Espaço utilizado como amparo e reflexão da Holos Consultoria Fiholosofica/Spaço Iluminar. Este espaço se torna o lugar no qual discorremos sobre as implicações, as atividades e os serviços prestados por nós. De forma que buscamos dar uma visão unificada, integrada dos acontecimentos da existência, colorindo-os com uma visão artística, cientifica, desportista, filosófica, denominada pelos gregos de Tecnhé. Contemplando a nossa visão holística e holográfica, isto é, φholosofica.
Essa cabra é o símbolo de
capricórnio. Signo regido pelo planeta Saturno. É comum observamos essa cabra
no alto de um monte, lá em cima, solitária, olhando para baixo, envaidecida de
ter subido tão alto. Esse símbolo nos será importante para compreendermos muito do que vamos escrever.
Semanas atrás, dentro do carro, ouvindo a Whitney Houston
cantando: "I Will Always Love You" clássico do filme Guardas Costas me veio a ideia: para onde se
vai depois que se chega no topo?
Pareceu-me a coisa mais
natural do mundo, a queda, a descida. Depois que se alcança aquele nível de excelência,
por mais que se mantenha, que se
estabilize, uma hora é necessário descer, ou simplesmente cair, ou quiçá ser
empurrado do topo. E, não nos preparamos para a descida. De forma fantástica e formidável acreditamos que permanecermos na crista, no topo por toda a vida, isso é uma temeridade. O mais lógico seria quando alcançarmos o topo, já nos preparamos para a descida, mas muito longe disso. Recordo um ditado popular que dizia: “por mais alto que um
pássaro voe, ele sempre retorna ao solo para se alimentar.”
Nada mais longe de um
capricorniano do que um pássaro. E, nada mais distante para eles do que tirar
os pés do chão. Capricornianos são engenheiros que sedimentam o futuro. Pássaros
são aquarianos que voam. Capricornianos são engenheiros que criam o ar. Quero
dizer que eles acreditam nos seus sonhos, vão em busca deles, mas não se jogam
de cabeça, nem saltam, nem caem de paraquedas, eles sedimentam, constroem, alicerçam,
estruturam cada passo para chegarem onde desejam. E, sim, eles sempre desejam o
topo, o lugar mais alto. No entanto, o que vem depois do topo? O que há depois
do céu? É a partir de agora que eu vos chamo para lerem com atenção, com
carinho, com cuidado. Se em algum momento eu for rápido demais, é que só sei
caminhar voando e nem sempre consigo amarrar um pensamento ao outro. Nem sempre
consigo explicar que antes de saltar do nada para a utopia, meus pés estavam
firmes e seguros numa cabeça de alfinete, ou numa nuvem esvoaçante. De todo
modo, paciência, vão sentindo ao ler. Caso esteja certo, temos um novo
céu a nossa disposição. Caso esta hipótese seja verdadeira, temos um novo
playground no universo.
1os PASSOS:
Na antiga e saudosa lista
numerologia pitagórica do mestre Yub, eu gostava de dizer brincando, ou nem
tanto, que minha astrologia era árabe, medieval, fatalista e determinista,
rsrsr. Em uma oposição irônica as interpretações mais psíquicas, psicológicas
da astrologia, muito bem realizadas e fundamentadas pelas colegas de lista.
De modo geral, gostava
dessa visada por minha interpretação astrológica ser muito karmica. Adoro os
nodos e Saturno, sendo que é desse planeta que vou focar. Vou falar a partir da
leitura de dois mapas que realizei num intervalo de um mês, coisa rara, porque
não sou astrólogo, mas sou metido a falar dos astros e das suas vontades para
os humanos, rsrsr.
Na leitura de um, passou
um amigo espiritual que fez uma interpretação que eu gostei demais e tento aqui
reproduzir, abrir diálogo. Vem comigo:
I
Saturno foi compreendido
por séculos como sendo um planeta pesado, denso. Um planeta que mal aspectado
no mapa decretaria a ruína, conflitos, sabotagens na vida do nativo. Ao inverso
de Júpiter que traria boa sorte e bons agouros, Saturno representaria as
dificuldades, as calamidades. Na astrologia karmica, as dificuldades se
avolumam ainda mais, pois indicaria áreas e setores na vida na qual abusamos,
excedemos. De modo que Saturno representaria os limites, demarcados pela prisão
no tempo. Saturno é Cronos, o tempo. Aquele ser impiedoso e faminto que engole
seus filhos, menos Júpiter/Zeus. A relação de ambos é digna de estudo e
aprofundamento. Aos poucos novas
interpretações e significados foram sendo dados a Saturno. Se por um lado é
indubitável que ele demarca as dificuldades, os medos, os transtornos, os
abusos; por outro ele é o mestre que libera nossos potenciais para usarmos com
mais assertividade e responsabilidade. Ou seja, Saturno como o senhor do tempo,
trancaria em si, potenciais nossos, que de alguma forma, por algum motivo, a
gente exagerou, excedeu, transpassou os limites, esbanjou (Júpiter). Nessa
temática atual, nosso Saturno representaria a área, o espaço, o locus no qual
precisamos aprender a lidar melhor com isso. E a forma com que Saturno nos
ensina é inicialmente pela escassez, pela aridez, pela efeméride do tempo. Não
adianta correr, não adianta brigar, não adianta espernear. Esses potenciais só
são liberados depois de 27/35 anos. Todo esse período é de aprendizagem,
controle.
2os PASSOS
Temos que ir agora para
astronomia. Em verdade, astrologia e astronomia compõem o que esse amigo chamou
de CIÊNCIA DOS ASTROS.
A ciência dos astros é o
entendimento da dinâmica sideral nos seus ritmos, ciclos, significados e
sentidos simbólicos-existenciais. É a compreensão do Cosmos, do Universo como
um ente orgânico e não meramente mecânico, causal. No entendimento deles uma concepção do universo
como entidade mecânica é um desconhecimento das relações não causais do mesmo
universo, mas isso é outra história.
O fato é que da Terra, a
olho nu, Saturno é o último planeta a ser visto. Nessa significação, ele
representa o limite, já que depois dele não haveria ‘mais nada’ (visto). As
descobertas de Urano, Netuno e Plutão virão apenas mais tarde, bem mais tarde.
De forma que Saturno marca os limites de um céu. Um céu que não íamos além. Um
céu que não tínhamos condição de ultrapassagem. Esse limite astronômico
refletia nos limites existenciais de cada um de nós e agora é que entro na
viagem.
