quinta-feira, 11 de abril de 2019

GAMBIARRA CÓSMICA.






O título e o escrito nascem de uma conversa em sala de aula com um amigo. Em determinando momento, ele fala que nosso sistema nervoso é uma gambiarra. Uma única estrutura para tudo, rsrsrs. Você tem um desgosto emocional e dá diarreia. Tem ansiedade e dispara o coração. Fica nervoso e não consegue pensar direito e por aí vai. Anotei, comentei e achei que era uma grande provocação para refletirmos algumas coisas. Os amigos siderais aceitaram a proposta e saiu esse post. Vale a pena ler, comentar, refletir.  

Saudações Intergalácticas a todos,
É bom quando questionam, quando investigam, quando experimentam, quando refletem sobre o experimentado. É bom quando dialogam, trazem dúvidas, colocam questões, respondem ao jeito de vocês, acertam, erram, se expõem. Precisamos desse movimento, porque isso desloca as consciências e em cada deslocamento consciencial o universo expande. 
A expansão do universo se dá de maneira conjunta e simultânea a explosão de uma supernova, ao desabrochar de uma flor, ao nascer de um pássaro, a uma abertura dos humanos para novas possibilidades. O universo é um ser que pulsa e todos os seres viventes, tudo o que existe, pulsa esse universo do Criador. Nesses movimentos há expansão. O pensar, o sentir, o se permitir auxilia na expansão do universo.



O modelo e a matriz que o colega apresenta e vc sempre nos traz é boa. Ela já é mais aberta do que a maioria dos pares médicos, no entanto, esbarra ainda numa última fronteira, que obstaculiza a percepção e o entendimento médico de vocês. Estamos falando do materialismo e do fisicalismo. Essa parte, Melar[1] conseguira ser mais claro do que eu. Assim como os horizontes das matrizes energéticas, os diagramas e espéculos orientais (chineses, indianos), Amaril[2] conseguira adentrar com mais precisão. Da minha parte quero destacar a necessidade de diálogos, conversas, trocas, interações, exposições e dentro de tudo isso a busca sincera, investigativa, de qual modelo de homem estamos falando. Sem mergulharmos na ontologia, na essência do modelo que pensamos, compreendemos pouco de nós mesmos e do nosso universo.
Quando vocês fecham os olhos e pensam no humano, vocês pensam no que? Vocês o concebem como? É a partir desse modelo que as explicações ficam mais claras ou mais densas. Transparentes para o entendimento das limitações conceituais que cada escolha, cada escola comporta. 


Um modelo de homem que se fez eficaz e eficiente para compreender o funcionamento de seus órgãos e configurar outros, foi o entendimento do organismo humano como uma máquina. Nessa concepção o corpo humano é um aparato biológico que é regido por leis, regras, funcionamentos mecânicos. O espelhamento desse modelo construiu relações e compreensões fragmentadas do corpo humano. Uma fragmentação que possibilitou avanços gigantescos em esferas e escalas absurdas e dentro dessa mesma escala ocasionou a perda de um sentido de totalidade, de integração, igualmente absurdas. Até mesmo dentro da matriz mecânica do relógio é sabido e documentado que uma parte defeituosa necessita de reparos, cuidados. E essa redução é significativa. No século XVI de vossa História as máquinas representavam um modelo de transcendência. O funcionamento preciso, rigoroso, pautado por regras, movimento, parametrizado em sistemas avançados de cálculo simbolizava algo controlável, mas místico, misterioso, sagrado. O domínio dessa operação acabou ocasionando uma clausura dentro do modelo. Não voltaram a se perguntar o que existe depois do universo mecânico, mesmo deparando com outras lógicas e explicações elegantes. Quando esse grande modelo de universo é trazido ao corpo biológico, temos uma nova concepção de saúde, cura, funcionamento, medicina oposto a todo um modelo que fora erigido. Tem se a construção de um modelo que permite a precisão, o rigor, de promover estados de melhora no ente biológico sem cair em crendices, estultices. Nesse modelo mecânico um órgão em mal funcionamento deve ser trocado, alterado. Poucos refletem que esse mal funcionamento pode ser derivado de outras ações, de outros órgãos e sistemas. O que pouco importa, já que dentro dessa matriz materialista, a troca da peça danificada possibilitou o andamento e o funcionamento dos mecanismos. Toda uma tessitura fina, sistêmica, complexa, reduzida a uma operacionalidade básica e elementar. Um básico que permitiu avanços gigantescos no campo do enfrentamento das enfermidades. Uma visão elementar que possibilitou aberturas exponenciais sobre o funcionamento humano. Tal qual na física tem-se um modelo aristotélico, outro newtoniano, outro relativista, outro quântico. O modelo tácito cartesiano ainda não possibilitou abertura para a efetivação de uma medicina que adentre um modelo relativista. Isso vai de uma medicina voltada à pessoa até a complexidade de novos referenciais nas quais as interações não sejam restritas ao organismo. Um entendimento de que cada unidade de carbono comporta milhares de seres, de vida e que o seu funcionamento implica numa harmonia com essa totalidade celular, microscópica, genética, para falar de apenas duas.  




Um outro modelo de homem e também de Cosmos, nunca o reduziu só ao corpo físico. Em maior ou menor escala, esse homem sempre foi considerado parte de um sistema, de um organismo vivo. Um organismo integrado no qual cada uma e todas as partes compõem a totalidade. Nesse modelo, os processos de cura sempre foram tidos como problemas de desarmonia entre os indivíduos e o todo, entre o todo e as partes; entre as partes e as demais variáveis perceptíveis do sistema. Esse modelo nós vamos qualifica-lo como energético. Nesse modelo por mais que seja claro e visível que o problema esteja e se faça num órgão especifico, não se incorre no imediatismo de se cuidar da parte em questão, sem verificar o todo, o sistema. Sem compreender a origem da desarmonia. Por tantas e inúmeras vezes, as culturas primitivas do vosso orbe irão trabalhar com matrizes tidas como indiretas, mas cujo intuito é chegar na fonte, na causa das desarmonias. O movimento direto à doença nunca foi compreendido como um movimento de cura. A cura é a integração da parte com o todo, do ente de carbono com o seu entorno.   


