sexta-feira, 28 de outubro de 2022

MANIFESTO PELA DEMOCRACIA.

 

O Manifesto nasce de uma supervisão na qual a pessoa estava muito incomodada, a ponto de pensar em terminar a Filosofia Clínica.

A pessoa tinha visto, lido, manifestações de várias entidades terapêuticas- psicanalistas, gestaltistas, junguianos, reichianos, terapeutas holísticos e sentia falta de um pronunciamento nosso.

Expliquei que a FC não é partidária. Não temos ainda coletivamente uma consolidação estatutária para referendar um apoio, porque há FilCl com as mais diversas orientações e é nosso dever acolher as pessoas. No entanto, INDIVIDUALMENTE, muitos colegas se manifestam e passei nomes a ela.

Foi então que surgiu a ideia de reunirmos esses indivíduos que tem como intercessão a FC e fazermos um manifesto COLETIVO. Não o coletivo em nome de uma instituição, em nome da FC. Mas, como expressão nossa, do nosso lugar e das nossas representações.

Segue o documento:

NÓS Filósofos(as) Clínicos(as), especialistas e estudantes de Filosofia Clínica, viemos tornar público nosso apoio à Frente Ampla Democrática explicitada na figura do candidato à presidência da República Luís Inácio LULA da Silva. O apoio à candidatura de Lula, para nós, visa a restauração do Estado Democrático de Direito e a valorização da vida humana em todas as suas dimensões físicas, econômicas, psíquicas, mentais, sociais e espirituais. Preservando a pluralidade de pensamento e a singularidade existencial dos seres.


Subscrevem esse documento:

Ana Rita de Calazans Perine/RS

Ana Cauduro/SP

Angelo Ricardo de Almeida Guarnieri/SP

Barbara Martins/SP

Aparecida Carmem de Oliveira/MG

Andrea Boari/MG

Bernadete Rabelo/CE

Bob dos Anjos/SP

Carlos Eduardo S. Nascimento/GO

Cláudio Fernandes/SP

Denise Bueno da Fonseca/DF

Dilma Maria Pinto Fonseca/MG

Dora Regina Seben de Siqueira/RS

Élcio Joél Pastorio/RS

Elizabeth Matos dos Santos/SE

Everson Taco/SP

Francisca Rodrigues Carvalho/CE

Gabriel Oliveira/SP

Gláucia Tittanegro/SP

Iêda Batista de Jesus/BA

José Roberto Duarte Moraes/MG

Josue/SC

Julice Monte Blanco/RS

Kelsen Santos/MG

Lenita de Almeida/MS

Luciano Ribeiro/RS

Luiz Karol/RJ

Luiz Cezar/MG

Márcia de Paula/SP

Maria Bernadette Rabelo/CE

Marta Batalini/MG

Márcio José/SP

Nerjana Zorzetti/GO

Paula Prizo/RJ

Paulo Roberto Grandisolli/SP

Regina Célia Medeiros/MG

Rochelle Garcia/CE

Sedinei Lemes/SC

Sueli Calvet/SP

Taís Fiscina de Oliveira/SE

Tiago Thiago/MG

Valéria Sayão/RJ

Veronica Ferreira de Souza/CE


Se você sentiu contemplado(a) com esse manifesto e queira participar envie seu nome para o Zap (31)982262211.

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

ELEIÇÃO É GUERRA? VALE TUDO NO AMOR E NA GUERRA? HÁ LIMITES?

 

Dia 20/10/22 pelo final da manhã, eu vi em muitos canais, a dita retratação de um desviado, de um falso profeta, de um canalha. Tudo muito estranho. Estive meses atrás falando sobre o Background e como se faz, claramente, visível a percepção de uma coisa que está dizendo outra.

O fundo preto, a cara de deboche, as frases negativas ecoadas como reverberando uma mentira. Pensei comigo e não postei para os grupos: “ele não está fazendo retratação e sim propagação”.

 

A noite chega e os meios de comunicação trazem a notícia de que o infame não recebeu nenhuma intimação. Não estamos falando de uma pessoa cujas inverdades chegam no máximo a trinta pessoas. Estamos falando de um mercador que transforma o altar da casa do Pai em palanque, ora de show, ora político, invariavelmente de comércio e IDOLATRIA.

 

Isso me faz pensar: até onde podemos ir para vencer e ganhar? Há limites em nossa sede por vitória? Quando lutamos em nome de um time, um partido, um clube, uma família, uma divindade (Deus, Alá, Oxalá, Buda) podemos agir fazendo o que queremos? Do jeito que acharmos melhor?

