terça-feira, 15 de outubro de 2019

SISTEMA NERVOSO PLANETÁRIO: a magia como conexão.

 No estudo que temos realizado, mensalmente, temos percorrido os sistemas que compõem nossos órgãos e os amigos espirituais nos auxiliam a fazer, perceber, uma interface com Gaia, o nosso planeta.

Nessas derivações abrem-se entendimentos, compreensões que nos mostram como ignoramos a nós mesmos enquanto corpo e como ignoramos as intercessões e conexões que temos com a vida. Na verdade, perdemos nossa interconexão com outros seres e nem imaginamos os milhares deles que coexistem ao nosso lado, em nós e que ignoramos por completo. Ainda hoje, nos causa espécie imaginar, que há milhares de seres existindo sob nossa pele, outros milhares em colônias, por exemplo, em nosso intestino. E a existência desses grupos requerem e seguem um padrão que se estiver harmônico gera equilíbrio em nosso funcionamento biológico e não estando, causa descompasso e desconforto. 

Temos sido convidados então a relacionarmos, a percorrermos, a ‘percebermos’ que há um universo interno que funciona a nossa revelia e que há um universo externo igualmente associado a nós, que tem vida própria e independente da nossa atenção. Somos parte intrínseca desse organismo vivo, dessa interação harmônica, quase que na mesma proporcionalidade que a colônia de bactérias ignora estar dentro de nosso intestino. Nós ignoramos que somos parte do corpo de Gaia, que por sua vez é parte-inteira do corpo de um sistema ainda maior. Por exemplo, ela compõe um quadrante de uma das muitas galáxias que conhecemos e milhares de outras que ignoramos, porque não são detectáveis, na mesma proporção que não vemos os seres microscópicos que vivem em nossa epiderme. Na regência desses sistemas parece que há a CONSCIÊNCIA.

Uma consciência que unifica, rege, elabora, coordena todos os quadrantes, todos os movimentos, todos os seres, numa equação melodiosa que cada um alcança ao seu jeito, dentro do seu estágio de atenção, produzindo uma autoconsciência que vai despertando, descobrindo, acordando. Como que aquela colônia de bactérias em determinado momento, compreendem-se que fazem parte de um órgão, que há outras delas espalhadas em outros corpos. Essa revelação abre portas para elas percorrerem outros espaços e na abertura desses espaços elas mudam de fase. Qual fase? Não sei, mas tendem a mudar. Temos feito isso maciçamente e de forma exponencial, cada vez mais rápido, agrupando cada vez mais seres.



É um processo coletivo, orgânico. Uma bactéria compreender isso não altera o estado do organismo que ela habita, nem a muda de patamar. Para muitos nem há mudança de patamar, há somente a consciência de que ela/bactéria é um humano também. Seria mais do que apenas um corpo microscópico. É um corpo de mais de metros de altura, que não precisa ficar confinado a um espaço reduzido, fazendo as mesmas funções eternamente. Ela/bactéria pode se locomover por outras direções, conhecer novos lugares, se alimentar de vários alimentos, porque ela sou eu também. E nós poderíamos ativar, conversar, dialogar, programar, harmonizar esses seres em nós, reconhecendo que por exemplo essa colônia que regula a nossa flora intestinal. Por mais que todas as pessoas tomem leite, há indivíduos que têm intolerância. Respeitar os limites dessas colônias bacterianas é importante para o funcionamento integral desses milhares de corpos, que coexistem dentro de nós.

É interessante que quando fazemos esse movimento interno, básico, fisiológico, por mais esdruxulo que possa parecer, todos os nossos corpos acompanham. As coisas começam a ficar ainda mais bizarras, quando esse nosso centro de egoicidade é deslocado. Quando, EU passo a postular a possibilidade de ser uma colônia de bactéria no corpo sistêmico de um ser que não sei quem é. Aí somos tomados por nosso orgulho, por nossa presunção, por nossa vaidade. Arvoramos ser o centro da criação, os únicos seres da galáxia.


Não somos os únicos, nem em nossos corpos. Porém a direção que desejo é outra. A direção que quero é a de pensarmos que haja grupos de seres, não humanos, de outras linhagens e reinos que chamamos de devas, elementais, fadas, duendes, elfos, anjos da guarda, Orixás, Elohins, entidades. Qualquer nome. São seres que também compõem o nosso corpo, o nosso sistema, são partes nossas, extensões do nosso ser compondo uma mesma família cósmica cuja nossa consciência e despertar amplia a conexão a cada dia.  Nos pedem harmonização, sintonia. Mas, como podemos sintonizar com esses seres?