Pode parecer igual, mas é diferente. Quando o amigo fala da gambiarra, ele está usando um modelo cartesiano numa prática que ele executa que é da ordem energética. Nesse momento é fundamental que ele expanda, dê um passo para fora, além e não um passo para dentro. Esse recuo o aprisiona dentro da última caixa e bolha ilusória. A de que a matéria e as bases fisiológicas do corpo determinam os estados primais de cura, doença e funcionamento do ser. Quem visualizou as interligações dos sistemas e mensurou os campos energéticos dos corpos de carbono precisa caminhar para um passo que de fato está além da pratica médica convencional. Mas, é desse lugar que precisamos conversar, dialogar, apontar sugestões, lidar com os obstáculos epistemológicos dessas matrizes e integra-las dentro de um princípio de razoabilidade para esse tempo histórico do século XXI. E as bases desse avanço está na ontologia. Qual o modelo de ser humanos estamos concebendo? Os colegas médicos em sua maioria concebem o humano como um ente mecânico. Com essa concepção de mundo e de clínica, por mais avançados que sejam os resultados, os experimentos, eles serão colocados dentro da caixinha materialista, hoje reducionista do mecanicismo. É preciso avançar para outra pergunta: qual modelo de universo estamos vivendo? Essa resposta permite abrir novos horizontes de possibilidades. Consegue visualizar e interpretar os mesmos fenômenos com um novo olhar. É a construção de um novo paradigma. Paradigmas que já se apresentam questões, problemas que a concepção atual, mais enclausurada não encontra respostas plausíveis dentro do modelo empregado. Fazendo-se necessário avançar para novas respostas, o que implica em re-postular novos modelos de universo. Tal qual em determinado instante da vossa história, para promover avanços e encontrar respostas, os humanos perceberam o universo como um grande relógio. Aos poucos foram esquecendo que esse universo há um relojoeiro. Mais tarde passaram a acreditar na completa e total falta de necessidade de um ente transcendental que organizasse esse relógio. Num processo delirante e arrogante, passaram acreditar que relógios são entes naturais, encontrados em rincões de universos habitados. Colhe-se do pé, ou que se cai de árvores de maça. O mecanicismo do universo segue regras, leis construídas pelo Criador e determinadas pelo Logos Solares. As inteligências planetárias são conduzidas a desvelar o sentido dessas leis, mas desvela-las não cria a sensação de que foram construídas naquele instante. A arrogância humana vos aprisionou dentro de um sistema que comprime, oprime, para que não haja entendimentos fora da caixa. Há grupos que se consolidam tentando mostrar que não há vida inteligente fora da mecânica celestial. Reduzem tudo a eixos binários, a coordenadas X,Y sem permitirem avanços, desenhos, moldes para além desse lugar e desse espaço. Mesmo com a ruptura e o esfacelamento desse modelo, os seres o agarram e impedem outros de florescerem. 

Temos, inicialmente, três acontecimentos da ordem médica, clínica, laboratorial que dentro do modelo de universo mecânico não apresenta resposta. O que não descaracteriza a existência e a realidade do fenômeno:

A-  as experiências de quase morte amplamente relatadas por pacientes. Essas experiências nos levam a investigar- o que é consciência? Onde ela reside e repousa?

B-  diz respeito a memória herdada dos transplantados. Pacientes transplantados que adquirem hábitos, gostos, predileções dos seus antigos donos. Como isso pode ser explicado dentro de uma matriz fragmentada e reducionista?

C-  a questão das medicações, seus efeitos colaterais e as diluições homeopáticas, florais e outros procedimentos não científicos mas que auxiliam no processo de cura dos pacientes. Por quais vias? Haveria seres mais sensíveis a essa forma de medicação?

Essas três analises poderemos voltar em outro momento, mas agora o amigo Melar vem trazer as considerações dele sobre os rastros e a gambiarra no seu aspecto fisiológico.



II-


Somater[3] teceu as considerações iniciais, numa leitura pedagógica, filosófica do nosso problema. Eu tento prosseguir daqui, depois desse aquecimento, para ver se o nosso amigo-sensório consegue captar as impressões, as imagens que estamos lhes enviando desde ontem.

A primeira imagem que encontramos nos registros dele dizem respeito a construções sagradas, europeias, na região espanhola, mais precisamente na cidade de Córdoba. Historicamente, como podemos aventar por aqui, várias civilizações habitaram e se edificaram naquelas paragens. E antes dos cristãos, embora não se tenha esse registro oficial, tiveram outras civilizações, altamente desenvolvidas, que habitaram naquela região. Por uma condução eletromagnética, mesmo sem ruinas desses lugares sagrados, os templos cristãos foram construídos, alguns deles, exatamente sobre esse fluxo energético, fazendo uso desses canais. Mais tarde, com as invasões mouras, uma parte dessas construções foram derrubadas, outras tantas receberam algumas adaptações nas quais se mesclava ambas as construções. Em seguida, os cristãos recuperam essas construções, destroem uma parte, ressignificam outras, mas as impressões estão lá na arquitetura. 
Uma arquitetura cujos desenhos deixam rastros de influência. Observar essas influencias, pode recontar histórias de povos, épocas, deuses diferentes: Jeová, Ala, Afrodite e outras cujos nomes e registros não estão catalogados em vossos registros mnemônicos. Importante a salientar desse processo é o campo eletromagnético que transpassa essa região e leva a outros povos, de diversas culturas, cravar suas construções sobre esses pontos. Sim, lembra muito Israel e a luta por aquele solo sagrado. O sagrado desse solo não é oriundo das matrizes arquitetônicas e culturais daqueles povos: judeu, cristão, mulçumano, zoroastristas. A sacralidade daquele terreno está na energia eletromagnética, nos campos vibracionais que ele emana, nas construções de outros povos e culturas. Para compreendermos a fisiologia da gambiarra é importante, fundamental que compreendam essa matriz energética primal sobre a qual todas as bases materiais são construídas.

É essa imagem que precisamos para que compreendam o que escreveremos. O Projeto Éden é recente na história do planeta Terra. Antes de vós tiveram outras humanidades, com outros desenvolvimentos e entendimento sobre o funcionamento das coisas. Um desses projetos anteriores foi o dos reptilianos. Por favor! Somater já falou muito sobre isso, não confundam os amigos dessa espécie, não reduzam todos dessa espécie a essas associações que foram feitas ao longo dos anos. Os reptilianos foram um dos primeiros seres a desenvolverem um modelo habitacional nessas terras. A matriz desse desenvolvimento é a estrutura dorsal, central de toda base modular e medular dos humanos. Estamos falando do cérebro reptiliano. Estamos falando de medula e comandos primais. Estamos falando de sensações ambientais a flor da pele, todo um constructo de alerta para ser emitido ao mínimo sinal de emergência. Essa matriz é a base neural e eletromagnética de toda estrutura humana. Mas, a codificação desse constructo responde basicamente a dois estímulos: ataque e defesa. Ele é a base especular da sobrevivência e da fixação dos humanos no planeta. Sem isso o homo sapiens não teria perdurado na Terra. 