Claramente que não. Nem nos esportes individuais essa prerrogativa é válida. Nos coletivos há um time, uma equipe, há uma elaboração conjunta. Na família, na sociedade, na Igreja, Terreiro, Templo menos ainda. Nesses espaços religiosos a vontade individual é claramente renunciada para que a vontade divina se faça. “Não mais a minha vontade, mas que a sua seja feita!” Esse ato de entrega, de renúncia, de submissão é o sentido da graça, da fé, da vida religiosa. Quando adentro esse caminho e percorro essa jornada morro para o mundo e renasço para uma nova vida. Esses são preceitos crísticos encontrados em todos os ritos de passagem religioso.

Destaco e reforço isso para deixar claro que estou horrorizado, estupefato com o que vejo, leio, escuto. Há limites! Limites que sempre nos forçam a preservar a honra, a dignidade, a integridade, seja nossa, do outro e da divindade que dizemos servir. (Lucas capítulo 22 versículos 42). 

Igualmente, óbvio, que em uma disputa, ninguém quer perder, cada equipe, jogador, faz de tudo para vencer. De tudo? 

Há uma máxima que dizia que no amor e na guerra vale tudo! Vale mesmo? Pode um atleta em nome da conquista desprezar as regras do jogo? Pode um fiel em nome de Deus violar os princípios básicos de Jesus, Alá, Buda, Olorum? Pode o soldado em nome da pátria vilipendiar a pessoa humana? Absolutamente, não. 

Disputas tem regras. Guerras tem regras. No Vale Tudo, hoje UFC, passou-se a ter regras. Isso é o básico da civilidade para lidar com nossos impulsos animais. Impulsos necessários, essenciais. No entanto, eles precisam ser regulados entre os jogadores. Regulação que pede um aviso prévio ao adversário, por exemplo, que doravante, ele será tratado como inimigo. Guerras precisam ser formalmente declaradas para dar condições básicas e mínimas do oponente se defender. Defender-se valendo-se de todas as armas e meios? Novamente, acreditamos que não. O amante não tem direito a matar, violar, abusar por amor. A guerra e o amor exigem respectivamente compartilhamento e consentimento, isto é, declaração. Precisa-se declarar as intenções.  

Diante disso me pergunto: tiveram a gentileza de declarar guerra, guerra santa, guerra civil a não evangélicos, a evangélicos que votam em Lula, a parte que discorda, politicamente da deles? 

O homem não pode por instinto, matar outro, por um celular. O homem por instinto não pode estuprar, ou assediar simplesmente, porque deseja. Tem regras que precisam ser claramente compartilhadas. O outro, ainda que adversário, inimigo precisa ser comunicado.

 

É este nível de violência que estamos vivenciando. Pessoas que querem participar do jogo, cujo objetivo não é vencer, derrotar o adversário e sim transformá-lo em inimigo. Eles carregam uma crença tácita e espúria de que jogos sem oponentes, sem adversários são melhores. Quando é reconhecidamente sabido que jogos sem igualdade de condições para os jogadores é quebra de regra. É invalidação do próprio jogo. Destruir, metralhar, executar, eliminar adversário não é democrático, republicano, cristão. É fascismo. É intolerância religiosa. É desumanidade. É barbárie.

Presos judeus, por serem judeus. 

 

Quando um pastor simula, divulga, propaga uma falsa intimação judicial do Supremo Tribunal Eleitoral, esse jogo não é mais divino, nem legal, nem constitucional. Espera-se que o adversário não tenha honra, palavra, mas nunca que essa quebra venha daqueles que pseudamente falam em nome de Deus.

André Valadão chafurda a Igreja da Lagoinha na lama. É um canalha, idolatra, sempre de homens. Ele já pode usar a carteirinha de canalha como diria Nélson Rodrigues. É, definitivamente, um Palhares.

 

 


 

sexta-feira, 1 de julho de 2022

SEXUALIDADE: a repressão até pelos algoritmos do face.

 

O tema Sexualidade é um tema tabu até para os algoritmos do facebook, que acharam indevido promover a publicação. Enquanto por um lado tememos pensar, discutir, falar, ouvir sobre sexualidade, pelos outros lados avolumam-se as agressões sexuais contra crianças, mulheres, gays, trans. Num desses lados, alarga-se as discriminações de raça, sociais, a xenofobia e tantas outras. Ainda no mesmo bloco prolifera-se a indústria do sexo nos seus mais diversos apelos. Absolutamente nada contra o sexo, mas é que uma parte volumosa da indústria que ela movimenta, espelha a lógica da exploração que vivenciamos. Essa exploração que permite a sexualização predatória dos corpos, mas acha ‘obsceno’ o termo sexualidade. Acha tranquilo entregar dados de cada um de nós para que nos vendam e novamente, meio que complicado falar de um curso de sexualidade criadora- caminho para o sagrado.

