Eu não iria escrever sobre a reunião, mas três pessoas me instigaram a relatar algumas percepções. Primeiro foi uma moça bonita que foi impedida pela chuva e ventos de chegar ao nosso encontro. Outro querido, que esteve conosco no encontro anterior e por motivo de localidade não conseguiu estar conosco, mas se interessou em saber o que tinha rolado. E uma terceira ao narrar suas investigações internas. No geral, os três me apontavam um caminho que resolvi seguir. Por essas trilhas fui consultar um texto que estava psicografando em junho de 2010. Vou colocar esse capitulo especifico a parte e quem se interessar leia. Embora seja de 2010, ele tem uma pertinência e relevância imensa com a reunião.
https://universofiholosofico.blogspot.com/2019/11/2-os-jardineiros-o-comercio-e-os.html
No encontro desse mês falamos do SISTEMA REPRODUTOR e conversamos
sobre ele a partir de três perguntas:
O QUE RE-PRODUZIMOS? O QUE GESTAMOS? O QUE CRIAMOS?
De uma maneira muito sincrônica as três concepções foram simbolizadas,
representadas, estampadas na figura de um casal gravido que nos honrou com a
presença. Eles, gestando Maria Clara, simbolizavam tudo o que pensamos e mais.
Maria Clara que ainda está no ventre foi a presença mais impactante do nosso
encontro. Ela nos envolveu num espectro que marcou toda a reunião. Ela talvez
seja um desses muitos seres que deslocam nosso planeta para uma nova áurea. Uma
retomada, um reencontro da nossa sexualidade com o nosso coração. Um caminho
que separamos, que nos separou, nos dividiu, nos aprisionou. Um caminho no qual
perdemos parte significativa da nossa consciência criadora, criativa e gestamos
a Idade das Trevas. Um período que sexualmente não saímos de todo, não nos
libertamos ainda. Não coletivamente, não como um padrão harmônico, uma
estrutura de felicidade, de amor e gozo. Volto e insisto que depois leiam o link posto acima, será de grande ajuda.
Quando começamos a reunião não tínhamos noção desse percurso, pelo
contrário. A energia dos que estavam lá presentes, nas mais diversas dimensões
e dos que não puderam estar, nos mais diferentes lugares, nos possibilitou um
itinerário muito bonito. Um caminho no qual fomos conduzidos a percorrer, cada
um individualmente, a partir do nosso próprio entendimento e vivência
reprodutora, criativa, gestadora. De repente estávamos numa seara coletiva. Estávamos trilhando
pegadas sagradas há muito abandonadas, há muito distorcidas, desrespeitadas,
incompreendidas. Um caminho que ao ser perdido, virou lenda, imaginário, porém
se transformou em algo pior e mais corrompido: moralidade tacanha.
Passamos a associar energia sexual a moral e bons costumes, a
tradição e valores, a correção e caráter. E, isso é uma corrupção do
entendimento do que seja essa energia. O fato é que ela é divina, sagrada,
porque ela porta a capacidade criadora, criativa, gestadora da existência. Isso
é mágico. É sublime. Alguns povos e culturas compreendem a energia sexual com
esse espectro, com essa magia. A cultura cristã entorpeceu essa energia, porque
ela não é um sacramento, um ritual. Ela não pode ser sacra de fora para dentro.
A única forma de sacralidade dela é de dentro para fora. É da fusão do
dentro-fora, fora-dentro. E, perdemos isso. Perdemos esse fazer, esse ser e sentir porque fomos buscar uma definição, uma explicação. E, como definir o
divino? Como explica-lo? Pode-se observar a áurea de integridade que ele nos
repassa. Essa áurea nos remete a pureza, a beleza, a castidade, a sacralidade,
no entanto, nada disso é moralista. Nada disso diz respeito ao que é certo ou
errado sexualmente dizendo. Nada disso é um parâmetro que deve ser imposto para
todos e a todos, pelo contrário, a forma dessa energia fluir e se fazer divina
é respeitando a individualidade de cada um. Pouco disso está no ato e sim no
como se faz.
Foi a partir então dessa energia, dessa sintonia que fomos
convidados a percorrer um caminho sagrado, misterioso, profundo. Uma
peregrinação muito bonita. Eu sempre fico tentando me ater na metodologia que
os caras utilizam para alcançarem, tocarem nossos pontos. E para falar de
re-produção, criação, gestação; eles fizeram uma visualização criativa que
partia do coração. Eles não foram direto ao Sistema Reprodutor. Menos ainda
ficaram tentando mostrar que o sexo é sagrado, ou qualquer coisa parecida. Eles
nos levaram para nosso cardíaco. De dentro dele, internamente, percorremos um
caminho no qual fomos parar no chacra sexual. Esse caminho interno que
percorremos é idêntico, é o mesmo caminho sagrado das peregrinações. Se pudéssemos
fazer uma sobreposição veríamos as mesmas rotas. A distância entre o cardíaco e
o sexual é a distância de Roma a Jerusalém. É rigorosamente o mesmo caminho e
definitivamente a rota que nos ‘aprisiona’ em re-produções viróticas,
desconectadas do sagrado. São ritos, repetições que ativam e reforçam um padrão
no qual não se quer sair.
Toda manipulação que recebemos, sofremos, praticamos em 95% dos
casos passa pela energia sexual. Praticamente, não há carma sem energia sexual.
É o sexo que nos prende, nos aprisiona, nos escraviza. É essa força que é usada
contra nós e somos manipulados. Nossa reprodução de violência, nossas
compulsões, nossos vícios todos eles guardam uma relação ainda estreita,
oprimida e opressora dessa energia sexual. Mais do que da energia, do caminho que
passa do cardíaco ao chacra sexual. De modo geral, nós lidamos com essa energia
de forma mecânica, instintiva. O trabalho que realizamos foi abrir essa senda.
Estava fechada? Parece que sim. Coletivamente falando essa senda é
complicada. Mas, quando dois de nós, ou mais de nós se reúne, essas e outras
portas vão se abrindo. Em nosso encontro a abertura nos remeteu a essa
peregrinação interna, a nossa lenda pessoal, ao nosso trabalho alquímico.
Nessa nossa trilha aconteceu algo diferente, mágico. Uma re-tomada
mesmo de uma sacralidade. Uma retomada conjunta, coletiva, mostrando que essas
saídas são coletivas. Não da humanidade inteira, mas pequenos grupos
movimentando-se. Insisto que é complexo decalcar o movimento que trilhamos em
palavras. Tornar palavra o que fomos fazendo, por onde fomos passeando. Mas, percorremos
em 15 minutos, se isso tudo, mais de 1300 anos de história. Mais de milhares de
quilômetros. Peço que depois, ou agora, leiam o capitulo que postei do A
PREPARAÇÃO DO HERDEIRO. Das muitas coisas interessantes no capitulo em
intercessão com esse texto diz respeito aos símbolos. Como que a partir da força
do símbolo, éramos lançados nesse diálogo entre o subjetivo e do objetivo, de
como nos perdemos nessas relações, nesse imaginário. A imagem que eu senti
quando recebia a mensagem era de que estávamos na iminência de darmos um salto
coletivo, mas forças oriundas das nossas sombras e não apenas delas, nos
retrocederam. Mais do que retroceder, nos trancafiaram dentro de um ciclo virótico.
Quando estávamos na iminência de um salto nos veio a Peste. A peste é mais do
que uma metáfora que dizima a Europa e séculos depois ira contaminar e destruir
em todos os níveis a África, Ásia e América. Esse vírus foi espalhado mundo a
fora. Ele é transmitido a cada reprodução. Ele ganha sobrevida a cada ato
sexual com culpa, tristeza, forçado. É a peste que assola o mundo, intoxica
tudo envolta. Em nosso encontro estávamos acessando uma energia prazerosa,
amorosa, livre dessa reprodução que não tocarei mais nela para focar na beleza
do caminho. Uma beleza que insisto será melhor compreendida na leitura do link deixado acima. Uma beleza que remete a vivência e a experimentação da energia reprodutora como criativa e criadora, não apenas de corpos de carbono como que de sonhos, ideais, espaços de esperança e amor. Essas criações são possíveis em muitos níveis, padrões, dimensões e podemos começar a nos atentar para elas.
Essa jornada interior lembrava, literalmente, a peregrinação de
Roma a Jerusalém e diversos outros caminhos sagrados. Rigorosamente, era e é o
mesmo caminho do cardíaco aos testículos/ovários. Essa é a Jihad que depois da
peste contaminou e entorpeceu a visão dos seres. Essa é a guerra santa a ser
lutada, combatida. Mas, ela não é guerra no sentido das cruzadas. Só vira isso
quando esse interno foi obnubilado. Quando o caminho passa a ser corrompido.
Quando se deseja encontrar e resolver fora- rotas sagradas- estados internos da
alma e do ser.
Saber
distinguir o que é interno do que é externo, o que é subjetivo do que é
objetivo, conseguir perceber as sobreposições dessas abordagens é uma percepção
iniciática. Um processo de iniciação era aprender sobre esses marcadores,
transitar entre essas dimensões e não perder o rumo, o sentido.
Hoje nós temos a Web. Deslocamos do virtual para o real, confundimos os
dois, entremeamos os dois, com-fundimos todas essas dimensões, estados,
humores, pensamentos, desejos, vontades; porém não temos mestres que nos
orientem sobre as sobreposições, o que é interno, o que é externo, o que é
individual, o que é coletivo, o que é real, mas imaginário, de outra dimensão.
O que e como a partir desse imaginário, essa figura pode e movimenta toda nossa
malha energética. Estamos perdidos, desorientados, desnorteados e as doenças
psíquicas se avolumam, os distanciamentos se aprofundam. Fala-se com seres que
existem, realmente existem, em alguma dimensão da intercessão da nossa psique
com o imaginário coletivo, porém não conseguem dar bom dia. Outros estão com
pânico e não chegam ao portão. É importante percebermos como que tudo isso está
fundindo e como que nossa mente, ou nossos desejos, emoções tem dificuldade em
lidar. E a dificuldade é oriunda da dificuldade em aceitar essa integração.
Nessa modelagem que está sendo realizada, que nos aproxima de nós mesmos, de
quem somos e não quem gostaríamos de ser. O tempo das idealizações vão ficando
para trás. Somos convidados a ser quem somos e aceitarmos esse ser. E essa
integridade não se faz por idealização. Se faz permitindo ser quem se é. Se faz
aceitando ser quem é e sobretudo expressando esse ser no mundo.
De modo que, isso vai nos retirando do mecanicismo, biológico, instintivo
e nos conduzindo para uma sintonia criativa, criadora. Podemos trabalhar o
instinto de sobrevivência sem cairmos na re-produção serial e sexual-genital.
Podemos aprendermos e despertamos o prazer sexual para além da genitalidade e
com isso mulheres fertilizarem mundos e homens gestarem criações. É um processo
alquímico que está aberto, lançado no ar e estamos nos perdendo.
Esse caminho a gente fez junto. Essa abertura foi coletiva. Um
acesso coletivo que nos permitimos, experimentando a sexualidade num nível de
integridade, que não tem relação com moralidade. É um respeito a energia
sexual, porque ela é divina, criativa, gesta uma nova humanidade, uma nova
forma de ser. Essa sexualidade está relacionada ao coração, ao cardíaco. É um
caminho do amor em sua manifestação e expressão. É sexual no sentido de um
prazer amoroso, semeado e expresso sem culpa. Uma forma de ser. O que acaba por
dar ao sexo um novo significado. O sexo é energia de manifestação, de
precipitação. O sexo é energia de criação. Força capaz de trazer um ser à matéria. Mas, o uso dessa energia pode ser para co-criar, gestar outras
realidades. O que novamente, implica em sairmos da re-produção instintiva,
praticamente virótica que nos encontramos e nos trazer para uma consciência na
qual compreendemos e saibamos usar essa energia sexual para criar felicidade,
alegria, suavidade, beleza, encontros. Já estivemos imersos a essa energia. Nós já a vivenciamos e num processo descrito num capítulo que postei a mais nos Jardineiros, denominado Rotas Comerciais, um amigo fala dessa perda.
Mas, essa energia da alegria, do sexo com prazer, sem culpa já vivenciamos. Temos registros dessas celebrações, festejos, porém nos perdemos no caminho da interioridade/exterioridade. Quando falamos de Alquimia os caras deixaram pegadas sobre esse processo de equivalência de transformar chumbo em ouro, o mais popular dos ensinamentos. Justamente, porque empobrecidos internamente, busca-se riquezas externas e tornam ainda mais árido o interno. Os não iniciados não compreendiam a dimensão subjetiva, arquetípica dessa transformação. Dessa transformação ambicionada em si mesmo e não nas lutas fraticidas por roubar, saquear, destruir de outros povos e seres.
Outra parte dessa energia chegou com a magia. Mas, igualmente não compreenderam que a magia é sexual. Precisa ser. É o encontro de polaridades elétricas em atuação para ativar diversos estados de consciência, comunicação, compreensão. Mais uma vez, se prenderam nos atos, nas cenas e perderam o que movimenta, co-cria a realidade.
Finalmente, temos as bruxas e o pavor que essas mulheres provocaram no imaginário coletivo. E as bruxas, demarcam o que foi perdido no não entendimento da magia (a sexualidade) e a da Alquimia (a liberdade da experimentação). Desvelar esses e tantos outros aspectos é o nosso caminho. Em comum temos as metáforas, o percurso subjetivo claro, marcando com clareza cartografias internas que não se sobrepunham as objetivas. A sobreposição desconfigurou nosso olhar, nos perdeu. Estamos agora reconstruindo e retomando uma nova abertura para mudança de fase.
Mas, essa energia da alegria, do sexo com prazer, sem culpa já vivenciamos. Temos registros dessas celebrações, festejos, porém nos perdemos no caminho da interioridade/exterioridade. Quando falamos de Alquimia os caras deixaram pegadas sobre esse processo de equivalência de transformar chumbo em ouro, o mais popular dos ensinamentos. Justamente, porque empobrecidos internamente, busca-se riquezas externas e tornam ainda mais árido o interno. Os não iniciados não compreendiam a dimensão subjetiva, arquetípica dessa transformação. Dessa transformação ambicionada em si mesmo e não nas lutas fraticidas por roubar, saquear, destruir de outros povos e seres.
Outra parte dessa energia chegou com a magia. Mas, igualmente não compreenderam que a magia é sexual. Precisa ser. É o encontro de polaridades elétricas em atuação para ativar diversos estados de consciência, comunicação, compreensão. Mais uma vez, se prenderam nos atos, nas cenas e perderam o que movimenta, co-cria a realidade.
Finalmente, temos as bruxas e o pavor que essas mulheres provocaram no imaginário coletivo. E as bruxas, demarcam o que foi perdido no não entendimento da magia (a sexualidade) e a da Alquimia (a liberdade da experimentação). Desvelar esses e tantos outros aspectos é o nosso caminho. Em comum temos as metáforas, o percurso subjetivo claro, marcando com clareza cartografias internas que não se sobrepunham as objetivas. A sobreposição desconfigurou nosso olhar, nos perdeu. Estamos agora reconstruindo e retomando uma nova abertura para mudança de fase.
Em suma, essa energia vem nos mostrando que sexo é mais do que genital. É mais do que reprodução. É sexualidade no seu sentido mais pleno, o que implica uma relação amorosa consigo, com o outro, com o mundo, com o universo. Uma transa de corpo-mente-coração-alma. Uma integração sagrada e divina entre nosso biológico e nosso espiritual. Essa força é divina e quando a trocamos em comunhão e não há nada mais sexual do que a comunhão na face da Terra, comer o corpo, beber o sangue... essa força se torna CRIATIVA. Gesta-se novos mundos, pare-se novos seres.
Seja bem vinda Maria Clara. Recebamos todos nós a partir dos nossos filhos a vida que se renova, mas nunca se repete. A vida que se nega a aceitar padrões estanques.
Sejamos.
Seja bem vinda Maria Clara. Recebamos todos nós a partir dos nossos filhos a vida que se renova, mas nunca se repete. A vida que se nega a aceitar padrões estanques.
Sejamos.
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