Dia 20/10/22 pelo final da manhã, eu vi em muitos canais, a dita retratação de um desviado, de um falso profeta, de um canalha. Tudo muito estranho. Estive meses atrás falando sobre o Background e como se faz, claramente, visível a percepção de uma coisa que está dizendo outra.
O fundo preto, a cara de deboche, as frases negativas ecoadas como reverberando uma mentira. Pensei comigo e não postei para os grupos: “ele não está fazendo retratação e sim propagação”.
A
noite chega e os meios de comunicação trazem a notícia de que o infame não
recebeu nenhuma intimação. Não estamos falando de uma pessoa cujas inverdades
chegam no máximo a trinta pessoas. Estamos falando de um mercador que
transforma o altar da casa do Pai em palanque, ora de show, ora político, invariavelmente
de comércio e IDOLATRIA.
Isso
me faz pensar: até onde podemos ir para vencer e ganhar? Há limites em nossa sede
por vitória? Quando lutamos em nome de um time, um partido, um clube, uma família,
uma divindade (Deus, Alá, Oxalá, Buda) podemos agir fazendo o que
queremos? Do jeito que acharmos melhor?
Destaco e reforço isso para deixar claro que estou horrorizado, estupefato com o que vejo, leio, escuto. Há limites! Limites que sempre nos forçam a preservar a honra, a dignidade, a integridade, seja nossa, do outro e da divindade que dizemos servir. (Lucas capítulo 22 versículos 42).
Igualmente, óbvio, que em uma disputa, ninguém quer perder, cada equipe, jogador, faz de tudo para vencer. De tudo?
Há uma máxima que dizia que no amor e na guerra vale tudo! Vale mesmo? Pode um atleta em nome da conquista desprezar as regras do jogo? Pode um fiel em nome de Deus violar os princípios básicos de Jesus, Alá, Buda, Olorum? Pode o soldado em nome da pátria vilipendiar a pessoa humana? Absolutamente, não.
Disputas tem regras. Guerras tem regras. No Vale Tudo, hoje UFC, passou-se a ter regras. Isso é o básico da civilidade para lidar com nossos impulsos animais. Impulsos necessários, essenciais. No entanto, eles precisam ser regulados entre os jogadores. Regulação que pede um aviso prévio ao adversário, por exemplo, que doravante, ele será tratado como inimigo. Guerras precisam ser formalmente declaradas para dar condições básicas e mínimas do oponente se defender. Defender-se valendo-se de todas as armas e meios? Novamente, acreditamos que não. O amante não tem direito a matar, violar, abusar por amor. A guerra e o amor exigem respectivamente compartilhamento e consentimento, isto é, declaração. Precisa-se declarar as intenções.
Diante disso me pergunto: tiveram a gentileza de declarar guerra, guerra santa, guerra civil a não evangélicos, a evangélicos que votam em Lula, a parte que discorda, politicamente da deles?
O homem não pode por instinto, matar outro, por um celular. O homem por
instinto não pode estuprar, ou assediar simplesmente, porque deseja. Tem regras
que precisam ser claramente compartilhadas. O outro, ainda que adversário,
inimigo precisa ser comunicado.
É
este nível de violência que estamos vivenciando. Pessoas que querem participar
do jogo, cujo objetivo não é vencer, derrotar o adversário e sim transformá-lo
em inimigo. Eles carregam uma crença tácita e espúria de que jogos sem oponentes, sem
adversários são melhores. Quando é reconhecidamente sabido que jogos sem igualdade
de condições para os jogadores é quebra de regra. É invalidação do próprio
jogo. Destruir, metralhar, executar, eliminar adversário não é democrático,
republicano, cristão. É fascismo. É intolerância religiosa. É desumanidade. É barbárie.
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Presos judeus, por serem judeus. |
Quando
um pastor simula, divulga, propaga uma falsa intimação judicial do Supremo
Tribunal Eleitoral, esse jogo não é mais divino, nem legal, nem constitucional.
Espera-se que o adversário não tenha honra, palavra, mas nunca que essa quebra
venha daqueles que pseudamente falam em nome de Deus.
André
Valadão chafurda a Igreja da Lagoinha na lama. É um canalha, idolatra, sempre de
homens. Ele já pode usar a carteirinha de canalha como diria Nélson Rodrigues. É,
definitivamente, um Palhares.
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