Antes de chegarmos aqui (europeus e
negros) os índios já eram, já estavam, já habitavam, já guerreavam entre si e
algumas tribos se desconheciam completamente. De todo modo era uma sociedade
tribal, com divisões territoriais bem claras, definidas.
Quando os portugueses vieram
habitar aqui, os franceses já passeavam, e como os holandeses, desenvolviam uma
relação igualmente exploratória, mas menos autoritária que a dos portugueses.
Quando os negros divididos em
sociedades tribais, se deram conta que o inimigo deles não eram mais a outra tribo e
sim o homem branco, estavam todos laçados e acorrentados, sendo trasnportados
para a terra que era propriedade (mesmo que ela não existisse nesses termos)
dos índios.
Ponto curioso dessa história é que
os portugueses não trouxeram mulheres. Elas ficavam em Portugal esperando o
marido enricar. Nesse encontro de culturas, de multipos povos, muitas culturas
foram se cristalizando em uma- a brasileira. Mas, veja que essa cultura que
nasce é a que todos têm vontade de matar. A cultura que nasce é em síntese a
própria traição da cultura na qual cada brasileiro foi gerado. O filho de negro com branco é
o traidor de dois mundos. O filho do negro com índio é o traidor de milhares de
mundo. O filho do índio com o branco é o traidor de muitas culturas. O filho
desses filhos são uma tentativa de reconstrução, uma tentativa de união, mas
eles como foi dito: NUNCA SERÃO. Nunca serão negros, nunca serão europeus,
nunca serão indígenas.
Fatídico, determinista, mas o
processo de higienização, de europeização realizado no Brasil desde o século
XVI é a tentativa de esconder de toda corte européia os traços primitivos e
selvagens da colonização realizada. Diferente de franceses e holandeses que
vieram e assumiram, durante todo tempo, que tiveram relações, as mais diversas
relações, em especial, as sexuais com os povos e as culturas que aqui estiveram. Os português sempre viram na misceginação uma vergonha, pior, nunca assumiram o
prazer de terem se relacionado com negras e índias, talvez daí a perversão
mediante castigos e repressões inenarráveis. Os holandeses de forma geral jamais
esconderam isso e os olhos verdes das mulheres com cor de ébano dizia isso,
falava isso. Era uma outra relação, sem culpa, sem castigo, sem remorso, sem
expiação. Os fados portugueses, o banzo africano ainda não tinha se
transformado no carnaval, na alegria irônica dos franceses, na admiração
contemplativa dos holandeses. Mas não quero me perder nisso.
Quero unicamente registrar que o sonho
de todo português vindo ao Brasil sempre foi o de retornar a Portugal. Os
descendentes destes para sentirem-se desligados e superiores aos primeiros,
desenvolveu o sentimento de ser primeiramente francês, depois inglês,
atualmente não entendem por que não são estados-unidenses. O sonho deles é o
que o Brasil fosse um Zaire (extinto), um Quenia, um Haiti. Não tenho dúvidas
de que eles articulam sempre que podem para o Brasil se tornar um Iraque, um
Afeganistão. O desejo deles é o de que os americanos coloquem ordem nessa
barbárie que é o nosso país. E por americanos, definitivamente, não estão
falando de Barak Obama. Essa "aberração". Se essa á a nossa origem,
vejamos um pouco do nosso desenvolvimento.
Bjs em todos.
Bjs em todos.
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