A pandemia trouxe muitas
coisas, muitas questões e cada um de nós, na medida de suas possibilidades,
está se conectando com formas possíveis de ajudar, auxiliar. A minha tem sido
com a escrita, com os atendimentos, até mesmo a gravação de áudios que tenho
disponibilizado a algumas pessoas e comecei a subir com alguns. E, agora a
trazer para cá também. São formas de tentar
auxiliar. De tentar ajudar a minha maneira.
Ele chegava nas reuniões sem
dar nome, nos dizia que quando encarnado, ninguém nunca se importou, ligou,
quis saber o nome dele quando vivo, depois de morto, isso não fazia o menor sentido.
Dizia que ele é qualquer jovem da periferia, qualquer jovem preto assassinado,
traficando, estudando. Ele é Pedro, João, Alexandre, Gutemberg, Maria,
Verônica, ele é qualquer um.
Um amigo do teatro, familirializado com a quebrada, o
batizou de Brother. E esse virou o nome que lhe denominamos. Poderia ser X, ou sem nome. Mas, ele é essa voz do rap, dos que tem muito a dizer, mas o preconceito, o racismo, a indiferença silenciam.
No dia 14/4/2020, ele veio
nos falar da Pandemia numa perspectiva e num lugar que parte do pessoal que
flerto não chega, não acessa. E é essa a nossa parceria: “ eu te levo onde você
não pode chegar. Vc me leva onde eu não poderia entrar!”
É assim que trabalhamos há
quase duas décadas. Escutem, pensem, questionem, enfim...
Acho que tive aula com sua mãe, Eusmalha, de português. No IEMG. Me marcou muito. Ela está bem? Quanto tempo...
ResponderExcluirOlá Diogo, ela mesma. Está bem sim, graças a Deus. E, como vc está?
ResponderExcluirEstou bem! Paz e bem a vocês. Ela não deve lembrar de mim. Mas marcou muito minha formação. Um abraço
ResponderExcluirBacana demais! Falarei para ela.
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