 CONEXÃO 


Eu estava fazendo atividade física, ao mesmo tempo em que pensava sobre a reunião que seria realizada e fui visitado por um pensamento: qual o paralelo entre o sistema nervoso humano e o de Gaia? Qual seria o sistema nervoso de Gaia?

 Os antigos falam das LINHAS de LEY. Um conhecimento que tem sido retornado com ótimas pessoas fazendo estudos, apontamentos, derivações. Eu não sei precisar que estas linhas sejam o sistema nervoso de Gaia, mas posso inferir com a ajuda desses estudos, que elas cumprem um papel similar. Elas auxiliam na transmissão e recepção de informações, de pulsos e impulsos. E aqui como sempre, temos dois movimentos, que dentro das nossas limitações se fazem contraditórios, mas dentro de um cenário maior, tendem a ser complementares.

O primeiro movimento é o de reativação desses canais. Essa reativação passa pelas malhas cristalinas, pelo uso dos cristais tanto no seu apelo ‘místico’, quanto no seu apelo tecnológico.  Estou falando do quartzo e o seu uso nas telecomunicações e nos trabalhos energéticos.  

O segundo movimento é o de uma bloqueada desses canais de inputs que passa por dispositivos igualmente elétrico-eletrônicos, mas cuja finalidade é desregular nosso sistema nervoso. Essa tecnologia de dispersão, de imbecilização e embrutecimento pode ser ilustrada pelo Haarp. Há estudos que indicam, ainda não sei a veracidade e a seriedade, que a tecnologia 5G causaria distúrbios similares. E temos as que compõem nosso cotidiano: celulares, televisores. 

Estamos falando de criação e manipulação de campos. Campos que afetam não apenas a dimensão humana como outras dimensões que não sonhamos e nem adentramos. Pode parecer tranquilo, fácil, porém algumas implicações tecnológicas tem mesmo o intuito de promover essa desregulação do nosso sistema nervoso. Essa alteração de ondas, de campos, causam esses estados internos de depressão, vazio existencial, assim como o de euforia, manipulações diretas, no entanto, sutis em nossas emoções e estados subjetivos.

 No que se refere aos campos há inúmeras e diversas razões para isso, inclusive um processo da própria Gaia, regulada por um movimento maior de toda uma galáxia. Não obstante, temos pulsos eletromagnéticos emitidos por aparelhos de uso cotidiano, outros de uso militar que tem contribuído para parte da nossa insanidade, embrutecimento. Na mesma medida que o uso do sonar por submarinos é um ataque a mundos oceânicos, a seres oceânicos, como os cetáceos. Ataques sutis, camuflados de rastreamento inofensivo, que os afetam, os ‘enlouquecem’. Na mesma direção há ondas emitidas na superfície que tem afetado pessoas mais sensíveis. Alterando sinapses, conexões, trans e interrelações.  

Mas, voltando a minha prática física. Estava eu lá querendo compreender o que seria o sistema nervoso de Gaia o que eles me mostraram foi que os antigos desenvolveram práticas, técnicas milenares que os conectam a esse sistema. E quando estamos conectados a esse sistema podemos operacionaliza-lo. Uma operacionalização não local, atemporal. Não há espaço, tempo. A gente daqui toca o outro lá. E esse outro sente esse toque e pode espalhar , espelhar e espargir ainda mais o movimento. Falei de lá e aqui, eu e outro, como sendo pares distintos. Nesse nível, na falta de uma imagem melhor, ouso fazer a relação com o entrelaçamento quântico. Essa compleição de dados, informações, ações, nós convencionamos chamar de MAGIA.



MAGIA

A magia sempre foi mal compreendida e por vezes mal utilizada. Mal compreendida porque em determinado momento criamos um corte entre o físico, o sensorial concreto e o espiritual, extra físico. Por incrível que isso possa parecer, esses mundos se interpenetravam sem tamanha clareza e distinção como vai estabelecer Descartes instaurando a modernidade. Até então, sonho e realidade não eram coisas distintas. Dom Quixote era um personagem comum, ele ficará anacrônico com o surgimento desses novo modelo mecânico de mundo, no qual se distingue, se separa, sabe-se a função de cada peça. É nesse universo que a magia vai perdendo força de penetração no mundo. Todavia, ela nunca deixou de ser e estar no mundo. 



Ela se faz mal utilizada, porque é indissociável a esfera interna da externa, o sonho da realidade, o dentro do fora, o eu do outro para pensarmos magia. Quando conectado a essa malha eu penso e sou pensado por ela. Eu ajo e ela age em mim. Eu sou a rede, a malha e nos afetamos mutuamente. O que faço, penso, realizo, sinto, retorna a mim. Não há distinção. É insano, arrogante, acreditar que se possa controlar essa conexão. Porém, muitos acham que sim e acabam sendo possuídos por parte dessas forças que controlam. Aqui estamos falando de práticas espirituais realizadas com a intenção deliberada prejudicar terceiros. 

As pessoas denominam essas práticas de magia negra e as associam as religiões de matrizes africanas, num racismo transcendental, já que todos os povos lidaram com magia e entre todos os povos e ritos há aqueles que utilizam desse poder para prejudicar terceiros, nem por isso, discriminamos  as outras religiões. E a linha tênue dessa descaracterização se dá por não compreender os limites do interno, do universo psíquico com o externo. 



Por tudo isso compreenderemos magia como sendo a forma com que nos conectamos, acionamos, movimentamos a rede ao mesmo tempo em que somos conectados, movimentados e acionados por ela. É uma inter-relação que hoje toda a tecnologia faz sem nos causar assombro. Eu estou digitando numa tela que pode ser visualizada por milhares de pessoas que não conheço, onde quer que elas estejam. O leitor pode realizar esse procedimento a partir de um aparelho de mão, inicialmente, criado para que fossemos capazes de ouvir a voz de outras pessoas longe do alcance da sua presença. Isso é MAGIA no melhor sentido e apreensão do termo. Magia, porque quebra a dimensão do sensorial e consequentemente do nosso espectro mental. Há uma relação fina, sináptica entre o som e a visão. Ouvir para nós é ver. Ver para nós é inúmeras vezes tocar. Tocar é apreender. 

De repente, por intermédio de um aparelho, eu posso ouvir sem ver a pessoa. A explicação racional irá preencher essa lacuna, esse lugar, dando a entender que a ciência é natural. Mas, pelo contrário, a ciência quebra o nosso senso comum, desafia o nosso bom senso, todavia insistimos em manter um aparato de racionalidade e controle. Não temos. A vida, a morte, o nascimento, a reprodução, a sexualidade, a existência pulsante desafiam essa normalidade e controle. 
Um amigo Luís Soares oferta um curso mostrando e naturalizando nossas capacidades sensitivas, mediúnicas as correlacionando com o nosso desenvolvimento tecnológico. Não questionamos o rádio, a televisão, mas achamos loucura alguém se declarar vidente, audiente. Rigorosamente é o mesmo processo, realizado pelas mesmas ondas eletromagnéticas. Uma realizada via instrumentalização, outra por corpos de carbono que transcendem sua dimensão meramente física. 



De todo modo estamos falando de um fluxo de mão dupla que liga o dentro e o fora, o interno e o externo, quebrando e rompendo esses antagonismos. Quando aciono a malha, ela me aciona também e por intermédio dela vários sistemas, reinos se interconectam, se interpenetram, se inter-relacionam formando uma tessitura única. Hoje podemos associar parte considerável disso a inteligência coletiva, que estamos criando, todas as vezes que colocamos algo na rede. 


Aclarando: todos os povos desenvolveram uma metodologia na qual essa conexão se torna sagrada. Os ritos, os rituais, as palavras mágicas, os encantos são uma forma de se tentar apreender esse fluxo. Esse é o caminho das religiões. Outro caminho de cunho mais livre, filosófico, se dá mediante a Yoga, o Tai Chi, o Kata, o Kati, a Capoeira, as artes marciais. Sabedorias milenares de cunho alquímico que buscam integrar o movimento corporal ao mental e ao anímico, criando uma unidade sagrada. 



Uma integração plena que permite desvelar as verdades ocultas dos outros reinos, dos outros seres e mundos. O melhor exemplo disso é o xamanismo, o candomblé. Duas formas de conexão com o sagrado. Dois processos que nos aproximam do sistema nervoso do planeta. E quando nos aproximamos há uma ativação coletiva, plural. Há um despertar da rede. 

A beleza desse despertar é a pluralidade e coletividade. Ao nos integrarmos, tudo se entrelaça. Forma-se um emaranhado no qual ativamos o sistema nervoso de Gaia e somos ativados por ela. 

Por milhares de anos chamamos isso de magia, hoje pode ser chamado de tecnologia. Seja como for estamos conectados a Gaia e isso tem criado uma rede mais robusta, coesa. Podemos operar esses campos numa ressonância mais harmônica, elevada, compreensiva. Podemos conscientemente, nos melhorarmos e aprimorarmos o planeta.








segunda-feira, 30 de setembro de 2019

SISTEMA NERVOSO: onde fica a mente?




Onde fica a mente?



Onde mora o sistema nervoso?



 Oficialmente, não temos dúvida em responder que no cérebro. Afinal, onde mais?



Embora tenhamos vários fenômenos que coloquem em xeque essa abordagem, há uma tendência descomunal em resistirmos a eles. Mesmo porque para quebra-los seria importante nos abrirmos para um paradigma não materialista que impera em nossa cosmovisão. Sendo bem mais tranquilo isolarmos, desacreditarmos em outras possibilidades e caminharmos com nossas construções que nos acalmam. 

Os estudos sobre a mente avançaram muito da década de 1980 para hoje, ainda assim, parte do modelo continua sendo mecanicista. Se o século 19 carregava uma forte concepção fisiológica na qual a mente era reduzida a um produto do cérebro tal qual a bílis, a urina, o suor eram, são de outros órgãos do corpo. Hoje no século XXI não há ninguém capaz de tal materialismo fisiológico, não obstante, continuam a reduzir diversas atividades sensórias ao cérebro. Temos pesquisas avançadas insinuando que neurônios teriam memórias. E essas teorias retomam, justamente, quando achamos que as descobertas neurais iriam quebrar essa concepção cristalizada. Pelo contrário, ela vai ganhando sobrevida.



Sabemos hoje que os olhos não veem, os ouvidos não ouvem, o nariz não cheira. Tudo isso são inputs que precisam ser levados ao cérebro para que ele faça a leitura desses qualias e assim nos permita ver, ouvir, cheirar, sentir. Em outros termos sem a concatenação neural, ainda que tenhamos todos os sentidos aptos para suas finalidades, se o cérebro não for capaz dessa decodificação, nada feito. Essas informações deveriam nos levar em direção a uma percepção de que há, ou parece existir, um princípio regulador, sistematizador, que transcende a fisiologia do corpo. No entanto, não foi isso que acabou acontecendo. A mente, seja lá o que é isso, ficou confinada, reduzida ao cérebro. Os sentidos estão sendo confinados nas sinapses, nos neurônios. Avançamos milhares de quilômetros para novamente instaurarmos uma análise materialista. Ainda nessa direção, quando avançamos muito, reduzimos a consciência a mente. Por vezes, nem distinguimos uma coisa da outra. Se é que de fato não são a mesma coisa.



Enfim, essas discussões são empolgantes, interessantes, mas não é o sentido do post. Pelo contrário, o sentido do mesmo é que em nossos encontros mensais temos trabalhado os SISTEMAS do nosso corpo físico. Cada mês realizamos o estudo de um deles. Começamos com o digestório, falamos já do circulatório, do Respiratório, Esquelético, Muscular e neste mês de setembro, o NERVOSO. Em cada um desses sistemas o percebemos em nós e buscamos relacionar com o planeta Terra. Em verdade, a própria visão sistêmica veio da necessidade dos Espaciais e amigos mostrarem as conexões existentes entre nós e a Terra, para eles, antes de tudo um ser vivo que abriga diversas outras formas de vida. São estudos, dinâmicas das mais interessantes nas quais temos aprendido muito e em momento oportuno espero abrir para mais pessoas. Disponibilizar para mais pessoas.








No encontro desse mês trabalhamos com o SISTEMA NERVOSO. E junto a ele trouxemos todas as dificuldades que é lidar com esse sistema por tudo o que ele implica, por tudo o que ele envolve. A saber, o sistema nervoso é a parte mais complexa e elegante (até onde conhecemos) do nosso sistema operacional. É a partir dele e com ele que percebemos, significamos, compreendemos, lidamos com o mundo, quiçá, somos quem somos, manifestamos nosso ser no mundo. Sendo assim, lidar com esse sistema específico requer um cuidado ainda maior. Principalmente, porque os Engenheiros Energéticos têm como premissa básica e salutar, que embora se tratando do termo sistema nervoso, ainda que ele seja composto em sua estrutura por um cérebro e uma espinha vertebral; ele é diferente de pessoa para pessoa. Mas, como respaldar isso?  



Aqui temos bilhões de questões que retomam um paradigma normativo, cartesiano, que submetem todos os cérebros, todas as funções sinápticas como iguais. Rigorosamente, não são.



Não são? Haveria uma outra fisiologia para dor? Haveria uma outra fisiologia para os traumas? No campo biológico era absurdo dizer isso décadas atrás e soa estranho falar isso ainda hoje. Por mais que tenhamos milhares de lesões cerebrais, motoras, que nos indique isso. Acreditamos que neurônio tem memória, dor. Há pesquisas que estão mencionando esses aspectos que aos nossos olhos é uma nova redução materialista. Noutra linguagem, mas dentro de um paradigma que não consegue responder ao momento de crise, anomalia (Kuhn) tais reduções são parecidas em acreditar que ouvido tem som, olhos tem imagens. Custamos a aceitar que quem vê, ouve, cheira, sente não são os olhos, o ouvido, o nariz, a pele/mãos e sim o cérebro. Quando a gente descobre isso voltamos a fazer um baita esforço para precisar que são os neurônios, as sinapses que produzem esses qualias. Como dizer que não?



Praticamente não há como. Essas relações passam por cada um desses processos. Talvez a dicotomia seja um erro imenso para compreendermos a maravilha desse processo. Busco uma analogia.

Já que estamos falando de sistema nervoso então vou para fiação elétrica de nossas casas. Como desconsiderar que a energia passe pelos fios, cabos, painéis? Mas, reputamos um equívoco acreditar que saber sobre fiação, mexer na fiação seja ou esteja perto de compreender o que é luz elétrica. É uma redução perigosa que causa curtos, blecautes, explosões, falta de energia temporária ou permanente. Um fio, um transistor por maior que seja a sua sofisticação, sua capacidade de condução e coordenação não é  gerador de luz. Com os neurônios, as sinapses não consigo pensar diferente, explorar de outro modo.



E é com essa metáfora que adentro o processo energético. Quando observamos os caras trabalhando, o desenvolvimento se dá em sincronia e relação, se faz de forma sistêmica. O entendimento se dá no todo, no emaranhado, nas relações. O que nos direciona para duas perspectivas. Primeira quando envolve questões de ordem 'simples'. Segunda quando toca questões de ordens compostas. Nas duas perspectivas a complexidade é imensa. No primeiro caso podemos pensar uma dor de cabeça. Acontece de as vezes eles tocarem o dedão do pés, a parte de dentro dos joelhos, os pulsos. Toca-se vários lugares menos o da dor mesmo. O que assinala que a dor vem de outro lugar, apresenta outras causas. Já quando desejam explorar um único ponto, mediante um toque específico, a complexidade é absurda, descomunal, quase nunca realizam. Estou pensando e me referindo as técnicas de Alinhamento Cristalino no qual cada toque é aplicado em conjunto. Quanto mais isolado for um toque, mais complexo ele é. Por exemplo, tocar só o timo é desbloquear, liberar estados mentais, emocionais, endócrinos dos mais variados. Dá para inventar a técnica liberação de timo? Claro que sim e óbvio que não. Claro que sim, porque é possível universalizar. Óbvio que não, porque dependendo de como a pessoa estiver no dia, esse toque a implode, a derrete. Em uma pessoa esse toque vai nos remeter a um bloqueio emocional aos 7 anos. Em outra, em algo que aconteceu na semana passada e se juntou a um fato da gestação que está aglutinado a possíveis outras vidas. Rigorosamente, não são iguais. A nossa aparelhagem energética e consequentemente fisiológica varia de indivíduo para indivíduo. 



Não sei se temos pesquisas e descobertas nesse campo, mas na área da clínica isso é altamente perceptível. A sinapses da dor em uma pessoa é completamente diferente dos caminhos que se faz em outra. Os circuitos, as relações, as interações, as significações são diversas e variáveis de pessoa para pessoa. E essas relações traz novamente a pergunta: onde fica a mente?




