Vou fazer um diálogo com os pares, mas uma
pergunta vem à tona: quem é meu par? Quem são os meus pares? Médiuns?
Astrólogos? Místicos? Filósofos? Professores? Afinal, quem é o meu par ou os
meus pares?
A indagação inicial e a lacuna das
respostas seriam suficientes para mostrar que não devo satisfação a ninguém,
que deveria desenvolver meu trabalho sem ficar tentando dar explicações a quem
não as pediu. Todavia..... o que percebo é que o Kélsen místico, médium precisa
dar satisfação ao Kélsen filósofo, especialmente, quando os dois primeiros
fazem uso de conceitos do jargão filosófico, como por exemplo, metafísico.
Sim, na cabeça do Kélsen filósofo as
palavras tem domínios e usos restritos. Na concepção dele dever-se-ia pagar
patente todas as vezes que se faz uso de jargões de outras áreas. Este filosofo
medíocre longe de perceber a integração dos saberes, do conhecimento, ele os
desenha e os delimita em usos exclusivos e reduzidos. É uma visão pobre e dentro
dessa pobreza precisamos salientar para ele que a metafísica transcende a
palavra, o conceito, a denominação. Metafísica é a grosso modo e de forma
superficial tudo aquilo que transcende a física, que vai além dela.
Os gregos pensavam a física como Physis,
isto é, natureza. Mas não a natureza ecológica de fauna e flora. A natureza
para os gregos era uma essência, um algo que a habitava, que a compunha, que
fazia ela ser o que era e não outra. Os primeiros filósofos exprimiram essa
physis mediante o conceito de Arché, um principio que tornava a physis ela
mesma e não outra coisa. Era pela Arché que a água é água e não fogo; o fogo é
fogo e não vento. O vento é vento e não cadeira. A physis assim demarcava a
identidade e a contradição e no meio delas não existia nada. Será?
Talvez seja justamente nesse meio, que na
lógica denomina-se terceiro excluído que registramos a existência da
metafísica. Aquilo que supostamente estaria além das demarcações lógicas, das
regras estabelecidas. Claro que os modernos mudaram o conceito de metafísica. É
mais próximo daquilo que estou denominando agora. Mas os limites dessa
classificação são os próprios avanços científicos, afinal: ver micróbios
andando na pele humana é metafísica? Observar a estrutura da natureza nos seus
aspectos mais básicos e elementares é metafísica? Mover as coisas sem tocá-la é
metafísica? Já foi, mas não é mais. Tudo isso um dia esteve no mundo da
imaginação, da fantasia, do fantasioso, do sobrenatural, da mística, mas hoje
esta no mundo ordinário do cotidiano.
Para a ciência normal (Kuhn) mesmo em
tempo de crises e de possível mudança paradigmática falar de outros corpos que
não o físico, observar as dores, gemidos, fraturas e fissuras desses corpos
energéticos e como eles ressoam no físico é tido como algo metafísico. Muito
embora, não devesse ser, já que, a física quântica em seus cálculos prevê essas
possibilidades. Possibilidades não
menos possíveis e/ou prováveis como as de conversar com entes fora do corpo físico, ou
como compreender a estrutura psíquica das pessoas. De modo que isto que hoje é
META , isto é, out, fora não demora muito pode vir a ser física.
Mas, sem esperar por esse momento, embora
ele já esteja aqui e se faça agora, é que falo de aconselhamento metafísico.
Uma forma em que o Kélsen místico, médium, "astrólogo",
"numerólogo", "tarólogo", consegue utilizar dos mais
diversos instrumentos para amenizar a dor e angústia do outro. Primeiramente,
num bate papo, numa interação em que a pessoa apresenta sua questão.
Segundamente, por um estudo holístico da questão, tentando abordar o tema
levando em consideração os mais diversos aspectos e dimensões que nós (eu e a
pessoa) conseguimos alcançar. Terceiramente, mediante uma aplicação energética
que busca não apenas o alinhamento dos chacras, como a integração dos mais
diversos corpos sutis. E, finalmente, mediante a orientação e esclarecimento
dos amigos espirituais que orientam e supervisionam o trabalho realizado. Aqui,
a parte metafísica propriamente dita.
A metodologia padrão é essa, o que não
significa, que a ordem dos fatores não possam ser alterados. Já o resultado tem
como objetivo, no que refere a questão do corpo emocional, amenizar e
diminuir o tamanho das fraturas e fissuras internas. Já no que se refere a questão do corpo mental equalizá-lo dentro da esfera
do sentir. Em tudo a busca consiste em harmonizar os corpos, diminuir as
distâncias entre os corpos auxiliando a pessoa responder mais prontamente
e sem entraves à dinâmica da vida como um todo.
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