Vem comigo, estamos quase
chegando ao topo da colina:
III
Saturno é o tempo, para
muitos o karma. Na astrologia árabe, fatalista, medieval éramos capazes de ao
olhar para Saturno no mapa descrevermos um reino, um reinado, uma pessoa.
Ninguém escapava de Saturno. Mesmo, porque os estamentos sociais eram mais rígidos,
mais fixos, mais permanentes. Quem nasceu camponês morria camponês. Quem tinha
o pai como alfaiate seria alfaiate. As possibilidades de mudança e alteração do
destino (Saturno) eram poucas, quase nenhuma.
Tudo isso simplificava as
predições. Conhecendo a posição de Saturno no céu e as condições sociais do
sujeito na Terra éramos capazes de situá-lo no tempo e no espaço. A astrologia
podia dar ao luxo de ser determinista e fatalista.
Hoje, isso é
absolutamente fluido. Não temos como determinar a vida de ninguém, pelo
contrário, a astrologia nos dá apenas mecanismos de entendimento para
assinalarmos como a pessoa irá vivenciar, explorar as posições no seu mapa.
Aquelas leituras fixas e categoriais que pré-determinavam o lugar do ser no
cosmos, hoje se faz impraticável, já que esse Cosmos abriu um novo céu, com
campos abertos para uma leitura interior. Na fatalidade determinista medieval,
não há um sujeito capaz de escolher. O meio escolhe e determina o lugar do
sujeito. Nesse novo céu que já foi aberto e vivenciamos como sendo natural e
tranquilo, mas deixaria um astrólogo medieval aflito e alucinado, a vontade dos
sujeitos, a consciência dos sujeitos pode alterar completamente seu destino
(Saturno).
Sendo assim, nesse novo
campo, nenhuma demarcação é precisa, porque os leques sociais ampliaram. Ter
nascido numa cidade não te limita a ela. Ter nascido macho ou fêmea não
determina sua manifestação libidinal por pessoas do mesmo sexo, do sexo oposto,
ou por ambas. Ter nascido de pais ricos não decretam que será milionário e
menos ainda ter nascido de pais iletrados, que você nunca se alfabetizará, ou não será um acadêmico. Os leques de possibilidades ampliaram demais e ampliam mais
a cada dia. Os sujeitos passam a ser determinantes no posicionamento
astrológico. Kant filósofo alemão do século XVIII nos fala da sua revolução copernicana, a saber, Kant no que tange a relação sujeitos-objetos retira os mesmos do centro colocando o sujeito e com isso como o mundo lhe parece- fenomenologia. Numa analogia a astrologia psíquica retira os astros do centro do mapa e colocam os sujeitos, isto é, como que ele vivencia o seu mapa. Agora estamos descortinando um modelo no qual busca uma interação entre a consciência dos sujeitos e a ativação dos seus posicionamentos. Enfim...
Gosto de ressaltar que em
meu tempo de estudante havia poucas engenharias: civil, elétrica, eletrônica.
Hoje temos dezenas de engenharias para falar de um único campo. Os saberes, as existências
se ampliaram, abriram, cresceram. Os leques de possibilidade são maiores. Esse não é um movimento apenas social, epistemológico,
econômico. É também energético-espiritual com desdobramentos que nos assustam.
Para muitos seres tempo é
consciência e consciência é tempo. É no tempo que a consciência se desdobra, se
manifesta, se realiza, se plenifica. E, astrologicamente, num primeiro momento,
quando estamos falando de tempo, estamos falando de Saturno. Mas, o que estamos
querendo deixar cada vez mais claro é que quando estamos falando de Saturno no
mapa astrológico estamos falando de consciência.
Consciência de limite e transcendência.
Consciência de fechamento e abertura. Consciência de morte e renascimento. Num
primeiro momento, estamos falando de Netuno, Urano e Plutão. Estamos falando
que Saturno o limite visível do céu, nos abre para um novo espaço, um novo
entendimento, um novo Cosmos. E tudo isso é feito no mesmo corpo, numa mesma
vida.
3os PASSOS
Quando mapeamos Saturno
no mapa, ele indica uma programação a ser realizada ao longo de uma existência.
Todos os aspectos do mapa indicam aprendizados em áreas, setores que realizaríamos
em uma vida. No entanto, estamos realizando o potencial de uma vida, cada vez
mais rápido (consciência). Estamos exaurindo os exercícios de Saturno em seu
primeiro ciclo, aquele que nas gerações anteriores serviam de esteio, de
aprendizagem. De repente, cada vez mais, temos pessoas que já superaram os seus
demarcadores, que já transcenderam os seus obstáculos e agora, fazem o que?
A maioria chora,
esperneia, se revolta, se paralisam querendo a vida deles(as) de antes. Não
aceitam essa mudança. Querem permanecer em suas antigas vidas, o que é uma impossibilidade
sideral. E, com isso estamos fazendo o convite:
·se você se separou, abrace o seu novo
amor;
·se você perdeu o emprego, abrace sua nova
profissão;
·De fato você morreu, mas não perdeu seu
corpo.
·
Todavia, sua vida de fato
acabou e está lhe sendo dada a possibilidade de viver uma nova existência, numa
mesma vida. Não apenas uma, como várias e isso os amigos espirituais nos tem
dito há muitos anos. Os amigos espirituais nos explicam que estamos vivendo
mais de uma encarnação numa mesma vida.
Mais precisamente,
aquelas programações que fazíamos para uma vida, aí desencarnávamos e fazíamos
outra, estão acontecendo numa mesma vida. A gente está morrendo e nem percebe
que mudamos. Claro que isso gera transtorno, desconforto, depressão, o que nos
levaria a falar de Plutão e Netuno, mas deixo para outro momento. Agora acho
importante frisar, que estamos morrendo e nascendo no mesmo corpo. Estamos vivendo
vidas sucessivas numa mesma vida e os exemplos seriam.
Numa programação
existencial normal, a gente encontra uma parceira karmica, no máximo duas para
ter um drama, opta por uma e segue a vida. Nessa, estamos encontrando três,
quatro. É cada vez mais comum pessoas se separarem, casarem de novo e serem
felizes, cada vez mais felizes. É mais comum ainda a união, a parceria e a
amizade que se desenvolve nesses relacionamentos onde esses casais convivem, os
filhos convivem, proporcionando um novo rearranjo, um novo céu.
Agora posso tocar o ponto
que desejo.
