Desde o
atentado terrorista de Trump que estou buscando alguém para nos esclarecer se a
moratória está valendo? Estou me referindo a DATA LIMITE revelada por Chico
Xavier. Como nem fiz essa busca e tampouco achei a resposta, resolvi eu mesmo
especular.
Por um
lado, de fato conseguimos. Conseguimos igual nós professores garantimos a aprovação de alguns
alunos. Porque se fosse exigir os 60% por esforço e competência própria a reprovação seria em massa. Então os
caras olharam para o lado e não relevaram as guerras fraticidas, as ditaduras,
as invasões a territórios dos coleguinhas. Eles só computaram 3ª guerra
mundial. Essa não teve, ufa. Nem terá, demos graças. Não obstante, os malditos
não param de conspirar e atentar para causar a destruição em massa.
Ontem
depois do revide do Irã, eu já não sei mais se não teremos, todavia, fiquei pensando: o que nós meros
mortais podemos fazer?
Nesses
momentos sempre se receita oração e jejum, porém quero incrementar mais coisas
e problematizar outras tantas. Tem traficantes orando a Deus depois de destruírem
terreiros de religiões de matrizes africanas. Tem ladrões, latrocidas orando
para Deus abençoar suas ações. Tem homens acendendo velas para ter as mulheres
de outros homens. Tem fieis orando para presidentes canalhas. Então, quero
nesse momento, desqualificar essas orações e propor uma análise do motivo e em
seguida alguns procedimentos que talvez possamos adotar, afinal como chegamos a
isso?
Melhor
não fazer essa pergunta, porque não teremos tempo de responder e sou tentado a
acreditar que apesar de tudo, nós melhoramos. Melhoramos? Por incrível que pareça
sim. Somos pouca coisa melhor do que antes, mas queremos mais. Desejamos e
necessitamos mais. Não mais nesse sentido louco, desenfreado, insano do
consumo. Mais no sentido de nos melhorarmos, de sermos mais fraternos, mais
abençoados, mais humanos. Tal empreitada nos coloca diante de duas portas,
propostas, lados. Um lado técnico, que não tem nenhum pudor em substituir o
humano, descarta-lo, não apenas o humano como tudo o que vive, em detrimento das
máquinas, do luxo, da riqueza. Outro lado que não abandona a técnica, mas que a
pensa a partir de uma relação sistêmica, ecológica, com todo o meio ambiente.
Na primeira temos uma lógica de exploração, dominação. Na segunda temos uma
lógica de sustentabilidade, amorosidade. Não somente a outros humanos como a
todos os outros reinos. E isto evoca duas forças poderosas que rondam nosso
planeta desde sempre. Tentemos falar sobre elas.
A
primeira força, eu vou denominar de abutre. Nada contra os animais úteis e
importantes a cadeia alimentar. Utilizaremos a analogia e veremos no que elas
se aproximam e naquilo que se distanciam dos nossos amigos do reino animal.
Um
abutre não abate a presa para dela se saciar. Ou seja, ele não ganha duas
vezes, uma abatendo, outra se saciando. Pelo contrário, ele se alimenta depois
da presa ter sido abatida e depois de várias outras espécies ter se saciado. É
nesse sentido que os abutres nos quais referimos são seres trevosos. Forças que
se alimentam dos restos. Seres que matam para eles terem acesso a carniça, que
eles mesmos comem. De modo que, os abutres no sentido que queremos dar são
seres que se satisfazem e se locupletam com a miserabilidade da cadeia
alimentar. Da ponta ao rabo apenas eles se saciam, se deliciam. Se deliciam criando
guerras, matando, vendendo armas para matar, coletando despojos, enviando
missionários para encaminharem as ‘almas’, reconstruindo as cidades que destruíram.
Enfim... vomitam para comerem de novo, lamberem outra vez o seu gozo.
Essas
forças sempre existiram. Não são uma descoberta recente. Elas atentam os seres,
fragmenta, divide os reinos desde sempre. O seu objetivo é ser adorado,
idolatrado e essa força vive da idolatria, da adoração. Elas permeiam nosso
campo astral, vivem nos porões do nosso universo psíquico. O diferencial é que
talvez essas forças passam por um processo de integração. Nos convidam para uma
integração. Nada fácil, nada tranquila, mas que temos desenvolvido há milênios
e estamos nos minutos finais. Finais de que?
Os
cristãos esperam o fim desde o início. Poucos séculos, décadas depois da
crucificação e a ideia de fim já estava rolando na cabeça dos fiéis. Já se
passaram dois mil anos e ainda não começaram, nem terminaram, viraram o início
do fim, o pior do que se pode ser. O pior, porque não honram a vida, o viver.
Tudo vira pecado, culpa, remorso, dor, sofrimento, cansaço. Tudo se faz morte antes de ter sido vida. Uma tristeza de
quem ao nascer já espera o fim, sem saber quando ele vem, quando ele chega e
nessa ânsia, mortificam-se todos os dias, o dia todo.
