Quarta Posição: de 4 como
animais.
Chegamos na 4ª e última posição desse post.
Temos um lado biológico,
cerebral, que é instintivo, animal. Isso não é ruim, ou feio. É apenas assim. A
feiura começa quando negamos esse lado. Quando queremos encobrir nossos
desejos. As consequências disso foram levemente expostas nas três posições
anteriores. É a partir do entendimento desse nosso lado, que podemos avançar
para um caminho neural, fisiológico, que não reduza a energia amorosa a
genitalidade. Creio que ela não deixara de ser sexual, mas não será aprisionada
na genitalidade, reduzindo todo ato amoroso a penetração física. O sexo é isso, mas é mais do que isso.
Essa nossa trindade cerebral, raramente opera junta. Pelo contrário, ela é relativamente desconectada.
Uma vez vi uma moça sentido tesão ao conversar com um Preto-Velho. Aquilo me chamou muita atenção e fui conversar com Pai Jeremias. Ele me contava de como o carinho, a ternura, a acolhida são interpretados como genitais. É como se nos faltassem aparelhagem psíquica para processar esses dados e informações de energias mais ternas. Deixando claro: ternura, carinho, amorosidade é altamente sexual. Mas, esse sexual não é genital. A do Preto-velho eu posso dizer. É outro nível de relação que algumas pessoas não conseguem acessar. E na falta desse acesso as reações são as mais diversas, indo do tesão à intolerância, à agressão, os vários tipos de violência. Um misto de atração e repulsão inconscientizados.
Esse nosso aparelho perceptivo ainda não está refinado, elaborado, sequer formado. Na maioria de nós faltam chaves para um desenvolvimento proximal que nos assente em condições de se permitir acolhido sem que saiamos transando. Nada contra a transa, mas é que professores, terapeutas, lideres religiosos não deveriam misturar essa energia que proporcionamos, com tesão. Tesão que é altamente importante, significativo também.
Em uma aproximação rasteira que farei, a psicanálise chama esse processo de transferência e apresenta como profilaxia terapêutica estabelecer um afastamento do paciente. Uma distância para que essa transferência não deixe de acontecer, mas acontecendo não vire contratransferência e outros tipos de envolvimento. É uma tática válida. No entanto, parece que esse mesmo ato coloca o amor, o afeto num estado e estágio de contaminação no qual não podemos nos aproximar. Coloca as relações num nível de separatividade que aos meus olhos ajuda pouco nesse quesito. Seres humanos se afetam e precisamos lidar com isso. Prefiro apostar no reconhecimento do lugar que se resolve adotar. O lugar do professor, o lugar do terapeuta, o lugar do líder religioso. São lugares nos quais há adoração, idolatria. Cabe aos professores, líderes religiosos, terapeutas saberem que são sim fonte desse amor, mas que no caso, ele não é genital. É altamente sexual. É profundamente sexual. Não requer ser genital. Talvez entre algumas pessoas seja algo impossível não ser, mas isso será feito sem abuso. Será feito de forma consentida, consensual, responsável, atenta. E é belíssimo quando acontece. Tenho amigos professores que se casaram com alunas deles. Temos casos de padres que se casou com uma paroquiana. Temos casos de terapeutas que interromperam as sessões e foram viver uma relação.
Uma vez vi uma moça sentido tesão ao conversar com um Preto-Velho. Aquilo me chamou muita atenção e fui conversar com Pai Jeremias. Ele me contava de como o carinho, a ternura, a acolhida são interpretados como genitais. É como se nos faltassem aparelhagem psíquica para processar esses dados e informações de energias mais ternas. Deixando claro: ternura, carinho, amorosidade é altamente sexual. Mas, esse sexual não é genital. A do Preto-velho eu posso dizer. É outro nível de relação que algumas pessoas não conseguem acessar. E na falta desse acesso as reações são as mais diversas, indo do tesão à intolerância, à agressão, os vários tipos de violência. Um misto de atração e repulsão inconscientizados.
Esse nosso aparelho perceptivo ainda não está refinado, elaborado, sequer formado. Na maioria de nós faltam chaves para um desenvolvimento proximal que nos assente em condições de se permitir acolhido sem que saiamos transando. Nada contra a transa, mas é que professores, terapeutas, lideres religiosos não deveriam misturar essa energia que proporcionamos, com tesão. Tesão que é altamente importante, significativo também.
Em uma aproximação rasteira que farei, a psicanálise chama esse processo de transferência e apresenta como profilaxia terapêutica estabelecer um afastamento do paciente. Uma distância para que essa transferência não deixe de acontecer, mas acontecendo não vire contratransferência e outros tipos de envolvimento. É uma tática válida. No entanto, parece que esse mesmo ato coloca o amor, o afeto num estado e estágio de contaminação no qual não podemos nos aproximar. Coloca as relações num nível de separatividade que aos meus olhos ajuda pouco nesse quesito. Seres humanos se afetam e precisamos lidar com isso. Prefiro apostar no reconhecimento do lugar que se resolve adotar. O lugar do professor, o lugar do terapeuta, o lugar do líder religioso. São lugares nos quais há adoração, idolatria. Cabe aos professores, líderes religiosos, terapeutas saberem que são sim fonte desse amor, mas que no caso, ele não é genital. É altamente sexual. É profundamente sexual. Não requer ser genital. Talvez entre algumas pessoas seja algo impossível não ser, mas isso será feito sem abuso. Será feito de forma consentida, consensual, responsável, atenta. E é belíssimo quando acontece. Tenho amigos professores que se casaram com alunas deles. Temos casos de padres que se casou com uma paroquiana. Temos casos de terapeutas que interromperam as sessões e foram viver uma relação.