Em vossos registros históricos oficiais, humanos e repteis não conviveram. Nos nossos eles compuseram um de muitos experimentos de desenvolvimento e aperfeiçoamento das espécies. Sendo assim, outro modelo vinha sendo gestado no Éden. Mas, esse modelo criou seres bons, pacíficos, dóceis, facilmente manipulados, subjugados, escravizados. Esses seres mamíferos, fieis, cordeiros, ordeiros, tinham poucas chances de sobrevivência. Se por um lado a agressividade reptiliana era imensa e ficou fora de controle, inclusive no tamanho dos seres. Por outro os mamíferos eram por demais cordatos, calmos, capazes de morrer de fome por não terem sagacidade e volição para pegarem algo. Ambas as espécies estavam destinadas a extinção. Com condições adversas da própria natureza, nós mesclamos as duas bases genéticas, fazendo uma fisiologia que teria sub-repticiamente as bases instintivas reptiliana, encapsulada pela força moral, modeladora dos mamíferos. Bainha de mielina.

Uma das representações dessa alegoria pode ser compreendida na tentação da serpente ao casal do Éden. Mais do que o discernimento, o conhecimento, buscava-se ali uma integração entre duas culturas, entre duas raças que fomos descobrindo serem uma só. Mais precisamente, a integração dessas duas raças diferentes, a princípio opostas e antagônicas, proporcionava a criação de uma terceira que era síntese melhorada de ambas. O que suscitou perguntas: esse modelo se aplicaria a outras raças das galáxias?

Fomos e estamos descobrindo que sim, que o Criador deixou charadas para serem decifradas ao longo do Universo. Esse tema já abordamos em algum outro lugar e não trataremos dele agora.

A fusão dessas raças possibilitou a constituição fisiológica de um cérebro que como um novo software está sendo rodado entre vocês. A impulsividade selvagem e instintiva do cérebro primitivo reptiliano, configurado para rodar nas bases celulares dos mamíferos, consolida a ampliação de um novo sistema nervoso. Uma nova circuitação neural e eletroquímica, que minora, os impulsos e inputs do meio ambiente. Esse novo canal neural tinha como proposta gerar um equilíbrio entre a passividade extremada e a intensidade agressiva. Regular esse campo e essa densidade não é da esfera do individual. Fatores genéticos, alimentares, sensoriais, sociais alteram a amperagem desse circuito e no funcionamento desses padrões. Esses estudos de regulagem, de checagem, de verificação homeostática seguem os mesmos moldes que os dos centros de desenvolvimento e aprimoramento psíquico. Aprender a lidar com essa antenagem sensória, sensitiva, psíquica é começar a integração de uma circuitação que funcionando juntas, em harmonia e integradas, ativam o cérebro humano. 

Um cérebro desenvolvido para que consiga operar com as cargas dos dois cérebros, passando pelo mesmo sistema nervoso sem desativar um dos dois e por vezes os dois. Estamos elaborando uma constituição histológica que possibilite sentir e pensar conjuntamente. Permite receber a carga elétrica pelos tubos neurais e distribuir a tensão para ações amorosas. A ativação desse funcionamento é o acionamento de um processo de análise integrado, que tranquiliza, apazigua os terráqueos. Possibilita respostas mais adequadas e assertivas aos estímulos recebidos. Permite catalisar esses estímulos e responde-los de maneira mais harmônica, conciliatória em que o tempo de resposta segue as bases reptilianas, mas a agressividade no seu aspecto de ataque é reduzido a um alcance de entendimento. Em outros termos a instabilidade e oscilação do sistema é equilibrado numa voltagem que permita o funcionamento simultâneo de ambas. E com os dois circuitos funcionando, temos a ativação de potenciais encobertos, que ficaram encapsulados pelo medo. Estamos falando de capacidades tidas por vocês como extra-sensoriais. Essas capacidades para serem realizadas, necessita da integração do instinto reptiliano com as autogêneses normativas, coletivas dos mamíferos. São por essas bases estruturais que acontece a intuição e o despertar consciencial. É na caixa preta do sistema límbico que está todo o potencial fisiológico para avançar por estados mais harmônicos em si mesmos, no todo, no mundo, com o outro. Os pesquisadores psíquicos de vosso orbe falaram da sexualidade como essa fonte de tensão no qual estava tudo encerrado (Freud) e na integração da parte luminosa do ser com as sombras (Jung). Essa integração interna tem os mesmos passos simbólicos de um aprendizado fisiológico, que pode ser compreendido também como espiritual. Seja por qual via for, é importante perceberem que por debaixo das construções há uma modulação energética, Somater a pontuou como ontológica, que cria as bases de construção do humano. Sem o entendimento minorado desse campo, seja em sua primeira constatação- eletromagnética, fica-se confinado uma circuitação parcial, segmentada, perdendo a visão do todo. 
A maioria dos corpos de carbono não processam, decodificam essa integração. Eles são humanos não restam dúvidas, porém tem dificuldades em operar essa chave do sistema. Especialmente, porque as cargas instintivas do cérebro primitivo já não conseguem impulsos externos tão violentos. Há uma evolução da percepção dos mamíferos de coletividade, de integração, que inviabiliza as ações individuais fora de um determinado padrão. Em desajuste com determinada matriz e ordem estruturada pelos campos. Os atos de selvageria já não são tão brutais como há séculos atrás. Essa energia de agressividade é direcionada para novos caminhos que vão se desenhando numa neuroplastia social, coletiva e não unicamente individual. O processo evolutivo vai rompendo as dimensões individuais e adentrando nas coletivas. 
O sentido não é ser o mais inteligente, o mais forte, o mais sábio, o mais rico do bando e sim conseguir integrar a própria essência numa forma de auxiliar, servir o todo. O desenvolvimento humano já chegou no seu ápice e limite. Individualmente, alcançaram o topo e as profundezas, a grande expansão se dá em como conseguem equilibrar as demais partes e se equilibrarem nelas? É nesse processo de desenvolvimento social, coletivo, plural que haverá um novo salto dos reinos e dos seres que habitam a Terra, os sistemas, as galáxias. Por esses caminhos, a vazão do indivíduo que era externalizada, passa a operar dentro dele mesmo, numa circuitação interna. Num fluxo que enlouquece, entristece, apavora. É uma forma de confinamento na qual tem que lidar com o equilíbrio energético de seu universo interno, sensório. Parte dessa nova circuitação possibilita o entendimento do aumento de casos de estres e depressão para mencionar duas doenças psicossomáticas. Doenças que dizem respeito a um funcionamento em desalinho do ente biológico, com suas estruturas internas e o seu corpo social. A volição agressiva do cérebro reptiliano continua existindo, mas as ações de liberação dessa adrenalina, dessa impulsividade não. Os tidos mais fracos estão amparados por lei. A sociedade já não apoia os atos de violência em seus formatos mais danosos. A não ser nos casos de alteração de campo, produzidas pelas próprias consciencias que acaba adentrando no que Amaril irá vos escrever. Movimentos intensos de alta vontagem que ao serem reprimidos, retidos, sufocados co-cria uma atmosfera perversa na qual um conjunto de seres se alimentam e produzem estados ainda mais destrutivos, para se alimentarem ainda mais, num movimento autofágico, incessante. Esses campos mórbidos se retroalimentam com mortes, crueldades e é assunto para outro momento. A amperagem interna desses seres é alterada. A caça é outra. De outra ordem, diferente. 

