Há quase vinte anos
trabalhei numa trilogia: Penas Redentoras. Pena enquanto alusão ao tinteiro dos
artistas. Pena enquanto infração as leis penais. Pena enquanto processos
reencarnatórios nos quais a pessoa perdia uma oportunidade, maioria médiuns.
O primeiro rendeu uma
psicografia com os artistas, A Procura da Poesia. O segundo, Drogas: o outro lado, que falava do tráfico de ectoplasma. O terceiro sobre religiosos, médiuns, que
em sua maioria deixaram a oportunidade de auxilio passar e alguns artistas que
se ‘culpavam’ pelas mensagens que deixaram. Eu aprendi muito com cada incursão
que realizávamos desdobrados e tem uma cena que nunca esqueci.
Estávamos num prostibulo
que reputo ser a zona boemia de Bh. Acompanhávamos tanto um rapaz com um alto
grau de sensibilidade quanto uma moça que se prostituia e no astral era
especialista em recolher sêmem e vender, na verdade dar para o seu cafetão. Um
mago negro cabuloso que sabia como poucos realizar e operar trabalhos de
goécia. A coleta do material começava de uma forma pouco higiênica. Eu a vi
retirando diversas camisinhas da cesta de lixo e praticamente pendurando num
varal. Após o liquido escorrer, ela os colocava em frascos similares aos de
exame de urina. Abre outro cenário e adentramos um complexo genético. Todo
mundo de jaleco branco Microscópios eletrônicos, uma aparelhagem ultra moderna.
Lá eles destilavam esses espermas coletados. Ao final eles eram colocados em
frascos de perfume, similar ao francês. Frascos de vidros belíssimos. E
comercializados como essências. O interessante desse lugar era a limpeza, a clareza, a polidez, a finesse de todos os envolvidos. As pessoas procuravam por esses serviços sem saberem ou se darem conta que estavam em um complexo umbralino de alta tecnologia. Ali eram produzidos obsessões complexas, subjugações e fascinações com um aparato tecnológico que a pessoa não tinha a menor ideia de que estava sendo obsedada. Médiuns, lideres religiosos, artistas tinham certeza de que estavam conectados com seres puros, porque em certa medida, até luz, eles eram capazes de simular. Por pouco tempo, mas o necessário para iludir, ludibriar. O que esses lugares nos ensinam é que precisamos adentrar a vibração. Todo o restante é capaz de ser manipulado, fabricado.
Mas, a questão era: esperma comercializado por quem? Estamos falando de obsessões, manipulações altamente sofisticadas e não rastreáveis. A pessoa pode ir no centro, na igreja, a vida dela está dando tudo errado e não se chega/chegava a raiz do problema, porque o trabalho realizado tem esse requinte, sofisticação e consentimento que a pessoa não se dava conta. Com uma gota do esperma da pessoa não é preciso colocar um obsessor na cola dela, consegue-se prejudica-la e pessoas afins apenas através dessa gota. Toda aquela conversão que presenciamos e realizamos em reuniões de desobsessão ou em sessão de descarrego dos amigos evangélicos por tantas vezes compõem o cenário de ludibriação desses seres. Ou seja, dependendo do nível da manipulação, nem arranhamos os caras. Nós ficamos focados, ficávamos focados numa 'ritualistica' cujos efeitos e praticidade não eram eficazes, ainda que víssemos conversões de alguns espíritos ao final da reunião.
Mas, a questão era: esperma comercializado por quem? Estamos falando de obsessões, manipulações altamente sofisticadas e não rastreáveis. A pessoa pode ir no centro, na igreja, a vida dela está dando tudo errado e não se chega/chegava a raiz do problema, porque o trabalho realizado tem esse requinte, sofisticação e consentimento que a pessoa não se dava conta. Com uma gota do esperma da pessoa não é preciso colocar um obsessor na cola dela, consegue-se prejudica-la e pessoas afins apenas através dessa gota. Toda aquela conversão que presenciamos e realizamos em reuniões de desobsessão ou em sessão de descarrego dos amigos evangélicos por tantas vezes compõem o cenário de ludibriação desses seres. Ou seja, dependendo do nível da manipulação, nem arranhamos os caras. Nós ficamos focados, ficávamos focados numa 'ritualistica' cujos efeitos e praticidade não eram eficazes, ainda que víssemos conversões de alguns espíritos ao final da reunião.
Os implantes, os chips que
hoje são rastreáveis àquela época não eram. O grau de sofisticação dos magos
negros com uma tecnologia umbralina alterou muito os trabalhos de desobsessão,
cura e libertação. Porque diante de um implante a oração ajuda a alterar a
frequência dos chips, mas é só a pessoa dormir que eles reativam. A técnica de
mapear, alterar, se fez e faz necessária. Hoje já se lida com mais facilidade
com esses recursos. A apometria rastreia e inutiliza grande parte desses
comandos obsessivos. Mas, ainda assim, há muitas casas que tem muita resistência a acompanhar a evolução e estratégia dos amigos umbralinos, cada vez mais amparados por seres de outros orbes, a se atentar para esses relatos que parecem de ficção, mas existem.
