No filme Batman
Begins tem uma cena, bastante ilustrativa, que me servirá de esteio ficcional
para este post. É uma cena que só vim me ater na terceira vez que via o filme,
nas anteriores, ela me passou completamente desapercebida. Pelo menos naquilo
que eu vou explorar agora. A cena em questão se dá nas aparições do médico
psiquiatra (ou será psicólogo?) Jonathan Crane. Este Dr se faz instrumento
voluntário dos trabalhadores das sombras e escuridão. Na verdade, ele é o
mentor intelectual da criação de um psicoativo capaz de produzir fobia nas
pessoas. Inicialmente, este experimento é levado a cabo em uma população
controlada, mas o objetivo é liberar o tal gás do medo em toda população de Gothan
seja pela contaminação da água ou do ar. Fato é que por uma via ou por outra a
pessoa entrava em um surto, em pânico.
Utilizo a ilustração
do filme, porque ela é o que melhor me possibilita pensar e discutir
desdobramentos de uma psicografia que realizei década passada. Estas cenas me
permitem estreitar um diálogo de caráter ficcional mediante uma pergunta: e se
isso fosse realmente possível?
E se de fato houvesse
uma rede de cientistas, estadistas, soldados, simpatizantes que desejassem e
criassem formas de alardear o pânico e o pavor nas pessoas? E se essas pessoas
tivessem tecnologia suficiente para fabricar, implementar e distribuir em massa
esses medicamentos? Se ao invés de desejar produzir o caos e a anomia, como se
faz na linha do filme Batman, haja vista mais tarde o Coringa, desejasse uma
contaminação lenta, continua, exponencial, que fosse aumentando aos poucos, que
fossem dopando aos poucos, mas que nunca abandonasse o caráter salvifico da ciência,
que jamais perdesse a dimensão de cura, mesmo que essa cura implicasse em
efeitos colaterais danosos?
É então pensando tudo
isso como ficção, sem nenhuma relação com a realidade no mundo astral ou
material, que vamos dar luz ao escrevinhado abaixo. Por favor, não percam de vista
de que tudo isso é apenas ficção e que qualquer relação com a realidade é mera
coincidência.
I
Década passada, dando
finalização a uma trilogia, fui levado em desdobramento para prostíbulos,
alguns centros religiosos, presídios e manicômios. Numa visão linear são pontos
completamente distintos e separados, sem relação aparente entre si. Afinal, o
que pode haver em comum entre uma igreja e um prostíbulo? Entre esse e uma casa
de magia? Mas, sobre determinado prisma da espiritualidade, todos formam e
compõem um mesmo quadro, um mesmo cenário, a saber, todos estão inseridos na
rede do tráfico, similar a uma divisão internacional do trabalho.
O trafico que nos
referimos não é apenas o de drogas que assola o mundo como uma praga do
apocalipse, mas o verdadeiro tráfico que se da no plano astral, mediante a
manipulação de ectoplasma, especialmente de encarnados para desencarnados.
Nessa concepção a moeda do mundo energético é o ectoplasma, a partir dele tudo
é negociado, barganhado, conseguido mediante o tráfico de ectoplasma. Alguns
lugares como prostíbulos o recolhe e o seleciona diretamente, outros lugares
como centros de magia perniciosa, cuida, manipula e armazena. As configurações
disso são assustadoras, porque o resultado final é a loucura para alguns,
presídio para outros, em ambos os casos, esboça-se manifestações fragrantes de
mediunidade, num sentido muito fora do controle e da posse de si mesmo.
II
É dentro dessa rede
ectoplasmatica que igualmente se insere os antidepressivos e os antipsicóticos.
Nunca vi a fabricação de nenhum que não fosse energeticamente idêntico a
fabricação utilizada pelos alquimistas das sombras no trato das drogas.
Desconheço. No mundo físico se abrirmos a caixa branca e formos ver a
movimentação dessa rede, verificaremos que o dinheiro gasto na fabricação de
remédios rivaliza com o das drogas. E eles (drogas e remédios) pouco têm de
diferente, a não ser a legalidade para algumas, por ser um pharmaco positivo.
No entanto, não me será novidade nenhuma se liberarem comprimidos de cocaína.
Aliás, essa idéia quando foi pensada na década de 2000 deu origem ao que
denominamos hoje de crack.
Quero apenas mostrar
que dentro deste cenário de ficção, porque volto a insistir, isso não é real,
nem dólar, nem coca (moeda do submundo do crime), que a lógica dos
antidepressivos e antipsicóticos passam muito longe da cura. A lógica astral
desta modalidade de medicação é a dopagem e o vício. E esta lógica esta
contaminando sim a formação médica em grande parte do mundo. As associações
entre médicos e empresas farmacêuticas num mundo psicótico seria considerado
tráfico de influência, tráfico de drogas, formação de quadrilha. Neste mundo
que vivemos tudo isso é ficção. Mas, há leis que estão tentando regulamentar o
lob médico, isto é, o médico passa a ter o dever moral de avisar aos seus
pacientes que recebe incentivo, de grandes
empresas farmacêuticas todas as vezes que receita um medicamento.
Nessa mesma linha de raciocínio fica notório como que o lançamento de
medicamentos atrela-se a novos diagnósticos, o caso mais clássico é o do
Viagra.
De
forma ainda mais assustadora, vale o registro que grande parte da indústria
farmacêutica nasce, expande na primeira e segunda guerra mundial e no pós
guerra. Sendo que as imagens clean desses lugares, com seus cientistas e pesquisadores
vestidos de branco são idênticos, na verdade, são os mesmos locais nos quais os
alquimistas das sombras manipulam suas fórmulas, com as mesmas vestimentas,
aparelhagem e instrumentalização que cada vez mais se aproximam e se
afinizam. Cada vez mais o que denominávamos umbral vai se aproximando e fazendo
uma faixa única no que chamamos de mundo físico.
Ainda quanto a isso,
é incrível como que algumas pessoas em surto, especialmente, por falta de
medicação, fazem o relato exato das imagens que são implantadas na fabricação
desses medicamentos no plano astral: os dragões, os monstros, as perseguições,
todo cenário de horror que a pessoa avista. Curioso que é uma avistagem que
videntes não vêem, não acessam. Por que não é de algo fora, não é uma visão, ou
um cenário externo, que possa ser compartilhado e acessado. É uma composição de
fantasmas internos que deformam a percepção de quem esta vendo. Como se a
imagem familiar, cotidiana fosse alterada, distorcida, deformada, produzindo
sinapses fantasmagóricas, aterrorizantes, amedrontadoras. De forma que a
coisa não é a coisa mesma. O que esta se vendo não é o que esta se vendo-
delírio, alucinação. Ambos cenários são mais facilmente produzidos em pessoas
que já fizeram uso de antipsicóticos, não sei especificar como, mas eles ajudam
a criar conexões neurais, sinapses que geram independente da consciência do
surtado estados anímicos de pânico e pavor. O mais inusitado é que esses
cenários são intrínsecos, inerentes a pessoa. Os fantasmas não vêm de fora,
eles nascem de dentro, numa manipulação muito refinada do inconsciente, como
que trazendo do seu mais profundo padrões pontuais de medo, raiva.
III
A imagem passada é a
de um quebra-cabeça. As idéias, as emoções, os sentimentos fossem pinçados. E
nesse pinçar por exemplo uma idéia fosse bloqueado todo o contexto dela. Como
se eu pegasse a foto de sua casa da infância, mas bloqueasse o entendimento de
que lá se foi feliz, teve alegria e até mesmo que aquela foi a sua casa. Num
outro momento, eu pegaria uma outra peça desse quebra-cabeça, por exemplo uma
emoção. Bloquearia essa emoção a retirando do contexto. Em determinado momento,
um rosto, um cheiro, uma voz, uma imagem, uma lembrança, acionaria um estado de
pavor. Não sei descrever com mais clareza e de forma mais direta o que eles
fazem, mas é uma remodelagem cerebral. Eles mexem em cada neurônio e nas
conexões que eles realizam. Todavia, eles sabem que esses feixes de impressões
não são resultantes apenas de apelos neurais e neuroquímicos. Assim, eles fazem
mais o entorpecimento dessas redes, dessas conexões. Como se eles soubessem que
existe uma relação entre a vontade, a consciência dos sujeitos com o seu campo
neuro-morfológico, todavia, não sabem como se dá essa passagem. Dessa maneira
utilizam de mecanismos bloqueadores, porque sabem que dá certo, embora não
saibam explicar como. O que dá certo?
A separação entre o individuo e a sua consciência. Poderíamos chamar de espírito. O que quero dizer é que eles aumentam a separação e a distancia entre a alma e o corpo. Eles desligam a pessoa de sua rede de abastecimento. Se essa percepção é evidente no crack, levando muitos a os chamarem de zumbis, quero enfatizar que o mesmo desligamento, em proporção menos visível é realizada com os anti-depressivos e psicóticos. A pessoa é privada dela mesma, desconectada de suas memórias, de sua alma. As vezes o aceso só se dá e se faz mediante cenas repetitivas, imagens distorcidas que provocam culpa, ira, vergonha. É um processo sofisticado de obsessão em muitos casos.
A separação entre o individuo e a sua consciência. Poderíamos chamar de espírito. O que quero dizer é que eles aumentam a separação e a distancia entre a alma e o corpo. Eles desligam a pessoa de sua rede de abastecimento. Se essa percepção é evidente no crack, levando muitos a os chamarem de zumbis, quero enfatizar que o mesmo desligamento, em proporção menos visível é realizada com os anti-depressivos e psicóticos. A pessoa é privada dela mesma, desconectada de suas memórias, de sua alma. As vezes o aceso só se dá e se faz mediante cenas repetitivas, imagens distorcidas que provocam culpa, ira, vergonha. É um processo sofisticado de obsessão em muitos casos.
Assim, em nossa
observação comum, física, é como se em algum nível, eles alterassem as sinapses
das pessoas, que dão toda a prova e mostras de se tratar de surto e delírio. É
de fato loucura. Mas, muito longe de ser algo causado subitamente e
naturalmente, são loucuras artificiais. São loucuras implantadas, fabricadas e
medicamentosas. A melhor ilustração visual que consigo disso é mostrada no
filme Batman Begins no qual o Espantalho sopra algo na face
das pessoas e elas entram num estado de terror, surto mesmo, tendo uma visão
completamente distorcida da realidade. Uma sensação de pânico, de pavor, de
medo, especialmente no que tange a figuras familiares. O pai, a mãe, o cônjuge,
os filhos se transformam em outros seres, são eles e não são mais. A eles
junta-se uma imagem monstruosa, digna de pavor que alardeia a sensação
persecutória.
Mas, tudo isso é
delírio mediúnico.
Adorei o assunto... Assisti o filme e agora com sua explicação sobre consegui me atualizar. Parabéns, adorei.
ResponderExcluirAss.: Sua aluna querida Pâmela.
Ola querida Pâmela!!! Que vergonha!!! Só vi agora. Mil bjs para vc e que bom que gostou.
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