Claro que a resposta é no cérebro. Mas, temos visto que não. Há uma consciência que habita 'fora' do cérebro. Há um sistema nervoso que atua quebrando a fronteira tempo-espacial do corpo. Pelo menos quando pensamos corpo só como ente biológico de carbono. Parece que para falarmos de mente precisamos ampliar o conceito de corpo. E em tal ampliação o dualismo cartesiano perde lugar. Corpo é mente, mente é corpo. Porém, há situações nas quais corpo-mente é mais, muito mais do que carbono. Há corpos que estão tão expandidos para fora de sua estrutura, que a pessoa sente o toque no corpo de um ente amado como sendo em seu próprio corpo. Há mentes tão conscientes de seu corpo, que sabem descrever a posição que se encontra o dedinho do pé, alguns conseguem controlar as batidas do coração.

Nessa direção e inúmeras outras, fico pensando e estou insinuando a mãe que sente em seu corpo a dor do filho dela. Uma dor que ela pode estar vendo in loco, ou ela pode estar apenas sentindo, sem saber. E temos casos como esses, aos milhares, nos quais elas chegam ao pediatra e explicam ao médico onde dói na criança, até o que é. Não sabem o nome da doença, da virose, do abatimento, mas os médicos que se deixavam seguir por essa ligação intuitiva, chegavam a um diagnóstico mais preciso.

  




Ontem na reunião os caras exteriorizaram o sistema nervoso. Aquilo que era percebido só como meu, em mim, de repente se ligava, se interconectava ao de outros participantes. Junto a essa engrenagem física, fisiológica de cada um de nós, outros impulsos eram formados, concatenados, formando uma rede sináptica que ia se ligando, acendendo caminhos e estruturas não mais fisiológicas e sim planetárias. Eles foram nos deixando falar, foram nos deixando conversar. As conversas pareciam desencontradas, sem muita relação com a reunião. Falávamos de atrasos, de imprevistos. Falávamos de apresentações. Falávamos de cada um, ainda que, brevemente. Nesse falar de cada um, tecia-se uma relação de encontros, de similaridades, de complementaridades, de antagonismos. Os estímulos que nos trouxeram até ali. Os estímulos que precisavam ser arrefecidos para que continuássemos juntos sem darmos choques uns nos outros. Essa harmonização tão natural e cotidiana ia sendo feita, mas tendo como ingrediente a visualização dessa regulagem, dessa amperagem. Estávamos ali, podendo observar esses movimentos que se fazem naturalmente, em qualquer encontro de cunho energético. Qualquer lugar que um ou dois se detenha por um segundo a fazer silêncio e rogar harmonia, essas ativações começam a ser realizadas. O que acontecia de interessante e fantástico era podermos ver essa regulação.  
Assim, eles iam ativando pontos coletivos. Marcações conjuntas, plurais. Num dos momentos, eles excitaram nosso sistema nervoso num processo de cinestesia saboroso, impactante. Aquilo era mais do que cérebro, medula espinhal, encéfalos. Aquilo era uma rede elétrica, sistêmica que interligava cada um de nós. Nos interconectava a pessoas, lugares, seres e essa ligação ultrapassava a distância, o tempo. Trazíamos para o centro da sala imagens, seres, lugares, pensamentos. Agora mais equalizados, destilados, selecionados e cada um desses marcadores coletivos iam se conectando formando redes, relações, situações. Recordou-me as fogueiras e os rituais ciganos.

Feito esse movimento de excitação e provocação por um artista, ele sai de cena. Não sem antes nos deixar claro que o nosso sistema nervoso não estava contido numa aparelhagem fisiológica de carbono. Ela fora expandida para algo atemporal, imaterial, não local. As holografias compunham e desenhavam novas paragens, novas estabilizações. Nossos sistemas nervosos não voltariam a ser os mesmos.