Assim, a automação desse cérebro pode parecer uma gambiarra, já que as arquiteturas neurais, fisiológicas são muitas. Só que elas são um aprimoramento de um sistema planejado e elaborado para que seja capaz de comportar toda a carga energética da consciência. Idealistas, espiritualistas pensam numa evolução sem corpo. Tracejam uma evolução na qual o corpo, a estrutura de carbono é prescindível. Temos buscado mostrar que evolução se faz na unidade de corpo-espirito. No aprimoramento de estruturas de carbono cada vez mais afinadas e sintonizadas a carga consciencial dos seres. Construir corpos capazes de suportar uma carga maior de consciência é nosso trabalho. As intervenções genéticas que propomos, que realizamos, tem como intuito criar essa amperagem ideal entre corpo-mente; emoção-razão; consciência-ente biológico sem uma perda significativa daquilo que se é. Nesses novos constructos celulares, genéticos, biológicos, o que era tolerado, facilmente digerido, hoje gera entorpecimento da máquina. Os corpos estão sendo modificados. Os corpos estão fisicamente iguais, mas as modulações fisiológicas foram e estão sendo alteradas. Eles suportam e sustentam uma mova amperagem elétrica que permite acessar sensorialmente, fisicamente, desde o tônus muscular até as sinapses neurais com mais desenvoltura, velocidade, fluidez. São seres diferentes. Iguais em tudo fisicamente, porém com uma fisiologia, uma histologia que permite acessar com mais naturalidade a si mesmo em outras esferas e dimensões. Realizando a integração com o seu si mesmo. Restaurando uma unidade do sistema que fora apagada, perdida e vem sendo melhorada a cada nascimento. A cada nascimento de uma espécie, de uma linhagem, de uma geração temos o aperfeiçoamento biológico de toda uma raça.  

Perceba então, que o modelo é fisiológico, é molecular, é genético, é corporal, muscular, somático e por tudo isso energético. Não se pode reduzir nada a uma visão estritamente molecular, ou genética, ou fisiológica, ou somática. Essa redução acaba encontrando um viés eletromagnético e essa circuitação eletromagnética que Amaril vai falar.

 III
Se tivermos sendo claros, como gostaríamos de ser, estamos querendo salientar que não distinguimos corpo-mente. Pensar-sentir. Desejar-fazer. Quando falamos de corpo humano estamos falando do infinitamente pequeno, aquilo que vai da epiderme até as estruturas genéticas e as ultrapassa indo em direção a estruturas subatômicas abraçando o sagrado. Ao mesmo tempo em que estamos falando de algo que vai da epiderme para fora, em direção aos corpos tidos por vocês- éterico, emocional, mental, causal, implicando sete. Encontrando em cada um deles com universos ainda para vocês inenarráveis, despovoados, imaginários e fantasmagóricos. No terreno médico onde estamos focalizando a conversa, o infinitamente pequeno tem sido desbravado por vossos biólogos, físicos. Por vezes sem contato entre si, sem diálogo entre as áreas, o que emperra as interpretações mais acuradas do que representa uma molécula, ou uma estrutura genética como o DNA. Esse campo falta apenas parceria e ousadia para conseguirem interpretar, observar os campos e as estruturas que esse infinitamente pequeno desenha e ilustra. Compreender os pulsos eletroquímicos das células e as resultantes dessas ações, as direções desses campos é algo simples para um químico, mas algo difícil para um biólogo. Observar as ações espasmódicas das mesmas células em ressonância a um agente externo é difícil a um físico, mas fácil para um histologista. Compreender os fenômenos de forma coletiva, plural e interdisciplinar é a chave para compreensões de um novo paradigma, o elevar dos humanos a uma nova categoria. Na direção do que acontece da epiderme para fora é imprescindível o olhar dos epidemiologistas. Quando estamos falando de cura, estamos falando da integração desses dois modelos. E ainda que estamos dividindo o texto entre três de nós, o dividimos a título de ilustrar qual é a nossa contribuição mais profícua ao todo e não porque somos especialistas, apenas nesse ponto e desconhecemos o restante. Construímos essa elaboração para que fossem percebendo a importância ontológica, filosófica, espacial, mental da existência. É do pensamento que se origina a confecção dos mundos. É nas ideias que os entes encontram suas respostas. Retornar as bases ontológicas, re-discutir qual modelo de homem e universo está sendo pensado é a chave para adotar, acolher, perceber, compreender os alcances e as limitações de uma simples ideia. Em seguida, Melar adentra o corpo, a matéria. Ora tocando a sua estrutura ontológica em sua dimensão genética, ora tocando a mesma estrutura ontológica em sua dimensão social e coletiva. Tacitamente, ele está dizendo que o modelo de consciência independe da forma, se ela é reptiliana, mamífera, humana, floral, insectoide. 
Onde há o sopro do Criador nós auxiliamos no processo conjunto de evolução. Nesse processo conjunto, a Terra, assim como todo esse sistema sideral passou por pulsos de agressividade. Esses pulsos alteraram o funcionamento desta galáxia em especifico e de outros orbes habitados, indiretamente. A Terra, Gaia, Urantia foi selecionada para uma implementação de convergência entre raças, povos, seres diferentes, antagônicos em sua maioria. Foi elaborado um plano, um pulso do Criador e junto a ele convocado diversas raças e povos para cada uma ao seu modo auxiliar no processo de criação. Nesse processo de criação, cada povo fez os seus a sua imagem e semelhança. Inicialmente, num intuito competitivo, aos poucos harmônicos. As regulações orquestradas nesse planeta foram permitindo a expansão consciencial de diversos outros. A cada elaboração, desvelávamos o Logos Solares e princípios regentes, universais, que cabiam em todos os tempos, em todas as dimensionalidades, em todos os espaços. Essas regras foram percebidas como leis e as leis foram absorvidas por esses povos como princípios normativos, reguladores na formação, acompanhamento de todas as formas de vida. A lei 1ª e intransigível é a de que todo ser vivo tem uma razão para existir, não podendo ser discriminada, alterada, exterminada. Esse princípio proporcionou um entendimento profundo da amorosidade do Criador e nos levou a patamares diferentes de inteligência. Conseguimos nos expandir para entendimentos que não passavam pelos fluxos e canais energéticos de nossa fisiologia, histona. Pelo contrário. Essa compreensão era similar a uma luz que adentra um quarto escuro. O quarto, a estrutura sempre esteve lá, mas foi o ato de descerrar as cortinas, de abrir as portas, que possibilitou visualizar outras paisagens. Isso não era algo meramente do indivíduo. Esse ato era coletivo. Fruto de uma deliberação de fluxo. Esse ato era simultâneo de diversos povos, culturas, raças e possibilitou uma integração que aproxima muito do que chamam SOMOS UM. 

