Alícia trabalha com padres, pastores,
umbandistas, budistas, muçulmanos, ateus, pois há em comum em todos eles a
mediunidade. Não no sentido de estarem abertos à comunicação com os espíritos,
mas a de estarem abertos, esteticamente, a compreenderem o Belo como luz, amor,
sabedoria, independente de quaisquer juízos valorativos que possamos
estabelecer. Na Cidade de Cristal filósofos, cientistas são denominados
artistas. Vivem juntos, pensam e sentem juntos. Trabalham juntos os conceitos
estéticos-filosóficos-científicos. Demonstram que tudo é um, que todos os
saberes estão inseridos na busca da compreensão da verdade. Vários seres se
deslocam para lá para ‘ter’ aulas com esses amigos. Embora a maioria esqueça ao
acordar, o fato é que estão tendo a sua mente-coração burilados por um esmeril
de grande crédito e maestria. Nada passivo, pois todos são responsáveis pelo
seu conhecimento.
(O vídeo com a leitura comentada encontra ao final do post).
Esse trabalho de seleção dos cursos, muito similar
a uma Universidade Sideral na qual se trocam experiências de vidas e de
conhecimentos sobre modelos artísticos buscando sempre aquilo que brota do seu
ser, de sua verdade interior. Essa é a obra de arte almejada e sonhada. Nessa
seleção dos cursos a serem oferecidos, onde e para quem será oferecido se
encontra o trabalho de Alícia que opera como uma reitora. Na verdade,
preferimos chamá-las de Musas, mas a função é de reitoras. Um grupo de mulheres
sensíveis e notáveis orientam, supervisionam, inter-relacionam espaços,
estudos, alunos entre si para que produzam, resolvam, apresentem, seus
trabalhos. São, invariavelmente equipes inter e transdisciplinares nas quais se
busca resolver e equalizar processos de áreas dispares. Um problema matemático
sendo pensado artisticamente. Uma questão artística sendo pensado fisicamente.
Uma questão física sendo pensada corporalmente e assim sucessivamente até que
todos tenham a possibilidade de aplicar fisicamente, existencialmente.
Finalmente, na região da crosta. Alícia se
apresenta como uma cigana de 14 anos. É dessa forma perispiritual que ela
desenvolve a magia nossa de todos os dias. Ensinando de forma direta a mulheres
e homens a magia da vida. A magia de enxergar a vida em todos os seus aspectos
mais sublimes e desconcertantes. Ela ensina a magia da celebração da vida e do
viver, do doar, do receber, do amor, do servir. Esse é o trabalho que mais
desgasta, mas que ela tanto gosta, muito embora esteja trabalhando mais no
plano etérico do que no material. No etérico ela dá cursos de magia, isto é, de
capacidade de se realizar esteticamente, de materializar fisicamente os
símbolos da alma, as forças e movimentos do espirito.
(Livro a venda. Entre em contato).
Esse curso, esses moldes de estruturação no astral
é mesmo uma forma cigana de enxergar a vida com amor, alegria, coragem para a
solução das adversidades. Parte desses cursos serviu e suas realizações no
plano astral serviram de inspiração para se pensar os trabalhos sobre o
Feminino tão em voga em nossos dias. Porém não podemos pensar o feminino como
sendo da mulher e o masculino dos homens. Feminino e masculino são polaridades
que coexistem em todos os seres nas mais diversas proporções. É importante a
capacitação de todos para o feminino. É o feminino o novo dial energético da
Terra até que se acomode a integração, a harmonia dessas duas polaridades. Os
trabalhos energéticos de cunho cigano, envolvendo as forças naturais, os
elementos, eu gosto muito de realiza-los, porque recuperam a sensibilidade
feminina, a religa a sua ancestralidade e de posse dessa força interna e da
nova vibração externa, elas podem resignificar a história de seus pais, dos
seus ancestrais, e principalmente, a própria história da linhagem que
carregamos, tanto do agora em direção ao passado, quanto do agora em direção ao
futuro.
Eu sou a
responsável pela abertura de uma nova trilha de vivência e experiência para
ela. Responsável por apresentar e não por vocês terem escolhido. Mas, naquele momento
era uma chave de abertura para novos horizontes para vocês dois. Uma vida na
qual o sentido estaria mais perto. Não apostávamos que o grude entre vocês
seria tão forte. Acreditávamos que realizado o encontro, encontrado a harmonia
que um proporcionava ao outro seguiriam os seus próprios caminhos, ela o mundo
da canção nova, você o mundo da bola. Porém havia outras conjecturas no céu. E
dezenas de possibilidades na Terra, os caminhos anteriormente traçados antes do
nascimento começavam a ser reformulados em vida. Seres como vocês e tantos
outros começavam a ter as condições de mudarem o próprio destino, a própria
sorte. Aqueles caminhos certeiros e unívocos que eram tracejados nas estrelas e
formatados no suor da vida, lá nos idos de 1974/5 começavam a ganhar mais
horizontes nos idos dos anos de 1992/3. E essas aberturas, essas conjecturas se
fizeram exponenciais. Aquilo que era um caminho, desdobrava-se em dois, que se
desdobrava em 4, que passava a ser 16, que se multiplicava por 16 até que o
infinito se faz material e tangível. As vidas formam se tornando uma nova
fronteira para a manifestação palpável do invisível. Vocês na força de dois, na
coletividade de outros, co-criaram e construíram futuros possíveis e
improváveis para vocês. Estávamos diante de uma nova história e uma nova forma
de vivê-la, uma tendência que igualmente foi se alastrando entre os seres,
entre os indivíduos e de repente estávamos na Terra com um processo de
aceleração na qual um individuo poderia viver três, quatro vidas em apenas uma.