É nesse compasso que assume outro maestro, que nos coloca dentro do nosso próprio sistema nervoso. Se o primeiro movimento foi o de uma exteriorização, uma projeção e projetar-se, agora o movimento era, igualmente, fascinante. Adentrávamos nosso próprio sistema nervoso. O maestro pede a proteção dos nossos guias internos e nos coloca dentro da gente mesmo. Abrindo as portas para podermos ver como a gente funciona, a que e a quem estamos interconectados, como que nos excitamos. É divino e esplendoroso como que nosso aparato fisiológico não registra nem 1/100 desses acontecimentos. Nosso sistema nervoso só acessa o que nossas crenças permitem. Só conseguimos decodificar cheiros, sons, sabores, imagens que temos condições teóricas de compreender, de suportar. Naturalizar a mente é um processo de aprendizagem continua. 



Certa vez, Somater (um amigo sideral) nos disse que se andasse pela praça 7 ao meio dia, a maioria das pessoas não o veriam. Não temos registros sinápticos para decodificar essa e tantas outras qualias que nos visitam, que acessamos. No entanto, o registro existe. Algo fica marcado nesse sistema nervoso e um dia, uma hora, ele exterioriza. 


Fomos conduzidos a uma jornada interior que uns entraram pela visão, outros pela pele, outros pelo aroma, outros pelo som. Cada um percorrendo caminhos tão próprios, tão individuais que não deixava dúvidas que embora tudo fosse sistema nervoso, estávamos falando de coisas distintas. Para um, sistema nervoso era audição, para outra sensação, para outro, combinações, para outro olfato. E aqui chego no ponto que reputo importante e é  o OBJETIVO desse post.



Desenvolvimento mediúnico, despertar da sensitividade, educação formal se faz mediante estímulos ao sistema nervoso. Acreditar que os sistemas são iguais é cada vez mais uma temeridade, o que nos pede atenção mais individualizada a cada um dos seres que está diante de nós. Aqui estou pensando em Inteligências Múltiplas e como seria importante uma mesma abordagem nos remeter a essas idiossincrasias. O que quero dizer é que para uma pessoa, a vidência pode ser olfativa, para outra táctil. Cada uma vê de forma diferente, por processos diferentes. Estimular a vidência em grupo então passa por respeitar o que é ver para esse sistema nervoso. Não há uma vidência certa, um padrão normativo a ser seguido. Isso me traz um caso e finalizo.



É comum pessoas assombradas com as próprias faculdades procurarem casas espirituais, psiquiatras, para solucionarem seus problemas. As casas, os médicos variam na forma desse atendimento. Algumas receitam estudos de 10 anos, 5 anos. Outras receitam práticas imediatas. Outras nada receitam. Outras fazem diagnósticos como esquizofrenia. Algumas casas baseando-se na vontade e dor da pessoa resolvem fechar a mediunidade, a sensitividade. Ninguém sabe abrir, mas alguns querem fechar.

O arriscado do ato é o não entendimento de que primeiro, isso tende a ser uma habilidade, uma faculdade da pessoa. E, consequentemente, envolve muito mais do que um ver paisagens, espíritos, defuntos.
Imagine que um sujeito que mora próximo ao lixão- vê rato, barata, pessoas comendo lixo, procure um oftalmologista para que o mesmo o cegue, ou o deixe míope. Tem sentido atender a esse pedido? Creio que não, mas quando falamos de percepção extra-sensorial muitos são encorajados a realizar essas bizarrices. 

O mais interessante seria ensinar ao moço que existe outras paisagens, que ele pode ou não as acessar. Nessa lógica é importante a gente buscar compreender que por vezes ver barata, rato, lixão é muito mais tranquilo do que ficar com essa paisagem dentro de si mesmo. Fechar essa forma de exteriorizar pode levar a pessoa a ter que lidar com tudo isso internamente e ela não tem a menor condição de compreender e/ou reciclar essa tonelada em sua aparelhagem psíquica. De modo que o ver, o ouvir, o cheirar, o sentir é o menor dos problemas. A questão é essa educação. Esse aprender a lidar consigo mesmx. Um lidar consigo mesmx que não se prende ao fenômeno, não se limita a ele. O fenômeno é sempre o mais simples e o mais básico. A complexidade está em sermos pessoas melhores, em compreendermos nosso papel e nossa função no todo. 

De modo que quando lidamos com o nosso sistema nervoso, aprendemos a captar quais são os estímulos que recebemos, a que estamos conectados, associados. Como que esses outros lugares, seres nos movimentam. Continuaremos os desdobramentos dessas relações em dois outros posts. Um que vamos tratar da MAGIA. Outro no qual falaremos de ONDE O OUTRO NOS HABITA?