IV
Nunca pensei que fosse
possível observar esses movimentos pelo posicionamento de Saturno no mapa, mas
tive a felicidade de ver em dois.
No primeiro tratava-se de
um Saturno na casa 10 em conjunção com Sol, Mercúrio, Marte e Júpiter, sendo
que esses dois últimos estão na cúspide com sagitário. O outro se tratava de um
Saturno na casa 9 em conjunção com Júpiter e Plutão. Enquanto lia o Saturno da primeira partilhante, as
dificuldades, as superações, ela deixava claro que já tinha vivenciado tudo
aquilo. Essa percepção começou, porque eu não a encontrava no seu espectro
solar. Eu a via com uma energia muito mais forte do ascendente do que do signo
solar. Desenvolvendo a conversa, falei para ela das possibilidades
incalculáveis daquele Saturno e ela me disse: “já aconteceu tudo isso comigo.
Já ganhei prêmios internacionais, já trabalhei em grandes empresas nacionais e multinacionais.”
Ela já tinha exaurido Saturno. E, quando a conheço, ela estava em depressão
devido a uma crise financeira e também existencial.
Capricornianos podem
entrar em diversas crises, mas não por falta de planejamento. E, ela alega não
ter visto a crise do seu empreendimento econômico. Foi acreditando que daria;
uma fala altamente pisciana, seu ascendente. Mais especificamente, ela falava de uma visão
obnubilida, netuniana, otimista e míope da realidade, muito contrária a visão capricorniana do seu signo solar.
O fato é que onde ela
obteve sucesso, reconhecimento, mérito, ela não tem mais saco, vontade, tesão
para trabalhar. Ela morreu, mas continua viva, com toda habilidade e
competência para inventar um novo futuro. Só que tem 50 anos e não nos preparam
para isso. Re-começar uma vida com 50 anos, 45 anos, pelo contrário até.
Recomeçar aos 27 como é o caso que irei contar é uma coisa. Ter
folego para começar algo aos 50 não é fácil, mas milhares de pessoas estão
enfrentando isso. Milhares de pessoas estão sendo convidadas a dar um
significado a existência. Um significado real. Um significado que faça sentido
para si mesma(o), para os outros, para o todo. Essas pessoas estão buscando
respostas, caminhos, alternativas. Outras estão em depressão e não veem
solução, caminho, resposta, sentido.
E, o que compreendo e
quero dizer que tudo isso é melhor agora, enquanto ainda tem um corpo do que daqui a alguns
anos quando o perderem. Essa depressão é muito similar ao sentimento de post
morte que alguns desencarnados relatam e que a música do Titãs: Epitáfio traduz
muito bem.
E, como a gente se recupera desse bode? Programando uma outra vida,
na qual a gente não vai desperdiçar as mesmas chances, as mesmas oportunidades.
Então.... mãos a obras. Bora, pensar, planejar o que farão de suas vidas nos
próximos anos, nas próximas décadas.
Já a outra, me dizia: “com
27 anos eu mudei, eu morri. Eu sou outra pessoa.” Essa moça afirmava que
morreria aos 27 anos e acabou que morreu mesmo. Ela não tem a menor dúvida em
afirmar que é outra pessoa e uma pessoa muito melhor, porque ela era muito má.
Essa tem Saturno em conjunção com Plutão na casa 9. E, a consciência de
transformação dela, o lidar dela com a própria sombra é sensacional, fabuloso. Ela brinca também que vai
morrer aos 54 anos, muito próximo de mais um ciclo completo de Saturno na sua
vida, aspectando o seu Plutão.
Energeticamente, é
fabuloso você conseguir mapear no mapa, em algo mais sólido e palpável, mais
intersubjetivo que estamos vivendo mais de uma existência numa única vida. Falo
isso, reproduzo essa ideia que recebi dos amigos espirituais a décadas e ninguém dá atenção.
Agora estou pedindo aos astrólogos se eles tem mapeado, verificado isso também?
FINALIZANDO: o novo topo
O que tudo isso me
suscita, a partir da fala do amigo espiritual é que estamos indo além de
Saturno. Estamos desenhando um novo céu, uma nova Terra. Nós empurramos os
limites de Saturno e o ultrapassamos enquanto habitantes terráqueos do sistema
Terra-sideral. Na concepção desse amigo, toda programação karmica era feita
para se alcançar Saturno. Alcançado Saturno, morria-se, desencarnava-se. Hoje,
os limites internos de Saturno são alcançados mais rápidos. Essa moça que tem
Saturno na 10 vivenciou o seu mapa completamente até os 40 anos. Empurrou com a
barriga por mais 4, 5 anos, mas não deu mais conta. Mudou de profissão, o
casamento já tinha terminado crises antes. Mas, observávamos que a crise
depressiva, a morte, era mesmo oriunda de uma dificuldade de se adaptar para
seguir depois do fim. Afinal, o que se faz quando acaba?
Isso ainda não foi
ensinado, porque, praticamente, os nascidos da década de 1960 são os primeiros
a vivenciarem essa transição consciencial no mesmo corpo. Recordo de Paulo
Coelho falando numa entrevista na década de 1980 que a geração deles tinha
revolucionado a juventude e iriam revolucionar a velhice. É cada vez mais
verdade. Em todos os aspectos e sentidos.
Saturno, o planeta que
representava a limitação, agora nos apresenta como sendo a abertura para um
novo céu, para novas possibilidades. Assim, se serve de alento, as crises, as dores, as mudanças, não são o fim e sim o inicio de uma nova jornada, de uma nova conquista. É o inicio de uma nova jornada no tempo e no espaço com um alto grau de consciência.
Bem vindos ao tédio e a exuberância da
eternidade. Acredito que o ciclo irá se fechar, quando nascermos lembrando que não
terminou. Nós somos!!! E estamos tendo a oportunidade de integrarmos isso agora. Cada um de nós com seu Saturno e capricórnio no mapa somos convidados a sedimentar um novo céu, a criar um novo tempo. Mãos as obras!!! Finalizo deixando o poeta: RECOMEÇAR. O melhor é encontrá-lo enquanto poema, sem som, sem imagem motivacional. Apenas letra que penetra a alma, calma que motiva e incentiva o coração bater mais forte. Como acredito que possam estar cansados de ler coloco em vídeo. Bjs grandes e aquelas(es) que estiverem vivenciando esse processo, RECOMECEM.