Realizamos essas funções, essas unidades, vários povos alteraram seu padrão consciencial e foram habitar uma faixa do espaço-tempo, ao mesmo tempo em que continuava existindo em diversas outras, em muitas pluralidades de mundos habitados. Foi por uma dessas conexões que Melar e outros dos seus chegaram até aqui. Foi por conexões similares que eu cheguei até aqui. Como se fosse possível do seu smartphone, ou da sua smart tv se desdobrar outros seres que fossem você mesmo em outras localidades do universo. Um você na China, outro vocês no Japão, um terceiro na Noruega, um decimo no Sudão, um vigésimo no fundo do mar, um nonagésimo voando. Todos se percebessem, embora nem todos se sentissem. Uns, dois ou três se percebessem como estando sintonizados no mesmo canal e criasse um dispositivo de atravessar as telas do smart e observar o que o outro faz. Depois atravessar mesmo a tela dos smart e dar suporte ao outro quando ele desejasse. Esse movimento aconteceu e acontece. Outro movimento similar, foi o de brotarem sentimentos de repulsão entre seres de raças opostas. Até que por contato, proximidade, aquela repulsão se fizesse atração imponderável. Da união dessas espécies surgisse uma terceira que é mais consciente do que as duas separadas. Mais amorosa do que as duas separadas. Mais compreensiva. Como se esse encontro fosse um destino. Com os humanos e os reptilianos aconteceu algo assim. Uma fusão que os aprimora, os melhoram, lhes dá acesso ao que são, sem medo de serem o que se é. O mito, a lenda dos dragões amplamente contada em todos os tempos, retorna agora para ilustrar essa integração. Não no seu aspecto estritamente físico e sim na mistura genética e especialmente, na liberação dos potenciais que já possuem. 
Assim, se tivermos sido claros, Somater, Melar, e eu agora, para nós tudo isso é corpo. Corpo é uma totalidade planetária composta por todos os seres que o habitam. Todos os seres que aqui estão compõem o corpo do Criador. Gaia é quem abriga essas estruturas e gera uma matriz de comando no qual os seres vão se adaptando. Gaia é também um corpo que está sendo embalado dentro de um sistema vivo que deram o nome de Via-Láctea. Essas inter-relações não param, não cessam e se interpenetram. Quando o nosso amigo-sensitivo vai ao oftalmologista, a analise clínica realizada é dos olhos. Como ele esteve com uma doutora bem cuidadosa, ela aferiu a pressão ocular das retinas dele e pediu maiores exames para saber se havia algum risco. A doutora por uma análise de olhos e perguntas rápidas sobre histórico de pressão na família, casos de glaucoma, a etnia, pôde colocá-lo num grupo de risco, que sugeria maiores cuidados e valeria a pena exames mais apurados.
Ele vos dizia que os exames realizados pela oftalmo recordavam em muito os exames realizados por nós em nossas naves. Basicamente, os procedimentos são parecidos, mas mensuramos com mais especificidades os mundos da epiderme para dentro e da epiderme para fora. Através desses mesmos exames somos capazes de mensurar, avaliar os diversos mundos internos, externos que os nossos amigos visitantes passeiam, trabalham, se alimentam, retroalimentam. Observando a íris conseguimos mensurar estados emocionais, possíveis atrações para os próximos meses. Podemos então sugerir alterações no campo desse ser que modifica todo sistema em meses, dias, anos, antes dele vir a se manifestar fisicamente.

Estamos falando de uma perspectiva vibracional. Não um vibracional que prescinde dos corpos. Tampouco um que reduz tudo ao corpo. Estamos falando de um vibracional, que compreenda a indivisibilidade mente-objeto, pensar-fazer. Eu-outro. É essa matriz que nos permite trabalhar com um ente biológico e observar a totalidade na qual ele se encontra. Como as partes, as relações estão se dando e acontecendo desde as pequenas coisas até o macro das coisas. Não importa qual a função em cada uma delas vislumbramos a totalidade. Quando discorremos sobre alimentação, não a estamos reduzindo a ingestão de alimentos. A produção dessa espécie faz parte do que concebemos como alimentação, o que cada um de vocês veem, escutam, também é alimentação para nós. Essas alterações podem ser compreendidas nas mudanças de hábitos e comportamentos. A intolerância a lactose pode ser compreendida como um problema da esfera alérgica, com fundo hepático com resultante emocional. Pode ser compreendida também, como uma nova captação neural, mais sensível, mais refinada, capaz de captar níveis de agressividade que repercute mal no organismo, que não coadunam com a forma com que os irmãos quadrupedes são tratados e esse padrão não gera um campo harmônico quando ingerem laticínios, ou derivados. Tudo isso é corpo para nós. Toda a estrutura eletromagnética dos corpos sutis, até o funcionamento celular é corpo e eles desenham campos, criam ondas, geram padrões. Majoritariamente só podemos indicar esses mapas para vocês, mostrar que por detrás de vossas observações e experimentações há esses campos de leitura que podem ser lidos e decodificados mediante o diálogo, a humildade, a interdisciplinaridade. 

É possível uma ciência que observe esses padrões. Uma medicina que visualize esses campos e aprofunde as leituras do mesmo. O mal funcionamento cardíaco mapeado nos equipamentos permite verificar e constatar mais do que uma cardiopatia. É possível perceber, ler que a alteração do campo se relaciona com a morte da esposa, ou a perda do filho, ou o desgosto com o ambiente de trabalho. As desarmonias podem ser constatadas e com elas, ou a partir delas, propor mudanças não apenas do indivíduo, mas no todo. Compreender essa lógica numa visão de campos, que podem ser harmônicos ou desarmônicos à determinadas pessoas é adentrar numa sociologia sideral. Corpos unificados, integrados, criadores de campos que aferem padrões mensuráveis podendo ser decodificados numa outra matriz paradigmática.   