Por isso
é tão complexo mensurar esse fim. Historicamente, podemos deduzir que o mundo
não acabara como pensamos. Nem em fogo, enquanto bomba atômica, nem em água
estritamente física, se bem que essa é mais possível. E, saindo dessa
perspectiva talvez possamos abrir o campo do simbólico para pensarmos esse
termino como RENASCIMENTO. Fogo e água nesse sentido mais profundo e simbólico
denota renascimento, transformação. Uma transformação que acontece a todo tempo,
o tempo todo, desde que a pessoa se permitam a fusão do início sem temer o fim.
Talvez seja esse batizado com água ( João Batista, Ganges) e com fogo ( Kristo,
Krishna) estejam nos ensejando. E, isso já está acontecendo com forjas cada vez
mais fortes. O fim não é escatológico, porque o início é agora, a qualquer
tempo, a qualquer momento. Num ato de graça, num encontro da intenção
vocacionada com o ar, com o fogo, com a terra, com a água, o milagre acontece.
A transformação ocorre. Da água em vinho, da lepra em cura, da cegueira em
visão, de 5 pães para a multidão, do pão em corpo, do vinho em sangue, do homem
em deus. A integração se dá no agora, onde quer que esse agora seja, esteja.
Ele se faz e não há fórmulas para a Graça. Não se controla o sopro do espírito
que leva e conduz o filho do homem.
Então há forças de prontidão para
impedir e inviabilizar aqueles que desejam e pleiteiam o fim. Essas forças agem
pelo intermédio de nossas vontades, intenções, quereres. Podem agir a revelia de
tudo isso, mas agindo assim, elas perdem aquilo que as diferencia: o respeito
sagrado pelo outro ser.
Creio
ser importante salientar que essas forças são físicas. Necessito abrir um
parêntese para destacar essa ideia.
Compreendam
que os abutres existem e se alimentam de nossos medos, frustrações, raivas,
intolerâncias, ódios. Essas forças não são físicas, pelo menos não no sentido
de criação. Por mais dualistas que somos e tentamos pensar o bem sempre ao lado
do mal, a luz ao lado das trevas, aqui estamos falando de outra ordem das
coisas. Num entendimento superficial da física não se distingue matéria de
energia. Uma e outra são intercambiáveis. No entanto, os abutres só ganham
densidade, condensação, materialidade na alimentação desses atributos que
mencionei acima. Essas forças por si mesmas não tem constituição material. A
materialização delas demanda a soma de todos os medos, exclusões, ódios,
rejeitos mentais do nosso ser.
Por
incrível que pareça, as forças de prontidão são físicas, visíveis, atuam no
invisível. A cultuamos como se fossem entes distantes, lendários, mitológicos,
sobrenaturais. E isso é como se restringíssemos a força de atuação delas. O
belo. O bem. O amor são existências concretas, independem da matéria para
serem. Expressam nela também, mas independem dela. O amor existe, naturalmente,
sem demandar esforço, oração, simpatia, caridade. Ele é a expressão natural da
vida. Porém, nós invertemos isso. A maioria das religiões pentecostais cultuam
mais o temor ao diabo do que o amor de Cristo. A teologia da prosperidade
ensina mais a miséria dos abutres do que a Graça divina. Invertemos as coisas. Invertemos
a lógica e fomos dando materialidade as trevas, aos abutres. Fomos dando
densidade, materialidade a atributos que só existem enquanto ilusão, perversão
daquilo que somos. Talvez aqui seja o Armagedon, enquanto representação de uma
luta de cada um de nós contra as próprias crenças, contra as nossas trevas.
Volto a
me repetir, enfatizando que sombras é diferente de trevas. Luz e sombra são
opostos complementares. Trevas é o resíduo excretado disso. Esse resíduo
excretado tem, basicamente, duas fontes, uma que vem da integração e
naturalmente deixa um resíduo, facilmente identificado e transformado. Dois, da
ignorância, do desconhecimento das nossas sombras. Os abutres se materializam a
partir dessa ignorância. Alimentam-se, nutrem-se, dessa materialidade espúria,
dessa redução do homem a pó, a corpo. Dessa redução do agora ao depois de
amanhã, da vida terrena ao paraíso. As trevas se insinuam, seduzem, persuadem
em muitos segmentos, lugares. São joio infiltrado no meio do trigo
Pois
bem, quando permitimos, ou melhor, quando votamos em Trump, Bolsonaro e
similares somos nós dando materialidade aos abutres que existem em nós, que
também sou eu. O preocupante é que o alcance das minhas trevas é o quarteirão
do meu bairro, são as dezenas de pessoas com quem convivo diariamente. Já
quando sou alçado a astro pop, a ídolo do esporte, a vereador da minha cidade,
deputado do meu estado, presidente da minha República/país, eu amplifico o
tamanho da minha maldade. As trevas se condensam em torno de um lugar, de um
ser. Esse ser pode desencadear a força dos abutres em muitas direções. Impingir
uma lógica de carniça como sendo a de um banquete. É assim que nós encontramos.