Nenhum apelo moral de que a
moça era puta, de que o sexo era pago. Nada disso tinha a ver. Nada, tirando a intenção
de o ato sexual era dado e como esse fluxo seria utilizado mais tarde. Especificando,
o rapaz sensível tinha sua energia controlada, a partir do viés sexual. A
manipulação não estava no ato, mesmo porque ele é praticamente impossível de se
manipular. Claro que a prostitua simulou o gozo. Obvio que ela fingiu um prazer
maior do que ela estava tendo. Não é isso que estou dizendo que é a prova de
manipulação. O que não é manipulável são os ‘portais’, os acessos, os mundos
que são abertos nessas interações. É necessária uma cumplicidade muito forte,
muito especial, para que dois ou mais consigam direcionar essa energia para uma
entrada especifica. O que deve se tornar maçante, enfadonho. O gostoso do ato
sexual é por vezes ser remetido a lugares que nunca esteve, lugares que somente
aquela parceira especifica te conduz. Espaços que tendem a virar construções
coletivas. No ato sexual se semeia tudo isso. E reduzi-lo a genitalidade é
limitador. É muito mais amplo do que isso. Vejamos se consigo explicitar mais.
Fisicamente, genitalmente
sabemos como o sexo acontece. Aqui estamos tentando falar de onde penetramos a
parceira e somos acolhidos por ela. Estamos falando de espaços mentais,
emocionais que acessamos e damos acesso através de nós, por meio de nós. Estes espaços existem mesmo como um lugar, como um tempo. E nesses lugares de sonhos, desejos, medos,
encantos, fantasias, imaginação trocamos sentimentos, aspirações,
intencionalidades. Em 99% isso é silencioso, infelizmente, inconscientizados. De modo geral, observamos apenas dois corpos
fazendo sexo, no entanto, internamente, lugares são abertos, paisagens são
plantadas. Eu gosto da imagem do jardim. E vale o nome de Éden para nos
auxiliar na imaginação. Um casal constrói esse jardim juntos. Há pontos neles
que são compartilhados, há outros que não. Mas, é uma tolice achar que o jardim
tem só um dono. Esse jardim pode ser a entrada de uma escola, de uma nave, de
um laboratório, de um bosque, cada coletivo constrói uma parte do mesmo jardim.
Muitas pessoas fazem parte dessa plantação coletiva. Essas pessoas nos atraem,
nos mobilizam, nos encantam. Assim como nós as mobilizamos, as atraímos e as
encantamos. Fisicamente, se a pessoa não estiver aparelhada a expressar toda
essa criatividade, toda essa energia pelo toque, pelo olhar, pela fala, por
práticas esportivas, culturais, lazer. Ela tende a reduzir tudo a genitalidade.
Ela vai acreditar que essa atração é uma demanda estritamente genital. Pode
ser. Muitas vezes é, mas não deveria ser reduzida a isso. Uma criança tende a
ser atraída para o jardim, tende a ficar e sentir-se curiosa para com o
jardineiro. Essa criança pode adentrar esse espaço sem ser penetrada
genitalmente. Ela pode ser apenas acolhida nesse espaço simbólico. O abusador
genitaliza toda atração. O tempo inteiro, ele concretiza o simbólico,
consequentemente profana o divino. Ele é um estuprador porque ele virou um
pênis, geralmente, impotente as investidas do amor, da caricia, do toque
consentido, consensual. Ele precisa da força, da violência, do controle. Sem isso ele não tem prazer e é esse prazer inconscientizado, que os umbralinos se alimentam. Eles se alimentam do medo, da raiva, do ódio, do receio, da culpa, da vergonha. Eles se alimentam de profanar a energia criativa, sexual, amorosa em algo tido como sujo, profano. Como se o desejo não fosse espiritual. Como se o amor não fosse material. Nessa divisão, eles dominam, subjugam, manipulam, pervertem.
Deveríamos colocar mais
atenção na energia sexual. Ela nos move, nos mobiliza, nos direciona, nos
orienta, em alguns até determina. Nossa inconsciência, nossa desatenção faz com
que algumas pessoas direcionem essa força em nós e por nós. Precisamos
aprender. Deveríamos ensinar, conversar, falar. Mas, isso seria o fim das
religiões. As religiões ocupam seu lugar de destaque por direcionar e controlar
essa força pela manipulação, pela culpa, pela vergonha. Liberar a energia
sexual é lidar com um potencial criador, divino. E isso assusta, aterroriza,
porque no estado primitivo que nos encontramos o único uso que conseguimos
pensar para a energia sexual é transar. E a transa é reduzida a penetração.
Como não conseguimos lidar
com isso, quando vemos esse divino nas crianças, nas mulheres nós as ferimos.
Os abusadores identificam o transbordar dessa energia. Muitos deles também
tiveram e foram abusados, contaminados, intoxicados com essa redução. Todo nosso processo de
recalque, de culpa, de medo, de raiva, de autoritarismo vem da repressão, da
ignorância de como utilizar a energia sexual, que é uma energia vital. Reich a
denominou de orgônio. Está em tudo, como o prana, o axe, o chi. Podemos coletar
isso nas mais diversas vibrações, mas em resumo, estamos falando de coletar,
harmonizar e distribuir esse fluido por outras vias que não se restrinja ou se limite a genitalidade. E, chegando a ela deveria re-produzir todo o caminho de volta a integração amorosa. Essa engrenagem fisiológica falta a maioria de nós. Em algum ponto o sexo perde a dimensão de amor. O amor ganha a dimensão de culpa, vergonha. Não carecia ser assim.
E agora podemos finalizar
esse post. A energia sexual é a energia do amor. É energia de criação. Há nela
muita comunhão e alegria. Pena que a reduzimos a medo, culpa e vergonha. Isso assinala
o nosso medo de amar, de ser amado, de se permitir amar e de se deixar ser
amado. Confundimos essa energia com tesão genital. Muitas vezes é uma pena. Uma redução barata, no próximo e último post, finalizaremos falando um pouco mais disso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário