidade em saber e entender melhor as potencialidades desse ano. Assim, entre final de fevereiro e meados de março teci considerações que acabaram sendo proféticas, preditivas e as resolvi copiar da lista e posta-las aqui no blog. O pano de fundo de tudo isso é falar do Tsunani que assolou o Japão nesta semana. Mais precisamente é identificar essa delicadeza a uma energia feminina de manifestação.

Desde o dia 27 estou aqui as feitas com a numerologia. Estou tentando replicar e encontrar na história essa data (2011) e simular outros anos pessoais idênticos a este que entraremos (4).

2011 será um ano 4. Um ano 4 dos mais interessantes, porque promete estabilizações, estruturações mediante conflitos, tensões, lutas, querelas. Aqui penso que a campanha política antecipou um pouco desse estado de coisas como evidenciamos naquelas polemizaçoes maniqueísta realizada seja pelo aborto, pelo direito do casamento entre homossexuais, seja pelo simples fato de oposição partidária e ideológica. Esse 2 seguido do 0 é sempre margem para o infinito, para o inusitado. Ele foi a tonica da década de 2000, ampliada por um outro 0 (2001 por exemplo) e que na década de 2010 perdeu a força e o impacto do inaudito, das múltiplas possibilidades, do caos, pelo menos um pouco. O governo Dilma já começa falando de estruturação do câmbio, alteração da taxa de juros, controle. Vindo de um ano 3 (2010) tem tudo para ser compreendido como arrocho, no entanto, para parte dos especialistas são medidas austeras, disciplinadoras para fazer um controle maior de reservas e fundos. Ao lado disso soma-se todo um discurso em investimento em infra-estrutura. O ano 4 na política iniciou nos primeiros debates presidenciais.

Mas, talvez o que eu vejo como mais significativo seja a marca da individualidade duplicada 1 1. Estou aqui querendo entender melhor como será esse arranjo, como que esse duplo 1, e até mesmo esse número mestre (11) vão deixar suas marcas no ano 4. A querela pode ser registrada, entendida na tensão Dilma/Serra, mas muitos vão alegar que ali era ainda 2010. Ano que também traz as marcas dessa tensão. Observar como se dará essa influencia do 1 na composição final é interessante e é isso que me deixa ao mesmo tempo curioso e "amargurado". É a primeira vez que acontece 2011 na história da humanidade e nunca mais ira repetir e acontecer de novo, já que, se coloca uma das contradições mais estonteantes da numerologia, a saber, adotamos uma lógica circular, mas empreendemos uma contagem linear. Na linearidade do tempo cada data é única e irrecuperável. Já na circularidade do mesmo tempo, a cada 9 anos, eles retornam sobre nós.

Em 23/2/2011 em nossa primeira reunião do ano, postei algumas percepções que captei depois de uma psicofonia.

Relatava que eles me mostraram uma nova Terra. Quando digo nova tenho que dizer que é a mesma, só que diferente, que outra. Uma nova Terra portadora de uma energia diferente. Na verdade, é uma re-abertura para uma velha energia. Uma energia cuja sustentação entre nós ficou difícil, complicada e acabou sendo "expulsa, exilada" da Terra. Um outro amigo espiritual, em comunicação psicofônica, na semana retrasada, nos relatava que uma chave de leitura para a compreensão da expulsão do paraíso poderia ser o “afastamento” da energia feminina do planeta. De todo modo, por inúmeros motivos, esta energia esta retornando, em verdade, esta se assentando, se acomodando e a presença dela causa abalos, convulsões, revoluções, transformações. Ou seja, esta energia que sempre esteve presente entre nós, durante muito tempo foi inibida, rechaçada, perseguida, não tolerada, não aceita, apartada. Tinham poucos seres capazes de dar assentamento físico a esta energia. Hoje já há uma coletividade maior de pessoas capazes de acolher, assentar essa energia nos corpos biológicos, produzindo e provocando uma nova forma de perceber a realidade, de lidar com o real, as preocupações ecológicas, as visões sistêmicas, a luta contra o machismo, a defesa das diferenças, o aumento dos transgêneros parecem ser caminhos dessa energia de retorno do feminino. E de todo modo, se ela é uma energia planetária o seu nascedouro parece localizar-se nas regiões das convulsões sociais como (Egito, Líbia) e toda a antiga Mesopotâmia.

É o retorno da energia feminina, mas o feminino na simbologia da serpente, na figura da integração representada pela Al Kimia. É o retorno dessa energia que Oran associou a re-aproximação energética de Shambala e de como esta cidade vibracional volta novamente a ser captada e seu padrão energético emanado e sentido de maneira mais forte e atuante. Falou de ativações dos chakras femininos da Terra, de seus circuitos energéticos serpentinos e dançantes, que estariam interligados a pontos femininos aqui da America Latina. Essas energias estariam novamente sendo movimentadas e o movimento de quadril delas, acarretaria e acarreta as inúmeras mudanças que estamos vivenciando neste ano.

Tudo isso levou Oran a referir a este ano como sendo o ano da delicadeza. E ia mostrando como que a delicadeza é firme, focada, direcionada. Como que a delicadeza desloca e altera situações. Como que a delicadeza movimenta a dureza, a rispidez e faz com que desmorone tudo o que esta erigida sobre pilares movediços. Duas figuras me vêm à mente: a água e o arcano a Torre do tarot de Marselha. A água pelo seu aspecto frágil, mas que tanto bate até que fura, perfura, atravessa, derruba, devassa. Trazendo para um aspecto preditivo a água será um componente marcante de 2011 (enchente, vazantes, deslizamentos) estou sendo profeta do acontecido. Num plano mais simbólico a derrubada de autoridades, uma nova analise do papel da mulher, discussões sobre o machismo, o autoritarismo, o belicismo. Pode ser um ano de basta para um momento diferenciado que se apresenta em 2012, um ano com mais transformações, mas com transformações bem mais tranqüilas. A Torre devido a um pedido de reavaliações, retomadas, reconstruções, ruínas, derrotas, desmanches, desconstruções.