Ainda não falamos de sexualidade no seu sentido mais amplo, mas não saímos das condições mais destrutivas, por vezes bestiais, das explorações em todos os níveis. Percebam que sexualidade aqui é um entendimento que permeia a esfera orgânica, fisiológica, passeia pela cultural, mas busca um alcance que dialoga com tudo isso e engloba tudo isso. Sem medos, receios, moralidades que se coloca a priori sobre o tema. Em definitivo, creio não os ter, alias tenho dois- a pedofilia e a zoofilia. Não consigo conceber a troca sem o amplo entendimento das partes. E aqui falo de entendimento e não de puro consentimento. A criança pode consentir, mas não tem o mesmo entendimento daquelx que a submete. E, o prazer de um é tudo aquilo no qual estamos nos opondo. O prazer enquanto alegria, plenitude, gozo, realização é mutuo, conjunto, compartilhado e nesse alcance não ouso classificar, rotular, proibir, julgar, nada; no máximo, prazerosamente, por vezes, discordar, concordar.


Freud no século XIX/XX nos deu esse presente de alargarmos nossa compreensão biológica do sexo para  um ‘novo campo’. Seus seguidores, discípulos, seguindo e rompendo esses novos campos abriram outras portas e chaves de entendimento (Wilhen Reich, Gustav Jung) ainda mais amplas. Porém, estamos aqui no século XXI com dificuldade em falar de sexualidade. Reduzindo tudo a genitalidade. Sexualizando a infância, genitalizando as mulheres, pervertendo a trans e a homossexualidade, discriminando negrxs e todos os diferentes e diferenças que não comportamos. E, por mais que desejamos isolar os fatos, eles estão imbricados a nossa forma de olhar e compreender as coisas. As nossas resistências ora ao corpo que experimenta e se sacia, ora a mente que fantasia e se culpa, ora a alma que vivencia. O desejo (gosto de chamar o desejo de Desir(e). Pronunciado da forma mais francesa possível). Pois bem, o desejo, o prazer, a alegria, o amor. A vida sem culpa, sem sofrimento nos é ainda um tabu. É quase insuportável. Já atendi umas seis, sete pessoas que foram me procurar, porque a vida delas estava boa. Trabalhando, amando, sendo felizes. Uma estava a meses em insônia. Outra a um passo da depressão. Tudo que lhes ensinaram é que a felicidade é uma impossibilidade. Algo tem que está dando errado. Alguma coisa não pode estar boa. É o mantra das religiões. A felicidade é um lá. Nunca um agora. A genitalidade do sexo que é um agora, ainda que gere plenitude, amorosidade, liberdade é depois do ato ressignificado como culpa.

É obviamente tenso mudar. É complicado alteramos nossas formas de ver o mundo. Repetimos e REPRODUZIMOS paradigmas (modelos de percepção e entendimento). E fico daqui pensando sobre esses saltos, esses movimentos, esses deslocamentos que vamos fazendo individualmente, familiarmente, nacionalmente, coletivamente. Ainda que sejamos machos e fêmeas (paradigma animal) nós demos um passo e construímos cultura (homens e mulheres). Mas, poderia haver um outro modelo? E quando falamos desse modelo, não estou falando de ideologia de gênero, ou na transformação do seu filho em homossexual, ou a doutrinação das criancinhas que tem apavorado tanto um grupo de seres. Acreditem ou não, isso está sendo feito, inúmeras vezes, repetidamente, nos abusos de todas as ordens que elas são submetidas. Que também fomos submetidos, que nossos pais também foram submetidos. Abusamos das crianças de forma cruel e absurda. Não tão absurda assim se começarmos a pensar a sexualidade e decalcarmos que a exploração é a lógica que faz essas coisas girarem, perpetuarem, permanecerem, continuarem. O sofrimento, a culpa, a dor, alimenta muitos seres, especialmente aqueles que transformaram o cristianismo em martírio.

