Espaço utilizado como amparo e reflexão da Holos Consultoria Fiholosofica/Spaço Iluminar. Este espaço se torna o lugar no qual discorremos sobre as implicações, as atividades e os serviços prestados por nós. De forma que buscamos dar uma visão unificada, integrada dos acontecimentos da existência, colorindo-os com uma visão artística, cientifica, desportista, filosófica, denominada pelos gregos de Tecnhé. Contemplando a nossa visão holística e holográfica, isto é, φholosofica.
O blog tem 12 seguidores. Alguns
de vocês estão aqui há anos e tomara que estejam seguindo ainda, porque farei
um sorteio de agradecimento a presença e a força de vocês.
Sortearei três prêmios para
vocês:
PRIMEIRO: um
livro- Caravana Cigana: a viagem de um povo.
SEGUNDO:
uma Leitura Energética.
TERCEIRO: como
eu posso te ajudar?
É uma pergunta aberta para
quem desejar algum tipo de ajuda, de auxílio dentro das nossas possibilidades.
O sorteio é válido para os
seguidores até o dia 27/12/2020 às 22:22.
Os três primeiros a
comentarem entre os seguidores do blog escolhe o prêmio.
Aqui contamos o último relato das 24 horas. Mestre Oran nos brindou com sua presença.
Os vídeos se encontram no final do texto. Ele foi dividido em duas partes. Vale a pena conferir.
Oran
é o nome que dou a entidade consciencial que acompanha e organiza todo meu
desenvolvimento. Calmo, profundo, silencioso, Oran praticamente não fala, ele
se comunica valendo-se de mudras e pensamentos. Na concepção dele, gastamos
muita energia falando. É um dispêndio de energia imenso o falar. Oran
estabelece a vida como um fluxo energético e nessa perspectiva ele postula absurda
a forma como desperdiçamos energia: falando coisas absolutamente dispensáveis,
alimentando-se de produtos que gastam mais tempo sendo eliminados do que processados.
A energia para ele seria um alimento e segundo ele nos alimentaríamos nos
envenenando com raiva, emoções e sentimentos negativos, filmes, vídeos, músicas
altamente deletérias, enfim desperdiçamos prana. Devido a toda suavidade que
esse ser tem e promove a nossa volta eu o denomino de a brisa do deserto.
Oran é o que denominamos mestre ascensos, seres que
não mais precisam reencarnar, alguns até que nunca reencarnaram e esse é um dos
pontos nos quais vamos falar nesse relato de hoje. Oran habita o não tempo, o
não lugar. Oran é. E é difícil definir esse ser, explicar esse é.
Oran habita o alto de uma caverna na região do
Himalaia. Sua gruta tem um tapete persa circular que praticamente toma todo o
espaço. Invariavelmente, ele fica sentado no fundo da gruta, lateralmente a
porta de abertura, com uma pequena tigela a sua frente, uma citara ao seu lado.
Dali ele observa as muitas coisas ao mesmo tempo. Num sopro de ar, ele percorre
os tempos, os espaços e aqui estamos falando de coisas surreais. Por exemplo o
tempo para ele é agora, porém esse agora comporta o passado, o futuro, o que
pode ser e o que poderia ter sido. Há uma simultaneidade nessas observações. O
espaço não se desgruda muito do tempo, é um continuum, de forma que nosso
universo mental, emocional, sexual é para ele espaço interno. Mundo interno que
dialoga intrinsicamente com nossas escolhas, com as nossas tomadas de decisões,
com os nossos tempos.
Na gruta de Oran tudo é! As tessituras do tapete
persa são vivas e contam tudo o que fizemos, fazemos e faremos. As tessituras
vão se alterando na medida em que conversamos, ou melhor, lá estamos. Oran não
fala, apenas aponta para cenários no tapete e aquilo decalca, desloca alguma
coisa em nós, que rapidamente compreendemos. Fecha uma Gestalt.
As 24 horas de Oran é assim um não tempo. Em
qualquer lugar, em qualquer momento, ele está presente. Ele está presente no
nosso tempo objetivo, em nosso tempo onírico, em nosso universo privado. Ele é
a presença EU SOU. Mesmo quando não temos consciência, não colocamos atenção,
ele está presente. Ele é a força que nos direciona, nos orienta, especialmente
quando permitimos que ela esteja conosco e em nós. Nem sempre permitimos. Nem
sempre deixamos que essa presença se manifeste em nossas vidas, faça o que ela
tem que fazer por nós, conosco, pelos outros, para o mundo. Grande parte dos
conflitos vivenciados é o receio em permitir a manifestação dessa presença em
nossas vidas. Como suportar? Como lidar? Muitos de nós quando manifestamos
esses atributos solares, cristicos fomos queimados, perseguidos, abandonados,
ridicularizados, explorados. A manifestação da luz cegou os homens e
crucificaram o justo. Com muitos de nós não foi diferente, seja sendo a luz que
buscaram tampar, seja sendo aqueles que tampam, oprimem a luz por medo.
Outras vezes que fizemos uso dessas habilidades com
intenções mais materialistas, nós exploramos, abandonamos, perseguimos. Essas
habilidades de amor, pureza, sensitividade, mediunidade assustam seja pelo seu
lado amoroso, seja pelo medo de prejudicarmos outras pessoas, perdermos o
controle dessa força e ela servir de uso a escuridão. Diante do impasse somos
devorados pela nossa própria fome e ignorância. Impedimos a aproximação mais
luminosa dos nossos eu superior, dos nossos mestres ascensos. Oran é um dos
muitos que lançam luz para trilharmos o caminho da consciência. Novamente, ele
nos fala;
Eles são a representação do nosso EU SUPERIOR.
Aquela parte que reúne, concentra, aglutina o melhor de nós, o melhor que
fizemos em cada vida, o melhor que obtemos em cada existência, o sumo residual
de cada experiência que tivemos independente do corpo, da forma, do estado, da
localidade e da dimensionalidade. Esses seres então são estados destilados de
luz, pureza, claridade, assertividade, disciplina, amorosidade. Eles são a luz
refletida do Criador e o reflexo do Criador para nós. Eles são aqueles que em
nenhum momento se deixaram, ou se iludiram com as teias de Maya. Sempre
atentos, sempre despertos, sempre souberam que são luz, caminho e verdade. E
isso é difícil de imaginar, de compreender. De modo geral, a gente acaba se
iludindo quanto a quem somos e aceitar que há partes nossas que nunca se
perderam, nunca se desviaram, nunca se iludiram é complicado. O mais fácil e
acessível seria dizer que há nesses seres um padrão vibracional tão elevado,
que nada, absolutamente nada que não seja a verdade é capaz de se aproximar e
se reunir a eles.
Por
isso que é injustificável falar destes seres e tantos outros, principalmente,
na fase atual da Terra, sem mencionarmos a Convergência Harmônica de 1987.
Hoje é tranquilo falarmos de grades cristalinas,
magnéticas, conscienciais, mas em 1987 não tínhamos nem internet, poucos
falavam de fibras óticas, cabeamentos que simulam com bastante precisão as
grades da Terra. Em 1987 havia o medo de uma guerra nuclear, uma destruição
atômica pairava sobre todos e cada um dos filhos da Terra e de outras
localidades tiveram ali um aporte de luz. Aporte de luz que poderia ter
ocasionado curto-circuito no sistema, ou aberto para matizes, desenvolvimentos
nunca antes vislumbrados. E, a força da abertura venceu. Oran prossegue:
Escolheram o horizonte luminoso e poucos anos depois a
cortina de ferro cai, a abertura se dá e o desenvolvimento humano, consciencial
vai ganhando uma força escalar sem precedente. Toda energia estagnada, ou
colocada em conflito, em desgaste se faz potencial evolutivo. Cada um de vocês
terráqueos, humanos se abriram para a chegada de seres como Oran e milhares de
mestres ascensos. A distância infinita que impossibilitava a aproximação destes
seres com os encarnados foi se diluindo até que pudemos chegar, nos aproximar,
nos fazer visíveis, nos tornar potencializadores e catalizadores das
tecnologias, dos conhecimentos que abrigamos em nós, portamos em nós e não nos
era possível transmitir devido as toxinas plasmadas, emitidas, criadas por cada
um de vocês. Foi na escolha pela luz que nós nos fizemos possível, viável. E, é
nessa escolha diária, permanente, que vamos consolidando, estruturando a
presença de muitos seres como nós, que não tinham as mínimas condições de viver
na Terra fisicamente, que tem nascido, permanecido, ampliando e consolidando as
conexões, as expansões, as sustentações e fortalecimentos das malhas cristalinas
e conscienciais. De tal sorte que nos parece irreversível o caminho consolidado
por cada um de vocês.
Em 1987 você tinha treze anos e em 1997 vinte e três
anos. Em 2007 você contava com trinta e três anos e agora em 2017 realizara 43
anos e espero que isso fique claro para
vocês o período de dez anos e não de sete.
1987 foi um
ano (7) assinalando um período de transformação karmica, genética, coletiva,
centrada na individualidade. Era uma convergência que chamava os seres para uma
revolução interna e a partir disso explorar as transformações sociais,
econômicas, políticas, conscienciais.
1997 foi um ano
(8). Um período de empoderamento pessoal. O acumulo dos conhecimentos, das
informações pediam agora uma realização, uma manifestação. Você conhece a
Fraternal, funda o grupo Espiritualista Flor do Amanhecer,
Em 2007
estamos num ano (9). Um ano de avaliação, de reestruturação. Um ano de deixar
para trás todas as ilusões, todas as inutilidades. Um momento de aceitar a
realidade, de saber o que funciona, o que é verdadeiro e o que não é. Um ano
para compreender o sentido do sacrifício, do amor, da renuncia.
Ano que está novamente na academia e afastado das
questões espirituais. Está realizando uma aglutinação científica para que seja
consolidada uma estrutura uníssona entre ciência, filosofia e arte- Teknhe. A
espiritualidade é a resultante dessas forças e variantes.
Agora em 2017 estamos em um ano (1). Ano de recomeço.
Ano de lançar as novas sementes no solo. Ano de confiar que 1987 é ainda agora,
que o tempo é. O ser é. Vocês olham tudo isso como sendo 40 anos, nós olhamos
como sendo, AGORA. Cada um desses desdobramentos foi aberto em 1987 quando
disseram sim à luz. Quando a aceitaram dentro de vocês e em vocês. Quando se
predispuseram a trabalhar por ela e aceitá-la e agora precisamos e podemos
falar de portais.
UM PORTAL não é um fenômeno astronômico, astrológico.
Um portal não é apenas uma decisão e uma escolha do desejo. Um portal é a
convergência harmônica de ciclos planetários com o despertar consciencial dos
seres. Esses são os componentes, os fatores que possibilitam a abertura de
portais. Um portal não é uma criação. Pelo menos não como os de 1987. Ele não é
uma criação da vontade humana, longe disso, ele é um horizonte de possibilidade
que se abre aos humanos e aos mais diversos seres da galáxia de se afinarem e
se harmonizarem com os preceitos siderais emitidos a milhares de anos. Muitos
de vocês escolheram estar encarnados, onde estão, para quando esse ciclo
chegasse, o visse in loco, o sentisse em pele e osso. Vocês planejaram estar
vivos, encarnados, do outro lado da malha para nos receber, nos ver e nos
refletir simultaneamente. E, alguns de vocês diante disso temem, correm, pedem
para não estar, desejam ir embora, porque esse contato, essa força vos apavora.
Afinal, o que fazer com todo o seu potencial luminoso? Como colocar essa energia
em desenvolvimento se até agora, nós fizemos uso da sombra e da escuridão? Como
posso utilizar meu amor, meu conhecimento?
Esse é o desafio de vocês. Vocês não podem mais não ser
luz. Não lhes é mais possível esconder-se debaixo da mesa. E, acostumados a
lutarem, querem combater a própria luz de vocês. Vocês atualmente têm criado
lutas, brigas contra a própria luz. É assim que vemos a depressão, a síndrome
de pânico e tantas outras dores da alma. Uma luta entre o que não quer mudar, o
que teme mudanças contra esse novo, essa abertura, esse desconhecido que se
aproxima e somos nós. É importante ensinar as pessoas a não temerem elas
mesmas. É importante ensinar as pessoas a compreenderem que da mesma forma que
há nelas o que denominam eu superior, mestres ascensos. Há também forças
recalcitrantes, resolutas, condensadas no mal, no poder, no domínio do outro,
na exploração das coisas e dos seres. Essas condensações necessitam de muito
amor, de muita aceitação para dissiparem.
