Pensando sobre os
preconceitos de forma geral, recordo-me de uma frase atribuída a Einstein: “Triste
época!! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”.
O gênio da
humanidade referia-se à época ao nazismo. Mas, a frase se faz ainda atual em
todos os aspectos e sentidos, especialmente, quando entramos no terreno da
religião. De forma trágica, em pleno século XXI ainda não assumimos Jesus e continuamos
assassinando Cristo (Wilhen Reich). É o que me parece propostas como a Cura Gay de Marcos Feliciano,
apoiado por outros tantos.
O tema só se faz questão para mim, porque eles usam
a PALAVRA para legitimarem o preconceito. Nas mesmas medidas, que
segundo A PALAVRA, eles legitimaram a dizimação indígena, a escravidão
africana, o machismo. Tudo com fortes bases bíblicas. Tudo com aprovação
do Deus dos exércitos e o mais inacreditável- de Jesus. E quando a gente pensa
que a mistura da religião e o poder estatal já fizeram estragos o suficiente em
todos os lugares do universo, temos Feliciano, Malafaia, Bolsanaro e outros
aloprados.
Por falar neles, escrevo
tudo isso devido a uma publicação de Reinaldo Azevedo. Ele num artigo repleto
de falácias defende o projeto, na verdade, ele defende o direito de que tal
projeto seja defendido, assim como o abuso e autoritarismo de um conselho que proíbe
seus membros de tratarem dos problemas de seus pacientes. Ele como o bastião da democracia, o novo Iluminista, se coloca nesse pedestal.
Antes de prosseguir é
necessário fazer um esclarecimento vital: não leio Veja. Não leio Reinaldo
Azevedo, Diogo Mainard e tantos outros. Lia Veja por Roberto Pompeu de Toledo e
Jô Soares (bons tempos). O que aconteceu foi que uma amiga me pediu para que eu
lesse o que ele escreveu. E aqui é o complicado. Obvio
que todo autor tem seus admiradores, atualmente, seguidores. Os leitores de
Veja, muitos tem uma admiração pelo PSDB, o que os daria uma orientação de
centro esquerda, mas desde a vitória do PT, que eles estão virando direita, e,
alguns, extrema-direita. Todavia, o autor que defende a liberdade de expressão
com tanta galhardia quanto Reinaldo não deveria censurar, ou restringir, ou
impedir, que na resposta dos leitores existissem opiniões contrárias as dele. E em mais de 200 comentários, nenhum é contrário ao que ele escreveu. Isso não é estranho, é bizarro. E vindo de quem vem, que defende o que diz defender- é cretino.
Juro para vocês, que eu não
esperava outra coisa dele. Como dizem: “A pátria é o último reduto dos canalhas”. E tenho profunda desconfiança de quem ganha para acusar, combater, injuriar,
distorcer, difamar e acredita que isso é jornalismo; aliás, acredita que isso
seja neutralidade. Mas, definitivamente não é disso que quero falar e sim
postar o comentário que realizei e ficou aguardando moderação. E não passou pela moderação. Segue o comentário realizado:
Boa noite. O texto é bom, parece até correto,
mas ele é falacioso. Não dá em um comentário expor as falácias do texto, ou
melhor, do contexto. Todavia, focarei esse ponto (texto e contexto). No texto
não há cura gay. No texto não tem nada acerca disso. Mas, pode um leitor
ignorar o contexto de um texto? Dar, criar, manipular, especular contextos não
é isso que esse dedicado escritor faz nesse espaço mediante o que ele chama de
fatos? Quero acreditar que sim e diante disso é estranho ele desafiar a nossa
lógica colocando o projeto que tramita na câmara como sendo um poço de
inocência e pura perseguição da mídia que não gosta dos evangélicos. Poxa vida!
O contexto é que quando se fala de cura gay esta fazendo menção a duas psicólogas
e a um lobby evangélico que afirma que curam homossexuais. O deputado que leva
essa discussão para a Câmara também é evangélico e tem relações com as psicólogas.
Ora!!! A discussão dos limites do CRP e quaisquer outros conselhos é válido,
mas num Estado laico o último fórum de discussão para essa contenda deve ser as
casas legislativas. Essa discussão tem que ser feita dentro dos próprios
conselhos e caso não se alcance um consenso entre os pares nos tribunais
judiciários até as últimas instâncias. Acreditar que se é mais democrático ou
antidemocrático por ler o texto no contexto que ele é apresentado é pedir uma
inocência, uma ingenuidade que fere e machuca. Qualquer leitor atento,
independente da orientação religiosa, precisa estar ciente disso,
especialmente, se são tão ordeiros e conscienciosos como descreve o autor do
artigo. Peça as duas psicólogas que apresente dados que efetivaram suas curas e
as apresente no próprio conselho. Caso não consiga, leve a justiça para que
analisem a contenta. Enquanto isso nos poupe da vinculação, nesse caso,
espúria, entre orientação religiosa e Estado laico.
Finalizando, o articulista que defende o projeto da cura gay, a liberdade de expressão, a democracia, aparentemente censura os seus leitores. O Pastor que fala em nome do amor de Jesus, apregoa o ódio. E se conseguimos curar os gays agora devemos desenvolver a cura contra a ignorância seja ela qual for e a hipocrisia. Assim que conseguirem deem uma capsula para Feliciano, João Campos, Reinaldo Azevedo e outros.
Se não somos seres capazes de amar que pelo menos não criemos o ódio em nome de Jesus.
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