sexta-feira, 21 de outubro de 2022

ELEIÇÃO É GUERRA? VALE TUDO NO AMOR E NA GUERRA? HÁ LIMITES?

 

Dia 20/10/22 pelo final da manhã, eu vi em muitos canais, a dita retratação de um desviado, de um falso profeta, de um canalha. Tudo muito estranho. Estive meses atrás falando sobre o Background e como se faz, claramente, visível a percepção de uma coisa que está dizendo outra.

O fundo preto, a cara de deboche, as frases negativas ecoadas como reverberando uma mentira. Pensei comigo e não postei para os grupos: “ele não está fazendo retratação e sim propagação”.

 

A noite chega e os meios de comunicação trazem a notícia de que o infame não recebeu nenhuma intimação. Não estamos falando de uma pessoa cujas inverdades chegam no máximo a trinta pessoas. Estamos falando de um mercador que transforma o altar da casa do Pai em palanque, ora de show, ora político, invariavelmente de comércio e IDOLATRIA.

 

Isso me faz pensar: até onde podemos ir para vencer e ganhar? Há limites em nossa sede por vitória? Quando lutamos em nome de um time, um partido, um clube, uma família, uma divindade (Deus, Alá, Oxalá, Buda) podemos agir fazendo o que queremos? Do jeito que acharmos melhor?

Claramente que não. Nem nos esportes individuais essa prerrogativa é válida. Nos coletivos há um time, uma equipe, há uma elaboração conjunta. Na família, na sociedade, na Igreja, Terreiro, Templo menos ainda. Nesses espaços religiosos a vontade individual é claramente renunciada para que a vontade divina se faça. “Não mais a minha vontade, mas que a sua seja feita!” Esse ato de entrega, de renúncia, de submissão é o sentido da graça, da fé, da vida religiosa. Quando adentro esse caminho e percorro essa jornada morro para o mundo e renasço para uma nova vida. Esses são preceitos crísticos encontrados em todos os ritos de passagem religioso.

Destaco e reforço isso para deixar claro que estou horrorizado, estupefato com o que vejo, leio, escuto. Há limites! Limites que sempre nos forçam a preservar a honra, a dignidade, a integridade, seja nossa, do outro e da divindade que dizemos servir. (Lucas capítulo 22 versículos 42). 

Igualmente, óbvio, que em uma disputa, ninguém quer perder, cada equipe, jogador, faz de tudo para vencer. De tudo? 

Há uma máxima que dizia que no amor e na guerra vale tudo! Vale mesmo? Pode um atleta em nome da conquista desprezar as regras do jogo? Pode um fiel em nome de Deus violar os princípios básicos de Jesus, Alá, Buda, Olorum? Pode o soldado em nome da pátria vilipendiar a pessoa humana? Absolutamente, não. 

Disputas tem regras. Guerras tem regras. No Vale Tudo, hoje UFC, passou-se a ter regras. Isso é o básico da civilidade para lidar com nossos impulsos animais. Impulsos necessários, essenciais. No entanto, eles precisam ser regulados entre os jogadores. Regulação que pede um aviso prévio ao adversário, por exemplo, que doravante, ele será tratado como inimigo. Guerras precisam ser formalmente declaradas para dar condições básicas e mínimas do oponente se defender. Defender-se valendo-se de todas as armas e meios? Novamente, acreditamos que não. O amante não tem direito a matar, violar, abusar por amor. A guerra e o amor exigem respectivamente compartilhamento e consentimento, isto é, declaração. Precisa-se declarar as intenções.  

Diante disso me pergunto: tiveram a gentileza de declarar guerra, guerra santa, guerra civil a não evangélicos, a evangélicos que votam em Lula, a parte que discorda, politicamente da deles? 

O homem não pode por instinto, matar outro, por um celular. O homem por instinto não pode estuprar, ou assediar simplesmente, porque deseja. Tem regras que precisam ser claramente compartilhadas. O outro, ainda que adversário, inimigo precisa ser comunicado.

 

É este nível de violência que estamos vivenciando. Pessoas que querem participar do jogo, cujo objetivo não é vencer, derrotar o adversário e sim transformá-lo em inimigo. Eles carregam uma crença tácita e espúria de que jogos sem oponentes, sem adversários são melhores. Quando é reconhecidamente sabido que jogos sem igualdade de condições para os jogadores é quebra de regra. É invalidação do próprio jogo. Destruir, metralhar, executar, eliminar adversário não é democrático, republicano, cristão. É fascismo. É intolerância religiosa. É desumanidade. É barbárie.

Presos judeus, por serem judeus. 

 

Quando um pastor simula, divulga, propaga uma falsa intimação judicial do Supremo Tribunal Eleitoral, esse jogo não é mais divino, nem legal, nem constitucional. Espera-se que o adversário não tenha honra, palavra, mas nunca que essa quebra venha daqueles que pseudamente falam em nome de Deus.

André Valadão chafurda a Igreja da Lagoinha na lama. É um canalha, idolatra, sempre de homens. Ele já pode usar a carteirinha de canalha como diria Nélson Rodrigues. É, definitivamente, um Palhares.

 

 


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário