Falar do autismo na perspectiva existencial, energética é interessante, porque ela é extremamente simbólica para pensarmos e refletirmos sobre nós mesmos e a vida.
Tentamos acreditar que todos nós temos a mesma percepção da realidade e vamos compreendendo que não. A questão que insurge então é: perceber a realidade de outra forma é doença? Uma pessoa que tenha percepções diferenciadas do real é anormal?
É importante criarmos e sairmos desse modelo patológico existencial e alargarmos para outras possibilidades. Possibilidades que se abrem quando nos predispomos a aprender com o outro, a aproximar do
mundo e da realidade do outro.
Tive alguns alunos dentro do espectro autista, tivemos diversos outros que não possuíam laudo. Tenho algumas partilhantes cujos filhos estão dentro do espectro e outros que possuem características existenciais diferentes. Nem melhor, nem pior, apenas diferentes com seus graus de complexidade, de dificuldade humanas.
A partir de uma abordagem sobre o tempo eu acabei fazendo um vídeo no qual abordo um pouco mais essa questão a partir do que em Filosofia Clínica e na Magnificência Cristalina compreendemos como
SINGULARIDADES.
Na busca por uma imagem eu vi que muitas se relacionam a peças, a engrenagens, a quebra-cabeças. São ilustrativamente belas, embora conceitualmente equivocas, já que o grande obstáculo epistemológico, existencial é a dificuldade de superarmos um modelo de homem mecanicista. É na busca por um modelo de homem mais consciencial, mais energético que trouxemos essa discussão. Precisamos avançar no sentido de sairmos de uma visada materialista, mecanicista e caminharmos para uma concepção vibracional, energética, consciencial.
Um modelo no qual o ser humano não é reduzido a uma ideia de parte defeituosa devendo ser descartada, ou arrumada via substituição. E, sim uma abordagem na qual como se fossemos todos instrumentos musicais somos convidados a fazer parte da Orquestra na execução da Sinfonia da Vida. Nessa abordagem falamos então de afinação e não mais de exclusão. Falamos de variáveis, tons, subtons, melodias, arranjos que podem ser modelados e executados dentro de novo prisma, mas ainda as mesmas notas. Damos condições de cada ser se mostrar quem se é. Sendo quem é e se colocando na sonoridade existencial.
Convido cada um a dar uma conferida. Se acharem que o texto, o vídeo tenha sido de alguma valia repassem para pessoas que vivenciam essa realidade diretamente.
Abraços e vamos proseando. Segue o vídeo:
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