Em cada um desses casos houve
uma mudança de lugar. Um movimento sutil, lento, por vezes desgastantes. É
bonito, especialmente, porque eles tendem a ser únicos. É diferente do líder
religioso que transa com as fieis casadas, solteiras. Mulheres que vão até ele
em momento de carência. Outras até em momento de safadeza que muitas vezes é de
carência também e ele abusa dessa situação.
É diferente do professor
que tem entre as suas alunas, muitas vezes menores de idade, um harém a sua
disposição. Essa energia é completamente diferente.
Diferente do terapeuta que se apaixona e consuma o ato dessa paixão a cada cinco, dez, vinte pacientes. Como se ele alimentasse mais das carências das pessoas do que da possibilidade de ajuda sem mistura. Nesses casos há o abuso. Há o uso de um lugar de privilégio para acessar as carências, fantasias, desejos dos outros. Isso é triste. Não é amoroso. Ou melhor, é uma forma de amor diminuída. Poderia ser melhor explorada por ambos, para ambos.
Diferente do terapeuta que se apaixona e consuma o ato dessa paixão a cada cinco, dez, vinte pacientes. Como se ele alimentasse mais das carências das pessoas do que da possibilidade de ajuda sem mistura. Nesses casos há o abuso. Há o uso de um lugar de privilégio para acessar as carências, fantasias, desejos dos outros. Isso é triste. Não é amoroso. Ou melhor, é uma forma de amor diminuída. Poderia ser melhor explorada por ambos, para ambos.
E aqui retorno a figura do
pretos-velhos. Muitas mulheres ativam a energia de tesão a partir da energia do
cuidado e da proteção. Quando elas identificam essa energia de cuidado, elas se
abrem para a recepção desse carinho, afeto. Porém a maioria das pessoas que
estão aos pés de uma entidade, não estão vendo a entidade. Estão vendo o
médium. A energia de cuidado, de carinho parte do médium, tem acolhida no
médium, mas é gerada na entidade. Estão visualizando o peteco? A pessoa é
acolhida pela energia da entidade, mas sente tesão é pelo médium. Este capta as
impressões enviadas e ao invés de fazer o corte, acaba por aprofundar, alimentar
o rasgo. De repente, virou essa meleca que são as casas espirituais. Todo mundo
transa com todo mundo, seja fisicamente, ou não. Essa energia é enviada como
amor pelas entidades, mentores espirituais e transformada, inúmeras vezes, em ciúme,
disputa, querelas, intrigas, porque não damos conta nem de assumirmos nossos
desejos, nem de construirmos caminhos para alargarmos esse potencial amoroso
para esferas esplendorosas. Estamos falando de
cura emocional, sexual, mental, física. Cura em todos os corpos e em muitos
níveis.
Mas, para conseguirmos
isso, precisamos lidar com a energia sexual. Precisamos aceitar o amor. Precisamos
perceber que nos afetamos e independe de dizermos, falarmos essa energia
circula, afeta, altera, modifica as relações. Produz simpatia, gera antipatias.
Quanto mais clareza e consciência colocarmos nesse mecanismo mais segurança
alcançaremos. Seja para potencializarmos nossas ações luminosas, seja para
minimizar a força dos amigos que tentam prejudicar os trabalhos de luz. E eles
alcançam esse intento, justamente, por mascararmos, tentamos esconder essa
energia, esse desejo.
Do medo de lidarmos com nossas sombras individuais, coletivas, alimentamos as trevas. Damos a ele acesso a energia amorosa, mediante a negligencia da energia sexual. Nos separamos de nós mesmos ao distinguirmos o sexo do amor. A energia sexual da amorosa. Nesse hiato muitos seres se alimentam. Muita perversidade é gerada. Muita coisa nefasta é produzida. Alimenta-se um sistema que com um mínimo de informação (luz) altera-se todo o ecossistema dessas relações e estamos falando desde aquelas que são da esfera psíquica-astral, até as que são de ordem social.
É aceitando nosso lado instintivo que potencializamos os mecanismos emocionais, fisiológicos de lidarmos com a ternura, a sutileza, a amorosidade. É buscando essas formas amorosas que vamos alimentando em nós uma expressividade criativa mais benevolente. O sexo nos humaniza e nos diviniza, na medida em que nos faz humanos.
Do medo de lidarmos com nossas sombras individuais, coletivas, alimentamos as trevas. Damos a ele acesso a energia amorosa, mediante a negligencia da energia sexual. Nos separamos de nós mesmos ao distinguirmos o sexo do amor. A energia sexual da amorosa. Nesse hiato muitos seres se alimentam. Muita perversidade é gerada. Muita coisa nefasta é produzida. Alimenta-se um sistema que com um mínimo de informação (luz) altera-se todo o ecossistema dessas relações e estamos falando desde aquelas que são da esfera psíquica-astral, até as que são de ordem social.
É aceitando nosso lado instintivo que potencializamos os mecanismos emocionais, fisiológicos de lidarmos com a ternura, a sutileza, a amorosidade. É buscando essas formas amorosas que vamos alimentando em nós uma expressividade criativa mais benevolente. O sexo nos humaniza e nos diviniza, na medida em que nos faz humanos.
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