quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

7º RELATO- ORAN

Aqui contamos o último relato das 24 horas. Mestre Oran nos brindou com sua presença. 

Os vídeos se encontram no final do texto. Ele foi dividido em duas partes. Vale a pena conferir. 

Oran é o nome que dou a entidade consciencial que acompanha e organiza todo meu desenvolvimento. Calmo, profundo, silencioso, Oran praticamente não fala, ele se comunica valendo-se de mudras e pensamentos. Na concepção dele, gastamos muita energia falando. É um dispêndio de energia imenso o falar. Oran estabelece a vida como um fluxo energético e nessa perspectiva ele postula absurda a forma como desperdiçamos energia: falando coisas absolutamente dispensáveis, alimentando-se de produtos que gastam mais tempo sendo eliminados do que processados. A energia para ele seria um alimento e segundo ele nos alimentaríamos nos envenenando com raiva, emoções e sentimentos negativos, filmes, vídeos, músicas altamente deletérias, enfim desperdiçamos prana. Devido a toda suavidade que esse ser tem e promove a nossa volta eu o denomino de a brisa do deserto.

 

Oran é o que denominamos mestre ascensos, seres que não mais precisam reencarnar, alguns até que nunca reencarnaram e esse é um dos pontos nos quais vamos falar nesse relato de hoje. Oran habita o não tempo, o não lugar. Oran é. E é difícil definir esse ser, explicar esse é.

 

Oran habita o alto de uma caverna na região do Himalaia. Sua gruta tem um tapete persa circular que praticamente toma todo o espaço. Invariavelmente, ele fica sentado no fundo da gruta, lateralmente a porta de abertura, com uma pequena tigela a sua frente, uma citara ao seu lado. Dali ele observa as muitas coisas ao mesmo tempo. Num sopro de ar, ele percorre os tempos, os espaços e aqui estamos falando de coisas surreais. Por exemplo o tempo para ele é agora, porém esse agora comporta o passado, o futuro, o que pode ser e o que poderia ter sido. Há uma simultaneidade nessas observações. O espaço não se desgruda muito do tempo, é um continuum, de forma que nosso universo mental, emocional, sexual é para ele espaço interno. Mundo interno que dialoga intrinsicamente com nossas escolhas, com as nossas tomadas de decisões, com os nossos tempos.

Na gruta de Oran tudo é! As tessituras do tapete persa são vivas e contam tudo o que fizemos, fazemos e faremos. As tessituras vão se alterando na medida em que conversamos, ou melhor, lá estamos. Oran não fala, apenas aponta para cenários no tapete e aquilo decalca, desloca alguma coisa em nós, que rapidamente compreendemos. Fecha uma Gestalt.

As 24 horas de Oran é assim um não tempo. Em qualquer lugar, em qualquer momento, ele está presente. Ele está presente no nosso tempo objetivo, em nosso tempo onírico, em nosso universo privado. Ele é a presença EU SOU. Mesmo quando não temos consciência, não colocamos atenção, ele está presente. Ele é a força que nos direciona, nos orienta, especialmente quando permitimos que ela esteja conosco e em nós. Nem sempre permitimos. Nem sempre deixamos que essa presença se manifeste em nossas vidas, faça o que ela tem que fazer por nós, conosco, pelos outros, para o mundo. Grande parte dos conflitos vivenciados é o receio em permitir a manifestação dessa presença em nossas vidas. Como suportar? Como lidar? Muitos de nós quando manifestamos esses atributos solares, cristicos fomos queimados, perseguidos, abandonados, ridicularizados, explorados. A manifestação da luz cegou os homens e crucificaram o justo. Com muitos de nós não foi diferente, seja sendo a luz que buscaram tampar, seja sendo aqueles que tampam, oprimem a luz por medo.

Outras vezes que fizemos uso dessas habilidades com intenções mais materialistas, nós exploramos, abandonamos, perseguimos. Essas habilidades de amor, pureza, sensitividade, mediunidade assustam seja pelo seu lado amoroso, seja pelo medo de prejudicarmos outras pessoas, perdermos o controle dessa força e ela servir de uso a escuridão. Diante do impasse somos devorados pela nossa própria fome e ignorância. Impedimos a aproximação mais luminosa dos nossos eu superior, dos nossos mestres ascensos. Oran é um dos muitos que lançam luz para trilharmos o caminho da consciência. Novamente, ele nos fala;

Eles são a representação do nosso EU SUPERIOR. Aquela parte que reúne, concentra, aglutina o melhor de nós, o melhor que fizemos em cada vida, o melhor que obtemos em cada existência, o sumo residual de cada experiência que tivemos independente do corpo, da forma, do estado, da localidade e da dimensionalidade. Esses seres então são estados destilados de luz, pureza, claridade, assertividade, disciplina, amorosidade. Eles são a luz refletida do Criador e o reflexo do Criador para nós. Eles são aqueles que em nenhum momento se deixaram, ou se iludiram com as teias de Maya. Sempre atentos, sempre despertos, sempre souberam que são luz, caminho e verdade. E isso é difícil de imaginar, de compreender. De modo geral, a gente acaba se iludindo quanto a quem somos e aceitar que há partes nossas que nunca se perderam, nunca se desviaram, nunca se iludiram é complicado. O mais fácil e acessível seria dizer que há nesses seres um padrão vibracional tão elevado, que nada, absolutamente nada que não seja a verdade é capaz de se aproximar e se reunir a eles.

 

Por isso que é injustificável falar destes seres e tantos outros, principalmente, na fase atual da Terra, sem mencionarmos a Convergência Harmônica de 1987.

Hoje é tranquilo falarmos de grades cristalinas, magnéticas, conscienciais, mas em 1987 não tínhamos nem internet, poucos falavam de fibras óticas, cabeamentos que simulam com bastante precisão as grades da Terra. Em 1987 havia o medo de uma guerra nuclear, uma destruição atômica pairava sobre todos e cada um dos filhos da Terra e de outras localidades tiveram ali um aporte de luz. Aporte de luz que poderia ter ocasionado curto-circuito no sistema, ou aberto para matizes, desenvolvimentos nunca antes vislumbrados. E, a força da abertura venceu. Oran prossegue:

 

Escolheram o horizonte luminoso e poucos anos depois a cortina de ferro cai, a abertura se dá e o desenvolvimento humano, consciencial vai ganhando uma força escalar sem precedente. Toda energia estagnada, ou colocada em conflito, em desgaste se faz potencial evolutivo. Cada um de vocês terráqueos, humanos se abriram para a chegada de seres como Oran e milhares de mestres ascensos. A distância infinita que impossibilitava a aproximação destes seres com os encarnados foi se diluindo até que pudemos chegar, nos aproximar, nos fazer visíveis, nos tornar potencializadores e catalizadores das tecnologias, dos conhecimentos que abrigamos em nós, portamos em nós e não nos era possível transmitir devido as toxinas plasmadas, emitidas, criadas por cada um de vocês. Foi na escolha pela luz que nós nos fizemos possível, viável. E, é nessa escolha diária, permanente, que vamos consolidando, estruturando a presença de muitos seres como nós, que não tinham as mínimas condições de viver na Terra fisicamente, que tem nascido, permanecido, ampliando e consolidando as conexões, as expansões, as sustentações e fortalecimentos das malhas cristalinas e conscienciais. De tal sorte que nos parece irreversível o caminho consolidado por cada um de vocês.

Em 1987 você tinha treze anos e em 1997 vinte e três anos. Em 2007 você contava com trinta e três anos e agora em 2017 realizara 43 anos e espero que isso fique claro para vocês o período de dez anos e não de sete.

1987 foi um ano (7) assinalando um período de transformação karmica, genética, coletiva, centrada na individualidade. Era uma convergência que chamava os seres para uma revolução interna e a partir disso explorar as transformações sociais, econômicas, políticas, conscienciais.

1997 foi um ano (8). Um período de empoderamento pessoal. O acumulo dos conhecimentos, das informações pediam agora uma realização, uma manifestação. Você conhece a Fraternal, funda o grupo Espiritualista Flor do Amanhecer,

Em 2007 estamos num ano (9). Um ano de avaliação, de reestruturação. Um ano de deixar para trás todas as ilusões, todas as inutilidades. Um momento de aceitar a realidade, de saber o que funciona, o que é verdadeiro e o que não é. Um ano para compreender o sentido do sacrifício, do amor, da renuncia.

Ano que está novamente na academia e afastado das questões espirituais. Está realizando uma aglutinação científica para que seja consolidada uma estrutura uníssona entre ciência, filosofia e arte- Teknhe. A espiritualidade é a resultante dessas forças e variantes. 

Agora em 2017 estamos em um ano (1). Ano de recomeço. Ano de lançar as novas sementes no solo. Ano de confiar que 1987 é ainda agora, que o tempo é. O ser é. Vocês olham tudo isso como sendo 40 anos, nós olhamos como sendo, AGORA. Cada um desses desdobramentos foi aberto em 1987 quando disseram sim à luz. Quando a aceitaram dentro de vocês e em vocês. Quando se predispuseram a trabalhar por ela e aceitá-la e agora precisamos e podemos falar de portais.

UM PORTAL não é um fenômeno astronômico, astrológico. Um portal não é apenas uma decisão e uma escolha do desejo. Um portal é a convergência harmônica de ciclos planetários com o despertar consciencial dos seres. Esses são os componentes, os fatores que possibilitam a abertura de portais. Um portal não é uma criação. Pelo menos não como os de 1987. Ele não é uma criação da vontade humana, longe disso, ele é um horizonte de possibilidade que se abre aos humanos e aos mais diversos seres da galáxia de se afinarem e se harmonizarem com os preceitos siderais emitidos a milhares de anos. Muitos de vocês escolheram estar encarnados, onde estão, para quando esse ciclo chegasse, o visse in loco, o sentisse em pele e osso. Vocês planejaram estar vivos, encarnados, do outro lado da malha para nos receber, nos ver e nos refletir simultaneamente. E, alguns de vocês diante disso temem, correm, pedem para não estar, desejam ir embora, porque esse contato, essa força vos apavora. Afinal, o que fazer com todo o seu potencial luminoso? Como colocar essa energia em desenvolvimento se até agora, nós fizemos uso da sombra e da escuridão? Como posso utilizar meu amor, meu conhecimento?

Esse é o desafio de vocês. Vocês não podem mais não ser luz. Não lhes é mais possível esconder-se debaixo da mesa. E, acostumados a lutarem, querem combater a própria luz de vocês. Vocês atualmente têm criado lutas, brigas contra a própria luz. É assim que vemos a depressão, a síndrome de pânico e tantas outras dores da alma. Uma luta entre o que não quer mudar, o que teme mudanças contra esse novo, essa abertura, esse desconhecido que se aproxima e somos nós. É importante ensinar as pessoas a não temerem elas mesmas. É importante ensinar as pessoas a compreenderem que da mesma forma que há nelas o que denominam eu superior, mestres ascensos. Há também forças recalcitrantes, resolutas, condensadas no mal, no poder, no domínio do outro, na exploração das coisas e dos seres. Essas condensações necessitam de muito amor, de muita aceitação para dissiparem.

Perceba-os como escuridão sombria, espessa, densa, profunda, congelante. Nesses estados noturnos toda presença, até mesmo a nossa sombra, ou figura mais luminosa causa medo, temor. E o temor, o medo nos conduz ao ataque. Por favor, não combatam essas forças escuras valendo-se dos mesmos expedientes. Não se combate à luz vendando os olhos, ficando-se irado de dor e sofrimento. Combatem-se as escuridões acendem luz. Um palito de fósforo, uma fogueira, uma luz e a escuridão simplesmente desaparece. A escuridão vos chama para o combate, para a briga e acabam alimentando essas forças. Quando combatem as drogas, os roubos, a prostituição, o tráfico, vocês estão ampliando cada um deles. O trabalho da escuridão é sempre o de gerar trevas, mas o trabalho da luz é sempre o de ampliar a consciência. E a consciência se expande, se aprimora, quando é libertada do medo, do receio. E, a forma de se perder o receio é deixar claro que quando se acende a luz interna, todo aquele espaço de solidão, de tristeza, de revolta, passa a ser espaço de aceitação, entendimento, aprimoramento. A luz não escraviza, não humilha, não tripudia; ama, serve, acolhe, expande. Luz é consciência. E é essa consciência que foi aberta em 1987. Lá fizeram e tornaram tudo isso possível, o Armagedon. O mundo que seria destruído por misseis, flagelos, fome, flagelações abriu-se para universos internos, portais internos nos quais essas disputas se fazem ainda hoje e agora. Cada qual está travando sua batalha sem dar aporte e acesso a nós, a parte ascencionadas de vocês, ou de dar acolhidas as partes sofridas, entristecidas, amarguradas também de vocês. No final que é o inicio e o durante é cada um de você que decide qual universo habita, que portal você abre. São vocês encarnados que decidem quais universos dimensionais vocês habitam e ajudam a co-construir. A somatória desses espaços, dessas reflexões, dessas ações materializa aspectos e tipos de vida a ser vivido por cada um de vocês enquanto família, grupo social, município, estado, país, continente, humanidade. É a consciência de cada um multiplicada por cada outro que gera o substrato do que denominam realidade. Acreditar na própria luz, ser a própria luz que se acredita é o caminho do despertar.

 

As minhas vinte e quatro horas não tem tempo, não tem lugar, não tem espaço, pelo menos não dentro da concepção desenhada por vocês. Todo o tempo é tomado pelo processo de desabrochar e florescer. Ocupo-me em auxiliar as pessoas serem aquelas que elas são. E isso se faz em todos os lugares, em todos os corpos, em todos os níveis, em todas as dimensões, em todos os tempos, em todas as horas. Penso e sinto de forma simultânea. Por isso falo pouco. O falar é um fazer, um manifestar, um ser. A voz é atributo sagrado, verbo que edifica toda criação. OM! Som originário e original que impulsiona o universo em direção ao seu reencontro, a sua origem. Parte para retornar. Parte-se sem ter saído. É complexo explicar que a semente já é árvore, já é fruto. Há uma continuidade tempo-espacial no ser. De onde estão ela é semente, que irá crescer, desenvolver até chegar a ser árvore. De onde sou, a semente já é fruto, isto é, milhares de outras sementes, porque o universo é abundância em movimento. Então dentro da perspectiva das 24 horas, eu não acordo, porque estou sempre desperto. Não acordo, porque não durmo, sendo assim, compreendo os nossos pontos cegos e posso caminhar pelos intervalos da consciência de muitos seres, os auxiliando a despertar.

Esse é o meu trabalho, a minha jornada e a de milhares de outros mestres ascensos, especialmente, no que se refere à instrução dos nossos chelas, das nossas partes, dos nossos eus que estão em processo de nos receber, nos ouvir, nos conectar para o desenvolvimento dos nossos trabalhos e atividades. Quanto mais conectados estiverem com o eu superior de vocês mais simples, diretos tendera a ser a existência de vocês. Faremos nosso trabalho e quando finalizar nos fundiremos como reflexo e espelho que somos do Criador.

Sendo assim, nós pedimos que às 24 horas de cada um de vocês seja um tempo de aprimoramento. Não um aprimoramento que se faça longe dos seus irmãos, como se fossem melhor que qualquer outro ser do universo, não se é. Todos somos frutos e filhos da centelha divina que alimenta e nos dá vida. A mesma essência que habita um verme, um vírus, uma bactéria, uma supernova, uma nebulosa, um planeta, um humano, um vegetal, um animal, um mineral, todos os reinos conhecidos e observados por vocês e desconhecidos e inobservados. Todos exalam o sopro do Criador e sendo assim guardam e merecem respeito. Que as 24 horas de vocês seja imbuída desse respeito por si mesmos, pelo outro, pela vida. Que sejam capazes de amar, de si amar e acolher em si mesmo toda sua ternura, delicadeza, força.

Que nas suas 24 horas tenham alguns minutos para nos contactar, nos perceber e sentir a nossa presença, fazendo-se um com ela.

Que Krishna vos proteja e vos ilumine!

EU SOU!

14/9/2017

 




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