Dispensamos natureza, amor, família, fraternidade para nos regalar com
tecnologia sem alma, asfalto, esgoto a céu aberto, competição desenfreada.
Acreditamos mesmo que viver na favela dos grandes centros, comendo fastfood,
quando se tem algo para comer é mais prazeroso, verdadeiro, do que comer arroz,
feijão, angu e couve plantada e produzidos nas zonas rurais.
Todavia,
longe de culpar nossos dirigentes, individualmente e exclusivamente, é
importante que saibamos e nos conscientizemos que eles são fruto e somatória de
nossas esperanças tristes, frias, materialistas, egoísta, mesquinhas, tolas,
fúteis, quase inúteis. Em verdade, inúteis a propósitos maiores que nos
conectam e nos interconectam a vida.
O texto não tem o objetivo de pedir oração, vibração, porque muitas trevas são geradas
por aqueles que não percebem as próprias sombras. Por aqueles que focados numa
concepção de bondade, de luminosidade, cegam e queimam a todos que estão a sua
volta.
O
objetivo do texto é nos convidar a não temermos nossas sombras e a abraçá-la, acolhe-la.
Seja com raiva, seja com dor, seja com medo, seja com briga. Acolher a sombra.
Nossas dores, feridas, ressentimentos. Frustrações. Acolher partes nossas
preteridas, abandonadas. Sermos carinhosos para recebermos as dores, as feridas
do outro e a consolarmos.
O
objetivo do texto é nos convidar a sermos sinceros com o que pensamos e
sentimos sem nos condenarmos por isso. Os abutres se alimentam da culpa, do
remorso, da negação. E a sinceridade dissipa a atuação e a influência desses
seres. Eles se esvaziam. Perdem o ar e deixam de ser, de estar. Abandonam nosso
ser, não porque viramos luz e sim porque aceitamos nossas sombras.
As
trevas é o que se esconde da luz por medo e das sombras por vergonha e identificação. Ela
mesma não resiste nem ao acender do pau de fósforo e menos ainda ao
reconhecimento de que sombra não é treva. Sombra é parte integrante da luz.
Igual árvore é copa e raiz. Ser integral é composto de luz e sombra. É esse reconhecimento
que nos movimenta existencialmente.
É esse movimento que consolida níveis
dimensionais que muitos deslumbrados ficam repetindo sem compreender a
importância e o significado. Ser da 1ª ou da milésima dimensão só implica na
consciência e na responsabilidade de saber os limites da sua luz e o
alcance da sua sombra. É essa consciência que altera estados dimensionais. Os
deslumbrados falam de seres da 5ª, 6ª, 7ª, milésima dimensão sem compreenderem
que a maior parte dessa escala está sendo dado pela idolatria, pela ilusão que
os abutres incutiram em nosso sistema de crenças.
Dessa
forma nossa oração é nosso ato. E, todas as vezes que eu penso em mim em
detrimento do outro e do todo, estou sendo trevas e alimentando as trevas. Os
votos que elegeram e tem elegido uma grande parte dos dirigentes mundiais
tiveram essa característica. Ou quem em sã consciência pode afirmar que Qasem
representa o melhor de um povo? Que o voto em Trump foi pensando no outro e no
todo? Que se elegeu o capitão por sua consciência moral acolhedora? Esses votos
são a expressão de nosso individualismo, dos nossos medos, das nossas frustrações.
Esses votos condensam a esperança medrosa de que algum ente material, numa
posição de destaque pode consertar e salvar o mundo. Esse voto representa a
tentativa medrosa de que um ente vai nos salvar. Esse recrudescimento, esse materialismo
impossibilita a Graça de realizar a transformação, a magia, o milagre em cada
um de nós. De sermos aqueles que em harmonia com o todo, beneficiam o outro e
aos envolta.
Não
poderia deixar de registrar que esse texto é fruto de uma ‘conversa’ que tive
com uns seres quando estive em Santana dos Montes com a Vênus Negra.
Olhando
para o céu no dia em que chegamos percebi naquele silêncio da noite estrelada,
algumas movimentações luminosas, que se davam em formação. Como não conhecia e
nem sabia quem era, não dei muita trela, mas ao tomar banho, um ser com uma
cabeça similar aos caras que chamo de cabeça de skate, se apresentou para mim. Eu
os chamei de homens pássaros e parte do que se segue tem uma relação com o que ‘eles’
transmitiram e sonhei pelas duas noites que lá estivemos. Uma hora volto a
isso, mas fica o registro.
A imagem tem pouco ou nada a ver, apenas as asas. A cabeça era próxima a de um falcão. O tamanho era em torno de 1,90/2,10. Parecia ser masculino. O rosto era sério. Tinha na face algo que parecia plumagem, barba. A energia era severa, brava, minha forma de definir seriedade, austeridade. Nem ele e nem eu estavamos desejosos da conversa. Ao mesmo tempo um sentimento de liberdade. É o que dá para trazer agora. Não vou entrar na energia, continuo não querendo contato, por não saber do que se trata.
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