Antes de qualquer coisa:
eu adoro esse conceito. Mas, o que seria um educador consciencial? Toda
educação não busca e não prima educar a consciência? Antes das tentativas de
respostas, algumas divagações.
Esse texto é na verdade
uma retomada de interações realizadas com amigos queridos, que cada um no seu
campo busca em si e ao seu redor, educar a consciência. Eu ouvi o termo anos
atrás da boca de Júlio Sacrassenda, um educador consciencial no melhor sentido
socrático.
Recentemente, em conversa
fraterna, eles reacenderam em mim essa certeza de que é isso que eu faço, porque
em suma é isso que eu sou- um educador consciencial. Donde poderíamos buscar
uma primeira definição: o educador consciencial é aquele cujo fazer
relaciona-se harmonicamente com o seu ser. Faz o que se é. Expressa-se em seu
fazer aquilo que se é, está sendo, vai se desvelando.
O termo pode soar
presunçoso, mas ele é simples, e verdadeiro, como uma identificação. Um olhar
sincero diante do espelho e enxergar-se naquilo que fez, que faz, que pretende
fazer. Em suma, todos os meus atos tiveram como intencionalidade a educação
consciencial, se não do outro, sobretudo, a minha mesma.
Antes de interagir com as
perguntas acima, suscitaremos outras, tais como: o que é consciência? Animais
têm consciência? Máquinas inteligentes poderiam ter consciência? Computadores
possuem consciência? Seria possível a criação não de uma inteligência
artificial, mas de uma consciência artificial? Inteligência é diferente de
consciência? Afinal, a consciência pode ser educada? Haveria forma e
metodologia de se educar a consciência?
As perguntas, interações,
discussões são muitas. De modo geral, não temos essa conceituação do que seja
consciência. Há várias discussões, mas o conceito continua intrigando
filósofos, psicólogos, pedagogos, neurocirurgiões, programadores, espiritualistas
e tantos outros que buscam uma
definição.
Sendo assim, não me
proponho e nem me atrevo a definir consciência, mas quero falar dela. Porque,
se ela é difícil de classificar, de conceituar, ela não é difícil de apontar.
Embora não saibamos conceitualmente o que seja consciência todos somos capazes
de identificar uma quando a vemos e quando a perdemos, quando ela se esvai.
A risada de uma criança,
o olhar de um recém nascido demonstram a presença de uma consciência. As ações
de uma pessoa em surto demonstram a perda momentânea dessa mesma consciência,
assim como, o olhar do paciente de Alzheimer assinala uma consciência que vai
se esvaindo e como processo derradeiro temos algo que escapa do corpo físico
deixando-o inerte e sem vida. Por falar nele, o corpo teria consciência, ou
essa se restringe a mente? A mente seria um sistema, uma parte da engrenagem
metabólica e fisiológica do corpo ou um ente em si, similar ao fantasma da
máquina, que a coloca em movimento?
Como mencionamos, as
perguntas são muitas e as respostas poucas. Não que não as tenhamos, mas é que em
sua grande totalidade, elas envolvem um rito de fé, uma crença, seja
científica, seja psíquica, seja espiritual. Todas tentando serem lógicas,
ordenadas, coerentes, mas quase todas apostando numa necessidade de crer para
ver. Muitos neurologistas e
teóricos da filosofia da mente são unanimes em dizer, no melhor modelo fisiologista, que seja o que for essa tal consciência, ela é uma derivação
sináptica das funções mentais. Num outro escopo há físicos, espiritualistas,
filósofos da mente mostrando que seria a consciência a criadora de todas as
coisas, inclusive da experiência mental-humana em um corpo físico. Todas tem
grandes e belos embasamentos teóricos que não deixam de ser questionados pelos
opositores, e nas objeções de lado a lado aproxima-se e afasta-se desse ente que
ora é sujeito, ora é observador, ora é sujeito-observador-participante; ora é
participante-sujeito-observado; ora é só coisa, um mero objeto; ora é
totalidade de todas as coisas, de todos os objetos, de todos os sujeitos, em
posição silenciosa de observador e co-participante essa totalidade.
Por esse caminho,
retoma-se a perspectiva de que é mais fácil experienciar estados alterados de consciência,
saber demarcar subjetivamente se algo ou não tem consciência do que defini-la
por si e em si.
Nessa direção podemos
dizer que há caminhando sob o solo físico do planeta Terra seres com uma
consciência moral, ética, política, social, artística diferente das dos padrões
que fomos educados e condicionados. Uma parte considerável desses seres nós só
os víamos em mundos intraterrenos ou em dimensões mais elevadas e
extraterrenas.
Todavia, agora esses seres estão aqui, mas a pergunta que se
apresenta é: como educa-los? Como não perdê-los? Como permitir e aceitar todo o
melhor que eles têm para nos oferecer? E, será que com nossos modelos
sucateados, esses seres conseguirão mostrar-se, revelar-se? Ou os escombros
morais de uma tradição caduca irá os paralisar, os bloquear, os impedir, em
suma os soterrar? É uma aposta difícil.
O que percebo é que a
tarefa não é simples como pensei, pelo contrário, a tarefa envolve mudanças de
percepção, de entendimento, de paradigmas que em parte estão dadas, mas numa
outra parte, altamente significativa, precisamos construir e realizar. Essa outra parte envolve um novo modelo educacional. Talvez não em grande
escala, embora alguns países do mundo já estejam aplicando, mas em pequena
escala, numa concepção micro, individual, pessoal. Uma educação que traga à
baila o aprimoramento e o desenvolvimento da consciência. E aqui retomamos os nossos
primeiros parágrafos: é possível educar a consciência? A consciência necessita
ser educada?
Como educador atrevo-me a
dizer, que educar a consciência é em suma e em síntese contrariar um modelo de
educação que se faz para o mercado e para o con$umo. Uma educação que embora
fale de felicidade e prazer, na verdade, não consegue nada além de frustração,
angústia, descrença, estados psíquicos muito distante do prazer. A lógica do
$uce$$o que conduz as escolhas individuais e os sistemas educacionais resultaram
nisso que vivenciamos- uma ilusão cretina de que conquistar posses materiais
preenche o vazio consciencial.
Assim, nosso modelo
educacional, não apenas brasileiro, como mundial, apostou numa educação para o
mercado. Mas, o mercado é o anti-homem. O mercado é a anti-natureza. O mercado
é a anti-vida. O mercado acredita e segue o seu caminho para o $uce$$o como
profissão de fé. Alardeiam que ser bem sucedido é ter carro, casa, dinheiro,
fama. E, não obstante, tudo isso pode ser alcançado valendo-se de quaisquer
fins e meios.