Os campos energéticos não são apenas dos indivíduos. Muitas vezes os corpos em suas estruturas celulares, estão apenas respondendo a padrões e modelos vibracionais de uma ancestralidade, de uma cultura. Esses padrões formam assim estruturas, campos- familiares, sociais. Perceber um indivíduo como campo, implica ver o adoecimento dele, como um processo de equalização de um grupo, não meramente de um ser individual. Caminhar para algumas matrizes coletivas de funcionamento e percepção é a compreensão sistêmica dos cérebros como unidade. Não como disputa e sim enquanto complementaridade. Toda a base instintiva do cérebro reptiliano é a base de atuação do sistema nervoso central e as faculdades paranormais, sensitivas, mediúnicas que tem como uma das metas abrir uma nova circuitação coletiva para as humanidades e demais reinos. Abrir portas consciências para dialogar com os demais reinos e estruturas que compõem o universo e que devido a um modelo mecânico, geocêntrico, antropomorfo não concebe que uma ameba possui uma organização mais complexa do que um computador quântico. De que há outras civilizações e seres para além da Terra e dentro dela, que transcendem e superam o conhecimento atual de vossa espécie. Inclusive porque algumas expansões só se realizam na interdisciplinaridade. Algumas inteligências e formas profundas de compreensão só acontecem com a abertura do cardíaco e não do racional. A matriz dessa nova ordem é amar é o amor. É esse estado consciencial que possibilita avanços, superações, soluções antes não vistas e facultadas. Nessa nova modelação que estão passando, adentrar esse campo implica em lidar com medos, raivas, traumas, dores, bloqueios. Lidar com padrões e sistemas de crenças que por séculos, milênios restringiu, castrou, impediu e inviabilizou esses acessos ao próprio sagrado, ao próprio íntimo de vocês. Estamos falando de acessar a própria sexualidade e com isso expressar seu campo amoroso. Nessa mesma amorosidade adentrar os espaços de acolhimento, de receptividade, de integração e coletividade que demarca as situações de abertura psíquica, que demarca as relações de pertencimento.

Bem é mais ou menos isso. Vamos rever mais uma vez para acrescentarmos os detalhes.

Amigos Siderais 9/4/2019








[1] MELAR é um amigo apresentado por nós por Somater. Como ele lida com a VIDA, eu o chamo de Geneticista Sideral. Na verdade, eles se declaram assim em algumas oportunidades.
[2] AMARIL é uma linda! O trabalho dela é difícil de interpretar, descrever, mas ela modula campos, observa padrões, altera estados e princípios. Para o povo dela interno-externo; dentro-fora; corpo-mente; alma-consciência são uma única e mesma coisa.
[3] Amigo sideral que conhecemos em 1997 e desde lá, quando necessário, desenvolvemos alguns trabalhos conjuntamente.

domingo, 17 de março de 2019

SEXUALIDADE E ESPIRITUALIDADE EM 4 POSIÇÕES: 4a


Quarta Posição: de 4 como animais.

Chegamos na 4ª e última posição desse post. 

Temos um lado biológico, cerebral, que é instintivo, animal. Isso não é ruim, ou feio. É apenas assim. A feiura começa quando negamos esse lado. Quando queremos encobrir nossos desejos. As consequências disso foram levemente expostas nas três posições anteriores. É a partir do entendimento desse nosso lado, que podemos avançar para um caminho neural, fisiológico, que não reduza a energia amorosa a genitalidade. Creio que ela não deixara de ser sexual, mas não será aprisionada na genitalidade, reduzindo todo ato amoroso a penetração física. O sexo é isso, mas é mais do que isso. 

Essa nossa trindade cerebral, raramente opera junta. Pelo contrário, ela é relativamente desconectada. 
Uma vez vi uma moça sentido tesão ao conversar com um Preto-Velho. Aquilo me chamou muita atenção e fui conversar com Pai Jeremias. Ele me contava de como o carinho, a ternura, a acolhida são interpretados como genitais. É como se nos faltassem aparelhagem psíquica para processar esses dados e informações de energias mais ternas. Deixando claro: ternura, carinho, amorosidade é altamente sexual. Mas, esse sexual não é genital. A do Preto-velho eu posso dizer. É outro nível de relação que algumas pessoas não conseguem acessar. E na falta desse acesso as reações são as mais diversas, indo do tesão à intolerância, à agressão, os vários tipos de violência. Um misto de atração e repulsão inconscientizados. 

Esse nosso aparelho perceptivo ainda não está refinado, elaborado, sequer formado. Na maioria de nós faltam chaves para um desenvolvimento proximal que nos assente em condições de se permitir acolhido sem que saiamos transando. Nada contra a transa, mas é que professores, terapeutas, lideres religiosos não deveriam misturar essa energia que proporcionamos, com tesão. Tesão que é altamente importante, significativo também. 



Em uma aproximação rasteira que farei, a psicanálise chama esse processo de transferência e apresenta como profilaxia terapêutica estabelecer um afastamento do paciente. Uma distância para que essa transferência não deixe de acontecer, mas acontecendo não vire contratransferência e outros tipos de envolvimento. É uma tática válida. No entanto, parece que esse mesmo ato coloca o amor, o afeto num estado e estágio de contaminação no qual não podemos nos aproximar. Coloca as relações num nível de separatividade que aos meus olhos ajuda pouco nesse quesito. Seres humanos se afetam e precisamos lidar com isso. Prefiro apostar no reconhecimento do lugar que se resolve adotar. O lugar do professor, o lugar do terapeuta, o lugar do líder religioso. São lugares nos quais há adoração, idolatria. Cabe aos professores, líderes religiosos, terapeutas saberem que são sim fonte desse amor, mas que no caso, ele não é genital. É altamente sexual. É profundamente sexual. Não requer ser genital. Talvez entre algumas pessoas seja algo impossível não ser, mas isso será feito sem abuso. Será feito de forma consentida, consensual, responsável, atenta. E é belíssimo quando acontece. Tenho amigos professores que se casaram com alunas deles. Temos casos de padres que se casou com uma paroquiana. Temos casos de terapeutas que interromperam as sessões e foram viver uma relação.

Em cada um desses casos houve uma mudança de lugar. Um movimento sutil, lento, por vezes desgastantes. É bonito, especialmente, porque eles tendem a ser únicos. É diferente do líder religioso que transa com as fieis casadas, solteiras. Mulheres que vão até ele em momento de carência. Outras até em momento de safadeza que muitas vezes é de carência também e ele abusa dessa situação.

É diferente do professor que tem entre as suas alunas, muitas vezes menores de idade, um harém a sua disposição. Essa energia é completamente diferente. 

Diferente do terapeuta que se apaixona e consuma o ato dessa paixão a cada cinco, dez, vinte pacientes. Como se ele alimentasse mais das carências das pessoas do que da possibilidade de ajuda sem mistura. Nesses casos há o abuso. Há o uso de um lugar de privilégio para acessar as carências, fantasias, desejos dos outros. Isso é triste. Não é amoroso. Ou melhor, é uma forma de amor diminuída. Poderia ser melhor explorada por ambos, para ambos.

