domingo, 3 de janeiro de 2021

QUANTUN DE AMOR

 


Quanto de amor suportamos? Quantos amores damos conta de viver numa vida? Que tipo de amores vivemos?

O amor é um SER. Para muitos seres o amor é o SER, por exemplo: na Cosmogonia grega, do Caos saem Eros (amor) e Anteros (antipatia). Duas forças, dois princípios (atração e repulsão) que irão movimentar todo o Cosmos. Isso é muito significativo e representativo para o que iremos abordar. Como que essas forças nascem juntas, estão correlacionadas. Como elas habitam em cada um de nós e situações, momentos, pessoas, vivências aumentam o quantum de uma, diminui o da outra.

 

Para muitos povos, raças, isso que visualizamos como sentimentos, pensamentos, vibrações, são seres. Estão em nós, mas seriam atributos que podemos chamar para viver conosco, morar em nós. Para eles, sentimentos como o que denominamos amor e outros existe independente dos nossos atributos. O amor existe a revelia de nós, o ciúme, a posse, o egoísmo também. Eles são compreendidos como SERES em determinados estados frequenciais que alcançamos ou não, que chamamos e permitimos nos habitar ou não.

Há pessoas que mesmo odiando são amorosas. Há pessoas que mesmo amando são raivosas. Estranho em tudo isso é que nós vemos o amor como cupido. Um ser alado, infantil, que nos flecha. Como se jamais nos fosse dado a responsabilidade de assumir o amor. Como que sendo flechados por forças maiores do que as nossas, não tivéssemos nada a fazer com esse sentimento. Nem o observar, nem o melhorar, nem aprendermos, nem ensinarmos. O amor e o amar ficam congelado a uma idade infantil. Poucos de nós o amadurece, o aperfeiçoa, permite que ele cresça em nós e nos retire das perspectivas de abandono, rejeição, carência que povoam as infâncias e as primeiras relações.

Nossa literatura, nossas vidas são cheias de exemplos, de como a imagem de amor, nosso conceito de amor, nossa imaturidade, expulsam o amor; sobretudo porque acreditamos que o amor nasce pronto e nada mais se tem para ser feito. Quando na verdade, os amigos tentam nos mostrar que o amor é um ser, que habita em nós como quaisquer outros seres e precisamos dar a ele cuidado, atenção. Sempre recorro a Romeu e Julieta. Tinham 14/15 anos o par trágico. Tivessem 21/22, 30/31 e estariam vivos, prontos para viverem outros amores. Mas, 14/15 anos a impossibilidade de estar com o ser amado é de fato trágica, ruinosa, cuja única alternativa é tentar encontrar o ser que ama do outro lado. 

Gente, observa a lógica disso. A força trágica desse movimento: se matar para encontrar com o ser amado no céu, no inferno, não importa. Acreditar, piamente que há esses lugares e que eles estarão lá de mãos dadas depois de mortos. Essa confiança, essa fé é linda, bela, mas quem não se matou pela impossibilidade amorosa na adolescência, início da juventude, sabe que essa febre retorna em outros momentos da vida. Gera delírios, produz ações intempestivas, falas loucas, poemas arrebatadores, dores lancinantes e depois tudo passa. Tudo acalma. O fogo continua ardendo, mas devora menos.

Bonito é ver como há pessoas que adoram se consumir no fogo da paixão. Para elas não há espetáculo mais belo do que consumirem-se em fogo dizendo o nome do amado, da amada, enquanto ardem em cinzas. 

QUANTOS AMORES HABITAM EM VOCÊ?


Aqui entramos nas tensões mais drásticas do amor. Nossa tentativa de aprisiona-lo em hábitos, convenções, ideias. Nossa tentativa de amordaçar o amor, faz com que nossa própria boca nos morda. Dá para visualizar a imagem: uma boca se mordendo? Uma boca se contorcendo toda, inteira, feérica, querendo si morder. Mais desesperador do que cão querendo morder o próprio rabo. Mais desesperador que ver Romeus e Julietas em combustão espontânea. O que fazer com um ser que arde em fogo? A boca que tenta se morder é similar. Mas, se é difícil visualizar um corpo em combustão em contato o outro. Ok! Não é tão difícil assim. Nada hipnotiza mais do que corpos em chama. Homens, mulheres, admiram seres que pegam fogo sozinhos. Acreditam que eles podem acender alguma coisa na vida delas. Sonham, desejam que serão capazes de controlar o fogo dessas mulheres e ter somente para eles. Então, sei que os devaneios são imensos, mas não vou entrar neles agora. Ficarei na boca.

E como seria essa boca ao encontrar outra? E saberiam essas bocas que elas não carecem de mordaças? Que elas podem falar, sussurrar, beijar, morder, chupar, lamber, comer, engolir, sorrir, ranger.... Conhecem os inúmeros movimentos que uma boca pode fazer? Acredito que não. Somos levados a acreditar que sobre amor e sexo nada há a aprender. Cada um é um amante perfeito, afinal vimos novelas, comédias românticas, revistas de sacanagem, filmes pornôs. Então... o que há para se aprender? E se há alguma coisa a aprender, porque ninguém ensina, fala? Por que em matéria de amor e sexo continuamos deixando que cada um descubra a roda e acredite que é um inventor(a) sensacional? Que não há ninguém mais fabuloso(a)? Por que até entre os casais é um tabu, uma proibição falar de como gostava de determinadas coisas que o outra, outro fazia? Amordaçamos nossas bocas e depois não sabemos de onde vem o bafo que nos devora.

No entanto, alguns movimentos bucais são individuais, outros podem ser feitos a dois, alguns tem feito a três e mais. 

Existe um certo? Existe um errado? Existe um feio? Parece que o amor não gosta dessas convenções. Parece que o amor quer ter a liberdade para amar e amar é um exercício, uma prática, uma ação que se aperfeiçoa, que se aprimora, que melhora a medida em que nos permitirmos movimentar nossa boca. Não estou reduzindo o amor a boca, mas de toda forma é bom quando a gente tira o amor do genital.

HÁ MUITOS NÍVEIS DE AMOR.

Certa feita uma moça me disse que a vida dela estava completa. Ela desejava viver mais ainda, ter uma vida pela frente, mas a vida dela estava completa, porque ela foi amada. Não apenas pela mãe dela, por Deus, mas por outro homem. Ela guardava essa sensação num grau de plenitude que quando ela falava disso era abençoava todo o ambiente. Ela me redimia e me fazia confraternizar com aquele homem que a amou e que a ama. O amor não passa, não acaba. Muda. Por vezes o prostituimos, mas o amor permanece. O gostar não, mas o amor parece gozar da eternidade. Se te amei um dia estou fadado a te amar para sempre, por todas as vidas. O que não significa que irei gostar do que virou, do que passou a ser.



Essa moça, que entre nós não rolou sexo, me deu acesso a universos dela que guardo até hoje. A boca dela em contato com a minha me deram seivas que enraizou, polinizou outras bocas, tenha eu as beijado, tenha eu apenas falado, escutado. Essa moça numa noite banal, me ensinou facetas do amor que não conhecia. Hoje ela está casada, com filhos e sei que o marido dela e o filho ou filhos de ambos são a materialização do amor. Sei que nós dois teríamos outro destino caso ela não tivesse que viajar no dia seguinte ao nosso encontro. E eu quero pegar viagem nessa cena. Nesse enredo. Nesse se... então... para chegar nas clausuras que temos colocado nossos amores, nossos desejos, nossa IDEIA de amar.

Se eu estivesse casado ainda, não teria conhecido pessoas que não consigo imaginar minha vida sem elas. Mas, se casado fosse, elas apareceriam em minha vida? Nosso contato seria genital também? Ficaria em outros níveis? Caso fosse genital, seria uma traição? Pode o amor ser traído? Separações não deveriam ser tão trágicas como as tornamos. O amor, as bocas em conjunto, transformam o amar, nos alteram e ao ser amado também. Alterações que nem sempre gostamos e gostar é diferente de amar. Muito diferente e por confundirmos, tentamos matar o amor, a história que vivemos, a história que somos. O que viremos a ser ainda. Nessas brigas internas nos aprisionamos. "Se eu te amo e tu me amas um amor a dois proclamas..."

Quem pode satisfazer ou suprir uma IDEIA de amor? Quem consegue realizar a fantasia de um beijo, senão a própria boca, imaginando ser a boca que se beija? Qualquer outra boca que venhamos beijar nos trará outro hálito, outra saliva. Despertara em nós outros apelos degustativos, produzirá outras fomes, algumas que a gente nem conhecia, nem sabia da existência, não sabe como viver. Algumas bocas eram melhores não ter beijado, era?

Acredito que não, desde que sejamos capazes de desmontar as ideias entre as minhas representações e a boca do outro. Minhas representações, fantasias, desejos, precisam estar no meu beijo, na minha boca. Mas, se eu quero só isso é melhor beijar-me no espelho. Outra boca implica uma jornada na qual não sei onde vai dar. Uma jornada em que não posso esquecer que sou boca, mas não deveria ficar preso ao que entendo e sei sobre o que é beijo.

No entanto, como si permitir? Como lidar com a fome estando num mundo que não é mais o seu? Como confiar que estando nesse lugar de fome, a boca que te beija não irá ser a primeira a te devorar? Eros e Anteros nascem juntos. Amor traz medos, receios. Algumas fantasias que criamos sobre amor é o puro medo de termos contato com a voracidade das nossas bocas. Perder por um segundo, a racionalidade, a espacialidade, a cartografia fantasmagórica que criamos do amor. 

Em nosso paladar estamos confortáveis, mas em alguns mundos estamos vulneráveis, frágeis, precisamos confiar, estamos entregues, voltamos a ser crianças e é aqui que aprender sobre amor e sexo é tão importante. Ambos nos direcionam para nossos espaços subjetivos, nossos mundos íntimos e a maioria de nós chega a esses espaços lançado, jogado pelo outro. Muito daquilo que achamos ser a boca do outro é nossa seiva e se o outro vai embora, ele nos deixa abandonado em um lugar que ignoramos- nós mesmos. Para muito não há nada mais apavorante. Nesse tempo de atendimento vi várias e vários que se lançam desesperadamente para abraçar corpos em combustão. Saem chamuscados, mas redimidas, vivas, fortalecidas. Todavia, não há desalento maior do que a de estar depois de um término de relacionamento, em contato com elas mesmas. Não há lugar mais inóspito.

 


E aqui quero ir para duas direções. Uma os relacionamentos abusivos. Outra, a abertura para os relacionamentos. Um suspiro do amor.

Cada vez que me aproximo de algumas pessoas que  vivenciaram relacionamentos abusivos, ele parece ser a clausura diante da fome. Aquele universo lindo que se abre para ambos vai se fechando um dentro do outro, regado por muito medo, muita desconfiança. O amor vai congelando. A liberdade vai esvaziando. De repente, estão nutrindo raiva, fragilidade, dependência. Nenhuma das bocas tem força para se alimentar de mais nada que não seja o vomito que geram e repassam a cada beijo. É uma intoxicação. O amor não gera mais seiva. Os dois não conseguem trazer o melhor de si, nem o melhor do outro. Cada um a sua forma alimenta o que há de pior em si e o que há de mais nefasto no outro. E estão condicionados a isso até que um abra as portas para o amor. Abrir as portas para o amor é aceitar que o amor não tem uma fonte única.

Por controle, por nos acharmos os seres mais perfeitos do universo, somos tentados a acreditar que o amor vem só de uma fonte. Dentro dessa nossa redução, passamos a acreditar que se a pessoa nos ama mesmo, ela vai ter em nós a sua única fonte de abastecimento. O amor só virá de um lugar, uma única pessoa, na intensidade necessária, na dosagem precisa. Aqui podemos desvelar a imagem da boca como amamentação mesmo. 

