segunda-feira, 3 de agosto de 2020

NOVO NORMAL: netuno e desapego


Meses atrás quando escrevi esse post, eu o chamei de Netuno e o desapego. Hoje quase quatro meses depois, chamei de Novo Normal.

Temos falado muito da 40tena astrológica, essa conjunção de Saturno, Plutão e Júpiter em Capricórnio. No entanto, outros aspectos chamam igualmente atenção e um deles é Netuno. Mas, o olhar que lançarei sobre ele vai mais na dimensão das nossas posses, das nossas resistências, do que nos meios esotéricos temos denominados de EGO e a dificuldade de largá-lo. Não vou incorrer sobre o ego, é uma discussão estimulante, mas há vastas explicações para todos os gostos e orientações. O diálogo com o ego que estabelecerei é em relação ao NOVO NORMAL. É em relação a nossa dificuldade de aceitação das mudanças, das transformações que a vida nos traz, nos coloca e por vezes nos impõe. De modo geral, resistimos. Adotamos posições de combate que nos arrasta, nos faz sentir ora heróis, ora mártires, quase sempre, injustiçados pela vida. 

O Covid nos trouxe um novo, mais do que trazer, nos impôs, ainda assim uma parte nossa, uma parcela de nós, recusa aceitar. É um novo no qual resistimos, negamos, não suportamos, não queremos lidar. Um novo que como a maioria das novidades tememos, nos assustamos. É nessa direção que apontaremos. A nossa dificuldade em largar, desapegar, permitir ir, suavizar. A gente morre agarrado a uma visão de eu, de ego, de posse. Tememos a dissolução das nossas posses, das nossas identificações. É um temor que nos faz agarrar ao passado, nos torna conservadores, ortodoxos, deseja-se um mundo que talvez não volte mais, não seja mais, não encontraremos mais.  

Um diálogo com essas percepções é vermos como utilizamos os pronomes possessivos em tudo e para tudo, especialmente, em coisas e seres que não possuímos o mínimo controle. Em verdade, não conseguimos nomear sem possessivar, numa busca incansável por querer caracterizar e controlar tudo. Meu inconsciente, minha mente, meu carro. Meu filho, meu marido, minha esposa. Meus sonhos, meu presidente, meu partido, minha igreja, meu cachorro, meu país. Tudo é transformado em posse e toda posse se identifica como parte do ser. Dificilmente consegue-se ser sem ter algo para chamar de seu, para pegar como sendo seu. 

Na contramão disso, a vida de maneira silenciosa e imperceptível vai nos esvaziando, vai nos despossuindo, nos retirando tudo o que acreditamos que está atrelado e grudado a nós. 

Carros estragam, dinheiro muda de mãos, imóveis são vendidos, empregos são perdidos, pessoas se separam, filhos crescem, pais falecem. A vida tem o mau hábito de ir tirando de nós aquilo que pensávamos ser e possuir. E, esse simbolismo as vezes ganha dimensões maiores, seja por enchentes, seja por tsunamis, seja por epidemias ou pandemias. Essas marcações sugerem que estamos entrando em níveis sociais, coletivos, nos quais essas possessividades vão se diluindo, mas como largá-las? Como deixar para trás aquilo que acreditamos ser? Que identificamos como sendo nossa identidade? Nosso eu? 


A principio não conseguimos, nos recusamos, queremos lutar, brigar. Lutar para mostrar que somos mártires, brigar para mostrar para algo, ou alguém como a vida nos faz sofrer, nos faz doer. E talvez esse seja o único desprendimento do ego a ser feito: aceitar que ninguém te julga, nem te condena, nem te absolve, nem te redime, nem te aplaude a não ser a sua consciência. Nesse universo sem plateia quem é você de verdade? Do que você necessita de fato? O que te sustenta e te alimenta? 

Tem um vídeo sensacional, que acaba ilustrando isso. Uma enchente dessas que vimos e presenciamos (foi logo no início do ano). Todo mundo correndo e se abrigando. Parte dos abrigados com um celular na mão filmando tudo. Nas filmagens tem um rapaz tentando salvar a bicicleta. O pessoal dizendo, larga a bicicleta, segura a corda, segura a mão de alguém. Sai daí. O destemido e corajoso, não largou e foi sendo arrastado pela correnteza, ainda assim, ele continuou segurando a bicicleta, até que caiu num vórtice, acreditamos ser um bueiro e ele foi tragado e a bike seguiu correnteza a dentro. Provavelmente, parou na porta de alguém, que olhou para os lados, não viu ninguém que a reclamasse, montou e saiu pedalando. O cara morreu por algo que outro vai usar sem saber que alguém deu a vida por aquilo.  
O cara tem um bilhão de motivos para não soltar a bike. Não sabemos quais, mas já escutamos as estórias. "Trabalhei demais por isso! Se eu trabalhar o mesmo tanto, não consigo comprar outra!" É um apego, cada um de nós tem os próprios. Quando a gente conversa com o pessoal que perdeu o corpo físico e pergunta e aí? 

Eu ainda nunca ouvi ninguém dizendo: “valeu pra caralho ter morrido por não ter soltado a bicicleta, ou por ter reagido ao assalto. Me senti muito mais foda! E estou benzão só esperando outra chance para agora morrer lutando por um presidente, rsrs.” Vou escrever sério. 

De certo modo, aquilo que faz todo sentido num nível, em outro não tem nenhum. Mas, é complexo desapegar, cada um de nós está agarrado a uma bicicleta para chamar de nossa. Descobrir qual nos prende, talvez ajude. Talvez nos dê chaves para desapegarmos, largarmos um pouco de nós, ou do que a gente identifica como sendo nós. Identificações duras, cruéis, muitas vezes limitantes e limitadoras do que somos ou podemos ser. 