E aqui retorno a figura do pretos-velhos. Muitas mulheres ativam a energia de tesão a partir da energia do cuidado e da proteção. Quando elas identificam essa energia de cuidado, elas se abrem para a recepção desse carinho, afeto. Porém a maioria das pessoas que estão aos pés de uma entidade, não estão vendo a entidade. Estão vendo o médium. A energia de cuidado, de carinho parte do médium, tem acolhida no médium, mas é gerada na entidade. Estão visualizando o peteco? A pessoa é acolhida pela energia da entidade, mas sente tesão é pelo médium. Este capta as impressões enviadas e ao invés de fazer o corte, acaba por aprofundar, alimentar o rasgo. De repente, virou essa meleca que são as casas espirituais. Todo mundo transa com todo mundo, seja fisicamente, ou não. Essa energia é enviada como amor pelas entidades, mentores espirituais e transformada, inúmeras vezes, em ciúme, disputa, querelas, intrigas, porque não damos conta nem de assumirmos nossos desejos, nem de construirmos caminhos para alargarmos esse potencial amoroso para esferas esplendorosas. Estamos falando de cura emocional, sexual, mental, física. Cura em todos os corpos e em muitos níveis. 
Mas, para conseguirmos isso, precisamos lidar com a energia sexual. Precisamos aceitar o amor. Precisamos perceber que nos afetamos e independe de dizermos, falarmos essa energia circula, afeta, altera, modifica as relações. Produz simpatia, gera antipatias. Quanto mais clareza e consciência colocarmos nesse mecanismo mais segurança alcançaremos. Seja para potencializarmos nossas ações luminosas, seja para minimizar a força dos amigos que tentam prejudicar os trabalhos de luz. E eles alcançam esse intento, justamente, por mascararmos, tentamos esconder essa energia, esse desejo. 

Do medo de lidarmos com nossas sombras individuais, coletivas, alimentamos as trevas. Damos a ele acesso a energia amorosa, mediante a negligencia da energia sexual. Nos separamos de nós mesmos ao distinguirmos o sexo do amor. A energia sexual da amorosa. Nesse hiato muitos seres se alimentam. Muita perversidade é gerada. Muita coisa nefasta é produzida. Alimenta-se um sistema que com um mínimo de informação (luz) altera-se todo o ecossistema dessas relações e estamos falando desde aquelas que são da esfera psíquica-astral, até as que são de ordem social. 

É aceitando nosso lado instintivo que potencializamos os mecanismos emocionais, fisiológicos de lidarmos com a ternura, a sutileza, a amorosidade. É buscando essas formas amorosas que vamos alimentando em nós uma expressividade criativa mais benevolente. O sexo nos humaniza e nos diviniza, na medida em que nos faz humanos. 







domingo, 3 de março de 2019

SEXUALIDADE E ESPIRITUALIDADE EM 4 POSIÇÕES: 3a posição

Terceira Posição: ménage à trois.




Há quase vinte anos trabalhei numa trilogia: Penas Redentoras. Pena enquanto alusão ao tinteiro dos artistas. Pena enquanto infração as leis penais. Pena enquanto processos reencarnatórios nos quais a pessoa perdia uma oportunidade, maioria médiuns.

O primeiro rendeu uma psicografia com os artistas, A Procura da Poesia. O segundo, Drogas: o outro lado, que falava do tráfico de ectoplasma. O terceiro sobre religiosos, médiuns, que em sua maioria deixaram a oportunidade de auxilio passar e alguns artistas que se ‘culpavam’ pelas mensagens que deixaram. Eu aprendi muito com cada incursão que realizávamos desdobrados e tem uma cena que nunca esqueci.




Estávamos num prostibulo que reputo ser a zona boemia de Bh. Acompanhávamos tanto um rapaz com um alto grau de sensibilidade quanto uma moça que se prostituia e no astral era especialista em recolher sêmem e vender, na verdade dar para o seu cafetão. Um mago negro cabuloso que sabia como poucos realizar e operar trabalhos de goécia. A coleta do material começava de uma forma pouco higiênica. Eu a vi retirando diversas camisinhas da cesta de lixo e praticamente pendurando num varal. Após o liquido escorrer, ela os colocava em frascos similares aos de exame de urina. Abre outro cenário e adentramos um complexo genético. Todo mundo de jaleco branco Microscópios eletrônicos, uma aparelhagem ultra moderna. Lá eles destilavam esses espermas coletados. Ao final eles eram colocados em frascos de perfume, similar ao francês. Frascos de vidros belíssimos. E comercializados como essências. O interessante desse lugar era a limpeza, a clareza, a polidez, a finesse de todos os envolvidos. As pessoas procuravam por esses serviços sem saberem ou se darem conta que estavam em um complexo umbralino de alta tecnologia. Ali eram produzidos obsessões complexas, subjugações e fascinações com um aparato tecnológico que a pessoa não tinha a menor ideia de que estava sendo obsedada. Médiuns, lideres religiosos, artistas tinham certeza de que estavam conectados com seres puros, porque em certa medida, até luz, eles eram capazes de simular. Por pouco tempo, mas o necessário para iludir, ludibriar. O que esses lugares nos ensinam é que precisamos adentrar a vibração. Todo o restante é capaz de ser manipulado, fabricado. 

Mas, a questão era: esperma comercializado por quem? Estamos falando de obsessões, manipulações altamente sofisticadas e não rastreáveis. A pessoa pode ir no centro, na igreja, a vida dela está dando tudo errado e não se chega/chegava a raiz do problema, porque o trabalho realizado tem esse requinte, sofisticação e consentimento que a pessoa não se dava conta. Com uma gota do esperma da pessoa não é preciso colocar um obsessor na cola dela, consegue-se prejudica-la e pessoas afins apenas através dessa gota. Toda aquela conversão que presenciamos e realizamos em reuniões de desobsessão ou em sessão de descarrego dos amigos evangélicos por tantas vezes compõem o cenário de ludibriação desses seres. Ou seja, dependendo do nível da manipulação, nem arranhamos os caras. Nós ficamos focados, ficávamos focados numa 'ritualistica' cujos efeitos e praticidade não eram eficazes, ainda que víssemos conversões de alguns espíritos ao final da reunião. 


Os implantes, os chips que hoje são rastreáveis àquela época não eram. O grau de sofisticação dos magos negros com uma tecnologia umbralina alterou muito os trabalhos de desobsessão, cura e libertação. Porque diante de um implante a oração ajuda a alterar a frequência dos chips, mas é só a pessoa dormir que eles reativam. A técnica de mapear, alterar, se fez e faz necessária. Hoje já se lida com mais facilidade com esses recursos. A apometria rastreia e inutiliza grande parte desses comandos obsessivos. Mas, ainda assim, há muitas casas que tem muita resistência a acompanhar a evolução e estratégia dos amigos umbralinos, cada vez mais amparados por seres de outros orbes, a se atentar para esses relatos que parecem de ficção, mas existem.  