Isso era impensável antes do século XX e inviável antes da Convergência
Harmônica de 1987.
Alguns seres que estavam alinhados consciencialmente a esse movimento, que nasceram para auxiliar numa transição da Terra, receberam esse potencial, herdaram esse potencial e o que fizeram em menos de dez anos, praticamente em cinco foi ampliar a rede de possibilidades de vocês para horizontes não sonhados e nem projetados anteriormente. Você que seria um jogador de futebol profissional foi levado para os campos do saber, da sabedoria onde professava e resgatava uma consciência filosófica esquecida, abandonada. Então não se surpreenda por não estar na cátedra acadêmica, o trabalho é outro, é o de conscientização, sensibilidade consciencial como chamamos.
Nesses
portais criados, realizados, vocês abriram para a chegada de dois seres que
simbolizam uma nova Terra (Victhor) e a nova Terra da Terra (Yasmin). Por vezes
o ser encarnado não compreende o que isso implica. Muitos de vocês que tiveram
o curso da vida alterado, mudado, não conseguem visualizar o impacto que é de
uma criança índigo, de uma criança cristal, de um ser hibrido no meio de vocês
fisicamente, mas isso é revolucionário. Encarnados, vocês não conseguem ver que
habitam uma nova Terra, um novo lugar e isso só é possível primeiro porque
vocês catalisaram um processo de transformação de mil anos em dez e depois
germinaram as sementes para que essa energia fosse ancorada. Cada um de vocês que
trouxe um novo ser, um destes seres para a seara da Terra fez uma aposta no
futuro. Fez uma aposta na vida, no amor, na esperança. E, você sabe o que isso
representa e simboliza para você. Você sabe que o seu niilismo é então vazio,
porque você apostou no amor, no educar. Você como milhares de outros, frente à
oportunidade infinita de brilhar sozinho, ter um gozo de alma pleno e
individual, chamou e abriu as portas para um gozo coletivo.
E é desse
gozo que faço parte. É nesse gozo que mais uma vez nos unimos e nos
fortalecemos, nos aproximamos. O século XIX e XX não foi fácil para ninguém. A
arrogância tinha alcançado um nível de materialismo nunca observado. Esse peso
esteve nas relações e a nossa, por mais amorosa que tenha sido, carregou o
ressentimento da solidão, da individualidade. Tivemos que caminhar sozinhos,
com outros parceiros, para podermos chegar a um mesmo lugar e darmos um novo
impulso.
Mais do que
um trabalho espiritual foi um trabalho psíquico no qual os símbolos, os
desejos, o amor foram se mostrando cada vez mais ricos, propícios a partilhas
cada vez mais salutares. Esse universo simbólico abriu as portas para o meu
trabalho no campo da psicanálise e das artes. Um trabalho que tenta ver o
artista no seu dito e no seu não dito. Um trabalho que busca recuperar os
aspectos mágicos, singulares, simbólico, dos artistas, dos seres, nos seus mais
diversos afazeres. Um trabalho sensível que auxilia a cada um entrar no seu
campo psíquico, na sua esfera mental (simbólica) e esse campo acaba por
desvelar a dimensão coletiva dessa criação. Que os pensamentos, os sentimentos,
que acreditávamos ser criação individual, aspecto autoral eram na verdade um
sentimento, um pensamento que pertencia uma vasta vizinhança de seres, pessoas.
Nesse novo formato de arte, nossas simpatias, antipatias, empatias foram
ficando mais visíveis. Nossas construções antes compreendidas como individuais
ganharam uma composição coletiva, e tudo isso é muito cigano.
Nosso povo,
nossa cultura sempre pensou os elementos culturais como sendo coletivos. A
ideia de autoria é estranha ao nosso povo, já que a música surge e nasce da
inter-relação com a fogueira, as chispas, as labaredas, as lembranças
imemoriais, o rodopio das saias, o vento das arvores. Nessa combinação a música
é de quem? De quem dança? De quem canta? De quem conta a história em torno da
fogueira? De quem toca? De quem é a autoria? Do vento que assobia? Do lobo que
uiva? Do cachorro que late? De quem é a música se toda essa sonoridade é
coletiva. Se toda essa sonoridade marca o compasso de cada mente e coração.
Para nós isso nunca teve sentido, por isso compomos uma tradição folclórica que
enriqueceu toda Europa nos seus aspectos estéticos e econômicos. O trabalho de
muitos artistas como ciganos proporcionou esse entendimento muito claro de que
estávamos diante de uma energia muito livre, solta, libertária, incontrolável,
por isso cigana. E foi na abertura dessas possibilidades, vendo recursos
infindáveis sendo gerada a partir da vida de cada um, de cada dois, de cada
família, de cada coletivo que descortinamos também essa mesma abertura para as
searas espirituais, compreendido agora como psíquico, como simbólico.
A ADAGA
FLAMEJANTE.
Assim
recuperávamos símbolos que estão desde a mais longínqua estória de nosso povo,
de nossa origem. Um conceito que percebe e compreende a vida como sendo arte e
o da Arte como Magia. Arte como sinônimo direto de espiritualidade. Arte como
passaporte para o intimo e o universo. Arte como expressão singular-coletiva do
simbólico, isto é, o mundo psíquico que habitamos. Para tanto fizemos uma
releitura das nossas construções, das nossas criações, dos nossos
empreendimentos existenciais. E em cada uma delas fica notório a força e a
presença da magia, do invisível desvelado em mil faces, milhares de pedaços. Em
cada obra de arte há uma senha para à espiritualidade. Há muito mais nelas que
estamos e a maioria das pessoas conseguem ver, sentir e perceber. Somente com
os olhos amplificados por outra voltagem percebemos o universo que eles
retratam a nossa volta. A força coletiva que ela aponta.
Quando da
primeira psicografia dessas informações, as minhas 24 horas eram inicialmente,
realizar o trabalho de atração dos espectros de possibilidade. Possibilidades
que eram bem únicas, quando muito, duais. A partir de mudanças conscienciais
começamos a monitorar como alguns seres em relação um com outro produziam e
criavam padrões que desafiavam as expectativas e especulações, e prognósticos
que tínhamos até então. Isso nos provocou uma nova forma de observação e
vigilância na qual nosso trabalho passou a ser estritamente vibracional.
Alterar a vibração dos seres repercutia significativamente nas mudanças
materiais a ocorrerem. Isso acarreta uma nova dimensão das informações
disponibilizadas, das psicografias realizadas, das canalizações proferidas, em
comum, todas elas falam do imponderável, de uma nova ordem. No geral, elas
marcam a aproximação de mentores e guias espirituais que não mais ditam
caminhos e sim honram ainda mais o caminhar de cada irmão.
Nessa
abordagem desenvolvemos uma forma de trabalhar, pensar e conceber a mediunidade
não mais como um fator moral, mental e sim numa abordagem estética e
científica. Ou seja, pensar e auxiliar o médium em seu desenvolvimento nos
valendo mais da Arte e da Ciência do que dos discursos morais. Tratar a
mediunidade como uma habilidade técnica na qual o médium deve se
responsabilizar não por temor a Deus, ou medo do inferno, ou culpa; mas por
orientação clara de embelezamento existencial tanto de si mesmo, quanto de
todos os que estão a sua volta. Essa unificação entre arte-ciência-filosofia é
o conceito de religare, de nova voltagem; para que não caiamos nos tropeços
religiosos de sempre. É uma fuga dos proselitismos seja ele católico,
protestante, espirita ou outros e uma maneira de engajar todos os seres que
despertaram no afazer consciencial, da sensibilidade por um mundo melhor
independente de sexo, religião, nacionalidade, orientação sexual. Está
sensibilizado, faça o trabalho de despertar-despertando-si.
Essa busca
pela unificação é também parte cara do meu trabalho, pois é junto a ele que se
desdobra o Simbólico. É no viés do simbólico, na compreensão profunda do
símbolo que se recupera toda sacralidade, toda espiritualidade, até mesmo no
que quer se convencionar chamar de profano.
Não deu para
ser cronológico como os dos amigos que fizeram antes, porque cada vez mais o
tempo subjetivo no qual habito se perde e se desfaz no tinir das horas. O
tempo, como irão vendo de agora em diante é uma grandeza relativa,
consciencial. No primeiro momento da psicografia, anos atrás, minhas 24 horas
eram equivalente, proporcionalmente a uma semana de vocês. Hoje, não saberia
lhe dizer o que me representa 24 horas, talvez um ou dois meses de vocês. Nesse
espaço cochilo por 15 minutos, o que daria uma equivalência de 8 horas de sono.
Basicamente
é isso. Um forte abraço em vocês e que a força da natureza, símbolo puro do
amor de Deus esteja em vossos corações.
31/8/2017
14/05/2003
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