Os sistemas educacionais
compactuam com a ideologia do Mercado e nem cogitam a possibilidade da
consciência ser eterna. Nem cogitam a possibilidade de que o preço cobrado pelo
deus Mercado, ou seja, exclusão, insatisfação e frustração da maioria, a troco
de nada, ou por nada é um preço muito caro. Caro demais não enquanto experiência,
porque se a consciência é eterna, tudo vale; mas cara demais no sentido egoico
no qual o sucesso de um representa e significa a frustração de milhares. É um
jogo muito tolo e infantil para satisfazer apenas uma parcela muito reduzida
dos seres, sejam eles físicos ou não, humanos ou não. A desproporcionalidade
não paga os parcos satisfeitos e tidos como bem sucedidos, mesmo porque,
relatos desses seres após a perda do corpo físico revela o vazio existencial,
consciencial que os devora por dentro.
Uma pausa mediada por um
parêntese. Não estamos e nem faremos ode à pobreza. Pelo contrário, o universo
é prospero e abundante e caminha de mãos dadas com a natureza. A natureza é
diversificada, prospera e repleta de possibilidades. O que estamos tentando
mostrar é a falácia e a ruína de um sistema educacional falido, que nem adestra
mais como antes e muito menos educa no sentido de tirar de dentro de cada um
dos seres o melhor deles. O que eles são.
Façamos o exercício de
imaginar, nem que seja por um segundo, que há existência fora da lógica
materialista do mercado. Que é possível ter carro, dinheiro, casa,
manifestando-se o melhor de si mesmo e não negando ou sufocando esse ser. Que é
possível a afirmação de toda a materialidade do mundo sem com isso negar aquela
parte da consciência que desponta para fora do iceberg. Sendo assim, por que ficamos
reproduzindo o flagelo e o açoite? Por que não encorajamos as pessoas a
manifestarem o seu ser? Por que não encorajamos medidas e atitudes coletivas de
empoderamento e realização na qual o individuo se faça melhor?
Estampado tudo isso, podemos responder com mais propriedade, que é claro que a consciência pode ser
educada, mas é notório perceber e compreender que a melhor forma de educação
consciencial é a que permite, possibilita e a encoraja ser ela mesma. Mas,
afinal como ser ela mesma? Se não nos conhecemos, se nos ignoramos e somos
ensinados a nos ignorar, a nos iludir?
É aqui que entram as
metodologias e as tecnologias em prol do crescimento consciencial dos seres.
Tecnologias capacitadoras que trazem como cerne o reequilíbrio do homem com a
natureza, a integração do ser com a vida, o entendimento divino da existência. Não
divino no sentido religioso do termo, mas divino no sentido de compreender a
vida como um Maravilhamento, Thauma/Espanto como chamavam os gregos. Um estado
de atenção no qual possibilite vislumbrar, entusiasmar, ficar pleno ao observar
a vida e a existência ao nosso redor. Percebendo-se como parte integrada desse
todo, no qual nossas ações afetam o ordenamento dessa totalidade. De tal forma
que o certo, o errado, o bem e o mal mais seriam mediados por um processo
intersubjetivo de ações e intenções.
Em cada uma delas nós
co-criaríamos o ordenamento do Cosmos. Seríamos e somos responsáveis por nossas
ações e nessa responsabilidade Deus, Deusas e o diabo não teriam maiores
poderes do que nossa consciência, ou inconsciência de existir.
Há também no plano físico
do planeta, depois de muitos experimentos e feitos nos planos mais sutis,
tecnologias conscienciais cuja essência aproxima-se muito desse modelo que
rascunhamos. Muitas tecnologias conscienciais são captadas, ofertadas aos indivíduos,
aos grupos como forma de empoderamento e abertura para uma nova compreensão da
realidade. Uma compreensão que em seu cerne tangencia as normatizações voltadas
para o $uce$$o, embora acredite e não abra mão da PROSPERIDADE. Em suma essas
tecnologias em maior ou em menor amplitude proporcionam uma conexão do ser com
o todo. Um reequilíbrio do ser com a natureza interna, externa, intersubjetiva.
São tecnologias que disponibiliza aos seus buscadores acessos a si mesmo,
acessos aos outros, acessos a universos intersubjetivos, interdimensionais. E
creio ser o meu dever informar que esses procedimentos estão aí. Assim, como um
dever em dizer que o vazio que você sente, a falta que você sente, a dor e a
angústia que você sente não vão passar com conquistas materiais, nem com pílulas
mágicas, nem com amores de uma noite, nem com os efeitos etílicos. Esse vazio irá passar quando encontrarem-se
naquilo que são, realizando aquilo que são. Nessa expressão e expressividade o
vazio desaparece.
Então, ouse seu sonho,
porque ele é uma melodia indispensável na sinfonia do universo. Mas, não
acredite que você é a própria sinfonia, mas não acredite que você também não é
a sinfonia, rsrsrs. Ou seja, a sinfonia é tocada sem você, mas se você afinar o seu
instrumento e ocupar o seu lugar, a sinfonia alcança notas, variações, vibrações
que não seria possível sem você. E essa é a sua importância. Ser aquele(a) que
ninguém mais pode ser. Mas, essa escolha é sua e de ninguém mais.
Finalizando, não dá para
falar de todas as tecnologias conscienciais que estão rodando por aí, tocando
por aí; mesmo porque, eu não conheço nem 1/1000 delas. Mas, dá com toda
segurança sumarizar o que elas têm em comum:
·a capacitação para autonomia. Ela busca
desenvolver a independência e a individualidade, mas numa perspectiva engajada
como nos ensinou Sartre.
·o respeito à diversidade e à pluralidade
dos pensares e dos existires. Todos compõem o todo e o todo só se faz com a
participação de cada um. Todos são importantes e insubstituíveis.
·a busca para um voltar-se a si mesmo,
compreendendo-se e responsabilizando-se por si mesmo e o coletivo. Elas ensinam
e capacitam para o autoconhecimento.
·o empoderamento e o respeito a essa
emancipação do sujeito. Não se aceita a submissão de terceiros, o olhar de que
o diferente é inferior a você por ser diferente de você.