 


Precisamos falar de sexualidade. Uma sexualidade que seja sinônimo de amor e um amor que seja expressão de liberdade e autonomia. Insisto nessa perspectiva, porque o homem e mulher que matam, também amam, mas podemos amar melhor. Podemos compreender o amor em outras formas, gêneros, corpos, laços. Podemos aprender a amar. O termo FAZER AMOR sempre me intrigou, afinal o que é isso: a fábrica do Poema? Sexo parnasiano? Rsrs. Mas, saindo da genitalidade que sempre nos puxa, acredito que seja possível aprender a amar. Nossas escolas deveriam ensinar apenas isso: LIÇÃO 1- AMOR. LIÇÃO 2: amar; LIÇÃO 3- amando. LIÇÃO 4-expressões do amor. LIÇÃO 5- não prostitua o verbo amar. As lições seriam infinitas. Tipo roda da sansara que nos lança em direção ao karma. 

E um dia desses, estava eu bem debaixo da roda, quando ela me disse: vcs não cansam de repetir? E eu meio que a xingando por ela está me tirando de uma pequena pausa que tive entre um loop infinito e outro, respondi resmungando:

- Mas, a lição é sua. Eu faço e vc ordena que eu repita. Vc é a malvada.

Ela começou a gargalhar. Ria de mim, de nós, da vida. As suas risadas junto com aquela roda transformaram-se na barriga de Buda. Quando fixava a atenção na barriga do iluminado, ela se mescla e se transforma numa flauta-ponte sonora de Krishna por onde atravessa Jesus dizendo:

- o sentido não está na repetição e sim na descoberta, na epifania de que a lição não é castigo e sim aprimoramento da nossa capacidade amorosa.

De repente, deixei de ser aluno repetente, daqueles abandonados e largados para ser aluno aplicado. Aprender, conhecer voltou a ser importante e a ignorância não era mais uma escada que precisava carregar comigo para todo canto a espera de subir degraus. Não estávamos sendo castigados. O karma não era uma exploração vingativa e sim uma possibilidade efusiva de aprimorarmos. Com muitos de nós podendo dizer a qualquer momento: "está pronto! Acho que dessa vez fiz bem!" 

Não tem nenhum deus para julgar, para culpar, para exigir compensação e sofrimento, a não ser, a nossa consciência que não compreendeu as regras do jogo, que acredita que o equilibrio se dá na dor, quando ela tem milhares de outras formas, faces e maneiras- leves e suaves como a mão de uma criança, diria o poeta. 


A proximidade desses entendimentos é o que estamos chamando de sexualidade e é nessa pegada que observarmos sexualidade enquanto energia, tratando-a como energÉTICA. Uma atenção ao nosso fazer.  Uma atenção as nossas criações e reproduções. Uma atenção as nossas relações- conosco, com o outro, com o mundo. É a tônica do CURSO/ENCONTRO que estamos promovendo com inicio nessa 2ª feira dia 4/7/2022 às 20:00 horas. Interssadxs façam sinal, porque embora seja no formato virtual, a energia movimentada requer um grupo mais reduzido.

 

Afinal, o que vc está criando? O que vc está reproduzindo? Em qual camada/modelo você está vivenciando suas relações (consigo, com o outro, com o mundo) animal- macho e fêmea? Se sua esposa, companheira ganhar mais do que você, tu separa? Se teu marido, namorado, olhar para outra, você o castra? Está vivenciando na camada  homem x mulher. É possível um outro nível de percepção e entendimento? Masculino e feminino. Yang-yin? Notem que não há uma forma certa, única. Há intercessões, interações, assimilações, mudanças. Uma pessoa nos provoca uma ternura que não sabemos explicar, outra uma confiança que não sabemos definir, outra um desejo que é quase impossível controlar. As vezes, uma só pessoa integra tudo isso. Outras tantas vezes, isso fica esparso, solto. Não tem um jeito certo e a ideia é nos atentarmos ao nosso jeito: o que você expressa? 

A revelia da nossa vontade estamos sendo convidados e intimados planetariamente a uma transformação. Cada vez mais chegam pessoas ao mundo quebrando nossos paradigmas, nossas formas de ver e compreender as coisas. Quebram nossos modelos de entendimento e o que fazer com esses seres cuja expressividade/sexualidade é muito diferente da nossa? E como em nós vamos encontrar caminhos para a aceitação na nossa própria forma de ser? 

São coisas parecidas, não exatamente iguais, que queremos prosear, conversar, trocar, mediante uma parte expositiva na qual exponho perspectivas. Outro momento no qual via visualização meditativa adentramos esses espaços internos e um terceiro momento no qual trocamos. 

Convite aberto para quem quiser participar dos nossos encontros (serão 4. Às 2as feiras das 20:00 às 22:00 horas). Maiores informações no email: 

kelsenfilos@yahoo.com.br


domingo, 26 de junho de 2022

CURSO/ENCONTRO- SEXUALIDADE SAGRADA.

 

Olá vc! Deixando o vídeo. 


Tenho recebido muitas queixas de buscadoras, amigas, partilhantes. Mais do que queixas e desabafos são mesmo situações de tensão, de angústia, de medo, de paralisia, de dor. Escuto, pontuo, quando da; intercedo. Mas a situação não é só individual. Ela tem componentes coletivos que vai do familiar ao social, do econômico ao espiritual.

 

Como não posso auxiliar em todos os componentes, me centrei, naquela em que tenho mais a contribuir- a energETICA. Esse é um campo e uma área que além de dialogar com todas as outras, ajuda colocarmos atenção nos pontos cruciais e toca-los.

 

É nesse sentido, que estou passando para te convidar para vir fazer parte de nossos ENCONTROS/CURSO em que vamos, por 4 semanas (4, 11, 25/7 e 1/8 às 20:00 até às 22:00) trabalhar nosso processo de Criação-reprodução. Afinal, o que nós criamos? Colocamos atenção nesse processo? O que isso tem a ver com sexualidade? E, pq nunca nos falaram? A castração, repressão, banalização dessa força é imensa.

 

Se vc está passando por esses momentos de angústia. Se a temática te interessou.  INSCREVA-SE! Link abaixo e maiores detalhes no zap: 31 982262211

 https://pag.ae/7YoSVUqNJ

Ps: desconto no PIX.

 

Caso não seja para vc, mas conhece alguém que se interessaria, por favor, compartilhe.

 

Meu nome é Kelsen. Educador Consciencial. Formado em Filosofia. Medium. Filósofo Clínico. Escritor.

domingo, 9 de janeiro de 2022

ALL TISMO: A PERCEPÇÃO DIFERENCIADA DA REALIDADE

Falar do autismo na perspectiva existencial, energética é interessante, porque ela é extremamente simbólica para pensarmos e refletirmos sobre nós mesmos e a vida.

Tentamos acreditar que todos nós temos a mesma percepção da realidade e vamos compreendendo que não. A questão que insurge então é: perceber a realidade de outra forma é doença? Uma pessoa que tenha percepções diferenciadas do real é anormal?


É importante criarmos e sairmos desse modelo patológico existencial e alargarmos para outras possibilidades. Possibilidades que se abrem quando nos predispomos a aprender com o outro, a aproximar do mundo e da realidade do outro.


Tive alguns alunos dentro do espectro autista, tivemos diversos outros que não possuíam laudo. Tenho algumas partilhantes cujos filhos estão dentro do espectro e outros que possuem características existenciais diferentes. Nem melhor, nem pior, apenas diferentes com seus graus de complexidade, de dificuldade humanas.


A partir de uma abordagem sobre o tempo eu acabei fazendo um vídeo no qual abordo um pouco mais essa questão a partir do que em Filosofia Clínica e na Magnificência Cristalina compreendemos como SINGULARIDADES.

Na busca por uma imagem eu vi que muitas se relacionam a peças, a engrenagens, a quebra-cabeças. São ilustrativamente belas, embora conceitualmente equivocas, já que o grande obstáculo epistemológico, existencial é a dificuldade de superarmos um modelo de homem mecanicista. É na busca por um modelo de homem mais consciencial, mais energético que trouxemos essa discussão. Precisamos avançar no sentido de sairmos de uma visada materialista, mecanicista e caminharmos para uma concepção vibracional, energética, consciencial.

Um modelo no qual o ser humano não é reduzido a uma ideia de parte defeituosa devendo ser descartada, ou arrumada via substituição. E, sim uma abordagem na qual como se fossemos todos instrumentos musicais somos convidados a fazer parte da Orquestra na execução da Sinfonia da Vida. Nessa abordagem falamos então de afinação e não mais de exclusão. Falamos de variáveis, tons, subtons, melodias, arranjos que podem ser modelados e executados dentro de novo prisma, mas ainda as mesmas notas. Damos condições de cada ser se mostrar quem se é. Sendo quem é e se colocando na sonoridade existencial.

Convido cada um a dar uma conferida. Se acharem que o texto, o vídeo tenha sido de alguma valia repassem para pessoas que vivenciam essa realidade diretamente.

Abraços e vamos proseando. Segue o vídeo: