quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

OS ABUTRES e os rumores de guerra.









Desde o atentado terrorista de Trump que estou buscando alguém para nos esclarecer se a moratória está valendo? Estou me referindo a DATA LIMITE revelada por Chico Xavier. Como nem fiz essa busca e tampouco achei a resposta, resolvi eu mesmo especular.



Por um lado, de fato conseguimos. Conseguimos igual nós professores garantimos a aprovação de alguns alunos. Porque se fosse exigir os 60% por esforço e competência própria a reprovação seria em massa. Então os caras olharam para o lado e não relevaram as guerras fraticidas, as ditaduras, as invasões a territórios dos coleguinhas. Eles só computaram 3ª guerra mundial. Essa não teve, ufa. Nem terá, demos graças. Não obstante, os malditos não param de conspirar e atentar para causar a destruição em massa. 

Ontem depois do revide do Irã, eu já não sei mais se não teremos, todavia, fiquei pensando: o que nós meros mortais podemos fazer?



Nesses momentos sempre se receita oração e jejum, porém quero incrementar mais coisas e problematizar outras tantas. Tem traficantes orando a Deus depois de destruírem terreiros de religiões de matrizes africanas. Tem ladrões, latrocidas orando para Deus abençoar suas ações. Tem homens acendendo velas para ter as mulheres de outros homens. Tem fieis orando para presidentes canalhas. Então, quero nesse momento, desqualificar essas orações e propor uma análise do motivo e em seguida alguns procedimentos que talvez possamos adotar, afinal como chegamos a isso?



Melhor não fazer essa pergunta, porque não teremos tempo de responder e sou tentado a acreditar que apesar de tudo, nós melhoramos. Melhoramos? Por incrível que pareça sim. Somos pouca coisa melhor do que antes, mas queremos mais. Desejamos e necessitamos mais. Não mais nesse sentido louco, desenfreado, insano do consumo. Mais no sentido de nos melhorarmos, de sermos mais fraternos, mais abençoados, mais humanos. Tal empreitada nos coloca diante de duas portas, propostas, lados. Um lado técnico, que não tem nenhum pudor em substituir o humano, descarta-lo, não apenas o humano como tudo o que vive, em detrimento das máquinas, do luxo, da riqueza. Outro lado que não abandona a técnica, mas que a pensa a partir de uma relação sistêmica, ecológica, com todo o meio ambiente. Na primeira temos uma lógica de exploração, dominação. Na segunda temos uma lógica de sustentabilidade, amorosidade. Não somente a outros humanos como a todos os outros reinos. E isto evoca duas forças poderosas que rondam nosso planeta desde sempre. Tentemos falar sobre elas.




A primeira força, eu vou denominar de abutre. Nada contra os animais úteis e importantes a cadeia alimentar. Utilizaremos a analogia e veremos no que elas se aproximam e naquilo que se distanciam dos nossos amigos do reino animal.



Um abutre não abate a presa para dela se saciar. Ou seja, ele não ganha duas vezes, uma abatendo, outra se saciando. Pelo contrário, ele se alimenta depois da presa ter sido abatida e depois de várias outras espécies ter se saciado. É nesse sentido que os abutres nos quais referimos são seres trevosos. Forças que se alimentam dos restos. Seres que matam para eles terem acesso a carniça, que eles mesmos comem. De modo que, os abutres no sentido que queremos dar são seres que se satisfazem e se locupletam com a miserabilidade da cadeia alimentar. Da ponta ao rabo apenas eles se saciam, se deliciam. Se deliciam criando guerras, matando, vendendo armas para matar, coletando despojos, enviando missionários para encaminharem as ‘almas’, reconstruindo as cidades que destruíram. Enfim... vomitam para comerem de novo, lamberem outra vez o seu gozo.







Essas forças sempre existiram. Não são uma descoberta recente. Elas atentam os seres, fragmenta, divide os reinos desde sempre. O seu objetivo é ser adorado, idolatrado e essa força vive da idolatria, da adoração. Elas permeiam nosso campo astral, vivem nos porões do nosso universo psíquico. O diferencial é que talvez essas forças passam por um processo de integração. Nos convidam para uma integração. Nada fácil, nada tranquila, mas que temos desenvolvido há milênios e estamos nos minutos finais. Finais de que?



Os cristãos esperam o fim desde o início. Poucos séculos, décadas depois da crucificação e a ideia de fim já estava rolando na cabeça dos fiéis. Já se passaram dois mil anos e ainda não começaram, nem terminaram, viraram o início do fim, o pior do que se pode ser. O pior, porque não honram a vida, o viver. Tudo vira pecado, culpa, remorso, dor, sofrimento, cansaço. Tudo se faz morte antes de ter sido vida. Uma tristeza de quem ao nascer já espera o fim, sem saber quando ele vem, quando ele chega e nessa ânsia, mortificam-se todos os dias, o dia todo.