Mas, escrevo tudo isso só
para dizer: ESTAMOS AQUI. Estamos aqui preparados para acolher aos que estão perdidos. Preparados para auxiliar aqueles que honram o planeta com a sua presença e consciência. Aqueles que por virem de onde vêm e serem o que são manifestam o amor e não compreendem a nossa obtusidade em acreditar que haja outra coisa mais importante a se fazer no universo que não ser mais amoroso. De modo que ESTAMOS AQUI!! Nós existimos à margem dos sistemas e também dentro
deles, os alterando até onde eles podem ser modificados sem necessitar ser
implodidos e reconstruir de novo.
Terapias como a FILOSOFIA
CLÍNICA, MAGNIFICÊNCIA CRISTALINA, EMF, YOGROUND e tantas outras estão aí para
auxiliar cada ser em sua descoberta, no seu desvelar e manifestar. EDUCADORES CONSCIENCIAIS estão aí nos mais diversos ramos e setores proporcionando um grau maior de liberdade e entendimento por onde passam. Proporcionar informações sobre a transcendência é a nossa maneira de ser no mundo.
Se seu filho é diferente,
se você quer uma educação diferente para seu filho, nos procure. Os educadores
conscienciais vão apenas facilitar que a essência de cada um deles se manifeste.
E nessa manifestação,ela nos auxiliem a manifestar a nossa. No final todos libertos para serem aquilo
que somos- luz e consciência.
Olá
a todos!!! Aos poucos vamos ficando mais exotéricos dando publicidade as
práticas e as experiências que realizamos por muitos anos de forma mais
fechada, esotérica.
Nossa
experiência com cura iniciou fazendo visitações aos hospitais. Nosso grupo encontrava-se
aos sábados na rua da Bahia ou alguns iam diretamente para o hospital. Nessas
visitas surgiu a necessidade de após o término, realizarmos um ato energético.
Foi a partir desse ato que íamos entronizando estados de cura em nosso campo,
íamos aumentando a percepção sensorial e consequentemente possibilitando uma
aproximação mais consciente e refinada dos amigos curadores.
Nós
que íamos até lá achando que estávamos doando, na verdade, estávamos recebendo.
Estávamos nos curando de nossa arrogância, de nosso orgulho, de nossa
prepotência, de nossa vaidade, vibrações responsáveis por 98% das doenças nos
mais diversos níveis. Concomitantemente, íamos aprendendo, sem saber que
apreendíamos, a metodologia utilizada pelos curadores do espaço: a fala, o carinho,
a escuta, o amor, o respeito, a tolerância. No final do tratamento é isso que
faz toda a diferença. O que cura é a presença, é a atitude vibracional do ser e
não a posologia em si mesma. Há médicos que aceleram o processo de cura do
paciente receitando água com açúcar e há aqueles que não obtém o mesmo
resultado com a medicação mais adequada.
No
entanto, paramos com as visitações, porque acabou produzindo um desnível imenso
no grupo entre aqueles que as faziam e os que não, e achamos melhor dar condições
de pareamento. Constatamos que um minuto de prática vale mais do que cem horas
de estudo. Um minuto de prática vale uma existência, enquanto que uma vida de
teoria as vezes não altera um nascimento.
Anos
mais tarde, nos foi sugerido realizarmos uma reunião de cura. Foi quando
estreitamos relação com os curadores do espaço: caboclos, xamas, mestres
ascensos, espaciais, pretos-velhos, engenheiros energéticos e toda sorte de
seres que se propunha auxiliar os outros. Aprendemos muito.
Desde
o início desse ano de 2016 voltamos a realizar trabalhos de cura. E, no últimos
sábados a partir de um vídeo postado e compartilhado por uma companheira de
grupo, realizamos nossa reunião. E vamos compartilhar um pouco do que aconteceu
por lá.
Vocês puderam ver o vídeo do garoto e as explicações que ele fez. Ele desenhou
com muita precisão aquilo que eu demoro anos para explicar e quase ninguém
entendia. Mas, foi o que a espiritualidade nos ensinou.
Por
diversas vezes, eles determinavam os lugares dos médiuns na mesa e a mostravam
como um circuito eletromagnético. Veem-se de fato as interações energéticas
acontecendo. A energia circulando. Mais tarde, eles me ensinaram a ver as
imagens desses canais, entrar dimensionalmente nas imagens que são formadas nessas
trocas e nos campos que são formados, criados.
Eu classifiquei isso de universo holográfico. Porque estávamos ali
na rua da Bahia e de repente aquele cenário transformava-se num castelo
medieval, ou numa floresta europeia, ou numa savana africana, ou outras
paisagens e espaços. Daquele espaço físico e presencial co-existiam
simultaneamente várias realidades, vários seres que muitas vezes não se viam.
Cabia aos médiuns sentados em suas cadeiras, com suas vibrações peculiares,
re-transmitir vibracionalmente para sua faixa holográfica informações que
possibilitasse o despertar consciencial dos mais diversos seres, nas mais
diversas localidades.
Porém, a manutenção e a fixação vibracional nessas faixas não são
fáceis. Dispersamo-nos com facilidade e por mais que os amigos criem mecanismos
energéticos para mantermos nossa vibração numa faixa, ela oscila, o que pode
comprometer os trabalhos. Foi quando eles nos pediram para colocar alguns
cristais.
Os cristais realizavam a mesma equalização, mas sutilizava
demasiadamente a energia de cada um. A atuação mediúnica que acontecia digamos
numa relação magnética sutilizava para uma eletromagnética (por exemplo). Os
que trabalhavam numa faixa eletromagnética iam para uma molecular, quântica
(por exemplo). O esforço era menor, o dispêndio de energia infinitamente menor
e a sutileza e alcance, imensamente maior.
A utilização dos cristais ampliavam também esse raio de
comunicação. As linhas holográficas engrossavam, ficavam mais nítidas, robustas
e criavam uma malha, uma teia que alguns videntes da mesa viam pegando toda
Terra. Estávamos falando do que Kryon mais tarde chamou de grade cristalina. E
todo o nosso trabalho de cura, todo nosso trabalho consciencial consiste na
utilização dessa grade, desse espectro, desse campo. E foi isso que realizamos
sábado. Destacando, que a medida em que fomos observando os campos que eram
criados pelos cristais, percebíamos que eles não se fechavam ali, eles estavam
conectados com outros cristais da casa e fora dela. Percebemos também, que
todos os presentes, nos mais diversos níveis, passavam a vibrar como se fossem
cristais também. As redes criadas formavam equalizações que buscavam e
desenvolviam padrões harmônicos em tudo a volta, de modo que o sentido dos
campos eletromagnéticos que nos fora pedido lá atrás cumpriam a função de
perceber cada ser humano como possuindo um corpo cristalino, que se conectava a
uma grade cristalina que permeia todo planeta. Essa grade cristalina é
responsável por um processo de sutilização, de refinamento das energias, assim
como por um despertar de que estamos interligados, conectados. Essa rede, essa
teia se espalha por meios físicos, mediante aparatos tecnológicos que respaldam
e alicerçam, ancoram a energia sutil de planos mais sutis. Há uma nova
geometria da Terra, assim como há uma nova geometria dos corpos biológicos.
OS TRABALHOS:
Convidamos todos para participarem, mas estivemos fisicamente com
seis pessoas (eu e mais cinco. Sendo três mulheres e dois homens). Pedimos que
cada um trouxesse um quartzo. Uma companheira que não pôde estar conosco
fisicamente no sábado nos deixou sua Crizocola. E, ela teve um papel
centralizador nos trabalhos ao representar geometricamente (é esférica) o globo
terrestre e dimensionalmente um trabalho muito sutil de cura interna, de acesso
a registros internos devido ao uso que essa pedra faz nos trabalhos Xamânicos.
Cheguei
um pouco antes para ‘construir’ os campos, as teias, que chamo de fibras
óticas. Colocamos um quartzo logo na entrada da porta.
A
direita mais outros quartzos com as cartas da Pegg, que nos auxiliaria a
visualizar o que estaria sendo trabalhado. As cartas dariam as pistas
simbólicas sobre a força do inefável e do inexprimível.
No
chão formando um quadrado, com um cristal em cada lado tendo como convergência
uma ametista embaixo da mesa e a Crizocola representando o globo, a própria
Terra como já salientamos. Estavamos criando uma circuitação que alimentasse o
ponto crucial que falo abaixo e a energia de cura de todo planeta, especialmente,
do nosso país.
Foi
pedido, e isso foi a 1ª vez que realizo nessa existência, a criação de um ponto
no qual cada um de nós se posicionaria e pediria a cura. Em verdade, toda a
energia da sala tinha sido concentrada, gerada para carregar esse ponto, esse
espaço e possibilitar a cura. Uma cura que era individual-coletiva como
abordaremos abaixo.
Um
parênteses:
O
conceito de cura, assim como todo trabalho da espiritualidade é complexo.
Quando se pensa em cura, pensa-se nos milagres físicos- o cego enxergar, o
paralitico andar, o leproso ser limpado de suas chagas. Todavia, além dessas
curas de caráter físico há outras em níveis mais sutis, em camadas mais
profundas que muitas vezes nos cura daquilo que ainda não manifestamos e de
doenças que provavelmente não viremos ter. Em síntese e resumo, cura para os
amigos espirituais é outra coisa e uma coisa tão outra, que eles inúmeras vezes
nos mostram como que a doença que temos é a nossa cura. Como que a doença é
nossa mestra. Como que a partir dela e devido a ela alcança-se estados de
consciência que não aprendemos sem ela. Longe de considerarem a doença ou o
sofrimento como sendo a nossa única forma de expansão e crescimento, pelo
contrário, é justamente essa nossa insistência na dor e no sofrimento como
única possibilidade de aprendizagem que eles buscam alterar e nós também.
Diferentemente,
dos moldes mais tradicionais, não tinha um curador para sarar os doentes.
Tinham buscadores com suas intenções e amigos aptos a proporcionarem uma alteração
vibracional, consciencial em cada um dos presentes que lá estavam, independente
do plano e da dimensão. A proposta era a de que os que ali estavam presentes,
em quaisquer nível que estivesse, auxiliaria e seria auxiliado. Daria e
receberia. É nessa energia de compartilhamento, de troca, de interação, que
realizamos a reunião.
E
foi assim que fizemos. Primeiramente, foi pedido a cada um pegar uma das
cartas da Pegg e saíram os seguintes atributos por ordem de chegada/tiragem:
Neutralidade, Criatividade, Coragem, Gratidão, Paciência e Iniciação.
Num segundo momento vimos o vídeo postado. Conversamos sobre o mesmo, e
falei um pouco do que escrevi acima.
Num terceiro momento, foi pedido que cada um dos participantes fechasse os
olhos e fosse acalmando a respiração. Fossem sentido a respiração cada vez mais
profunda e suave. Pedimos que focassem no coração e aos poucos fossem ouvindo
as batidas. A partir desse momento foi pedido o acompanhamento dos guias
internos de cada um. Foi pedido que eles ouvissem o som de um tambor e
acompanhassem, cada vez chegando mais perto desse som. Ao encontrar com esse
ser lhes acompanhasse e recebesse o presente que ele teria para lhes dar.
Ficamos nesse estado alguns minutos até que fizemos o retorno, nos afastando do
barulho do tambor, recordando da função e do proposito do presente recebido,
fossemos escutando as batidas do coração, ouvindo o ambiente ao redor, sentido
a respiração mais curta, mais breve, movimentando pés, mãos, quadris, ombro,
nuca, e suavemente abrindo os olhos. A
partir disso entramos em outro momento que foi o de cada um contar o que
vivenciou.
J viu
um gladiador enorme tocando tambor e a acompanhando pelo caminho. Sentiu a
presença dele. A carta dela tinha sido a Coragem. A
figura do gladiador é expressiva e significativa, porque ele constrata com o
que acreditamos ser espiritualidade. Afinal, como alguém que luta contra o
outro pode ser um guia interno? Justamente, para nos ensinar a lutar por nós
mesmos. J- menciona a sensação de proteção ao lado do gladiador e eu capto a
ternura e a docilidade dele pelo presente que ele entrega a ela. Ele é um ser
de quase dois metros, forte, com traços duros e fortes, mas a sua força está na
ternura, na meiguice, na docilidade. E, a gente perde isso. Em verdade, não
acreditamos muito nisso.
M-
viu um índio que lhe deu um cachimbo. Ela relutou, porque achou que era
invenção dela, que não era aquilo que o cara queria lhe dar. No final ela
recebe, mas quando está indo embora, ele passa a mão e o cachimbo fica
invisível. A carta dela tinha sido a Neutralidade. O
cachimbo é um símbolo muito caro na cultura xamanica. Ele faz a conexão do
masculino com o feminino, possibilita a integração e a abertura de novos
portais, de novos horizontes. Ele apazígua, acalma, acalenta, sereniza e eleva
nossos pensamentos, nossas orações, nossas intenções.
H- também
viu um índio, assim como P e assim como S. No
caso de S, o índio era velho, muito velho com os rostos enrugados. Esses índios
representam o Conselho dos anciões e são os responsáveis pela iniciação e
transmissão de conhecimento para outros xamas. Eles guiam as jornadas dos
mesmos nos planos dimensionais. S recebeu uma colher como
presente. A carta dela foi Paciência. A
colher era diferente, com um formato diferente. Mas, o símbolo no que ele tem
de universal é igual. Já no que ele tem de específico e diz somente a ela e
para ela só pode ser dito por ela. Não cabe interpretação. É algo a ser
desvelado e compreendido pelo próprio buscador no seu tempo, no seu ritmo, no
seu caminho. Mas, de modo geral a colher é o acolhimento, é o feminino, é a
mistura. É a magia e a tradição da força, a tradição da Terra e da terra. É o modelar,
o modular, o cozinhar.
Voltando
a H, nesse momento a narrativa dele, de P e
de M se misturam e se interpenetram, porque estavam no mesmo
lugar, ouviram o mesmo som do tambor, o mesmo canto. H reproduziu
o canto e teve a confirmação dos outros dois de se tratar da mesma
entonação. P fez o som do tambor e deixou claro que fora o
mesmo ritmo que haviam escutado. Eles estavam no Grande Canyon. M chega lá a
noite e depois vai amanhecendo e os outros dois já estão no cenário durante o
dia. Ambos ganham uma águia como presente. A carta de H tinha
sido criatividade e a do P gratidão. A
águia é um animal de poder. Com os mais diversos usos. É uma protetora e como
ela os protege, como ela dialoga com cada um deles se eles ainda não sabem vão
descobrindo aos poucos. A águia me é um animal caro, sempre foi desde menino,
desde sempre. Enfim... C- disse não ter captado muita coisa. A mente estava ocupada com
uma situação que ocorrera. Não dando para se concentrar muito.
As
cartas dialogam muito com que cada um foi buscar. Relaciona-se com situações
que cada um estava passando e vivendo. O estado interno também.
As
cartas nos ajudam a visualizar o que estava sendo trabalhado e por vezes não
temos nem nome e nem alcance para buscarmos. Cada um com sua vivência e com sua
experiência trabalhou a si mesmo e ao grupo. O que é grupo? Todos nós que
estavámos lá fisicamente e todos os outros que estavam conectados por estados
vibracionais, mentais, emocionais. Essa é a rede e por isso a importância de
mais pessoas.
CONCLUSÃO:
dando chaves de entendimento
Primeiramente,
a entrada na grade cristalina passa pelo espectro emocional. Passa pela
sintonia mais fina e refinada do que a Pegg chama de pensar com o coração e
sentir com a mente. Os trabalhos com a grade evocam essa harmonia e integração.
Não obstante, há limites e restrições a esse acesso. Ele não se faz de forma
individual. O que Solano nos informa é que colocamos vários conhecimentos,
informações nessas grades, mas o acesso é coletivo.
Para
acessar é necessário que o outro passe a senha. Cada um tem um código de acesso
que libera e disponibiliza as informações. Realizamos isso para proteger
conhecimentos de usos catastróficos, nefastos. Agora temos um potencial maior
de abertura desses recursos que passam diretamente pela descoberta do quartzo e
a sua utilização em longa escala, assim como a chegada de seres que trazem em
si essa harmonização interna. Esses seres, naturalmente, destravam e ativam
estados alterados de consciência só com a presença. Uma hora fico contando
casos desses seres. O
imprescindível de tudo é a compreensão de:
Um- esse é um processo coletivo. Assim como ao ativarmos um cristal, ele ativa
centenas de outros, milhares de outros, independente da distância, o que estamos
fazendo é similar, quando nos ativamos, ativamos dezenas de outros em nosso
campo vibracional.
Dois- quando falamos de grades cristalinas, de campos cristalinos não podemos
perder de vista que nosso corpo biológico tem uma estrutura cristalina que está
sendo ativada. E, tal ativação se faz em rede, de forma sistêmica, coletiva,
plural, como se fossemos uma drusa.
Ao
final, cada um foi ao portal da cura e sintonizou com tudo o que gostaria que
fosse curado. Solano passou e re-distribuiu essa energia. Falou algumas
palavras mostrando que o trabalho era coletivo e que a tônica do mesmo era o
local que me aparecia, sempre me aparece nesses trabalhos.
O
local é uma caverna de cristal. Os cristais estão vivos. Eles lembram muito a
base do Superman e ficção ou não, hoje sei que não é, eles guardam as memórias,
as estórias, as tradições, os conhecimentos e as informações de tudo que
pudermos decodificar. Tanto pessoal, quanto individual. Esse acesso está em
nossas grades cristalinas, em nossos corpos e algumas técnicas como a
Magnificência Cristalina facilitam esse acesso, essa recordação.
Enquanto, eu ia conduzindo o processo, com a turma toda bem a frente como eles
vieram me dizer depois, rsrsrs, eu escutava uma batida quase inaudível do
tambor. Seguia o caminho acompanhado de um beija-flor que virou uma águia.
Quando a águia pousa, ela se transforma naquilo que elas são e eu o sigo até
uma gruta, uma caverna. Há uma descida, com uma inclinação e no seu centro tem
uma drusa imensa, soltando raios de luz coloridos em todas as direções. Eu me
aproximo e vejo pessoas em volta. Elas me olham, eu as conheço, mas eu sempre
volto daí. Conscientemente não avanço. Sei e escuto que já estamos mais
afinados. Percebo que há mais vozes e mais instrumentos ocupando seu lugar, mas
eu ainda tenho dificuldade de dar a partitura, de ocupar meu lugar, de tocar a
sinfonia. Repito e ressalto que a música é cada vez mais bela, mais linda. Uma
beleza que literalmente faz a terra tremer, o céu celebrar, os anjos honrarem a
aposta do Criador e de Jesus. São seres que eu reverencio com todo amor, com
todo sentimento que eu não sei dizer, chamo de beleza. É algo belo. Tenho todo
cuidado, todo zelo, mas não nos vejo pronto. Ou todos já estão menos eu;
enfim...
Solano faz a distribuição dessa energia, desse lugar. Ele compartilha um tanto
daquilo que nós damos uns aos outros e recebemos uns dos outros.