E a amamentação no seu sentido mais grosseiro, mecânico que é o de simplesmente ofertar os seios, depois chupeta, mamadeira. Retirando o encanto, a magia do aleitamento que está em nutrir o outro para que ele seja capaz de num futuro cuidar com zelo, carinho de outra pessoa, mas sobretudo, se nutrir. A maioria de nós vive aprisionada na mecanicidade do ato e no aprisionamento de que não há leite fora da exclusividade. Que outra pessoa nos dizer não, ela está nos rejeitando, nos abandonando. Enquanto humanidade parece que estamos nesse lugar em que fora da reprodução da mãe, não temos condições de amar.

Assim, nós nos rendemos a essas fantasias, que ganham o nome de amor. Quando por um segundo, algumas pessoas em relacionamento percebem que estão sendo abastecidas por outras fontes, elas piram, surtam, se culpam, traem. Em nosso imaginário mais forte, incandescente, não podemos amar, nos sentirmos amadas, sem identificação clara da fonte: marido, namorado. Nossa recusa em aceitar que adultos possuem outras formas de nutrição, por vezes de diversas fontes, acaba gerando outra redução, tão grave quanto a clausura amorosa, que é qualquer sentimento que venha a sentir por outra pessoa, esse sentimento é genital. A maioria de nós não consegue lidar com atributos de acolhimento, carinho, sem pensar em sexo. 

As mulheres nos reportam isso a toda hora, como que elas não se permitem nem serem educadas, porque para a maioria de nós homens, elas sendo educadas é que elas estão demonstrando interesse GENITAL. É muito insano como direcionamos tudo para isso. 

Uma situação que fui compreender quando vi as pessoas sentindo tesão genital por Pai Jeremias, um preto-velho. A energia era outra, ou melhor, a energia era a mesma, mas o que ele estava transmitindo era acolhimento. É o nome que tenho para agora, muitas pessoas captavam, decodificavam como genital. Poderíamos então entrar nessa e transarmos, mas a energia assinalava para outra coisa. Muitos médiuns transam e criam essa mistureba que obviamente piram as mulheres, homens, seja lá quem for entrar nisso. O mesmo vale para pastores, padres, são enredos de nutrição que podem se dar na casa do genital, mas o buraco é mais em cima.

Por uma profunda dificuldade de lidarmos com a liberdade e a maturidade, a traição é quase o desdobramento natural dessa lógica da exclusividade, da fonte única, da redução de todo amor a sexo. Enclausurados que somos das mais diversas possibilidades de expressão de afeto, duas pessoas que despertam interesse e que poderiam ser de outra ordem- emocional, mental, espiritual, acabam reduzindo ao sexo. É muito mais tranquilo a seres compromissados manterem sua relação no motel, onde dificilmente serão descobertos, do que num shopping com outra pessoa que não seja o marido, a noiva, a esposa. É mais tolerável aceitar a traição genital, do que aceitar que a esposa, o marido tem uma melhor amiga(o) do sexo oposto. A maioria de nós, simplesmente não dá conta de imaginar que o ser que amamos está encontrando nutrição em outro lugar que não seja em mim.

Nossa dificuldade de perceber o amor como boca (e esse é apenas um exemplo) leva a maioria das pessoas diante das sensações que outros lhe provocam a sentirem-se tentadas, atentadas pelos demônios. Como assim? Por que? Nossos desejos, nossas vontades, nossa saliva se torna tentação. Vira mesmo um diabo a nos tentar. É como até hoje estamos resolvendo questões psíquicas sérias: jejum e oração. Culpa e castigo. Penitência e abstinência. E, por vezes a gente só precisa falar, contar, dizer e ter alguém com uma escuta atenta para ouvir. Uma escuta que pode ser religiosa e dizer: vai e não peques mais, nem em pensamento. Ou outra terapêutica que diz: não tem nenhum problema no seu desejo. Ou que não diz nada, apenas reflete como um espelho o que está sendo trazido e o desembaça de visões muito enclausuradas.

O contraponto é que diante dessa imaturidade nós agredimos, violentamos, matamos, aprisionamos. Aqui estou falando do ciúme, passando pela posse e chegando ao feminicídio e crimes de ódio- raciais, homofobia, transfobia. Todos passam pela dificuldade de lidar com o desejo, a vontade. É essa a doença na qual nos metemos. É mais aceitável a injuria racial do que assumir a atração. É mais tolerável a agressão ao gay, ao trans do que aceitar o desejo de tocá-lo e ser tocado por elx. 

Em sala de aula fiquei chocado quando a imagem de ser tocado por outro homem causou em alguns garotos uma literalidade que não era o que estávamos propondo. Aquele medo em um tinha mesmo o desejo e em outro tinha o abuso recebido pelo padrasto. A questão é que não trabalhado, ambos estavam a um passo da agressão a outro ser humano.


Numa articulação muito restrita PENSAMOS amor como genitalidade. Não vemos que o amor é mais. Não suportamos que podemos amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo e quiçá não ter que transar sexualmente com nenhuma delas.

Há transas maravilhosas que não são genitais. Mas, damos conta de permitir esse nível de intimidade as nossas parceiras/parceiros? Permitimos que uma boca nos dique: “eu te amo, mas sexualmente/genitalmente, eu preciso de ciclano/fulana?” Damos conta de aceitarmos que para milhares de pessoa sexo não é amor, ou melhor, o fato delxs transarem com outrxs não arranha um segundo o que elas sentem por você? Que o marido quando diz: “não significou nada, eu te amo!” Não é safadeza. É mesmo verdade o que ele diz. Mas, quando a mulher diz o mesmo, conseguimos aceitar, entender, como necessidade sem rotulá-la de..? Infelizmente não. E minha questão é para onde vai toda essa energia? Que tipo de seiva, ela vai se transformando? Ela vai enraizar, frutificar, ou intoxicar a relação?

 

Por que enclausuramos tanto assim as coisas? A nós mesmos? O amor? Por que isso desconstrói tanto a nossa perspectiva de que o outro não nos ama? Quando o que elx está dizendo é: “não me realizo 100% em você. Preciso de outras partes, preciso de outras coisas e são essas outras coisas e partes que nutrem o beijo que damos”. Alimenta o amor. 

Por que enclausuramos tanto assim as coisas? A nós mesmos? O amor?

Não suporto você falando de futebol todo o tempo, mas o seu amigo sim. Vão ao campo vocês dois e outros, eu vou ao cinema com meu amigo, depois do jogo a gente se encontra no Bolão. Isso é como se fosse um tiro. Na verdade, a gente prefere dar tapa, soco, tiro, arranhar, ligar para milhares de amigas a aceitar que o parceiro vá ao futebol, a aceitar que a esposa vá ao cinema. Mesmo detestando cinema, mesmo odiando futebol. Se for tem que ser comigo. Por que?

A gente quer exigir do outro coisas que elx não pode nos dar, mas não é feio querermos, sentirmos. O sexual é onde isso mais esbarra, bloqueia, mas há outros níveis que também incomodam. É possível que ela tenha coisas que conta primeiro para uma amiga, mesmo o cara sendo um baita amigo e parceiro. É possível o cara gostar de pescar e precisa fazer isso sem a presença dela, mas todo o tempo, ele pensou em você.

Os amores são muitos. As bocas são gostosas. Se tirarmos o amor da redução genital, podemos alargar nossos afetos. Podemos deixar que faça parte de nós pessoas lindas, como a moça que se sentia plena, realizada, apta a morrer em qualquer instante da jornada, porque ela foi amada. E isso a fez amar mais e isso a ajudou a mim e creio que a outras pessoas a amarem melhor. Podemos amar melhor. Podemos amar mais. 


Quantum de amor você suporta?