Perceba-os como escuridão sombria, espessa, densa,
profunda, congelante. Nesses estados noturnos toda presença, até mesmo a nossa
sombra, ou figura mais luminosa causa medo, temor. E o temor, o medo nos conduz
ao ataque. Por favor, não combatam essas forças escuras valendo-se dos mesmos
expedientes. Não se combate à luz vendando os olhos, ficando-se irado de dor e
sofrimento. Combatem-se as escuridões acendem luz. Um palito de fósforo, uma
fogueira, uma luz e a escuridão simplesmente desaparece. A escuridão vos chama
para o combate, para a briga e acabam alimentando essas forças. Quando combatem
as drogas, os roubos, a prostituição, o tráfico, vocês estão ampliando cada um
deles. O trabalho da escuridão é sempre o de gerar trevas, mas o trabalho da
luz é sempre o de ampliar a consciência. E a consciência se expande, se
aprimora, quando é libertada do medo, do receio. E, a forma de se perder o
receio é deixar claro que quando se acende a luz interna, todo aquele espaço de
solidão, de tristeza, de revolta, passa a ser espaço de aceitação, entendimento,
aprimoramento. A luz não escraviza, não humilha, não tripudia; ama, serve,
acolhe, expande. Luz é consciência. E é essa consciência que foi aberta em
1987. Lá fizeram e tornaram tudo isso possível, o Armagedon. O mundo que seria
destruído por misseis, flagelos, fome, flagelações abriu-se para universos
internos, portais internos nos quais essas disputas se fazem ainda hoje e
agora. Cada qual está travando sua batalha sem dar aporte e acesso a nós, a
parte ascencionadas de vocês, ou de dar acolhidas as partes sofridas,
entristecidas, amarguradas também de vocês. No final que é o inicio e o durante
é cada um de você que decide qual universo habita, que portal você abre. São
vocês encarnados que decidem quais universos dimensionais vocês habitam e
ajudam a co-construir. A somatória desses espaços, dessas reflexões, dessas
ações materializa aspectos e tipos de vida a ser vivido por cada um de vocês
enquanto família, grupo social, município, estado, país, continente,
humanidade. É a consciência de cada um multiplicada por cada outro que gera o
substrato do que denominam realidade. Acreditar na própria luz, ser a própria
luz que se acredita é o caminho do despertar.
As minhas vinte e quatro horas não tem tempo, não tem
lugar, não tem espaço, pelo menos não dentro da concepção desenhada por vocês.
Todo o tempo é tomado pelo processo de desabrochar e florescer. Ocupo-me em
auxiliar as pessoas serem aquelas que elas são. E isso se faz em todos os
lugares, em todos os corpos, em todos os níveis, em todas as dimensões, em
todos os tempos, em todas as horas. Penso e sinto de forma simultânea. Por isso
falo pouco. O falar é um fazer, um manifestar, um ser. A voz é atributo
sagrado, verbo que edifica toda criação. OM! Som originário e original que
impulsiona o universo em direção ao seu reencontro, a sua origem. Parte para
retornar. Parte-se sem ter saído. É complexo explicar que a semente já é
árvore, já é fruto. Há uma continuidade tempo-espacial no ser. De onde estão
ela é semente, que irá crescer, desenvolver até chegar a ser árvore. De onde
sou, a semente já é fruto, isto é, milhares de outras sementes, porque o
universo é abundância em movimento. Então dentro da perspectiva das 24 horas, eu não acordo,
porque estou sempre desperto. Não acordo, porque não durmo, sendo assim,
compreendo os nossos pontos cegos e posso caminhar pelos intervalos da
consciência de muitos seres, os auxiliando a despertar.
Esse é o meu trabalho, a minha jornada e a de milhares
de outros mestres ascensos, especialmente, no que se refere à instrução dos
nossos chelas, das nossas partes, dos nossos eus que estão em processo de nos
receber, nos ouvir, nos conectar para o desenvolvimento dos nossos trabalhos e
atividades. Quanto mais conectados estiverem com o eu superior de vocês mais
simples, diretos tendera a ser a existência de vocês. Faremos nosso trabalho e
quando finalizar nos fundiremos como reflexo e espelho que somos do Criador.
Sendo assim, nós pedimos que às 24 horas de cada um de
vocês seja um tempo de aprimoramento. Não um aprimoramento que se faça longe
dos seus irmãos, como se fossem melhor que qualquer outro ser do universo, não
se é. Todos somos frutos e filhos da centelha divina que alimenta e nos dá
vida. A mesma essência que habita um verme, um vírus, uma bactéria, uma
supernova, uma nebulosa, um planeta, um humano, um vegetal, um animal, um
mineral, todos os reinos conhecidos e observados por vocês e desconhecidos e
inobservados. Todos exalam o sopro do Criador e sendo assim guardam e merecem
respeito. Que as 24 horas de vocês seja imbuída desse respeito por si mesmos,
pelo outro, pela vida. Que sejam capazes de amar, de si amar e acolher em si
mesmo toda sua ternura, delicadeza, força.
Que nas suas 24 horas tenham alguns minutos para nos
contactar, nos perceber e sentir a nossa presença, fazendo-se um com ela.
Salve
nosso Senhor Jesus Cristo e a santíssima Virgem Maria. Deus seja convosco e em
vossos lares e corações.
Quis
nosso Senhor Jesus Cristo que eu viesse por parte de Pai Oxalá mandar uns recados
aos irmãos de caminhada.
Andem
na luz, pois ela não tem contramão.
Distribua
o bem, porque ele é o eterno pão.
Viva
com amor, eterna gratidão.
Jesus
vos abençoe.
Pai Jeremias trabalha como preto-velho. Aparece-nos
com um cachimbo de pau na boca, o cabelo grisalho em meio aos poucos fios
pretos que restam, o olhar translucido de quem vai engolir o mundo pelos olhos.
O coração sereno daquele que a todos amam e amparam. Vinte e quatro horas com
Pai Jeremias é conversa de fôlego, de presença de disposição.
Responsável por ele mesmo auxilia a todos onde
precisa de cuidados e orientação. O trabalho dele é um tanto diferente de todos
os que lemos até agora. Ele está em vários lugares e ao mesmo tempo não está. Essa
diferença eram mais sintomáticas há dez, treze anos atrás quando realizamos
essas psicografias, hoje como podemos verificar muitas delas conseguem o mesmo
nível de deslocamento tempo-espacial que nos serve de parâmetros para
assinalarmos uma evolução consciencial deles e nossa. Hoje tentaremos atualizar
o que são e como são 24 horas na vida de Pai Jeremias.
Pai Jeremias é uma entidade familiar. Até onde
temos registro, ele trabalhou com minha avô, com minha mãe e acho que trabalhou
também com meu bisavô. Ele acompanha o desenvolvimento da minha família,
especialmente, por parte de mãe há no mínimo três gerações. E isso é bastante
curioso, muito embora, eu não faça uso consciente dessas informações, desse
histórico familiar que está de ‘posse’ dele. Entre aspas, porque o termo posse
não se aplica as entidades que trabalham como preto-velhos, eles além da
própria sabedoria não detém nada. Assim, o termo posse não diz respeito a eles.
Eles são todo doação, entrega, partilha. Não tem a ver com renuncia, porque
eles trabalham numa matriz oposta a do sofrimento, da expiação. A leveza deles
pertence a um entendimento muito sábio e leve da vida de tal modo que a
renuncia trás um peso, uma dor, que eles também não portam, nem carregam. Um
ponto digno de nota é como que uma mesma entidade é entendida, recebida, vivida
diferentemente por cada médium.
Minha vó tinha uma ligação mais umbilical com pai
Jeremias. A ligação entre ambos era mais simbiótica, mais natural. Mina vó era
e estava mais afeita as falas, costumes, trejeitos, daquela
personagem/entidade. Ela o captava, o aprendia num grau mais primário de força,
vitalidade, vibração, conhecimento. Por minha vó ele benzia, tirava mal olhado,
cantava aquelas canções lindas e belas do cancioneiro popular. Canções que como
mantras iam imantando e alterando a vibração dos lugares, das pessoas. Por
intermédio da minha vó, ele conseguia ser um curador fazendo uso de raízes,
ervas, mãos e tudo o que a gente compreende como sendo típico e afeito a um
preto-velho.
Com minha mãe essa ligação se fazia pelo corpo
emocional, via chacra cardíaco. Aquela força de terra que subia pela coluna
vertebral, acendia todos os chacras, dava uma visceralidade gigantesca, minha
mãe não tinha. Porém, eles acendiam uma doçura, uma compreensão do universo do
outro que acalentava, curava, serenava. Pai Jeremias no trabalho com minha mãe
era quase uma vó Conga e por vezes o é. É uma energia muito sutil, muito
feminina, de muita doçura, leveza, AMOR. Com ela, ele não benze, não ativa
muitas canções do cancioneiro, mas alcança um nível de cura profunda. Promove
cura emocional de dores profundas.
Comigo pai Jeremias ativa o timo e o laríngeo. No
timo a gente consegue buscar um equilíbrio entre a visceralidade da minha vó
(incomparável) com a emotividade de minha mãe (inimitável). Para mim foi uma
honra e um desafio trabalhar com ele, justamente pelo histórico. Não
conseguiria por meu intermédio realizar metade das coisas que ambas realizaram
nas poucas vezes que o manifestaram fisicamente. Ele me explicou que a gente
ganharia em tempo de contato, em trabalho realizado e também no fato dele saber
que cada um é um e esperava de mim a descoberta de como desenvolveríamos o
nosso trabalho. E, de fato, quando abre a minha mediunidade, ele é a entidade
que se faz responsável até o aparecimento de Oran (mentor espiritual). Mas, foi
ele que durante muito tempo coordenou essa minha apreensão mediúnica. Pois bem,
comigo pai Jeremias é um esclarecedor. Ele esclarece, lança luz as questões,
situações, as desembaraçando com muito carinho, amor, porém sempre ressaltando
o componente mental das nossas ações, dos nossos pensamentos, das nossas
atitudes.
Assim, caracterizar o modo que cada entidade se faz
diferente em contato conosco e com outras pessoas, nos leva a perceber aquilo
que é nosso e aquilo que é dela. Nos mostra também o entendimento mais ou menos
seguro de como o trabalho se desenvolve e se faz de forma diferente, mas igual.
Realizadas essas pequenas digressões podemos voltar às 24 horas de Pai
Jeremias.
Na maioria das vezes que vamos ao encontro ou somos
levados ao encontro de pai Jeremias nós o encontramos em um regaço de campina
muito verde, lembrando um campo, com uma casa ao fundo, na verdade, um casebre
de palha e de pedra. Uma esteira, um fogão de lenha e uma cozinha bem rustica e
rupestre. Legal perceber anos depois que isso é uma representação minha. Isso é
mais a forma com a qual eu via e ‘construía’ o lugar, do que necessariamente
onde ele fica mesmo. Quero dizer, que por exemplo, a minha mãe tivesse uma
outra representação do lugar, e minha vó uma terceira. E isso é porque o lugar
que um preto-velho ocupa é um espaço interno. Ele habita, ou ele adentra a
nossa morada psíquica, emocional, mental, o que Alícia nos ensina a chamar de
símbolos.
É nesse local que Pai Jeremias nos recepciona e nos
cicerona quando o visitamos. Basicamente é esse o trabalho dele: a ele são
enviados pessoas precisando de aconselhamento, esclarecimentos. Nós somos
convidados a achar que na relação com o preto-velho tudo é um fora, um externo,
mas no caso dos médiuns que trabalham com eles, acontece um trabalho intersubjetivo.
O atendimento que ele faz com outros e para outros é na verdade para nós. Tem
como entender? Mais na frente isso ficará mais claro, pelo menos esperamos.
Quando uma pessoa chega a Pai Jeremias, ele
encontra-se sentado em um pequeno banco de madeira- toco. Ele coloca as pessoas
sentadas ou deitadas na relva e lhes conta estórias, histórias. Para cada
pergunta que lhe é feita, ele conta uma história da malha da própria pessoa,
utilizando-se os recursos do astral superior de plasmar formas-pensamentos. As
histórias são um misto de verdade interior dos seres e de modelos vivenciados
por ele através da vida. O fato é que ninguém sai sem consolo e apaziguamento.
Hoje observando esse modelo, eu diria que ele adentra nessa historicidade
cósmica da pessoa e fala com essa pessoa diretamente. Porém nós vamos criar
aqui uma singularidade. Vamos criar um acontecimento tempo-espacial no qual o
que acontece no plano físico desdobra-se no mundo astral e vice-versa. Sendo
assim, imagine que o médium do terreiro X recebeu uma pessoa para uma consulta
com um preto-velho. No plano físico o preto-velho se manifesta por intermédio
do médium e manda um recado, dá uma resposta. No plano astral, esse encontro
entre médium-buscadora-entidade é um acontecimento que se processa dentro do
campo mental do médium. Aquele aconselhamento era mais para o médium do que
para a buscadora. Aquelas palavras, aqueles conselhos, aquele carinho, aquela
resposta era a forma utilizada pelo preto-velho para resolver, auxiliar alguma
demanda interna que o médium estava passando ou iria passar, sem que por muitas
vezes, isso requeira materialidade.
Ou seja, aquilo que Júlio veio falando e que Alícia
em certo sentido reforçou de que podemos viver diversa situações em uma vida,
as temo vivenciando e muitas vezes isso não precisa ser físico. Algumas
negociações kármicas que são realizadas são possíveis ser ‘roteirizadas’ e
assimiladas sem que se faça material, física. No caso de nós médiuns isso se dá
com maior frequência, sobretudo quando estamos atentos a ouvir o que se fala
por nosso intermédio. Nossos aconselhamentos em última instância não são para o
outro e sim para nós. Não no sentido de que tenhamos realizado as mesmas
coisas, pelo contrário, no sentido de que aquela energia pode nos assegurar um
aprendizado e uma oportunidade de crescimento que nos retira da dor, do
sofrimento.
Sendo assim, as orientações mediúnicas que ele
realiza se dão dessa forma e desse jeito. Na verdade, 99% de todos os que vão a
casa no campo são médiuns necessitados de esclarecimentos e através das
conversas com pai Jeremias são inseridos modelos de ação e conduta que mais
tarde será utilizada pelos mentores espirituais. E por mediúnicas compreende-se
a relação entre dois planos e não necessariamente apenas kardecistas,
umbandistas. Ele entende como médium todos os seres e pessoas que em maior ou
menor grau vislumbra o intercambio entre o visível e o invisível. 10% desses
casos são relacionados ao que eu vou chamar de estudo de caso. Pessoas que tem
casos simbólicos, icônicos que servirão de experiência para cada um de nós que
lá vamos. Mas, de modo geral faz parte da atuação dos preto-velhos o tratamento
psíquico dos seus médiuns, daqueles que cuidamos e a supervisão dos nossos
cuidados. Um preto-velho é um terapeuta na melhor acepção do termo e do método.
É difícil pensar um consultório que não prime pela companhia, a orientação e a
supervisão desses amigos que conhecem a estrutura da alma, as dores da alma, as
relações de complexidade da alma como poucos. Grandes estudiosos que foram de
magia, por vezes manipuladores de ectoplasma de seres e pessoas, hoje eles tem
o compromisso moral com o planeta de limparem o máximo possível os seres das
vibrações mentais pesadas, tristes, sedutoras, manipulativas que eles ajudaram
a instaurar em nossa psique. Diríamos que eles fazem uma ação reversa.
As mudanças de sintonia mediúnica assim como o
aumento de sua capacitação se fazem mediante a técnica salutar que em tudo
lembra os divãs psicanalistas: a forma de se deitar, o recanto sossegado, a
elaboração metódica. Se podemos definir um preto-velho os definiríamos como terapeutas/psicólogos,
acariciadores da alma. São conhecedores profundos da psique humana, mais do que
isso, conseguem sondar o intimo dos seres sem nos percebermos sondados,
invadidos. Seres lindos com uma evolução refinadíssima, eles primam pelo
respeito ao próximo e a humildade no serviço a Cristo. Por escolha deliberada
que fizeram em ‘mudar’ de lado e virem para o lado do Cordeiro e não dos dragões.
Nessa perspectiva, não há nenhum exagero em pontuar que os pretos-velhos são os
que rivalizam com os magos negros. Muitos dos pretos-velhos foram seres que
manipularam energia, pessoas, situações e em determinado momento fizeram a escolha
de limpar essa energia, de não mais continuar com essas ações e atitudes. Fazem
isso sem condenação, sem julgamento, amparando e aproximando a todos os que
estão em dificuldade.
Outro ponto salutar das 24 horas de Pai Jeremias na
figura de preto-velho é o de que todo trabalho de desenvolvimento mediúnico
inicia-se e desenvolve-se sob a tutela de um preto-velho. Numa ‘pajelança
xamanica’ amorosa e revigorante. Ainda que inúmeros médiuns e dirigentes virem
a cara para esses grandes conhecedores do espirito são eles que supervisionam o
nosso aparato psíquico para que ele não dê pau, entre em curto circuito, ou
surto. É de fundamental importância a todo cuidador a recepção do seu
preto-velho. É por intermédio das orientações deles que encontramos
apaziguamento, esclarecimento, florescimento interno para lidarmos com nossos
trabalhos. Nesse período de depressão, estres, cansaço físico e mental os
conselhos desses seres nos direcionam para o caminho da saúde interna.
Enquanto estive lá, pai Jeremias atendeu de três a
cinco irmãos que lidam nos trabalhos espirituais: um padre, um pastor, um
médium de desobsessão, um casal. Os resultados práticos, cotidianos da conversa
por ele desencadeados variam de grau para grau de evolução e de urgência. É
como se ele colocasse conhecimentos específicos que seriam abertos em
determinados momentos. Um programa de computador ou algo similar seria a ideia
que apresento. Hoje em 2017 podemos dizer que seriam comandos apometricos,
associados com PNL, algo que coachs tem utilizado em suas abordagens. No
momento especifico, esse programa abre e a pessoa tem as condições de optar
pela resolução do problema.
Observando dentro desse novo cenário de
entendimento, diretamente, nenhum dos casos me dizem respeito, porem cada um
deles se tivesse passado pelo meu consultório, por um atendimento,
aconselhamento, diriam respeito a mim também, simbolicamente, indiretamente.
OS RELATOS:
O padre estava vivendo as dificuldades do celibato,
espirito viciado nas experiências sexuais descontroladas, era assediado física
e espiritualmente por imagens de mulheres e cenas de orgias do passado remoto.
Fora auxiliado por pai Jeremias a enxergar o outro lado da busca sexual: o
amor. Não sei se o padre resistiu ou resiste à tentação, todavia ficou claro
que as lições foram de grande ajuda, pois os problemas de irritação e
descontrole manifestado diminuíram e muito. Outro aspecto salutar é o
entendimento de que o programa instalado por pai Jeremias desencadeia ações
responsáveis e amorosas, longe da culpa e do julgamento. Ainda que o padre
venha a cair na quebra do celibato, pai Jeremias deixa subtendido que ele haja
por amor, faça sexo com amor e caso não venha a cair, que amplie sua capacidade
amorosa valendo-se da conscientização dessa energia.
O pastor vivia um problema de ordem prática:
enxergava e ouvia espíritos. Tendo sido esclarecido da normalidade desses
fatos, dormiu melhor, voltou às lidas evangélicas e ficou menos irritadiço com
as correntes religiosas diferentes da sua, que combatia com ira, num caso
típico de projeção.
O médium passou a ser assediado pelos assediadores
dos outros. Recebeu esclarecimentos sobre o seu passado faltoso, não de forma
direta, mas simbólica e passou a vigiar o seu interior e não apenas pregar e
esclarecer o outro, mas primordialmente, a si próprio. Compreendeu que o
processo de desobsessão que ele praticava, mais do que para os outros era para
ele mesmo.
Nos três casos de conversa com pai Jeremias a
tomada de consciência se faz gradual, mas constante. Despertam com um
sentimento de paz interior, de que sonharam com uma fazenda, ou que estiveram
em uma plantação e cultivaram a terra. Outros que sonhava com um homem mau, mas
que enfim conseguiu ajuda-lo a se recuperar. É como ao acordar os símbolos dos
sonhos passarem a ser percebido por nossas roupagens, nossos entendimentos,
nosso grau de clareza. A gente só enxerga aquilo que conseguimos ver e
interpretar. Ninguém vê antes do conceito, ou da incrustação do símbolo em si
mesmo.
Cada uma dessas práticas realizadas por nossos
amigos espirituais na figura de preto-velho tem como compromisso o resgate de
conhecimentos perdidos e deixados para trás na Atlântida. Como vemos
registrando muitos preto-velhos eram sacerdotes desses templos e depois ao se
perderem passaram a realizar rituais de sangue, de sacrifícios humanos por
estarem conectados a seres perversos, manipuladores. O trabalho dos preto-velhos,
antigos sacerdotes atlantes é revigorar o surgimento desse conhecimento que
alia amor-respeito-humildade; sabedoria-amor-poder; ciência-filosofia-religião;
em uma unidade. Em um conhecimento de que tudo e todos são um. A integração de
tudo no todo. Esse processo inicia-se com a perda do preconceito racial,
social, econômico, cultural para o entendimento de que tudo e todos são um.
E, agora podemos então pontuar com mais clareza o
que são as 24 horas de Pai Jeremias um preto-velho. Assim ele nos conta:
Minhas
24 horas se perdem, porque não temos mais esse modelo de tempo. O tempo nosso
agora é coletivo e podemos caminhar e coabitar vários seres ao mesmo tempo, o
que denominamos de família. Quando menciona o trabalho dedicado ao longo do
tempo com seu bisavô, avó, mãe, você e seus filhos estamos falando de um
trabalho ancestral de mudança de DNA numa perspectiva consciencial, simbólica.
Enquanto nossos amigos-irmãos trabalham em naves com a mudança genética
propriamente dita, nós outros utilizamos as mais diversas formas: preto-velhos
na cultura de matriz africana, xamãs nas culturas de matriz indígenas, gurus
nas de matriz asiáticas para irmos acompanhando e implementando mudanças
simbólicas, conscienciais na estrutura psíquica de grupos terráqueos.
Todo
nosso trabalho é o de acompanhar ciclicamente como estão sendo utilizados os
mapeadores genéticos, conscienciais que estamos implementando para a ativação
de uma cultura mais harmônica, menos bélica, mais fraterna, mais humilde. Se forem
capaz então de ouvir a fala de uma criança, de um preto-velho, de um índio são
capazes ou se aproximam da essência do evangelho, da essência dos semeadores da
Vinha, que é o de conhecer as pessoas pela essência e não pela aparência, de
valorizar o conteúdo e não a superficialidade. Essas são as pegadas dos
ensinamentos espirituais em todo o orbe terrestre e vamos contatctando os seres
até que eles possam compreender que podemos fazer uso das mais diversas formas,
imagens, para que divulguemos e realizemos nosso trabalho de amor e esperança.
Nesses
moldes minhas 24 horas se confundem e se interpenetram com esses tempos
familiares, coletivos nos quais podemos ativar alguns padrões e retirar alguns
comandos viciados e viciosos da psique de vocês. Cada vez mais o conceito de
tempo vai se fazendo e adentrando no de espaço, causando uma integração
consciencial que é a busca de todos os orbes, o nascimento de seres que consigam
trazer no corpo físico suas lembranças astrais. Nosso trabalho de
desenvolvimento junto às famílias, aos terreiros é sermos o aporte dessas
energias, sermos a central de distribuição que mantem a memoria coletiva
acessa, ativa, pronta para ser acionada quando necessário, por quem se fizer de
direito. Todo o trabalho da tradição é esse, o ensinamento para que as pessoas
consultem essa memória, ativem essa memoria, façam uso dessa memoria coletiva
ampliando cada vez mais e auxiliando a dar suporte individual para que cada um
a use com mais consciência, sabendo que é possível acessar essas informações,
esse conhecimentos tanto individual, quanto familiar.
Sobre
essa integração do tempo-espaço num processo de individuação, individualização,
conexão, Oran irá falar melhor. Ele e Somater irão fazer o arremate dessa
perspectiva, mas ressalto que trabalhar como preto-velho junto a você e a sua
família é resgatar a memória lemuriana dos povos de cor preta. É ativar toda
uma herança de conhecimentos siderais, de poderes extrassensoriais que
assustaram os nativos dessa localidade e os viram como seres demoníacos,
deuses, por não saberem como tinham a capacidade telepática, empática de se
comunicarem com as folhas, as ervas, as plantas, os animais, os elementos e todo
o sagrado, todo o natural. Cada incorporação é a ativação dessa e outras
capacidades, é o empoderamento de um individuo e de todos os outros do nosso
compromisso com o planeta, com o sistema, com o cosmos.
Não
se pode perder isso de vista, que somos todos um. Que pertencemos a mesma raiz
fundante das estrelas e que caminhamos para voltar para elas.
Alícia trabalha com padres, pastores,
umbandistas, budistas, muçulmanos, ateus, pois há em comum em todos eles a
mediunidade. Não no sentido de estarem abertos à comunicação com os espíritos,
mas a de estarem abertos, esteticamente, a compreenderem o Belo como luz, amor,
sabedoria, independente de quaisquer juízos valorativos que possamos
estabelecer. Na Cidade de Cristal filósofos, cientistas são denominados
artistas. Vivem juntos, pensam e sentem juntos. Trabalham juntos os conceitos
estéticos-filosóficos-científicos. Demonstram que tudo é um, que todos os
saberes estão inseridos na busca da compreensão da verdade. Vários seres se
deslocam para lá para ‘ter’ aulas com esses amigos. Embora a maioria esqueça ao
acordar, o fato é que estão tendo a sua mente-coração burilados por um esmeril
de grande crédito e maestria. Nada passivo, pois todos são responsáveis pelo
seu conhecimento.
(O vídeo com a leitura comentada encontra ao final do post).
Esse trabalho de seleção dos cursos, muito similar
a uma Universidade Sideral na qual se trocam experiências de vidas e de
conhecimentos sobre modelos artísticos buscando sempre aquilo que brota do seu
ser, de sua verdade interior. Essa é a obra de arte almejada e sonhada. Nessa
seleção dos cursos a serem oferecidos, onde e para quem será oferecido se
encontra o trabalho de Alícia que opera como uma reitora. Na verdade,
preferimos chamá-las de Musas, mas a função é de reitoras. Um grupo de mulheres
sensíveis e notáveis orientam, supervisionam, inter-relacionam espaços,
estudos, alunos entre si para que produzam, resolvam, apresentem, seus
trabalhos. São, invariavelmente equipes inter e transdisciplinares nas quais se
busca resolver e equalizar processos de áreas dispares. Um problema matemático
sendo pensado artisticamente. Uma questão artística sendo pensado fisicamente.
Uma questão física sendo pensada corporalmente e assim sucessivamente até que
todos tenham a possibilidade de aplicar fisicamente, existencialmente.
Finalmente, na região da crosta. Alícia se
apresenta como uma cigana de 14 anos. É dessa forma perispiritual que ela
desenvolve a magia nossa de todos os dias. Ensinando de forma direta a mulheres
e homens a magia da vida. A magia de enxergar a vida em todos os seus aspectos
mais sublimes e desconcertantes. Ela ensina a magia da celebração da vida e do
viver, do doar, do receber, do amor, do servir. Esse é o trabalho que mais
desgasta, mas que ela tanto gosta, muito embora esteja trabalhando mais no
plano etérico do que no material. No etérico ela dá cursos de magia, isto é, de
capacidade de se realizar esteticamente, de materializar fisicamente os
símbolos da alma, as forças e movimentos do espirito.
(Livro a venda. Entre em contato).
Esse curso, esses moldes de estruturação no astral
é mesmo uma forma cigana de enxergar a vida com amor, alegria, coragem para a
solução das adversidades. Parte desses cursos serviu e suas realizações no
plano astral serviram de inspiração para se pensar os trabalhos sobre o
Feminino tão em voga em nossos dias. Porém não podemos pensar o feminino como
sendo da mulher e o masculino dos homens. Feminino e masculino são polaridades
que coexistem em todos os seres nas mais diversas proporções. É importante a
capacitação de todos para o feminino. É o feminino o novo dial energético da
Terra até que se acomode a integração, a harmonia dessas duas polaridades. Os
trabalhos energéticos de cunho cigano, envolvendo as forças naturais, os
elementos, eu gosto muito de realiza-los, porque recuperam a sensibilidade
feminina, a religa a sua ancestralidade e de posse dessa força interna e da
nova vibração externa, elas podem resignificar a história de seus pais, dos
seus ancestrais, e principalmente, a própria história da linhagem que
carregamos, tanto do agora em direção ao passado, quanto do agora em direção ao
futuro.
Júlio falou
do trabalho de entidade cigana. Um trabalho de proteção, de cuidado, de
negociação de karma, de possibilidades, de equilíbrio energético para estar em
condições propicias de se receber o que se deseja e o que lhe é merecido.
Basicamente, esse é o trabalho cigano, porém quando os ciganos não são um
alter-ego da própria pessoa, abrimos para uma inovação de realizarmos um duplo,
triplo, trabalho de remissão e resgate karmico. Abrimos para a possibilidade de
trabalharmos incorporada com um antigo desafeto para juntas resgatarmos um
padrão de amor, amizade, cumplicidade que nos unia e nos fortalecia e que por
motivos de ciúmes, de inveja, de disputa e rivalidade perdemos. Perdemos e nos
faz falta, perdemos e debilita nossa alma, porque podemos ser mais plenas,
harmônicas se encaixarmos isso dentro de nós. Ela tinha uma caminhada no mundo católico, com
realizações de pregações, mas, sobretudo de cura pela graça do Espirito Santo.
A sua aproximação desperta a possibilidade do espirito santo ser desvelado, se
mostrar, ter nome, cara, estamos falando do kardecismo e das amigas espirituais
que a ajudam no processo de cura desde o nascimento. Cura emocional, cura de
feridas da alma. Curas que precisam realizar um com o outro e um no outro para
recuperarem a integridade que se deram e compartilharam.
Eu sou a
responsável pela abertura de uma nova trilha de vivência e experiência para
ela. Responsável por apresentar e não por vocês terem escolhido. Mas, naquele momento
era uma chave de abertura para novos horizontes para vocês dois. Uma vida na
qual o sentido estaria mais perto. Não apostávamos que o grude entre vocês
seria tão forte. Acreditávamos que realizado o encontro, encontrado a harmonia
que um proporcionava ao outro seguiriam os seus próprios caminhos, ela o mundo
da canção nova, você o mundo da bola. Porém havia outras conjecturas no céu. E
dezenas de possibilidades na Terra, os caminhos anteriormente traçados antes do
nascimento começavam a ser reformulados em vida. Seres como vocês e tantos
outros começavam a ter as condições de mudarem o próprio destino, a própria
sorte. Aqueles caminhos certeiros e unívocos que eram tracejados nas estrelas e
formatados no suor da vida, lá nos idos de 1974/5 começavam a ganhar mais
horizontes nos idos dos anos de 1992/3. E essas aberturas, essas conjecturas se
fizeram exponenciais. Aquilo que era um caminho, desdobrava-se em dois, que se
desdobrava em 4, que passava a ser 16, que se multiplicava por 16 até que o
infinito se faz material e tangível. As vidas formam se tornando uma nova
fronteira para a manifestação palpável do invisível. Vocês na força de dois, na
coletividade de outros, co-criaram e construíram futuros possíveis e
improváveis para vocês. Estávamos diante de uma nova história e uma nova forma
de vivê-la, uma tendência que igualmente foi se alastrando entre os seres,
entre os indivíduos e de repente estávamos na Terra com um processo de
aceleração na qual um individuo poderia viver três, quatro vidas em apenas uma.
Isso era impensável antes do século XX e inviável antes da Convergência
Harmônica de 1987.
Alguns seres
que estavam alinhados consciencialmente a esse movimento, que nasceram para
auxiliar numa transição da Terra, receberam esse potencial, herdaram esse
potencial e o que fizeram em menos de dez anos, praticamente em cinco foi
ampliar a rede de possibilidades de vocês para horizontes não sonhados e nem
projetados anteriormente. Você que seria um jogador de futebol profissional foi
levado para os campos do saber, da sabedoria onde professava e resgatava uma
consciência filosófica esquecida, abandonada. Então não se surpreenda por não
estar na cátedra acadêmica, o trabalho é outro, é o de conscientização,
sensibilidade consciencial como chamamos.
Nesses
portais criados, realizados, vocês abriram para a chegada de dois seres que
simbolizam uma nova Terra (Victhor) e a nova Terra da Terra (Yasmin). Por vezes
o ser encarnado não compreende o que isso implica. Muitos de vocês que tiveram
o curso da vida alterado, mudado, não conseguem visualizar o impacto que é de
uma criança índigo, de uma criança cristal, de um ser hibrido no meio de vocês
fisicamente, mas isso é revolucionário. Encarnados, vocês não conseguem ver que
habitam uma nova Terra, um novo lugar e isso só é possível primeiro porque
vocês catalisaram um processo de transformação de mil anos em dez e depois
germinaram as sementes para que essa energia fosse ancorada. Cada um de vocês que
trouxe um novo ser, um destes seres para a seara da Terra fez uma aposta no
futuro. Fez uma aposta na vida, no amor, na esperança. E, você sabe o que isso
representa e simboliza para você. Você sabe que o seu niilismo é então vazio,
porque você apostou no amor, no educar. Você como milhares de outros, frente à
oportunidade infinita de brilhar sozinho, ter um gozo de alma pleno e
individual, chamou e abriu as portas para um gozo coletivo.
E é desse
gozo que faço parte. É nesse gozo que mais uma vez nos unimos e nos
fortalecemos, nos aproximamos. O século XIX e XX não foi fácil para ninguém. A
arrogância tinha alcançado um nível de materialismo nunca observado. Esse peso
esteve nas relações e a nossa, por mais amorosa que tenha sido, carregou o
ressentimento da solidão, da individualidade. Tivemos que caminhar sozinhos,
com outros parceiros, para podermos chegar a um mesmo lugar e darmos um novo
impulso.
Mais do que
um trabalho espiritual foi um trabalho psíquico no qual os símbolos, os
desejos, o amor foram se mostrando cada vez mais ricos, propícios a partilhas
cada vez mais salutares. Esse universo simbólico abriu as portas para o meu
trabalho no campo da psicanálise e das artes. Um trabalho que tenta ver o
artista no seu dito e no seu não dito. Um trabalho que busca recuperar os
aspectos mágicos, singulares, simbólico, dos artistas, dos seres, nos seus mais
diversos afazeres. Um trabalho sensível que auxilia a cada um entrar no seu
campo psíquico, na sua esfera mental (simbólica) e esse campo acaba por
desvelar a dimensão coletiva dessa criação. Que os pensamentos, os sentimentos,
que acreditávamos ser criação individual, aspecto autoral eram na verdade um
sentimento, um pensamento que pertencia uma vasta vizinhança de seres, pessoas.
Nesse novo formato de arte, nossas simpatias, antipatias, empatias foram
ficando mais visíveis. Nossas construções antes compreendidas como individuais
ganharam uma composição coletiva, e tudo isso é muito cigano.
Nosso povo,
nossa cultura sempre pensou os elementos culturais como sendo coletivos. A
ideia de autoria é estranha ao nosso povo, já que a música surge e nasce da
inter-relação com a fogueira, as chispas, as labaredas, as lembranças
imemoriais, o rodopio das saias, o vento das arvores. Nessa combinação a música
é de quem? De quem dança? De quem canta? De quem conta a história em torno da
fogueira? De quem toca? De quem é a autoria? Do vento que assobia? Do lobo que
uiva? Do cachorro que late? De quem é a música se toda essa sonoridade é
coletiva. Se toda essa sonoridade marca o compasso de cada mente e coração.
Para nós isso nunca teve sentido, por isso compomos uma tradição folclórica que
enriqueceu toda Europa nos seus aspectos estéticos e econômicos. O trabalho de
muitos artistas como ciganos proporcionou esse entendimento muito claro de que
estávamos diante de uma energia muito livre, solta, libertária, incontrolável,
por isso cigana. E foi na abertura dessas possibilidades, vendo recursos
infindáveis sendo gerada a partir da vida de cada um, de cada dois, de cada
família, de cada coletivo que descortinamos também essa mesma abertura para as
searas espirituais, compreendido agora como psíquico, como simbólico.
A ADAGA
FLAMEJANTE.
Assim
recuperávamos símbolos que estão desde a mais longínqua estória de nosso povo,
de nossa origem. Um conceito que percebe e compreende a vida como sendo arte e
o da Arte como Magia. Arte como sinônimo direto de espiritualidade. Arte como
passaporte para o intimo e o universo. Arte como expressão singular-coletiva do
simbólico, isto é, o mundo psíquico que habitamos. Para tanto fizemos uma
releitura das nossas construções, das nossas criações, dos nossos
empreendimentos existenciais. E em cada uma delas fica notório a força e a
presença da magia, do invisível desvelado em mil faces, milhares de pedaços. Em
cada obra de arte há uma senha para à espiritualidade. Há muito mais nelas que
estamos e a maioria das pessoas conseguem ver, sentir e perceber. Somente com
os olhos amplificados por outra voltagem percebemos o universo que eles
retratam a nossa volta. A força coletiva que ela aponta.
Quando da
primeira psicografia dessas informações, as minhas 24 horas eram inicialmente,
realizar o trabalho de atração dos espectros de possibilidade. Possibilidades
que eram bem únicas, quando muito, duais. A partir de mudanças conscienciais
começamos a monitorar como alguns seres em relação um com outro produziam e
criavam padrões que desafiavam as expectativas e especulações, e prognósticos
que tínhamos até então. Isso nos provocou uma nova forma de observação e
vigilância na qual nosso trabalho passou a ser estritamente vibracional.
Alterar a vibração dos seres repercutia significativamente nas mudanças
materiais a ocorrerem. Isso acarreta uma nova dimensão das informações
disponibilizadas, das psicografias realizadas, das canalizações proferidas, em
comum, todas elas falam do imponderável, de uma nova ordem. No geral, elas
marcam a aproximação de mentores e guias espirituais que não mais ditam
caminhos e sim honram ainda mais o caminhar de cada irmão.
Nessa
abordagem desenvolvemos uma forma de trabalhar, pensar e conceber a mediunidade
não mais como um fator moral, mental e sim numa abordagem estética e
científica. Ou seja, pensar e auxiliar o médium em seu desenvolvimento nos
valendo mais da Arte e da Ciência do que dos discursos morais. Tratar a
mediunidade como uma habilidade técnica na qual o médium deve se
responsabilizar não por temor a Deus, ou medo do inferno, ou culpa; mas por
orientação clara de embelezamento existencial tanto de si mesmo, quanto de
todos os que estão a sua volta. Essa unificação entre arte-ciência-filosofia é
o conceito de religare, de nova voltagem; para que não caiamos nos tropeços
religiosos de sempre. É uma fuga dos proselitismos seja ele católico,
protestante, espirita ou outros e uma maneira de engajar todos os seres que
despertaram no afazer consciencial, da sensibilidade por um mundo melhor
independente de sexo, religião, nacionalidade, orientação sexual. Está
sensibilizado, faça o trabalho de despertar-despertando-si.
Essa busca
pela unificação é também parte cara do meu trabalho, pois é junto a ele que se
desdobra o Simbólico. É no viés do simbólico, na compreensão profunda do
símbolo que se recupera toda sacralidade, toda espiritualidade, até mesmo no
que quer se convencionar chamar de profano.
Não deu para
ser cronológico como os dos amigos que fizeram antes, porque cada vez mais o
tempo subjetivo no qual habito se perde e se desfaz no tinir das horas. O
tempo, como irão vendo de agora em diante é uma grandeza relativa,
consciencial. No primeiro momento da psicografia, anos atrás, minhas 24 horas
eram equivalente, proporcionalmente a uma semana de vocês. Hoje, não saberia
lhe dizer o que me representa 24 horas, talvez um ou dois meses de vocês. Nesse
espaço cochilo por 15 minutos, o que daria uma equivalência de 8 horas de sono.
Basicamente
é isso. Um forte abraço em vocês e que a força da natureza, símbolo puro do
amor de Deus esteja em vossos corações.