Pois bem, eu estou lá no prostibulo sem entender nada, quando eu vejo os dois numa posição sexual que lembrava a régua e o compasso da maçonaria. Lembrava não, era. Aquela visão abriu todas as cenas, todos os processos da relação sexual pra mim. Mais do que posições o sexo era a movimentação de estruturas, seres, formas, mundos, universos que nem sonhamos. Era fabuloso. Maravilhoso. O ato sexual é sublime. Sagrado. É uma oração a dois, em movimento. Comunhão. 




Nenhum apelo moral de que a moça era puta, de que o sexo era pago. Nada disso tinha a ver. Nada, tirando a intenção de o ato sexual era dado e como esse fluxo seria utilizado mais tarde. Especificando, o rapaz sensível tinha sua energia controlada, a partir do viés sexual. A manipulação não estava no ato, mesmo porque ele é praticamente impossível de se manipular. Claro que a prostitua simulou o gozo. Obvio que ela fingiu um prazer maior do que ela estava tendo. Não é isso que estou dizendo que é a prova de manipulação. O que não é manipulável são os ‘portais’, os acessos, os mundos que são abertos nessas interações. É necessária uma cumplicidade muito forte, muito especial, para que dois ou mais consigam direcionar essa energia para uma entrada especifica. O que deve se tornar maçante, enfadonho. O gostoso do ato sexual é por vezes ser remetido a lugares que nunca esteve, lugares que somente aquela parceira especifica te conduz. Espaços que tendem a virar construções coletivas. No ato sexual se semeia tudo isso. E reduzi-lo a genitalidade é limitador. É muito mais amplo do que isso. Vejamos se consigo explicitar mais.

Fisicamente, genitalmente sabemos como o sexo acontece. Aqui estamos tentando falar de onde penetramos a parceira e somos acolhidos por ela. Estamos falando de espaços mentais, emocionais que acessamos e damos acesso através de nós, por meio de nós. Estes espaços existem mesmo como um lugar, como um tempo. E nesses lugares de sonhos, desejos, medos, encantos, fantasias, imaginação trocamos sentimentos, aspirações, intencionalidades. Em 99% isso é silencioso, infelizmente, inconscientizados. De modo geral, observamos apenas dois corpos fazendo sexo, no entanto, internamente, lugares são abertos, paisagens são plantadas. Eu gosto da imagem do jardim. E vale o nome de Éden para nos auxiliar na imaginação. Um casal constrói esse jardim juntos. Há pontos neles que são compartilhados, há outros que não. Mas, é uma tolice achar que o jardim tem só um dono. Esse jardim pode ser a entrada de uma escola, de uma nave, de um laboratório, de um bosque, cada coletivo constrói uma parte do mesmo jardim. Muitas pessoas fazem parte dessa plantação coletiva. Essas pessoas nos atraem, nos mobilizam, nos encantam. Assim como nós as mobilizamos, as atraímos e as encantamos. Fisicamente, se a pessoa não estiver aparelhada a expressar toda essa criatividade, toda essa energia pelo toque, pelo olhar, pela fala, por práticas esportivas, culturais, lazer. Ela tende a reduzir tudo a genitalidade. Ela vai acreditar que essa atração é uma demanda estritamente genital. Pode ser. Muitas vezes é, mas não deveria ser reduzida a isso. Uma criança tende a ser atraída para o jardim, tende a ficar e sentir-se curiosa para com o jardineiro. Essa criança pode adentrar esse espaço sem ser penetrada genitalmente. Ela pode ser apenas acolhida nesse espaço simbólico. O abusador genitaliza toda atração. O tempo inteiro, ele concretiza o simbólico, consequentemente profana o divino. Ele é um estuprador porque ele virou um pênis, geralmente, impotente as investidas do amor, da caricia, do toque consentido, consensual. Ele precisa da força, da violência, do controle. Sem isso ele não tem prazer e é esse prazer inconscientizado, que os umbralinos se alimentam. Eles se alimentam do medo, da raiva, do ódio, do receio, da culpa, da vergonha. Eles se alimentam de profanar a energia criativa, sexual, amorosa em algo tido como sujo, profano. Como se o desejo não fosse espiritual. Como se o amor não fosse material. Nessa divisão, eles dominam, subjugam, manipulam, pervertem. 


Deveríamos colocar mais atenção na energia sexual. Ela nos move, nos mobiliza, nos direciona, nos orienta, em alguns até determina. Nossa inconsciência, nossa desatenção faz com que algumas pessoas direcionem essa força em nós e por nós. Precisamos aprender. Deveríamos ensinar, conversar, falar. Mas, isso seria o fim das religiões. As religiões ocupam seu lugar de destaque por direcionar e controlar essa força pela manipulação, pela culpa, pela vergonha. Liberar a energia sexual é lidar com um potencial criador, divino. E isso assusta, aterroriza, porque no estado primitivo que nos encontramos o único uso que conseguimos pensar para a energia sexual é transar. E a transa é reduzida a penetração. 


Como não conseguimos lidar com isso, quando vemos esse divino nas crianças, nas mulheres nós as ferimos. Os abusadores identificam o transbordar dessa energia. Muitos deles também tiveram e foram abusados, contaminados, intoxicados com essa redução. Todo nosso processo de recalque, de culpa, de medo, de raiva, de autoritarismo vem da repressão, da ignorância de como utilizar a energia sexual, que é uma energia vital. Reich a denominou de orgônio. Está em tudo, como o prana, o axe, o chi. Podemos coletar isso nas mais diversas vibrações, mas em resumo, estamos falando de coletar, harmonizar e distribuir esse fluido por outras vias que não se restrinja ou se limite a genitalidade. E, chegando a ela deveria re-produzir todo o caminho de volta a integração amorosa. Essa engrenagem fisiológica falta a maioria de nós. Em algum ponto o sexo perde a dimensão de amor. O amor ganha a dimensão de culpa, vergonha. Não carecia ser assim. 

E agora podemos finalizar esse post. A energia sexual é a energia do amor. É energia de criação. Há nela muita comunhão e alegria. Pena que a reduzimos a medo, culpa e vergonha. Isso assinala o nosso medo de amar, de ser amado, de se permitir amar e de se deixar ser amado. Confundimos essa energia com tesão genital. Muitas vezes é uma pena. Uma redução barata, no próximo e último post, finalizaremos falando um pouco mais disso.