Ao mesmo tempo, desapegar nos remete e nos proporciona uma passagem para outra fase e grau de consciência. Porém, como dar esse salto? Como dar esse passo? De vontade própria não damos. Por isso que a vida de maneira Netuniana (astrologia), vai agindo à revelia da nossa vontade consciente. O processo vai se dando de forma que tudo vai sendo retirado aos poucos, diluído no oceano até virar água, sal, nada. 


Netuno vai tirando pedacinhos das pessoas, de um jeito muito peculiar. E, nessa dinâmica de sofrimento, há deleite, prazer, orgasmo, festa, comemoração a essa mutilação existencial. Sabe casa no barranco? Todo mundo já previu o desmoronamento, mas a pessoa tem certeza que ao desmoronar conseguirá reeguer um sentido na vida que dialoga com a dor, com a culpa, com a falta, com a luta. Mobiliza uma atenção. E, como essa atenção faz bem. Como que nos alimentamos desse olhar que vitimiza, infantiliza, que não permite crescer e nem se responsabilizar pelos afetos, pensamentos, sentimentos, escolhas. Netuno uma hora se apresenta diante de nós e para nós. E, aí precisamos escolher se largamos ou não a bicicleta. 

Aqui farei uma passagem rápida pelo tarot, pelo arcano XII, o Enforcado. 



Nos mais diversos tarot esse Arcano estreita um diálogo com aspectos netunianos, nas formas conscienciais que podemos associar com a dor, o sofrimento, a vida, a existência e as maneiras com que encaramos isso, lidamos com isso. Seja como vítimas, seja como mártires, seja como pessoas que compreendem as ilusões e esse estado meio sonambúlico, etílico, ébrio. Algo entre o estar acordado e o estar dormindo. Estados que dialogam com a posição do arcano que se encontra de cabeça para baixo, indicando a ótica da inversão. 


Essa é uma posição iniciática. O adentrar a trilha espiritual redimensiona o olhar e a percepção, os valores e o mundo se invertem, tudo fica de cabeça para baixo. O iniciado passa a ver o mundo de outra maneira e por outra ótica e nisso reconhecer, valorizar o que importa, ou seja, a vida nos proporciona diluições, abandonos, constantes e permanentes. A cada momento a vida nos convida a deixarmos de nos apegar, a nos soltarmos, nos liberarmos. No entanto, as nossas resistências nos força a sermos tragados pelos bueiros existenciais, ou as diluições das drogas, do álcool, do sem sentido, do vazio existencial. 

De uma forma ou de outra, vamos deixando partes nossa pelo caminho, vamos perdendo o que somos, quem pensávamos ser. Quem coloca atenção nisso está mais perto de um novo normal. Quem coloca atenção nas perdas que a vida nos traz, consegue dialogar melhor com o que a vida leva, reformula, sem nos pedir licença e por favor.

No momento, muitos de nós está querendo retornar a um mundo que talvez não volte a existir mais e longe de negar esse desconforto, um movimento interessante é mergulhar nesse vazio, nesse nada, nessa angústia e deixarmos que ele nos mostre um pouco aspectos e partes nossas que não identificamos, que não estão diretamente indexadas ao nosso ser, mas nos compõe e nos transcende. Aspectos netunianos para além de um sacrifício, mas que podem nos dar um sacro-ofício. Transformar o cotidiano em algo sagrado. 












quinta-feira, 2 de julho de 2020

CRIANÇAS NA PANDEMIA


Uma colega de grupo, meses atrás, nos trouxe uma questão referente a depressão do filho. Ela mãe, trabalhando em home office, dando toda atenção ao filho, ainda assim, não conseguia lidar com um abatimento que acometia o filho. 



Perguntava as outras companheiras de grupo que possuíam filhos o que elas estavam fazendo, se elas estavam enfrentando essa situação.



A pergunta, como não poderia ser diferente, descortinou um lugar, uma questão que não estava no meu radar. Foi assim que Ricardinho dialoga com a questão e trago à baila para pensarmos juntos. E as crianças na pandemia?

sábado, 30 de maio de 2020

NOSSAS PANDEMIAS SÃO OUTRAS


A pandemia trouxe muitas coisas, muitas questões e cada um de nós, na medida de suas possibilidades, está se conectando com formas possíveis de ajudar, auxiliar. A minha tem sido com a escrita, com os atendimentos, até mesmo a gravação de áudios que tenho disponibilizado a algumas pessoas e comecei a subir com alguns. E, agora a trazer para cá também. São formas de tentar auxiliar. De tentar ajudar a minha maneira. 


Num desses diálogos, 14/4/2020, Brother apareceu. Brother é um amigo que flertamos desde 2001/02. O conheci na Cidade dos Meninos e de lá para cá realizamos trabalhos conjuntos. Ele veio nos passar uma visão de como estava, seria a chegada do vírus na periferia. Foi esse o recado, o salve, que ele nos deixa no áudio que disponibilizo ao final do texto. 



Ele chegava nas reuniões sem dar nome, nos dizia que quando encarnado, ninguém nunca se importou, ligou, quis saber o nome dele quando vivo, depois de morto, isso não fazia o menor sentido. Dizia que ele é qualquer jovem da periferia, qualquer jovem preto assassinado, traficando, estudando. Ele é Pedro, João, Alexandre, Gutemberg, Maria, Verônica, ele é qualquer um. 


Um amigo do teatro, familirializado com a quebrada, o batizou de Brother. E esse virou o nome que lhe denominamos. Poderia ser X, ou sem nome. Mas, ele é essa voz do rap, dos que tem muito a dizer, mas o preconceito, o racismo, a indiferença silenciam. 


No dia 14/4/2020, ele veio nos falar da Pandemia numa perspectiva e num lugar que parte do pessoal que flerto não chega, não acessa. E é essa a nossa parceria: “ eu te levo onde você não pode chegar. Vc me leva onde eu não poderia entrar!” 


É assim que trabalhamos há quase duas décadas. Escutem, pensem, questionem, enfim...


domingo, 17 de maio de 2020

Pandemia, Surto, Realidade: quando a ficha cai.





Hoje (19/4/2020) vi esse post falando das fichas caindo e fora a nostalgia, algumas caíram na minha caixola também.

Ontem (domingo) teve carreata pelo Brasil afora. Essas duas coisas me deram um estalo sobre algo que tenho escrito, falado, tentado escrever, mas sempre acontece algo e não posto. Passaram quase um mês e estou a volta aqui com esse texto de novo. Nesse intervalo de um mês tudo o que disse daqui para baixo se intensificou. A realidade vai se esvanecendo diante de nossos olhos.  



O que eu gostei no vídeo foi a hipótese de que nada, depois da Pandemia voltara a ser como antes. Excetuo a escola. A escola não muda, ela permanece a mesma, a de sempre. A escola guarda um lugar da tradição, que acaba por ser a incubadora do conservadorismo. Esse é um momento para que nós, educadores pensemos sobre qual humanidade desejamos? Que humanos queremos formar? Essas respostas ainda não temos, brigam em nós uma dualidade entre saúde e economia que era desnecessária. Ainda não nos vemos como pertencentes a uma teia, a um sistema. 

Mas, um mês depois, vendo as aulas digitais ampliando, talvez a escola mude. Mudar a escola significa alterar uma rede de aprendizagem, de sentido cujos efeitos são quase imediatos. Talvez essa mudança será o movimento de uma transformação. Vou me deter um pouco mais aqui porque é emblemático.

Se a escola avança, a sociedade caminha, mas quem impede os avanços da sociedade? Os conservadores. Estes desejam um mundo, um lugar de permanência, de constância, de estabilidade. Não sei se encontraremos. Esse momento é tão diferente, ou apresenta uma dialética tão esdrúxula que vanguardistas acabam guardando lugar de conservadores. Conservadores ganham o lugar de vanguardistas. Pensemos no caso de pais enlouquecidos com seus filhos em casa, ressignificando o papel de professores e da escola, mais daqueles do que desta. Na reflexão que eles fazem, eles trazem um lugar de avanço, de movimento. Por outro lado, as dificuldades enfrentadas por inúmeros professorxs sobre a criação de aulas virtuais, os colocam numa posição tradicionalista, que uma boa parte, nunca teve. Vejo colegas, inovadores, fazendo críticas severas (com razão) a essa forma e modalidade de ensino. No entanto, não deixa de ser curioso e sintomático desses lugares que vão se deslocando.

No Brasil que se tornou o palco desse pandemônio, temos um governo de extrema direita, realizando a maior distribuição de renda da nossa história. E, eles veem nessa prática uma vergonha, um ato comunista, socialista, que eles estão fazendo de tudo para dificultar. Por outro lado, a esquerda tem apoiado com grande ênfase medidas de restrição as liberdades individuais. Muitas bem mais próximas de uma liberdade econômica do que civil, todavia nos tornamos (esquerda) apoiadores de um Estado de restrição.
O mundo está de pernas para o ar. A movimentação do mundo desloca as pessoas para posições que eram contrárias, dias antes. 


Mas, o ponto que eu desejo colocar atenção é sobre as pessoas que protestam pedindo a retomada do comércio. Na verdade, elas desejam um mundo que não existe mais. Defendem um mundo que elas recusam a aceitar que mudou. Negam cada vez mais insistentemente, com menos argumentos críveis a factualidade da existência. E são esses idílios, essas imagens mentais, que várias teorias e sistemas conseguem dialogar, mas que farei uso da Astrologia. 


Saturno é o senhor da realidade. Apresenta a vida como ela é. Saturno gruda nosso olhar em um objetivo, mensura cada buraco do caminho, detalha cada efeito da poeira na sua longa subida ao cume da montanha. Quando entramos no ciclo de Saturno (2017 a 2052) pensei numa crueza explícita, numa realidade sem subterfúgios. Vários astrólogos apontaram o conservadorismo, o tradicionalismo, até mesmo o nacionalismo e a saudade nostálgica de tempos de chumbo. Tudo isso estava no radar, nas análises, nas interpretações. Porém, estamos diante do Saturno mais netunado do universo. O mais correto é: surtado, porque é plutônico. Temos uma conjunção Saturno, Plutão, Júpiter em Capricórnio, que ninguém acreditava que seria fácil, mas acho que ninguém viu que seria tão Punk. Entramos em um surto coletivo. Mas, como Saturno pode causar surto?

Creio que não causa. Saturno nos leva em direção ao osso, ao cerne, ao tutano, vai rasgar a carne até chegar na dor e vai dizer: "sem choro, aguenta firme que é melhor". Mas, isso não causa grito, lágrimas nos olhos. Saturno sabe o que fazer e como faz. O surto poderia ser atribuído a Plutão, mas o deus da invisibilidade, dos mundos infernais, apenas explode seus conteúdos mais profundos e segue a marcha. Estamos falando de uma combinação que nos leva ao encontro com a realidade, mas de repente, o real não está fora, a subjetividade ganha tutano e é projetada no outro, no mundo, ao redor, em toda parte. Para onde se olha se busca, se nega. O mundo vira um barril de pólvora. Todos prestes a explodir. Cada um vendo a realidade que se forjou, que dá conta de olhar, que consegue interpretar. O real sumiu.
 

Eu custei a entender surto e claro que não entendi. Custei ainda mais a identificar um e ainda não o reconheço. Então, faço uso do conceito num sentido mais senso comum, sem as implicações psicológicas que o conceito encerra e mereceria, mesmo porque demoraria mais dois meses para postar. Olhando em volta, observando as falas, os dizeres, os posicionamentos, estamos em surto coletivo, irrompendo aspectos internos, coletivos, transpessoais avassaladores. O corona daqui a pouco tende a ser o menor dos problemas. 


O corona só ativou devaneios, insensibilidades, utopias, crueldades que possuíamos. Ele mesmo, o vírus mesmo, continua invisível como o elmo de Plutão. A marca fundamental do surto é que ele se vincula ao real. E não  estou falando só do povo da carreata. Estou falando tbm do povo em isolamento. Cada um de nós em nossa realidade acreditando.... acreditando? No que acreditamos?
A invisibilidade do vírus escancarou uma realidade, uma concretude mundial, gigantesca, que pode ser sintetizada pelo colapso da economia e do sistema de saúde. De repente, tivemos que olhar para essa lógicas e as suas contradições. 


Eu acordei na segunda feira (20/4) pronto pra dar voadora. Escrevi. E, quando ia escrevendo, via e lembrava dos desdobramentos da noite anterior. Não tinha como dar voadora. Nossa burrice, nossa estultice, nossa cretinice estava alojada no fundo do nosso ser. Falávamos, agíamos como éramos, quase sem filtro, numa linha direta entre o mundo objetivo e o subjetivo. De repente, somos aquilo que somos. Sem nenhum anteparo. Sem nenhum subterfúgio. Espelhamos, dizemos, falamos, agimos conforme somos. E, o mais incrível: como julgar? Como condenar? Em mim aflorou duas coisas: a primeira a pedagógica, a didática, preciso falar mais disso. A segunda, quem falou que eu não estou surtado também? De onde busco esteio para sustentar a minha realidade? A minha cosmovisão? 

Virei Kelsinnho paz e amor. Ali estava claro que a realidade tinha desaparecido. Nós não temos nada fixo, sólido, concreto para fixar o olhar. Ia cobrar o que e de quem? 
Criticar quem pelo que? Uns olham a nuvem e veem mamadeira de piroca. Outros afirmam que não é mamadeira é pênis chinês que deseja inseminar o comunismo, outros veem Asthar Sheran, outras o Messias, seja ele Jesus ou bolsonaro, tudo igual. O que estamos vendo, não é mais o fato, a coisa. Vemos apenas o que colocamos lá. Interpretamos pela ótica de quem somos, sem nenhum anteparo, filtro entre o nosso olhar e a nossa forma de ser. Uma se torna a outra. 

E, sem lidarmos com subjetividades atropelaremos o outro, ou seremos destruídos por narrativas selvagens e desumanas. 

O vírus que poderia ser uma visão de realidade, da sanidade, da reparação de um sentido; é o apocalipse que eclode e destampona o mais inusitado, sombrio/luminoso em nós. E eu que acreditava que Saturno-Plutão ia nos dar uma epifania da realidade na qual veríamos as coisas como elas são. Estamos lançado num pandemônio no qual luta-se para que tudo permaneça sendo o mesmo.  

Outro efeito estranho é que a conjunção nos deu foi uma epidemia da imaginação. Aquele desterro poético que nos lançamos anos antes, perseguindo artistas, falando de escola sem partido, de repente volta sem filtro, sem metáfora. Tudo é literal e a mente não sabe distinguir o que é simbólico, o que é onírico, o que é metáfora. Tudo é realidade. Uma realidade dramática, trágica, obtusa. Revelando a falta que ocasiona um mundo sem arte, sem reflexão filosófica. 

Nesse mundo de desencanto a imaginação coloniza e desterra a vida. Passa-se a ver em aulas panfletagem comunista, doutrinação, aliciamento sexual. A literatura vira devassidão, o cinema afronta, os artistas plásticos inimigos de Cristo. Nesse compasso apropriam-se da Bíblia, fazem da palavra sagrada sepulcro idolatra de falsos messias. Adversários políticos, ideológicos devem ser fuzilados, mandados para o paredão. Uns são vistos como gados, outros como equinos, mas em todos permanecem a desqualificação do outro como humano. Estou ouvindo alguns colegas falando das coisas, juntando os fatos, relacionando uma as outras, explicando a realidade e acabo relevando porque é um misto estranho entre a literalidade concreta com a imaginação delirante. 


São construções sensacionais fossem ficção, fossem cinema, literatura. Como chaves de explicação e entendimento da realidade são pós-verdades perigosas, que estilhaçam ainda mais o espectro do real. O mais inusitado é que a maioria deles nunca se interessou por política, enquanto ela era desenvolvida no baixo nível que nos é habitual. O interesse deles veio quando trouxeram o ódio, os sentimentos mais perversos, as relações mais grotescas. Foi quase isso que os puxam para o engajamento, o submundo do submundo. E são esses aspectos plutônicos que vemos em disputa. 