Por isso é tão complexo mensurar esse fim. Historicamente, podemos deduzir que o mundo não acabara como pensamos. Nem em fogo, enquanto bomba atômica, nem em água estritamente física, se bem que essa é mais possível. E, saindo dessa perspectiva talvez possamos abrir o campo do simbólico para pensarmos esse termino como RENASCIMENTO. Fogo e água nesse sentido mais profundo e simbólico denota renascimento, transformação. Uma transformação que acontece a todo tempo, o tempo todo, desde que a pessoa se permitam a fusão do início sem temer o fim. Talvez seja esse batizado com água ( João Batista, Ganges) e com fogo ( Kristo, Krishna) estejam nos ensejando. E, isso já está acontecendo com forjas cada vez mais fortes. O fim não é escatológico, porque o início é agora, a qualquer tempo, a qualquer momento. Num ato de graça, num encontro da intenção vocacionada com o ar, com o fogo, com a terra, com a água, o milagre acontece. A transformação ocorre. Da água em vinho, da lepra em cura, da cegueira em visão, de 5 pães para a multidão, do pão em corpo, do vinho em sangue, do homem em deus. A integração se dá no agora, onde quer que esse agora seja, esteja. Ele se faz e não há fórmulas para a Graça. Não se controla o sopro do espírito que leva e conduz o filho do homem. 





Então há forças de prontidão para impedir e inviabilizar aqueles que desejam e pleiteiam o fim. Essas forças agem pelo intermédio de nossas vontades, intenções, quereres. Podem agir a revelia de tudo isso, mas agindo assim, elas perdem aquilo que as diferencia: o respeito sagrado pelo outro ser.

Creio ser importante salientar que essas forças são físicas. Necessito abrir um parêntese para destacar essa ideia.



Compreendam que os abutres existem e se alimentam de nossos medos, frustrações, raivas, intolerâncias, ódios. Essas forças não são físicas, pelo menos não no sentido de criação. Por mais dualistas que somos e tentamos pensar o bem sempre ao lado do mal, a luz ao lado das trevas, aqui estamos falando de outra ordem das coisas. Num entendimento superficial da física não se distingue matéria de energia. Uma e outra são intercambiáveis. No entanto, os abutres só ganham densidade, condensação, materialidade na alimentação desses atributos que mencionei acima. Essas forças por si mesmas não tem constituição material. A materialização delas demanda a soma de todos os medos, exclusões, ódios, rejeitos mentais do nosso ser. 



Por incrível que pareça, as forças de prontidão são físicas, visíveis, atuam no invisível. A cultuamos como se fossem entes distantes, lendários, mitológicos, sobrenaturais. E isso é como se restringíssemos a força de atuação delas. O belo. O bem. O amor são existências concretas, independem da matéria para serem. Expressam nela também, mas independem dela. O amor existe, naturalmente, sem demandar esforço, oração, simpatia, caridade. Ele é a expressão natural da vida. Porém, nós invertemos isso. A maioria das religiões pentecostais cultuam mais o temor ao diabo do que o amor de Cristo. A teologia da prosperidade ensina mais a miséria dos abutres do que a Graça divina. Invertemos as coisas. Invertemos a lógica e fomos dando materialidade as trevas, aos abutres. Fomos dando densidade, materialidade a atributos que só existem enquanto ilusão, perversão daquilo que somos. Talvez aqui seja o Armagedon, enquanto representação de uma luta de cada um de nós contra as próprias crenças, contra as nossas trevas. 







Volto a me repetir, enfatizando que sombras é diferente de trevas. Luz e sombra são opostos complementares. Trevas é o resíduo excretado disso. Esse resíduo excretado tem, basicamente, duas fontes, uma que vem da integração e naturalmente deixa um resíduo, facilmente identificado e transformado. Dois, da ignorância, do desconhecimento das nossas sombras. Os abutres se materializam a partir dessa ignorância. Alimentam-se, nutrem-se, dessa materialidade espúria, dessa redução do homem a pó, a corpo. Dessa redução do agora ao depois de amanhã, da vida terrena ao paraíso. As trevas se insinuam, seduzem, persuadem em muitos segmentos, lugares. São joio infiltrado no meio do trigo




Pois bem, quando permitimos, ou melhor, quando votamos em Trump, Bolsonaro e similares somos nós dando materialidade aos abutres que existem em nós, que também sou eu. O preocupante é que o alcance das minhas trevas é o quarteirão do meu bairro, são as dezenas de pessoas com quem convivo diariamente. Já quando sou alçado a astro pop, a ídolo do esporte, a vereador da minha cidade, deputado do meu estado, presidente da minha República/país, eu amplifico o tamanho da minha maldade. As trevas se condensam em torno de um lugar, de um ser. Esse ser pode desencadear a força dos abutres em muitas direções. Impingir uma lógica de carniça como sendo a de um banquete. É assim que nós encontramos. Dispensamos natureza, amor, família, fraternidade para nos regalar com tecnologia sem alma, asfalto, esgoto a céu aberto, competição desenfreada. Acreditamos mesmo que viver na favela dos grandes centros, comendo fastfood, quando se tem algo para comer é mais prazeroso, verdadeiro, do que comer arroz, feijão, angu e couve plantada e produzidos nas zonas rurais.



