segunda-feira, 13 de maio de 2013

Interdimensionalidade e Multidimensionalidade




Uma energia INTERDIMENSIONAL é aquela que colapsa a energia em direção a si mesma, provocando a sensação e a percepção de multi-temporalidade. Imagine um ponto entrando nele mesmo, sendo comprimido contra si mesmo, como um chupão. Esta força, supostamente, gera a nossa percepção de interdimensionalidade. Esta sensação pode ser representada quando a nossa mente traz imagem de locais, pessoas, produzindo os mesmos estados de quando lá estávamos, todavia não houve deslocamento espacial. Sendo que todo este fenômeno se deu no nosso tempo interno, subjetivo, mas não apenas. Não apenas, porque a partir disso há mudanças de humor, de hormônio, esses pensamentos, recordações, projeções alteram a fisiologia do organismo. Como por exemplo, a gente recorda de um momento feliz e traz esta felicidade para o seu agora, para o seu presente, para o seu ponto, seu centro, seu ser. Teoricamente, este ponto e este acesso não têm barreiras temporais. Posso lembrar tanto do que denominamos passado, quanto do que denominamos futuro.

Atualmente há muitas técnicas energéticas que tem auxiliado no acesso desta percepção interdimensional. As formas desse acesso podem ser mais ostensivas ou mais tácitas, mas todas abrem espaço para o universo interdimensional. As mais ostensivas são aquelas que alegam levar as pessoas às nossas camadas de DNA, nossas memórias akashicas e outras tantas coisas. As mais tácitas são aquelas em que há um trabalho terapêutico mais prolongado no qual desvela-se o eu da pessoa. No primeiro exemplo não é de todo esporádico o eu encontrar-se com outros seres e percebê-los como não-eu, isto é, um outro. Em algum lugar ele sabe que esse outro é ele, mas não é, pelo menos ele pensava ser, algumas vezes, uma entidade. No segundo exemplo é igualmente comum a pessoa avistar partes internas, imensos lugares dentro de si mesmo. E como tudo isso pode caber dentro de um ser? Como e que espaços são esses? Qual lugar eles ocupam e porque a maioria das pessoas não os acessam?

Assim, a interdimensionalidade é imanentemente e primordialmente, temporal. Ela se dá num tempo do não tempo. Ela acontece no agora e muitas vezes, independente da nossa consciência. Ela evidencia que nós vivemos tempos diferentes. Nós não podemos observar esta força invisível, mas ela é muito presente. O mais incrível é que nós vivenciamos tempos diferentes em nós mesmos. Temos aspectos que parecem estar no nosso futuro, no nosso adiante, temos outros, que parecem estar na Idade Média. Difícil encontrar uma pessoa que esteja situada plenamente no seu tempo. Insinuo que quando maior esta confusão interna, mais dificuldade de localização.


Já por MULTIDIMENSIONALIDADE, se voltarmos à imagem do ponto, compreenderemos este conceito como sendo a expulsão sistemática e rítmica desta energia de si mesmo, provocando a percepção de que há uma múltipla-realidade nos envolvendo e nos englobando. Enquanto a inter se dá para dentro, a multi se dá para fora, numa expansão infinita ocupando todo espaço vazio. A multidimensionalidade é eminentemente, espacial. Imagine uma cebola e suas inúmeras e infinitas cascas. Por mais fino ou mais grosso que a cortemos, sempre existirá outra camada. Todavia, o mais importante da analogia é pensarmos que todas elas co-existem ao mesmo tempo, uma sobreposta a outra. Todas as múltiplas camadas da casca de cebola compõem o cenário de uma cebola única.

A multidimensionalidade é um conceito similar, ele postula a possibilidade das existências múltiplas de vários eus, ao mesmo tempo, sem consciência um do outro até que um começa a chamar pelo outro e se con-fundirem. Até que um por intermédio de uma força unifica o tempo ao espaço, ou a interdimensionalidade a multidimensionalidade.  

Por sem consciência, implica dizer, que como a multidimensionalidade se dá no espaço, às vezes, não temos e não trazemos a percepção e a variável tempo, provocando tremendos e sérios transtornos, inclusive o da obsessão. De certa forma, creio que os problemas psíquicos pudessem ganhar esse arcabouço interpretativo. Ajudaria a vermos e compreendermos a esquizofrenia, o autismo com outras representações.

Numa dessas representações tentaríamos analisar o portador de esquizofrenia como alguém que sofreu um deslocamento interdimensional mais abrupto. De forma correlata poderíamos ver o portador do autismo como alguém que deslocou-se multidimensionalmente. E, ainda dentro dessa representação, sugerimos com maior fidedignidade, a possibilidades muito grande de que sejamos, muitas vezes, os nossos próprios obsessores. Há a possibilidade, não muito remota também de que sejamos os nossos mentores. Mas quem dá a confirmação disso somos nós, conosco e em nós mesmos.

Por tudo isso muito dos ensinamentos dos orientadores espiritualistas tentam nos incutir e nos ensinar a fazermos uso desta possibilidade multidimensional. Acreditamos que seja o uso desta modalidade de forma consciente que muitos grupos esotéricos têm denominado de 5ª dimensão. Ou seja, a possibilidade de percebermos que a realidade acontece e ocorre em vários níveis e em vários lugares independente de nossa ciência e consciência dos fenômenos. Estamos aqui diante do computador lendo essa mensagem, mas existiria um aspecto nosso que estaria (sem que tenhamos consciência) vivendo no século III, outro no X, outro no XXV todos ao mesmo tempo agora sem que um saiba ou desconfie do outro.

Poderia acontecer de algum deles saber que toda a linhagem tempo-espacial que tracejamos seja ilusória. Assim, o xamã sioux do século XVIII poderia ser acionado por um médico em sessão umbandista as 20:00 de 5ª feira no século XXI. Aqueles que estiverem presentes na gira veriam a transformação do médium. Alguns videntes perceberiam até o cocar, a pele vermelha, junto ao médico. E, possivelmente, apenas um alguém, vou chamá-lo de EU SUPERIOR saberia se tratar de um mesmo ser. Aparentemente vivenciando coisas distintas e separadas em tempos distintos e separados, mas entrelaçados e contactados, conectados por forças bem maiores.

Isto apenas para dizer que por mais que nos encaixemos dentro do plano cartesiano há uma parte nossa que escapa dele. E é a esta parte que muitas pessoas começam a acessar e a fazer uso. É uma nova forma  abordar a realidade.

Nossa questão é que não podemos separar energia e realidade de consciência, da mesma forma que não podemos separar interdimensionalidade de multidimensionalidade. Ambos os fenômenos são correlatos e geralmente simultâneos, variando a percepção do observador. Assim, no próximo post continuaremos o assunto, mas agora falando de AMOR E FELICIDADE.

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