Talvez o lance seja esse, observar, silenciosamente, observar. Já que surtado é sempre o outro. Surtado é aquele que não percebe aquilo que não vemos. Perdemos as interpretações. Matamos as narrativas oníricas, poeticas, artísticas. O que sobra, ou o que vira é o deserto, o desterro. As certezas absolutas. Precisamos de arte, de filosofia. 






terça-feira, 24 de março de 2020

Corona: destituindo as coroas




https://www.youtube.com/watch?v=6Af6b_wyiwI&feature=youtu.be


O que me assusta nessas palestras, com personagens como Bil Gates e outros é não conseguir demarcar, onde eles estão fazendo um alerta hipotético e onde, eles estão apenas tornando público, uma agenda, que eles vão dar sequência. Nessa dúvida precisamos observar as amplitudes dessas curvas tão em moda, atualmente. Por essa análise os marcadores são altamente complexos, dizendo respeito a nossa civilização, com e sem exagero, com ou sem panaceia, vendo e abordando numa perspectiva estritamente material, ou tentando descortinar para níveis mais energéticos. Uma ampliação do tabuleiro.




Se todos respeitam o isolamento, sociologicamente significa, que aceitamos restrições a nossa liberdade em prol de um bem comum. Tacitamente, nessa conduta, estamos aceitando o direito do Estado sobre nosso ir e vir. Estamos ampliando o direito do Estado, talvez, alimentando um monstro que morre à mingua, já que temos hoje diversas corporações que são infinitamente mais poderosas, do que a maioria dos Estados. Uma equação que quebra com conceitos de soberania. Dessa maneira, tacitamente, quando respeitamos, prudentemente o isolamento é similar a quando abaixamos app e nos submetemos as regras de ‘espionagem’, de acessos a conteúdos até então restritos, privados de nossa intimidade: fotos, textos, conversas, outros. Essa discussão não é nova, um filósofo Agaben tem denunciado isso há anos e circula nas redes a análise de um filósofo coreano pensando a Pandemia e as medidas tomadas pelos governos frente as suas populações. Na concepção do autor, os países asiáticos nos quais os governos tem uma primazia maior sobre as liberdades individuais, tem saído melhor no combate, porque há todo um aparato de vigilância construído que para a cultura ocidental seria tido como invasão da privacidade. Em oposição a isso, ele aponta os estados europeus fechando fronteiras terrestres, aéreas, as marítimas estão fechadas a mais tempo, pela migração ilegal. O pensador mostra como essa tentativa de soberania nacional é violenta.






Se por outro lado, desrespeitamos o isolamento, só para deleite inalienável da nossa liberdade; colocamos vidas em risco, a nossa espécie à beira do colapso e a pergunta imediata é: a liberdade individual pode colocar em risco a social? Um grupo de indivíduos podem ter mais direitos à vida do que outros? Os interesses econômicos, sejam distritais, estaduais, mundiais podem ser colocados acima da vida? E, vida aqui açabarcando a de qualquer espécie, não apenas a humana. Quais os limites dessa lógica, se é que ela precisa ter algum?





Parece claro, nesse momento da humanidade, que o vírus ‘invisível’ destampona nossa lógica pandêmica. Pan é um personagem da mitologia grega, que assustava incautos em seus passeios pelo bosque. Mas, Pan não era muito afeito à agressividade, ele era um zombeteiro, um flautista, um dançarino até. Porém, a imagem dele foi logo associada a Satanás e a este aglutinou-se uma série de atributos referentes à maldade. Talvez, a mais perversa e contagiosa dela, seja a crendice e a ignorância. Parece que depois disso, Pan dominou bosques, florestas, mentes, corações. Encontrou adoradores, que na iminência do nome diabo, saem correndo. Essa força ganhou vulto e o mundo. É igualmente assustador como que aceitamos em diversos casos, os crimes ambientais, a construção de empreendimentos em áreas de preservação. Aceitamos o fato de 1% da população mundial ter o dobro da soma da renda dos outros quase 60%. Casos vários, atestam que a liberdade individual sobrepõe a coletiva.






Nós estamos em um paradoxo, que tende a mudar nossas percepções individuais e coletivas. Os limites e os riscos de cada uma delas.



A facilidade com que Bill Gates e todos os governadores recorreram à polícia e ao aparato da força para restringir o isolamento me chama atenção. Tanto das pessoas precisarem disso, quanto por dar quase certo. Essa panela de pressão entre nós tende a arrebentar. Deu mais certo em outros países porque a China tem a arbitrariedade da força, inclusive para desmentir e calar o médico que denunciou a epidemia. Era epidemia até então. Até por Estados como os europeus, que vão subsidiar o caos pagando água, luz, dando renda à população. Aqui, os caras deram prerrogativa para se achatar os salários em 50%. A conta não vai fechar. Como não tem fechado. Nas periferias, a polícia tem passado PEDINDO o fechamento de estabelecimentos. Mas, grande parte aberto, até domingo, quando escrevi.





Dando um salto, e trazendo um cenário belo de cooperação que o vídeo aponta, temos a logística militar sendo usada não para o legítimo monopólio da força, mas para segurança num sentido maior e mais pleno. É um sonho. O exército americano, o exército chinês, sem armas, ao lado dos profissionais da saúde. O orçamento mundial destinado à compra de armas sendo destinados à compra de alimentos e técnicas agrícolas. É um sonho. Países e governos darem novos destinos ao aparato bélico, militar que mata, diretamente a tiros, ou indiretamente, com fome, indiferença, já que essa área é tida como essencial. Precisamos continuar nas vibrações para esse futuro se tornar cada vez mais promissor.



Um horizonte de possibilidade mais imediato descortina uma nova guerra fria, agora invisível, entre China e EUA. Uma guerra que começa da onde a última parou: um crash econômico para quebrar o capitalismo americano. Essa guerra existe e a gente é efeito colateral. O grande trunfo soviético era conseguir quebrar a economia americana. Para tal feito, fizeram de tudo, como vendas de armas. No lado ‘oposto’, o governo americano para impedir a expansão do comunismo, apoiou golpes de Estado, dado por elites sanguinárias, egoístas, envolvidas com tudo o que há de pior; em suma, combateram o comunismo no mundo, financiando o tráfico de drogas, negociando com narcotraficantes, vendendo armas para os contras derrotarem seus inimigos. O efeito mais notável e perverso dessa lógica é Pablo Escobar na década de 1990 e Osama Bin Laden na de 2010. Os dois como patógenos de uma lógica que por vezes viraliza, se torna um pus que passamos a ver.





Interessante observar, que a lógica nuclear perdeu força, o que nos remete aos laboratórios que Bill Gates menciona, eles já existem. São poucos, mas existem. Pepe Escobar fala desses laboratórios também, porém os que avistamos têm recursos e potenciais para reverterem, subverterem todas as curvas. Preferem, no entanto as perversões. 




Estamos falando de tecnologia avançada, muito avançada a título de ficção científica, de delírio mediúnico e similares. Lembra quando pessoas alegavam que estavam ouvindo as conversas deles? Que estavam sendo seguidos, olhados, vigiados e a gente trancava essas pessoas em hospício? Lembram disso? Pois é! Lembram quando alguns desses que não foram trancafiados diziam que tinham chips no corpo? Pois é! Longe de ser discurso delirante, narrativa esquisoterica como acabou virando mesmo, eram reais. Hoje, cinquenta anos depois, vinte anos depois, essa tecnologia faz parte do nosso cotidiano. Temos câmeras por todos os lugares, temos GPS em nosso celular. Acionamos aparelhos com a voz, ou reconhecimento facial. Pois é! Alguns laboratórios continuam 50, 30 anos a frente do que estamos fazendo e acessando hoje.






Eu não sei se Bill fala como porta-voz desses laboratórios. E aqui é laboratório no qual todos os 90% da humanidade são cobaias, porque se o desenvolvimento tecnológico, no que se refere ao campo dos aparatos elétrico-eletrônicos são ‘tranquilos’, os que vão na direção da nanotecnologia, biotecnologia, fármacos-industriais, são menos. São virais. Em verdade, não se desatrela essa tecnologia eletromagnética da farmacológica, pelo contrário. Todo o controle, toda a manipulação passa pela capacidade de modelar as vibrações em baixa frequência, seja pelo que vemos, ouvimos, assistimos, em certa medida, lemos. Seja, com a criação medicamentosa que mantem o funcionamento fisiológico dos órgãos numa densidade reduzida. Sabe colocar diesel em carro a álcool? Ou gasolina em carro elétrico? É similar. Isso pode parecer absurdo, mas se fosse possível mensurar a densidade vibracional da maioria dos fármacos disponíveis no mercado, acredito que ficaria evidenciado o como e o quanto, nessas frequências e com níveis elevados de dosagem e repetição, elas se tornam um envenenamento dos corpos e campos sutis.





Nessa mesma direção, se questionarmos os fármacos e o seu uso de forma abusiva, podemos perceber o controle que eles detém sobre nossas vidas. É uma sociedade dopada, viciada. Todo mundo toma um remédio para alguma coisa, cada vez mais cedo. Se o cara não teve ereção uma vez, ele compra Viagra. Se a moça ficou triste por um segundo, ela compra Fluoxetina. Se o outro engordou três quilos, ele toma Sibutramina. Se a criança é ‘hiperativa’ lhe dão Ritalina. Se o idoso esquece de algo, lhe dão Donepezila. Entre essas drogas licitas há as ilícitas cujo consumo e dosagem são ainda maiores. Essa guerra contra os fármacos, essa guerra encapsulada, estamos perdendo. Perdendo depende da ótica, porque ela consegue dopar a nossa insanidade.







Novamente, no outro polo, há toda uma gama de pessoas que estão atentos a esse doping e estão buscando ferramentas alternativas para lidar com a dor, a insegurança, o sofrimento, a impotência, ampliando o bem estar.



No momento de Covid-19, aceitamos e respeitamos o isolamento. Depois que passar, precisaremos pensar, refletir, sobre uma humanidade que já existe, já está presente, já movimenta uma nova forma de ser, mas que é engessada, estrangulada, pelo poder econômico, que fica cada vez mais nítido, que não é mais bélico, no sentido nuclear, mas é altamente bélico no sentido viral, que sugere, indica, que é a indústria farmacêutica a âncora de um novo estado de perversão.






Causa espécie, a naturalidade com que Bill fala de um caos mundial, que tende a promover a união dos humanos, para se unirem contra possíveis forças alienígenas. Essa lógica, seguindo essas etapas, passo a passo, faz parte de uma agenda de um pessoal, entre eles, os 1% mais ricos do planeta. Dentro desses, alguns permanecem entre os 1% mais rico, desde a antiguidade. E os 1% continuam impondo o estado de isolamento ao planeta. Um grupo, não sei os nomes, nem as famílias, sei que eles estão aí tentando não perder, dividir, compartilhar, mas de tal modo que a gente não saia de um estado de sítio, de uma quarentena. Na construção da agenda desses caras, eles estão construindo um cenário para saírem e serem vistos como salvadores. Enquanto isso, nós ficamos lutando contra os anjos.



Ok! Não são anjos, mas tbm não são demônios como querem pintar. São irmãos que desejam abrir as portas para um contato que, absolutamente, não interessa a alguns. O que retoma a pergunta lá atrás acerca da liberdade/vigilância e nos coloca em prontidão, em atenção, para não legitimarmos arbitrariedades. Prestemos atenção.





Nessa direção, as ferramentas energéticas, holísticas, integrativas precisam redobrar a atenção para que não caia na sedução do mercado. Essas técnicas e práticas podem potencializar outros estados de coisas. Uma medicina vibracional por exemplo, mas que não esteja encapsulada a esse sistema adoecido. A essa lógica monetária que regula tudo ao nível financeiro. A lógica dos 1%, que atende a lógica maiores, basicamente é a de diminuir a população da Terra, os meios não importam: guerras, pandemias, calamidades, não interessa. Pessoas precisam morrer, porque há uma outra curva, que eles já viram, já sabem e que causa um colapso ainda maior: a extinção da espécie humana. O parâmetro que estipularam para entrar no grupo de eleitos é estritamente financeiro. Não seria absurdo dizer que o slogan seria: faça um milhão. Se for da moeda do seu país, o cara pertence a uma elite nacional. Se for de dólares, ele adentra um clube seleto. Esse clube existe e discute a agenda planetária, achatando as curvas para criar uma forte densidade e pressão, sobrevivendo só os mais fortes, para lhes servirem de escravos, altamente selecionados. 



A margem disso, temos outros seres, em contato conosco, que mostram o como e o quanto as trocas energéticas, os trabalhos vibracionais, as praticas fitoterápicas são impactantes nas pessoas e nas redes que elas se movimentam. E é fundamental não pervertemos isso. Entenda, por perversão, a lógica de que isso é muito especial, de que é para iniciados, de que o valor disso é mercadológico e financeiro. O valor disso não tem preço. É impagável. O valor de uma aplicação energética recebida, de um chá preparado para alteração do campo, de um floral, não pode ser pago, por nenhum valor no mundo. Faz parte da Graça que Jesus menciona no Evangelho. O dai de graça o que recebeste de graça, seria melhor traduzido como: não vilipendie a energia da graça. Não comercialize a energia da gratidão. O que nada tem a ver com não receber, ou não cobrar. Tem a ver, com não deixar esse estado de Graça, cair na avareza, no monopólio, no ego, no orgulho. Na crença de que é vc quem cura, de que é VC que faz e opera. De que aqueles que não tem condição financeira não podem ter acesso a VC. Porque é essa lógica do egoísmo, é essa lógica desse individualismo, que o Mestre se opôs. E, definitivamente, não é a mesma coisa. Esse Jesus dos 10% financeiro não é o Mestre da Graça. Porque os 10% de Salomão, de Davi, era da fortuna da troca. Esses caras sabiam que os 100% deles vinham da Graça e colocavam 10% para movimentar a energia do grupo, da rede, mantendo o Todo. Não tem nada a ver, com tirar 10% do seu salário, para doar a uma instituição que não redistribui nem 1% do que eles roubaram de cada fiel. Essa lógica é a mesma, rigorosamente, a mesma dos 1% que desejam a Terra para eles e não se importam. De modo que pegar o seus 10% e dar para sua esposa, ou pegar os 10% dos fieis e criar um fundo de ajuda e amparo aos próprios fieis, fortalecendo uma economia solidária, seria mais gracioso, do que alimentar bispos, pastores, aliados conscientes, devotos consagrados e ungidos do Adversário.







Na verdade, o trabalho energÉTICO implica em uma consciência vibracional, que não faça a divisão do mundo em tijolinhos, como eu acabei fazendo aqui.




Uma consciência vibracional compreende corpo e energia como continuum e modulação de frequência. Compreende isolamento e coletividade, enquanto percepção vibracional. Situa dentro e fora, abraço e não contato, como real e virtual. Se formos capazes de irmos modulando esses entendimentos, estaremos compreendendo o que é medicina vibracional.







Compreenderemos que a gente cura por via de frequência, modela e regula frequência. Pânico, medo, histeria potencializam vírus, que regulam e harmonizam ambientes. Há uma integração entre os seres, entre os reinos. Nossa miopia egocêntrica tem dificuldade de reconhecer outro humano, outras espécies e reinos. Tudo isso é tido como delírio.







No entanto, para quem já descortinou esse nível, tanto de possibilidade, como de re-conhecimento, nesse nível de entendimento e apenas nesse nível: imunidade é vibração. Música, flores, vegetais são vacinas. Em outros níveis diarreia, falta de ar. Cada um reagira a seu modo. Porém, pela 1a vez em eras, estão modelando a frequência do planeta, com o planeta de forma conjunta e atenta. Pela primeira vez, estão modelando o corpo social do planeta.







SOMATER



Cada grupo espiritualista, da matriz que for, foi treinado para isso. Cada grupo foi esclarecido para esse momento planetário de se fecharem em suas casas e abrirem-se para o mundo. Foram orientados a desenvolverem as próprias ferramentas, fossem mediúnicas, paranormais, anímicas, carismáticas. Cada grupo foi orientado a sair de dentro da própria caixa mental, se movendo para uma visão espiritual mais do que religiosa. Encontrando em si mesmxs em contato com o outro, potenciais de transformação do mundo. 



Cada grupo, núcleo, família, foi treinada, encontro por encontro, para encontrar a frequência da sua família espiritual e a ampliar. Auxiliar aos seus, mediante pensamento, sentimentos, VIBRAÇOES. Independentemente de onde estiverem, em qual estado se encontram. Vocês foram orientados para isso. Vocês sentiram as vibrações das pessoas ao vosso lado, de seres em outras dimensões. Vocês chamaram de Divino Espirito Santo, de Mentores Espirituais, de Entidades, de Espaciais. Vocês sentiram, aprenderam a discernir, a compreender. Vocês aprenderam.



Não há nada a temer. Apenas serviço a ser feito. Trabalho a ser desenvolvido, que realizaram ao longo dos anos, das décadas, das vidas. Vocês escutaram por anos, vocês falaram por anos. Vocês enviaram e receberam energia com as mãos. Vocês viram curas acontecendo. As curas aconteceram em vocês, com vocês. Vocês acompanharam a transformação e a mudança em outros. Vocês aplicaram e receberam, vocês trocaram e compartilharam. Agora é apenas replicar. Acessar a sua casa interior. Acessar a sua frequência vibracional, esse é o seu templo e com ele pode se deslocar. Podem ir ao universo de outros, a construções coletivas, a mundos internos, a espaços mentais, a mundos astrais; porque nunca estiveram só. Ainda que não vejam, estamos presentes e caminhamos com vocês. Ainda que não lembrem, estamos com vocês. 



Foi necessário um vírus para lhes provocar essa integração. As orações, as vossas meditações, vossas preces, vocês acham que vão para onde? Vossos reikis, passes, magnifields e diversas outras técnicas, são tão concretas, reais, como todo o invisível o é. Como os átomos, como as moléculas, como os microrganismos, como os macro organismos que não visualizam. Eles existem. São reais. São palpáveis, tangíveis. Interferem nos espectros de onda, interferem na consciência, auxilia na criação de campos mais sutis, elementares, mais harmônicos, organizados, estruturados.







Estamos mts tranquilos com o que esperar e o que está sendo realizado. O companheiro pede que elucide o tranquilo, já que vcs estão apavorados. É que compreendemos tudo como consciencial. Um estágio acima do vibracional que vcs estão se deslocando em conjunto e conjunção.





A percepção de entendimento de universo de vcs já é vibracional. Vocês possuem dificuldade em integrar tudo isso, verificar as implicações disso. Há seres entre vcs que já fizeram essa integração, o que ñ corresponde a um alcance consciencial. A integração deles é materialista, financeira, biológica. O interesse deles é estritamente material, financeiro, alicerçado num projeto de poder e de dominação. Não alcançam um apelo consciencial. É uma integração realizada no intuito reducionista de convergir tudo para o corpo biológico e sua permanência na face da Terra. Um apego que limita as expansões do eu, ou que leva o eu a se identificar com o corpo em níveis que desorganiza os campos morfológicos. Cria espectros desarmônicos com o élan vital de Gaia e sua estrutura modeladora.



Em resposta a esse estado de adesão, de apego, diversos mestres, nas mais diversas áreas, eras e civilizações, tem lhes ensinado técnicas de desapego, ferramentas de deslocamento de uma identificação com o corpo e apego a mente. Corpo e mente é identificado nesse nível como cérebro. Como ente biológico. Essa redução aprisiona a percepção, o alcance, a vista de outras possibilidades e existências. Vários mestres conviveram entre vós para lhes darem elementos, tijolos, ferramentas, para irem além dessa percepção, lhes direcionando para uma integração.





Há uma integração, que abre para uma consciência unitiva. Uma consciência que acredita e sabe a importância do corpo biológico, mas não reduz nada, a não ser uma amorosidade consciencial. Uma consciência que sabe e entende corpo biológico como reflexo consciencial de uma criação amorosa, que experencia formas de ser, em vários estados, tempos, corpos, formas, níveis, densidades.

Amor para nós é princípio inteligente, que regula todos os seres, em todos os corpos, em todos os níveis. Compreender isso não nos permite intervir diretamente sobre outro ser, sem que ele permita. A permissão de uma integração e de uma percepção mais ampla é vossa. 





Nossa atuação se dá nos limites consciencias do corpo coletivo. O que fazemos, os pontos nos quais atuamos, se deve a diversos reinos de vosso orbe, que estão abertos à ajuda, à cooperação, à fraternidade. Nos movemos em ressonância com a liberdade que eles nos proporcionam: cetáceos. Anjos. Animais. Fadas. Duendes. Mestres Ascensos. Alguns humanos. São eles e alguns outros grupos de seres intraterrenos e oceânicos que nos permitem atuações mais integradas.





No momento, precisamos do quantum humano para uma liberação maior de camadas de dor, resistência, opressão, exploração, solidão, ignorância. Liberação, porque vcs, enquanto consciência coletiva, que nos concedem a permissão de agir, de atuar, na abertura de um contato mais pleno.





A ação pode continuar no corpo biológico ou fora dele. Essa é a nossa tranquilidade. A certeza de que a morte ñ existe, que somos todos um e quando cada um percebe essa unidade, expandimos. O universo se expande cada vez que um beija flor bate asas, um humano sorrir, um coração bate em síncope de felicidade. O universo se expande. Então mantenham a atenção, cultivem a alegria. Continuem regando o invisível pq a gente enxerga os vossos jardins.







E Éden é o jardim de muitos casais. Por hora, vocês foram expulsos do paraíso e muitos vieram tentar habitar esse espaço, mas como reza vossas escrituras, Deus deixou dois anjos na porta. A quarentena dos que lá estão e dos filhos que pra lá voltam está integrando, chegando ao fim. Há paraísos em vós e podem visitar. É tempo.