Todavia, longe de culpar nossos dirigentes, individualmente e exclusivamente, é importante que saibamos e nos conscientizemos que eles são fruto e somatória de nossas esperanças tristes, frias, materialistas, egoísta, mesquinhas, tolas, fúteis, quase inúteis. Em verdade, inúteis a propósitos maiores que nos conectam e nos interconectam a vida.








O texto não tem o objetivo de pedir oração, vibração, porque muitas trevas são geradas por aqueles que não percebem as próprias sombras. Por aqueles que focados numa concepção de bondade, de luminosidade, cegam e queimam a todos que estão a sua volta.  



O objetivo do texto é nos convidar a não temermos nossas sombras e a abraçá-la, acolhe-la. Seja com raiva, seja com dor, seja com medo, seja com briga. Acolher a sombra. Nossas dores, feridas, ressentimentos. Frustrações. Acolher partes nossas preteridas, abandonadas. Sermos carinhosos para recebermos as dores, as feridas do outro e a consolarmos.




O objetivo do texto é nos convidar a sermos sinceros com o que pensamos e sentimos sem nos condenarmos por isso. Os abutres se alimentam da culpa, do remorso, da negação. E a sinceridade dissipa a atuação e a influência desses seres. Eles se esvaziam. Perdem o ar e deixam de ser, de estar. Abandonam nosso ser, não porque viramos luz e sim porque aceitamos nossas sombras.







As trevas é o que se esconde da luz por medo e das sombras por vergonha e identificação. Ela mesma não resiste nem ao acender do pau de fósforo e menos ainda ao reconhecimento de que sombra não é treva. Sombra é parte integrante da luz. Igual árvore é copa e raiz. Ser integral é composto de luz e sombra. É esse reconhecimento que nos movimenta existencialmente. 

É esse movimento que consolida níveis dimensionais que muitos deslumbrados ficam repetindo sem compreender a importância e o significado. Ser da 1ª ou da milésima dimensão só implica na consciência e na responsabilidade de saber os limites da sua luz e o alcance da sua sombra. É essa consciência que altera estados dimensionais. Os deslumbrados falam de seres da 5ª, 6ª, 7ª, milésima dimensão sem compreenderem que a maior parte dessa escala está sendo dado pela idolatria, pela ilusão que os abutres incutiram em nosso sistema de crenças.





Dessa forma nossa oração é nosso ato. E, todas as vezes que eu penso em mim em detrimento do outro e do todo, estou sendo trevas e alimentando as trevas. Os votos que elegeram e tem elegido uma grande parte dos dirigentes mundiais tiveram essa característica. Ou quem em sã consciência pode afirmar que Qasem representa o melhor de um povo? Que o voto em Trump foi pensando no outro e no todo? Que se elegeu o capitão por sua consciência moral acolhedora? Esses votos são a expressão de nosso individualismo, dos nossos medos, das nossas frustrações. Esses votos condensam a esperança medrosa de que algum ente material, numa posição de destaque pode consertar e salvar o mundo. Esse voto representa a tentativa medrosa de que um ente vai nos salvar. Esse recrudescimento, esse materialismo impossibilita a Graça de realizar a transformação, a magia, o milagre em cada um de nós. De sermos aqueles que em harmonia com o todo, beneficiam o outro e aos envolta.



Não poderia deixar de registrar que esse texto é fruto de uma ‘conversa’ que tive com uns seres quando estive em Santana dos Montes com a Vênus Negra. 

Olhando para o céu no dia em que chegamos percebi naquele silêncio da noite estrelada, algumas movimentações luminosas, que se davam em formação. Como não conhecia e nem sabia quem era, não dei muita trela, mas ao tomar banho, um ser com uma cabeça similar aos caras que chamo de cabeça de skate, se apresentou para mim. Eu os chamei de homens pássaros e parte do que se segue tem uma relação com o que ‘eles’ transmitiram e sonhei pelas duas noites que lá estivemos. Uma hora volto a isso, mas fica o registro.




 A imagem tem pouco ou nada a ver, apenas as asas. A cabeça era próxima a de um falcão. O tamanho era em torno de 1,90/2,10. Parecia ser masculino. O rosto era sério. Tinha na face algo que parecia plumagem, barba. A energia era severa, brava, minha forma de definir seriedade, austeridade. Nem ele e nem eu estavamos desejosos da conversa. Ao mesmo tempo um sentimento de liberdade. É o que dá para trazer agora. Não vou entrar na energia, continuo não querendo contato, por não saber do que se trata.  



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